Pokemon - Promessas de Honra escrita por Kevin


Capítulo 2
Capítulo 2: A promessa e sonhos de Jonas


Notas iniciais do capítulo

A história da Vida de Jonas é revelada. E ainda Jonas e Kaino descobrem que possuem o mesmo sonho.



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Pokemon - Promessas de Honra

Capitulo 2

- A promessa e sonhos de Jonas -

 

 

 

 A chuva caia forte, deixando as crianças no quarto assustados. Era um vento frio e forte. Era uma tempestade que caia em New Bark. Eram ao todo 10 crianças que estavam naquele quarto, uma com mais medo que a outra. Após um raio as luzes se apagaram deixando todos na escuridão. 

 

- O mundo vai acabar! -

 

Um senhor de cabelos brancos na porta entrava com uma lanterna pedindo calma. Sua voz era compassada e realmente mostrava-se já de idade.

 

- Acalmem-se! Foi apenas um raio que cortou a luz.... -

 

Era inútil o velho falar com as crianças. 10 pequenos com idades por volta de 6 a 7 anos agitados e temerosos não era fácil de se controlar.

O velho sentou em uma das camas deixando a lanterna iluminar fracamente o ambiente. As crianças agitadas gritavam e choravam, mas não pareciam que iriam sair de suas camas.

 

- Essa chuva me faz lembrar minha última missão... Nada como enfrentar um ladrão de pokemons em alto mar à noite e em plena tempestade. -

 

A criança mais perto do velho foi à única a escutar. Ela parou olhando-o e logo se lembrava, aquele velho senhor, cujo nome era Norman, possuía um grande Fearow e majestoso Marowak.

 

- Usou o Fearow na tempestade? -

 

A criança ao perguntar teve um sorriso como resposta. Ela chegou mais perto do velho Norman. Ela queria saber mais sobra a historia. Usar um pokemon voador em uma tempestade em alto mar parecia ser algo difícil, ao menos para aquela pequena criança.

 

Norman então explicou calmamente como foi parar em alto mar a enfrentar um perigoso ladrão de pokemons. Ele era paciente em contar os detalhes como quem quisesse que o tempo passasse enquanto ele narrava o inicio de sua aventura. Na verdade ele queria que as outras crianças percebessem que algo acontecia e que acabassem se interessando pela história.

 

Foram 10 minutos até que fora começar a contar a batalha realmente, e nesse instante as 10 crianças já estavam em sua volta. O medo havia sido esquecido, assim como a falta de energia elétrica e a tempestade que caia do lado de fora.

 

Olhinhos brilhando admirados como um Fearow conseguia enfrentar um Gyarados em meio a uma tempestade. Era a batalha que parecia ser a mais surpreendente possível. Aquilo era sem dúvidas algo especial para aquelas crianças.

 

Todas órfãs. Vivendo em um orfanato. Não possuíam muita diversão ou mesmo perspectivas. Poucos ali tinham sonhos. Mas, todas admiravam Norman por seus feitos e suas grandes batalhas. Norman já era velho, mas quando moço tornou-se um policial pokemon. Um agente da policia que pegava missões perigosas e travava difíceis batalhas.

 

Norman contava uma historia por semana aos garotos, de forma que aquele momento era o mais importante da semana. As crianças não entendiam como um policial tão bom havia ido trabalhar em um orfanato, mas quem queria fazer perguntas tendo alguém tão bom perto para poder escutar as diversas histórias?

 

Em especial, havia um jovem que ficara fascinado com o que escutava. Começou a sonhar e a querer ser um policial pokemon. Quando já com dez anos tomou coragem de contar a Norman sua decisão, ele se tornaria um grande policial assim como ele.

 

- Mas o caminho é muito difícil. Existem duas alternativas e as duas são muito complicadas. -

 

Norman dava um sorriso amarelado para o jovem. Era um dos poucos dali que tinha um sonho.

 

- Não importa! Eu sei que se eu treinar e der tudo de mim, vou conseguir. Quero deixar você orgulhoso. Você é como meu pai, e quero seguir os mesmos passos que você. -

 

O jovem parecia confiante e irredutível. Seus olhos brilhavam. Havia um sorriso em seu rosto de criança que ninguém ousaria tentar tirar.

 

Norman já estava doente. Escreveu duas cartas e deu ao menino junto de uma pokebola que continha seu fearow.

