Chances. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 9
Capítulo 9 - Uma Escolha.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado a Lyne Cullen que fez a primeira recomendação da fanfic.♥ a qual eu adorei!
Boa Leitura!



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CAPÍTULO 10 – UMA ESCOLHA.

 

Ponto de vista: Terceira pessoa.

Música

                Sorriu e até se estranhou por isso, desde que Edward e ela deram um fim a história que viveram, a mesma não executava esse ato com frequência, sabia que a dor um dia passaria, mas, ainda custava a aprender como superá-la rápido, mas, tentava, todos os dias, e Rosalie Hale era um grande fator em sua melhora, a amiga fiel que se tornara sempre a animava, tal como agora, que divertia a Swan e todos da pousada cantando em um karaokê no centro do restaurante. Equilibrando uma bandeja  com petiscos e servindo aos hóspedes de maneira educada, Bella assistia a cena que Rose protagonizava.

                Seus dias desde que os Cullen partiram de Forks eram assim, a mesma aceitava vários turnos na pousada e trabalhava o máximo que podia para não ter tempo de se lembrar de Edward e sentir falta dele.

          Em meio a sua tarefa bem executada, os olhos da Swan captaram uma nova presença no restaurante que foi capaz de destabiliza-la, de um jeito até bom. Colocou a bandeja sob o balcão de forma automática e seguiu caminhando em direção a um Jasper sério.

—Oi. — o cumprimentou de forma simples, não sabendo como agir, ou o que falar para disfarçar que foi uma tola apaixonada pelo cara errado. Só agora Jasper dera as caras depois da festa, e a mesma não queria fazer algo estúpido que pudesse mandá-lo para longe de novo.

—Oi Bella. — pelo menos foi educado em responder de volta, a Swan encolheu os ombros, e em seguida mordeu os lábios.

—É bom ver você...Depois de tudo que... — ela não conseguiu terminar, enroscou suas mãos de um modo nervoso e suspirou. — De qualquer forma, acabou. Ele e eu, quero dizer...Não tinha como dar certo. — nem se deu ao trabalho de supor que Jasper ficaria feliz ao ouvir aquilo, apenas despejou, como se o fim pudesse justificar o tal errado começo.

—Seu coração deve estar quebrado então. — parecia  lamentar verdadeiramente, ao mesmo tempo que denunciava que as palavras saíram de sua boca, sem que ele sequer tivesse a intenção.

—Para ser sincera...Todo meu corpo parece estar quebrado...É um tipo diferente de dor, como se... — de novo não conseguiu completar a frase, sabia que nem devia admitir aquele tipo de coisa a Jasper, isso só o faria ficar mais magoado. A dor dela, era a prova que seu amor por Edward foi real. A dor era a consequência de uma escolha.

—Como se você estivesse sufocando a cada segundo. — adivinhou e então sorriu amargamente. — Entendo sobre esse sentimento. — Foi o que você me causou.  — Bella supôs que isso era a continuação do discurso.

—Mas, sempre há uma parte boa... — Bella tentou garantir tanto para ele como para si mesma.  Jasper arqueou uma sobrancelha, esperando que ela contasse qual era. — Me fez perceber que nem todos são verdadeiros, nem todos vão te amar, nem todos vão ser sinceros com você. Com o tempo você deixa de ser ingenua e vê como o mundo é de verdade. — falou de modo calmo.

—Meu sonho sempre foi que você nunca descobrisse como o mundo é de verdade, que preservasse a pureza que há em seu coração, que notasse previamente que pessoas que não sabem amar, machucam as que sabem. — mesmo em meio aquele momento, ele ainda preservava algum sentimento bom por ela. Sorriu em meio as lágrimas que já se formavam em seus olhos, e com atrevimento colocou sua mão sob a de Jasper como se para agradecer.

—Você seria a melhor escolha, que eu nunca fiz. — disso ela podia ter certeza. Jasper não a afastou como ela esperava que ele o fizesse. Ao contrário, de forma carinhosa, o Biers acalentou a mão dela de forma carinhosa e suspirou, quase sorrindo.

—Fico quase feliz em ouvir isso. — garante e ela está pronta para dizer algo, mas, antes que o faça, uma tontura a atinge e ela cambaleia. Jasper de modo rápido, a apoia pela cintura. — Bella, o que foi? — não há tempo para que responda, pois antes dele sequer piscar, a mesma perde a consciência causando espanto em todos, logo sendo amparada pelo Biers.

[...]

          Seus olhos se abriram aos poucos, e a mesma mão que ela sentiu apertar a sua antes de seu desmaio continuava lá, lhe dando apoio, encarou tudo a sua volta e arfou quando reconheceu aquele ambiente branco como sendo um hospital. Lembrou-se do que aconteceu na pousada e engoliu a seco, isso a medida que notava a expressão séria e Jasper sob si.

