Chances. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 3
Capítulo 3 - Riso Fácil.


Notas iniciais do capítulo

Sumi, mas, cá estou eu, com mais um capítulo.
Quero esclarecer umas coisinhas para vocês hahaha. No contexto dessa fanfic, Forks é meio que uma cidade rural, repleta de fazendas. E, eu não sei quantos capítulos durarão o "passado" Beward, porque de fato, mais para frente a fanfic será quase completamente Reneslec...Enfim, vocês entenderão isso, logo mais.

Boa Leitura!.



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(Música do Capítulo)

CAPÍTULO 3 – RISO FÁCIL.

NARRAÇÃO: ISABELLA SWAN.

                 Estava me estranhando naquele momento,já fazia mais de meia hora que eu fuçava me armário em busca de uma roupa que me agradasse,e eu não era disso.Por fim,quando percebi  o quão ridícula estava sendo,peguei uma peça qualquer e vesti.

                Sai do meu quarto apressada,esperando não estar atrasada,e passei pela cozinha,onde encontrei minha mãe preparando o café da manhã dos Biers. Dei um beijo rápido em sua bochecha como um cumprimento e ela sorriu.

—Já está indo trabalhar,querida? —ela indagou,enquanto colocava alguns pães na mesa.

           Me remexi um pouco desconfortável não querendo dize-la o que faria agora.

—Humm...Não...Só preciso ir a pousada pela tarde...Vou resolver algo agora pela manhã. —respondi sem dar muitos detalhes,e mesmo desconfiada com meu comportamento,ela assentiu.

     Não era aconselhável que eu a contasse o que estava prestes a fazer. Ela levaria as coisas para um lado errado. Um lado que se baseava na suposição de que eu tinha algum interesse a mais por Edward, e isso era completamente errado da parte dela.

    Para não ficar com fome, capturei uma maça na fruteira e a comi durante o percurso da saída da fazenda.

NARRAÇÃO: TERCEIRA PESSOA.

     O dia estava lindo lá fora. O sol brilhante, as flores bem pigmentadas e os passos alegrando ambiente como sempre. Abriu um sorriso, agradecendo pela milésima vez por morar em um lugar com o ar tão puro.

          Sorriu ainda mais, quando avistou Edward Cullen na cerca de divisão a esperando e foi até lá quase saltitando. — fato que deixaria Alice orgulhosa.

—Preparado para melhor excursão da sua vida? — ela questionou animada. O Cullen se contagiou com seu bom humor e assentiu.

—Estou contando com sua eficiência. — falou a olhando.

         Quando viu que se ela fosse sair pelos portões, teria que dar um volta longa pela fazenda, estendeu a mão em sua direção, para que ela pulasse a cerca, com ajuda dele. Mesmo sendo experiente naquilo, Bella aceitou seu auxilio, e em um movimento delicado aceitou a mão dele, pegou impulso e saltou para o outro lado, e no meio disso acabou se desequilibrando e tendo sua cintura segurada por Edward.

               Os dois se olharam fixamente, e suspiraram ao mesmo tempo, ao notarem que aquilo não era certo.

          Se separaram, e desviaram seus olhares.

           Assim, seguiram o caminho até o lado, conversando sobre Forks, e o que havia mudado desde a última vez que Edward estivera ali. Edward adorou aquela conversa. Bella falava de um modo sereno, simples e calmo. Nada parecia complicado quando se estava com ela. Ela tratava as coisas mais comuns como se fossem algo inédito. Ela não se deslumbrava, só apreciava tudo com uma visão que não era exigente. Diferente de todas as outras pessoas que ele já havia conhecido.

    Sim, ela havia sido arisca anteriormente, mas Edward sabia que aquilo era só uma defesa. Bella, não costumava lidar com pessoas como ele. Com o amigo dela, Jasper, era diferente. O cara nem ao menos ligava para o dinheiro que tinha.

—O que foi? — Bella questionou, ao notar que ele a olhava de uma maneira estranha.

—Só notei o quão bonito é seu sorriso. — Aquilo não é mentira, ele realmente havia notado. Mas não era naquilo que ele pensava, enquanto a fitava daquele jeito.

—Gracejo de garoto da cidade? Bem esperto da sua parte. — brinca, a medida que suas botas surradas se chocam contra a terra, que antecedia o caminho pedrilhado, até o lago.

—Ninguém usa mais, a palavra gracejo. — Edward comenta, afundando suas mãos no bolso da sua calça jeans.

—Forks é bem atrasada. — Bella diz dando de ombros. Sorriu quando o vento alcançou seus cabelos, e acenou para alguns pássaros, como se eles entendessem o que ela estava fazendo.

           Logo, eles avistam o lago de água cristalina, que se encontrava abaixo de enormes árvores, com troncos ocos. Conhecendo cada buraco e falha daquele percurso, Bella deu um jeito de se livrar das suas botas, e colocar os pés na água, que se encontrava quentinha, por conta do reflexo do sol, por toda manhã.