 

 

 

- Essa é uma carta de recomendação. Está outra é uma carta pessoal para o Professor Elm. De as duas a ele que ele te ajudará a se tornar um policial pokemon de verdade. -

 

<><><><> 4 anos depois <><><><>

 

 

- Eu sou Adriano, comentarista e narrador de partidas pokemon, falando diretamente da Liga Pokemon de Kanto. Estamos prestes a assistir a última batalha da 4ª rodada, onde os competidores deverão lutar em um campo de grama usando 3 pokemons cada. -

 

A arena estava lotada. Muitos estavam aproveitando para assistir a última luta. Não eram treinadores conhecidos ou importantes. Mas, para muitos treinadores o sonho de sair dali como campeão havia acabado, restava apenas assistir a partida.

 

- Teremos Jonas Mulak da cidade de New Bark do continente Jotho enfrentando Felipe Rosa da cidade Petalburg em Hoeen. Eles têm usado ambos os mesmos três pokemons nas lutas anteriores. Isso já nos da idéia da batalha que acontecerá, além do poder que ambos os treinadores possuem. -

 

Jonas já estava na arena com uma pokebola na mão. Ele não tinha dúvidas de que seu primeiro pokemon na arena seria um Raticate. O que deixava a todos muito curiosos pela escolha de pokemon inicial para a batalha.

 

- Aposto que vai começar com o Raticate. Eu juro que não sei porque usar um pokemon tão besta como este. -

 

Felipe Rosa estava muito confiante.

 

O juiz fazia o sinal. Já havia informado a quantidade de pokemons, que era apenas um reforço a regra de 3 contra 3 que estava no manual do competidor. Raticate surgia na arena pelo lado de Jonas, enquanto pelo lado de Felipe surgia um Muk.

 

- Agilidade combinada com o time duplo. Deixe-o confuso sobre quem é o verdadeiro. - Jonas comandou rápido.

 

Jonas estava preparado para aquele Muk. Ele sabia que seu Raticate não teria muitas chances de vencer, mas ele teria de gastar as energias do pokemon venenoso para que seus outros dois pokemons tivessem mais chances.

 

- Parece que Jonas não quer facilitar a vida de Felipe. O Muk não consegue fazer um movimento, assim como seu treinador que não fala nada. -

 

Adriano mantinha os olhos atentos e percebia que Felipe estava imóvel, e apesar de tudo, não estava nervoso. Aquilo deixava-o ansioso pelo primeiro movimento. Era um comentarista experiente, e no último ano ficou bastante conhecido por entrevistar Lance e o Tenente Surge.

 

Felipe estava em sua estratégia de deixar que o corpo elástico de Muk anulasse qualquer ataque de Raticate. Realmente funcionava, logo Jonas comandava ataques rápidos e o corpo elástico cuidava para que Muk não sentisse muito dos impactos.

 

- Não seja tolo Felipe. Pode estar amortecendo e com isso sofrendo pouco dano. Mas, está sofrendo dano. Mesmo que seja de 1%. Nem que eu tenha que atacar 100 vezes com os ataques rápidos, vou derrubar seu Muk. -

 

Jonas sorria ao dizer aquilo. Claro que era mais blefe do que realidade. Estava causando dano, mas não poderia ficar fazendo ataque atrás de ataque daquela forma. A idéia era forçar Felipe a se movimentar. Gastando energia talvez o Muk pudesse ser derrotado pelos pokemons que Jonas tinha a disposição.

 

- Muk agora que ele está próximo. Encubra ele. -

 

Felipe finalmente reagia como Jonas desejava que ele fizesse. Todo o tempo parado permitiu Felipe ter a certeza de que Raticate não viria com nenhum ataque que pudesse fazer efeito em Muk. Ele temia raios de algum tipo, ou mesmo ataques elétricos. Não seria difícil ensinar tais ataques ao pokemon rato gigante.

 

Muk fora eficiente no movimento e seu adversário não teve chances de fugir. O corpo de Muk sobre o de Raticate deixava a platéia nervosa querendo logo ver o efeito que o ataque causaria. Muitos esperavam que o pokemon saísse de lá desmaiado, sendo necessário que Jonas enviasse a batalha seu segundo pokemon.

 

Jonas demonstrava tranqüilidade e apenas observava Muk movimentando-se. Logo, Felipe ordenava a Muk sair para envenenar o pokemon com um ataque, mas a surpresa foi ver um buraco no local.

 

- Não achou que meu pokemon fosse ficar ali parado, não é? Agora veja e aprenda. Derrube-o Raticate! -

 

Jonas sorriu e um buraco se formou debaixo de Muk fazendo-o cair, enquanto Raticate surgia para fora do buraco.

