My Dear Original escrita por LittleWolf


Capítulo 14
Capítulo 13




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Ariel '

—Bem, pelo menos você tem bom gosto pra bebida- Klaus observou, enquanto eu bebia.

—Cortesia do Salvatore malvado – sorri, lembrando de Damon, então o encarei- você mandou me matar.

—Não se sinta especial, você não foi a única- ele disse irônico.

—Você acredita mesmo na visão da bruxa?

—A visão revelou que você existia, antes mesmo de qualquer um de nós sabermos de você – ele disse, me olhando como se eu fosse admitir algo a qualquer momento- as visões dessa bruxa em especial sempre acontecem. E você ainda está viva...

—Não graças a você- me acomodei no sofá-quando seus vampiros atacaram minha casa, Maggie estava comigo, ela é uma bruxa também. O que aconteceu com ela?

—Aquela bruxa velha – ele negou com a cabeça- ela conseguiu fugir, não sei onde ela está.

Senti um alivio me tomar, Maggie estava viva. Meu temor se foi, restando apenas saudade.

—Porque você desistiu de me matar? – questionei.

—Não desisti- ele sorriu- Elijah não me perdoaria se eu matasse sua querida filha. Prometia a ele que você estaria em segurança aqui. E em troca, ele garantiu que você esta sob controle. Mas no momento em que você se tornar um problema...

—Você me mata – adivinhei- eu não sei como Elijah pode ser seu irmão. Ele é tão gentil e nobre, você é só paranoico e cruel.

—Você acredita mesmo que conhece Elijah- ele sorriu, se sentando a minha frente- eu o conheço a mil anos. Você não tem noção de quem meu irmão é.

—Você pode conhecê-lo a mil anos, mas mesmo assim não sabia da minha existência – disse, sem me intimidar- ele não te contou, porque será?

Ele apenas deu de ombros, e bebeu seu Bourbon, como se aquilo não significasse nada.

—Eu não o inimigo aqui, Klaus –fui sincera- eu nunca machucaria as pessoas que Elijah chama de família, nunca.

—Você soa como ele – pela primeira vez, ele não estava sendo irônico – ele foi um bom pai pra você?

—Sim, eu devo toda a minha vida a ele – sorri- ele é uma das poucas pessoas que eu tenho como família.

Você é leal a ele— ele disse com certa admiração- prove que é digna da minha confiança, desse sobrenome que você carrega. E então você será parte dessa família.

Encarei ele, tentando compreender o significado oculto por de trás daquele olhar.

—Bem vinda Nova Orleans, Sweetheart – ele disse, tocando seu copo no meu, num brinde.

Quando Klaus se foi, fiquei bebendo o Bourbon, sabia que logo Elijah chegaria.

—Você é muito jovem pra beber – ele disse, se sentando ao meu lado.

—Tarde demais pra isso – disse, terminando de beber e deixando o copo sobre a mesa de centro- desenvolvi uma certa paixão por Bourbon.

—Como foi sua conversa com Niklaus?

—Ele não confia em mim – fitei Elijah, e novamente lá estava ela, aquela vontade de beijá-lo— é recíproco.

—Niklaus pode ser um pouco...difícil no começo- ele sorriu de lado – mas logo ele entenderá que você faz parte da família.

—Por em família, você tem alguma noticia de Maggie?

—Ela encontrará uma forma nos achar – ele garantiu.

—Eu sinto falta dela – adimiti – de você, até mesmo do colégio. Sinto falta de como as coisas eram.

—Eu também – ele concordou- eu estou resolvendo isso.

—O que?

—Nova Orleans não é lugar pra você, não quando estamos em guerra contra as bruxas que querem Hayley morta – ele disse preocupado.

—Eu posso ajudar.

—Sim você pode- ele me fitou – ficando segura.

—Porque isso soa como um 'você tem que partir'?— perguntei, já imaginando como a conversa terminaria.

—Seria temporário – ele tentou me passar confiança, mas não acreditei.

—Você vai me deixar de novo?

—Eu nunca deixei você, pequena – ele segurou minha mão -e nuca deixarei. Preciso que você entenda que aqui não é seguro pra você.