—Rosalie foi buscar um café para mim. — conta, mesmo que ela não pergunte pela amiga. O Biers olha para ela hesitante. — Bella, o médico te examinou e... — é a vez dele de não completar uma frase. — Ele suspeita que você esteja grávida,de acordo com seu desmaio e os enjoos que Rose relatou que você vem sentindo. O mesmo já recolheu seu sangue e em dois dias no máximo terá o resultado. — soltou de uma vez e a respiração da Swan se tornou descontrolada.

              Com lágrimas nos olhos, ela se desesperou. Não. Isso não podia estar acontecendo. Foi o que pensou.

              Então lembrou da noite que passou com Edward sem se prevenir, da menstruação atrasada e dos enjoos que vieram logo depois, junto com esse desmaio.

                  Sim, isso estava acontecendo.

            Afundou sua cabeira no travesseiro, chorando como uma garotinha, se culpando por ter se entregado a um idiota, por ser imprudente e por todas as coisas que aquela mudança acarretariam em sua vida.

                 Ao ver essa reação, Jasper pôde adivinhar que a possibilidade da gravidez era mais que real.

—Céus! Jasper...Meus pais... Isso vai ser um desgosto para eles. — murmura sofrendo e o Biers aperta a mão dela com mais força. — Eu sou tão estúpida, como pude deixar as coisas chegarem a esse ponto? — questionou a si mesma.

             Jasper a olhou seriamente, mostrando todo amor que sentia por ela, desde que a viu pela primeira vez.

—Case-se comigo, Bella. Eu assumo essa criança, você vai  para New York comigo, começamos uma vida juntos. Eu posso ser a melhor que você já fez. — quando ele ofereceu isso, os olhos de Bella se arregalaram, ela ficou surpresa, a ponto de se erguer na cama, sentando-se com o apoio de um Biers preocupado.

              Em meios as lágrimas, ficou incrédula.

—Não posso fazer isso, Jasper...Essa criança não é sua responsabilidade...Você não tem que arcar com as fofocas que todos nessa cidade farão, porque você não cometeu nem um erro. — se negou rapidamente.

—Bella, nós somos amigos. Eu posso fazer isso por você. — garantiu e Bella se esquivou dele, soltando sua mão.

—Não, Jasper, nós não somos amigos. — por fim admitiu a mais pura verdade. — A forma que eu te deixo infeliz ao não te corresponder, nenhuma amiga agiria assim, eu não mereço nada bom vindo de você...E me casar com um cara incrível como você, seria um privilégio que eu nunca seria digna de ter.  — explicou com toda sua dignidade. — Eu vou dar um jeito. — falou tentando convencer a si própria disso.

—Como? Magoando seus pais? Eles não merecem uma decepção, assim como essa criança não merece viver sem um pai presente, porque você sabe que Edward Cullen não irá assumi-la. — não falou aquilo para machucá-la, só forneceu um argumento.

—Jasper...Eu não sei o que responder...O que fazer...Eu preciso de tempo...Me deixe um pouco sozinha, por favor. — pediu e um tanto a contragosto, ele concordou e saiu dali.

[...]

                 O médico marcou a data de entrega dos exames, para comprovar algo que em seu íntimo Bella já sabia que era uma realidade. Ela esperava um filho de Edward.

                 Não voltou para casa com Jasper, preferiu aceitar uma carona de Rose e ser guiada até a fazenda  Biers por ela. O caminho até lá foi silencioso, Bella refletindo sobre seus problemas, e Rosalie tentando dar algum espaço pessoal a ela. Quando estacionou em frente a cerca de divisão, escutou o suspiro de Bella, que naquele mesmo instante decidiu que por enquanto não contaria aos pais sobre sua...Situação. Já sabia que a essa altura eles estavam por dentro do seu desmaio, levando em conta que aquela era uma cidade de fofoqueiros, mas, criaria uma desculpa do tipo queda de pressão.

—Acha que vai conseguir seguir em frente? — A Hale questionou de forma séria, finalmente se pronunciando, e Bella agradeceu por não ser nenhum discurso julgador.

—Eu tenho que conseguir. — foi a única coisa que disse, antes de descer do carro e seguir rumo a entrada da fazenda.

                Como imaginado seus pais já tinham sido avisados de seu mal estar, mentiu bem sobre isso e quando os convenceu que para melhorar precisava descansar um pouco, só ai o soltaram dos abraços preocupados e a deixaram ir para o seu quarto.