 

Raticate havia escapado do ataque de Muk, que consistia em usar seu corpo para encobrir o pokemon deixando-o sem ar. O movimento de Raticate foi o cavar. Criando um buraco ele escondeu-se debaixo da terra. Fazendo uma verdadeira cratera debaixo de seu adversário, de onde o pokemon não conseguiria fugir.

 

- Estamos vendo uma luta bem interessante. De um lado a determinação de Jonas em causar o máximo de danos possíveis no Muk adversário. No entanto, Felipe demonstra confiança plena em sua defesa. -

 

A narração é interrompida quando todos do estádio gritam assustados. Muk havia saltado, saindo do buraco ele conseguiu agarrar seu adversário de surpresa, envenenando-o. Raticate não resistiu muito e logo desmaiou.

 

- Agora você tem duas escolhas, arriscar continuar uma luta que já sabe que vai perder, e correr o risco de perder seu pokemon por causa do veneno, ou desistir e salvá-lo. -

 

Felipe não perdeu tempo em tentar mexer com o psicológico de Jonas. Até mesmo aqueles que assistiam comentavam a respeito. Era uma decisão difícil. Parecia uma artimanha muito antiética, mas o ataque era permitido.

 

Jonas ficou tenso por alguns instantes, principalmente ao recolher seu pokemon de volta para a pokebola. Não deixou de ficar olhando a pokebola em suas mãos, deixando todos na dúvida se ele continuaria ou não.

 

- Taillow vai! -

 

O juiz autorizava o combate. Felipe ainda tentou falar um pouco mais, mas fora surpreendido por um tornado que estava a arrancar Muk do chão. Girando ele ia ficando tonto, sendo logo lançado contra o chão.

 

- Belíssimo movimento. Esse Taillow mostra a que veio deixando Muk completamente atordoado. Jonas mostra muita concentração em conseguir deixar de lado por alguns instantes seu pokemon envenenado. -

 

Jonas sabia que aquilo não havia sido o suficiente para derrotar Muk, contudo era claro que agora o pokemon estava bem mais enfraquecido. Outro tornado como aquele e seria o fim do pokemon.

 

- Muk volte. Vai Marrep. -

 

- Felipe faz um movimento arriscado. Substituir o pokemon na rodada não é permitido, com isso ele desiste de Muk lançando Marrep. Ao que tudo indica o intuito dele é conseguir a vantagem de tipo contra tipo. -

 

Taillow voa baixo tentando acertar Marrep com um ataque de asas, mas a lã impede o impacto total, além do pequeno pássaro quase ser acertado por um choque.

 

- Já te saquei Felipe. Este seu pokemon assim como o outro tem uma defesa corporal natural. Esta querendo garantir que eu não possa encostar fisicamente em seu pokemon, dependendo assim só das rajadas de vento. Caso eu as faça, você vai se aproveitar para lançar seus ataques elétricos com mais facilidade, já que a concentração de meu pokemon estará no ataque e não em evasivas. -

 

Jonas agora cerrava os punhos. Ele não queria pensar, mas Raticate a cada novo instante ficava mais e mais perto da morte por causa do veneno. Ele precisava ser rápido e comandou um ataque tornado retirando Marrep do solo e a fazendo rodar em um turbilhão de vento.

 

- Pode fazer o que quiser, isso não vai adiantar. Desista que ainda salva seu pokemon. -

 

Jonas achava aquilo um movimento muito ardiloso. Envenenar um pokemon para tirar a atenção do adversário era um movimento de pessoas que fariam qualquer coisa para ganhar. Por em risco a vida de outro pokemon, apenas por uma vitória.

 

Jonas pensou em desistir, mas seus sonhos dependiam daquela vitória. Jonas dependia daquela vitória. Raticate havia lutado até li por aquela vitória.

 

:: "Raticate foi o primeiro pokemon que capturei e ele lutou até aqui contra pokemons muito mais fortes que ele. Eu não vou diexar ele morrer e ser parado por um cara como esse. ":: Jonas estreitou os olhos.

 

- Você é quem vai ter que salvar o seu! -

 

Jonas não havia escolhido o Taillow no acaso, era sua arma contra treinadores folgados. Comandando Taillow fez com que o tornado enviasse Marrep para fora do estádio. Mas, Mareep despejou eletricidade direta em Tailow aproveitando a concentração do pokemon ave ao fazer o tornado.

 

- Parece que esses dois estão querendo é matar um ao outro. Primeiro um envenena o pokemon adversário. E como resposta o outro pokemon é mandado para fora do estádio por um poderoso tornado. -

 

O juiz deu ambos como fora de combate. Uma enfermeira Joy correu até Jonas pegando com ele a pokebola de Raticate para que pudesse cuidar do pokemon. No mesmo momento uma policial Jane trazia a Mareep desmaiada de Felipe.