—Em encontro encrenca aonde quer que eu vá – disse, estava encantada pelo modo como sua mão se encaixava na minha- não estarei segura longe daqui, numa cidade cheia de estranhos.

—Eu cuidei disso – ele sorriu- os Salvatores irão te manter segura.

—Eu não quero ir.

...

Consegui um carona, precisava ver Luke urgentemente. Precisava deixar as coisas claras, precisa parar de ser idiota.

Será que um dia eu esqueceria tudo que sinto por Elijah?

Luke estava sentado nos degraus da varanda de uma das cabanas. Parecia absorto em pensamentos.

—Me desculpe por ontem- me sentei ao seu lado.

—Nem foi sua culpa dessa vez –ele me olhou, surpreso por eu estar ali- Mia é que não consegue ficar longe de problemas

—Eu me referia ao beijo- disse, encarando meus tênis.

—Ah.

—Só porque eu estou tentando não ser otária, não significa que eu posso usar as pessoas –disse, me esforçando ao máximo, não queria estragar as coisas entre nós- ainda mais você, me desculpe.

—Relaxa, bruxinha, amigos são pra isso- ele sorriu brincalhão - você pode me beijar a hora que quiser.

—Então estamos bem?- sondei, olhando ele pelo canto do olho.

—Sim – ele concordou- mas como seu amigo, é meu dever te alertar.

—Me alertar?- perguntei confusa.

—Do seu papel de trouxa.

—Aí - coloquei a mão no coração- acho que mereci essa.

—Não sei como dizer isso sem soar mal- ele riu sem graça.

—Apenas não seja cruel, e tudo ficará bem – disse, ainda sem entender.

—Você acha que está apaixonada por Elijah- ele afirmou.

—Eu sei que estou.

—Já passou pela cabeça que você pode...estar errada?

—Errada?- repeti, meio perdida.

—Ele esteve lá sua vida toda, você o ama, mas os resto pode ser apenas ...ilusão sua- ele parecia mesmo acreditar naquilo.

—Trouxa e iludida- fingi pensar- pensei que estivéssemos bem, mas agora...

—Só estou dizendo que, bem ou mal, ele foi o único na sua vida por muito tempo - ele explicou convicto -e você fantasiou que ele era o cara certo pra você, que estava apaixonado por ele.

—Eu não fantasiei nada – neguei- talvez um pouco, mas no final do dia eu ainda tenho todos aqueles sentimentos, ainda sinto vontade de beijá-lo, de agarrar ele e jogar na minha cama, de...

—Já entendi –ele fez careta – só tome cuidado, nem tudo é o que parece, sentimentos são confusos. Talvez você devesse dar um tempo...

—Elijah esta bem ocupado com o irmão problemático e Hayley – disse, minha irritação transparecendo - nós nem nos vemos direito.

—Isso é ótimo- ele se animou - mas talvez você devesse ir mais longe.

—Tipo o que, mudar de casa?- aquilo tudo ainda era meio absurdo pra mim.

—Mudar de cidade. Um lugar novo, longe de toda essa bagunça, seria como uma chance de por as coisas no lugar.

—Elijah disse algo parecido, ele quer me mandar pra longe, para que eu não me envolva em nada por aqui – sorri sem humor algum- como se isso fosse algo bom.

—Isso é bom.

—Não. Eu preciso estar aqui, e ajudar no que eu puder- eu não aceitaria me afastar de Elijah, não de novo.

—Essa luta não é sua, bruxinha –ele bateu seu ombro no meu sorrindo - e será temporário, logo você volta.

—Tenho a impressão que você quer se livrar de mim- sorri, sentindo vontade de apertar suas bochechas.

—Eu só quero que a confusão daqui – ele apontou para o meu coração- se resolva. E então as coisas serão mais fáceis.

—Claro, vou me mudar, e conhecer minha alma gêmia, como um daqueles clichês adolescentes- ironizei.

—Isso não vai acontecer- ele disse convicto.

—Que foi? Você vê o futuro agora é?

—Não, apenas enxergo as coisas melhor do que você- ele sorriu enigmático.

 


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