               

Chegando lá, de forma hesitante, Bella se aproximou do espelho do cômodo. De forma hesitante e cuidadosa ela tocou em seu ventre e arfou. Lágrimas se formaram em seus olhos de novo, só que dessa vez não foi de desespero. Havia uma vida ali dentro. Gerar um filho é uma dádiva, ela sempre teve certeza disso, e esteve tão preocupada para saber como as pessoas a sua volta reagiriam que nem teve tempo de decidir como ela própria se sentia sobre isso. Não podia culpar o bebê por um erro seu, não podia culpá-lo por seu pai ser um covarde, não podia culpá-lo de nada. Foi ali notou o que estava acontecendo, ela estava deixando Esmee ganhar, estava deixando pessoas como o Cullen corromperem o que ela tinha de melhor. Ela não podia se amargurar por uma decisão errada, quando tinha uma vida de acertos a sua espera. Ela nunca foi de se arrepender, e prometeu ali mesmo que aquela criança nunca seria um arrependimento seu. Iria amá-la com todo o seu coração, e cuidar para que esse bebê honrasse os Cullen, não a maldade deles, iria cuidar para que ele fosse o melhor Cullen que já existiu de forma que fosse gentil, caridoso e amoroso.

 —Nós vamos sobreviver, bebê. Dará tudo certo. Seremos felizes, eu sei disso. — tentou garantir para o bebê, sabendo que ele estava ali.

[...]

           Estava descansando em sua cama, naquela noite escura que sucedeu um dia intenso de surpresas, quando ouviu batidas na porta. Deixou que quem quer que fosse entrasse, e não se surpreendeu ao ver Jasper, sabia que em algum momento o tempo que ela pediu que ele lhe desse acabaria.

            Suspirou e se acomodou melhor na cama, de forma que fitou o Biers seriamente, notando o telefone em suas mãos, junto com um cartão de papel elegante.

—Trouxe o número dos Cullen comigo, e esse telefone, para que ligue para Edward, caso sua escolha seja que ele fique sabendo. — Bella não sentiu que ele estava a pressionando, sabia que aquilo era só Jasper tentando a ajudar a achar uma direção.

—Não vou fazer isso, Jasper...Não posso condenar essa criança a conviver com aquelas pessoas. Como mãe é meu dever escolher o melhor para ela, e não estar ao lado de Edward, isso é o melhor para ela. — conseguia ser sábia o suficiente para saber disso. Jasper suspirou e então colocou o telefone e o papel sob a cômoda dela, logo se sentando ao seu lado na cama.

               De forma delicada, ele puxou algo do seu bolso. Bella engoliu a seco quando viu que se tratava da mesma aliança que usou na festa dos Cullen no teatrinho deles.

—Tudo que eu falei que planejava para nós naquela festa...Veio do meu coração...— começa e Bella continuando com um hábito que criaram hoje, segura a mão dele, e assim encosta sua cabeça no ombro de Jasper, que a abraça pela cintura. — Se se casasse comigo, eu poderia te fazer a mulher mais feliz do mundo. — conta como se garantisse.

—Eu sei...Só não sei se eu poderia te fazer o homem mais feliz do mundo. — lhe comunica disso.  — E além do mais, como eu poderia te pedir para amar um filho que não é seu? — questionou séria.

—Eu amarei essa criança, somente por ela ter uma parte sua. Eu te amo tanto, Isabella Swan, que acho que posso compartilhar todo esse amor com outra pessoa...Poderia amar seu filho ou filha com tudo que tenho e garantir que ele nunca tenha um coração quebrado como o seu foi...Vou apoia-lo nas tempestades, e comemorar com ele suas alegrias. Eu só peço a chance de fazer isso. — comunica de modo firme.

—E se... — Bella suspira antes de falar.  — E se eu aceitasse Jasper? O que acontece a seguir? — indaga alarmada.

—Então, eu te beijaria, colocaria esse anel em seu dedo, e deixaria claro para essa cidade toda que me casarei com a melhor mulher que poderia encontrar. — diz animado, ao notar que ela cogita aceitar.

—Sabe que eu não falo disso. Falo de nós...Eu sei que vou me recuperar, Jasper...Eu só não sei quando, então... — ele não deixa que ela termine.

—Nos casaremos e quando você estiver pronta para mim, eu estarei para você. — falou virando o rosto dela em sua direção, fixando os olhos nos da mulher e agraciando a expressão decidida dela. Achou que ela ia negar mais uma vez, que a dor o atacaria novamente, então...

—O amor é feito de chances, foi o que você me disso uma vez. Estou te dando uma, Jasper, e espero de verdade que você me dê uma também. A chance de tentar fazer dar certo. — após isso, ela hesitou um pouco, antes de encostar sua boca na dele. Fecharam os olhos ao mesmo tempo, de forma que em segundos, Bella entreabriu seus lábios, e deixou que a caricia se aprofundasse, aproveitando o gesto mais doce que recebeu em sua existência. Mal sabia ela que a chance que deu e recebeu ali faria com que toda a sua vida valesse a pena. Porque  é isso, a vida às vezes  faz com que amores errados nos levem para o caminho certo.


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Notas finais do capítulo

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