 

A platéia agora não sabia se aplaudia ou vaiava os dois. Divididos entre aceitar ou não as atitudes que os treinadores tomavam, o que sabiam é que nenhum dos dois estava com a vantagem.

 

- Vou informar uma única vez. Não é por ser válido que movimentos como os que estão a fazer são bem vistos. Estão aqui para terem batalhas de pokemon em uma liga pokemon! E não uma briga de rua. Respeitem o bem estar dos pokemons adversários. -

 

Após o juiz dizer aquelas palavras ele liberou a continuação da partida. Jonas estava um pouco mais tranqüilo, mas sabia, se não derrotasse Felipe, não realizaria seu sonho.

 

- Combusken, queime tudo! -

 

Felipe liberava seu terceiro pokemon, deixando Jonas com um grande sorriso.

 

- Já ganhei! -

 

<><><><>

 

Jonas estava saindo do Centro Pokemon tarde da noite. A batalha contra Felipe terminou como ele esperava, uma vitória fácil para seu ultimo pokemon. Ele era bom em abater pokemons de fogo. Mesmo tendo tido como pokemon inicial uma Chickorita, com um pokemon planta ele abatia os pokemons de fogo utilizando os polens e a força física que Chickorita ganhava ao evoluir para Bayleaf. E Bayleaf foi a terceira escolha de Jonas, assim como Adriano, o narrador, previa. E assim como Felipe previa.

 

- Meus parabéns Jonas -

 

Não era uma pessoa que Jonas esperava ver, mas encontrar Kaino ali era algo que não podia ser deixado de lado, afinal estava a pouco de conseguir realizar seu sonho.

 

Jonas saudou o conhecido que o encarava. Não entendia bem toda aqueles olhares que recebia do jovem a quem conseguiu convencer a ir a Liga Pokemon. Claro, não era ingênuo e sabia que aquele treinador a sua frente nutria certa raiva, mas não imaginava ao certo o que ele queria naquele momento.

 

- Você me perguntou qual era a promessa que me fazia querer desistir da Liga Pokemon... E tentou me convencer em troca da realização de seu suposto sonho. Hoje eu vou te contar qual é a promessa, e qual é o meu sonho. –

 

Kaino parecia tão sério que o jovem de cabelos vermelhos sentia uma certa tensão naquele momento.

 

Jonas sabia que ele não falaria por falar, deveria haver mais algo naquilo, e temeu. Temeu que o que fosse revelado pudesse abalá-lo de tal forma que ele perdesse a concentração para as próximas batalhas.

 

- Meu sonho é me tornar um policial do mundo pokemon. Mas, nada de policia urbana, um verdadeiro agente. Para isso é preciso várias coisas. Mas, existem três coisas de suma importância que sem isso nada de ser agente. Carta de recomendação, já possuo. Ter boa classificação em competição continental da Liga Pokemon. E a mais importante, não ter medo de deixar nada para traz, e nada pendente. -

 

Jonas ficou olhando sério para Kaino. Parecia que Jonas daria um soco na cara dele se Kaino não se apressasse em terminar e sair de sua frente.

 

- Essa última é que é um dos meus dois problemas. Minha promessa tem que ser cumprida antes de começar o treinamento para agentes. Eu vou te dizer. Prometi a meu pai antes dele morrer derrotar o Tenente Surge usando o ataque de explosão, ou a auto destruição. Por isso eu luto com ele. Levo dias ensinando meus pokemons esses dois ataques, mas não importa, desde de que eu consiga derrotá-lo. Por isso não adianta eu seguir meu sonho, minha promessa está no meu sonho. Impede o meu sonho. Assim como você. -

 

Kaino ao dizer isso ergueu uma pokebola para Jonas. Jonas balançou a cabeça negativamente e ia deixando o treinador de lado.

 

- Não tenho nada haver com seus problemas. Já tenho os meus para me preocupar. -

 

Disse Jonas saindo de lado. Era claro que ele não enfrentaria Kaino naquele momento. Ainda mais ali no meio da rua. Além de ser contra as regras batalhas não oficiais na área da liga, não queria desgastar seus pokemons.

 

- Seu idiota. Deve ter passado o dia no mundo da lua. A tabela da quinta rodada saiu. E nós nos enfrentaremos. Se eu te vencer, estarei entre os 8 melhores da liga, e terei uma boa classificação. Faltando apenas derrotar a Surge. -

 

Agora Kaino estava parado olhando para ele completamente espantado. Ele realmente não sabia que o enfrentaria na próxima luta, e aquilo apenas fazia seu sangue ferver.

 

<><><><> 4 anos atrás <><><><>

 

- Ola professor Elm. Eu sou Jonas Mulak. Tenho uma encomenda para o senhor. -

 

O professor Elm sorriu recebendo a carta.

 

 

 

Professor Elm,

 

Sou lhe grato pelas alegrias que me deu nessa minha amarga vida. Sem nunca ter sido adotado, ou mesmo ter a saúde necessária para realizar jornadas pelo mundo atrás de aventuras como treinador pokemon, vivi minha vida toda nesse orfanato, tendo como alegria os dois pokemons que me deu de presente.

 

Estou velho e próximo da morte, e na verdade já devo ter falecido, já que está a ler a carta. Mas, em nome do carinho que teve para comigo e as crianças desse orfanato, peço que me conceda um pedido. Não é para mim, mas para este jovem que está entregando-lhe a carta.

 

Jonas é um interno do orfanato e cresceu cheio de sonhos e esperanças, mas sonhos e esperanças baseadas e criadas em cima de minhas histórias. Eu contava que era o que sempre sonhei ser, um Agente Policial Ppokemon. Agora ele sonha que pode se tornar um.

 

Sabe melhor que eu que meu problema do coração não me permitiu realizar este sonho. Eu fantasiei realizá-lo. E agora Jonas acredita que eu o fiz, e não tenho coragem de contar a verdade. Acabaria com os sonhos dele. Tiraria suas esperanças. Como alguém pode destruir os sonhos de uma criança que nunca teve nada na vida, a não ser isso?

 

Eu tentei, mas ele no dia em que chamei-o para contar a verdade me surpreendeu sendo mais rápido e prometendo que se tornaria um agente assim como eu. Eu não tinha o direito de acabar com o sonho dele.

 

Eu peço, ajude-o. Sei que nada tem haver com minhas mentiras, ou mesmo com o mundo da policia, mas faça tudo que estiver ao seu alcance para que ele possa ter uma chance.

 

Desculpe-me Professor Elm, e agradeço por sua ajuda.

 

Norman

 

 

O professor Elm lia ajeitando seus óculos. Aquilo era mais complicado do que ele imaginava quando acordou naquela manhã e teve a surpresa de um jovem batendo em sua porta fora da época de inicio de jornadas.

 

- Escute meu jovem, eu vou ajudá-lo em seu sonho. Mas, quero te advertir de uma coisa. Terá uma chance. Não duas, ou três. Se fizer qualquer coisa de errado, você não terá chances de realizá-lo, tudo bem? -

 

- Sim! Eu prometi a Norman que me tornaria um agente assim como ele. E vou cumprir minha promessa! -

 

O professor Elm revirou os olhos um pouco sentido com aquilo. Os sonhos de um jovem podendo se perder.

 

- Ira a Kanto levando este pokemon, uma chickorita. Ira batalhar nos ginásios e ir a Liga Pokemon. Contudo, a uma cidade chamada de Vermilion. Lá existe um ginásio. Lá existe um líder de ginásio chamado Tenente Surge. Ele será sua última competição por insígnia. Escute bem, passe por 7 ginásio. Se quiser passe por dez, mas terá de enfrentar o tenente como seu último desafio antes da liga. Vencerá e na primeira tentativa, fazendo a sua melhor luta. A melhor luta. Sua vitória tem que ser a mais impressionante. E então vai abrir esta carta e depois deixar que o tenente a leia. -

 

Jonas chegava a anotar o que o professor Elm dizia, por isso ele não percebeu que a carta era a mesma que Norman havia pedido para que ele entregasse a Elm.

 

<><><><> 4 anos depois <><><><>

 

Kaino estava encarando Jonas com sua pokebola estendida para ele. Era um desafio ao qual Jonas atendeu após algum tempo erguendo uma pokebola. Jonas ainda estava atordoado com a descoberta que ambos tinham o mesmo sonho, e que a próxima luta poderia decidir que um deles não teria a condição de seguir em frente.

 

- Agora, me diga o seu sonho. Exijo saber qual é o sonho tão valioso que possuí. Aquilo que fez negociar a minha promessa. -

 

Jonas não conseguiria dizer nada. Apenas enfiou a mão na mochila estendendo a carta para Kaino. Ele retirou-se antes que Kaino começa-se a ler.


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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo: 24/05/2010