—Tire os sapatos, merece sentir essa liberdade. — ela disse, olhando para ele de um jeito desafiador. Edward fez o que ela pediu, e quase gemeu de satisfação, quando uma pequena sensação de paraíso alcançou seus pés.

—Como conseguem preferir uma cidade barulhenta e cheia de poluição, ao invés  disso? — ela falou apontando para o horizonte ao redor deles. — É como trocar a paz pelo... — Edward não deixou que ela terminasse.

—...Caos. — completou, então suspirou. —Talvez as pessoas que preferem isso, tenham o caos dentro de si. — Edward murmura, então se senta em uma pedra enorme, em meio aquela beleza tão natural.

—Esse caos é um passado ruim? — indaga arqueando uma sobrancelha. Ela queria conhecer Edward Cullen de verdade.

—Na maioria das vezes, sim. — O Cullen diz, forçando um sorriso.

—Qual é seu passado ruim, Edward Cullen? — Bella questiona espontânea como sempre era.

—Meu irmão morreu em um acidente de carro, há um tempo. — responde sem a miníma felicidade. — Parece que quando ele morreu, o meu direito de escolha se foi junto com ele. Tenho que fazer o que meus pais querem, porque eles perderam Emmett, não quero machuca-los ainda mais. — Ele admite e Bella suspira.

—Você o perdeu também, leve isso em conta, e além do mais; Você acha que seu irmão ficaria feliz em saber que você abriu mão da sua vida após a morte dele? — ela questiona com sutileza.

—Não é tão fácil quanto parece. — Edward murmura.

—Claro que é; Só precisa seguir seu coração, agora por exemplo: O que quer fazer, nesse instante? — Bella era realmente muito boa, em não complicar as coisas.

—Ahn...Me jogar nesse lago e limpar todo peso que tenho sob meus ombros. — É o que ele quer.

—Então faça isso. — Isabella incentiva, apontando para o lago. Edward a olha hesitante, e ela revira os olhos, antes de fazer algo que soaria impróprio para qualquer outra pessoa de Forks. Num movimento rápido, Bella tira o vestido leve que cobria seu corpo, ficando apenas de lingerie, e mergulha com maestria, nas águas claras e cristalinas.

               Edward olhou para ela sem acreditar. Aquela garota só podia ser louca.

           Segundos depois, o corpo de Bella emergiu na água, e de lá, ela o olhou sorrindo.

—É simples, se quer fazer algo; Simplesmente faça. — diz e após isso mergulha mais uma vez.

        Guiado por ela, ele livrou-se de sua camisa, e calça e pulou na água. Utilizando das milhares de aula de natação que teve em sua infância, o Cullen nadou até onde Bella estava e a surpreendeu lançando jatos de água na mesma, usando suas mãos.

                Isabella não demorou a revidar, gargalhando a medida que Edward chegava mais perto. Ele não aguentou, teve que se entregar a risada também. Era mais do que simples fazer isso, o riso fácil da Swan conquistava qualquer um.

            Ela era estranhamente incrível. Todas as outras mulheres que Edward conheceu, só se animariam daquela forma ao ganharem uma bolsa cara da Channel, e ainda sim, não seriam tão sinceras quando Bella estava sendo naquele momento. Isabella nem ao menos o conhecia direito, e estava o presenteando com um bom momento.

—Então, qual é a sensação de fazer o que quer, no exato momento em que quer? — ela indaga curiosa, o encarando, dentro da água.

—Boa demais para ser descrita com palavras. — aquela era uma ótima resposta.

—Fico feliz que tenha gostado. — Bella diz humilde.

—Obrigado por me fazer mergulhar. — ele agradece.

—Eu não fiz nada. Você quis mergulhar, então você mergulhou. — ela pisca para o mesmo, quando diz essas palavras.

            Após bons minutos se divertindo no lago, ambos decidiram, que o passeio poderia continuar em outro lugar. Bella se vestiu rapidamente, assim como Edward e juntos rumaram para o centro de Forks, seguindo caminhos sinuosos por meio das florestas. Digamos que Bella conhecia cada canto daquele lugar.

           Olhares tortos e conversas maliciosas surgiram, quando as pessoas avistaram Edward com Bella na cidade, mas a Swan não deu importância aquilo. Sabia o quão maldosos os moradores de Forks podiam ser, estava blindada contra aquilo.

             Tomaram sorvete na praça e continuaram a conversar sobre si próprios, Edward continuava a se encantar ainda mais, com cada risada sonora que Isabella soltava. Ela era tão feliz. Que sua felicidade chegava a quase emociona-lo.

           Visitaram mais alguns lugares, até a hora decidirem acabar com o passeio. Bella se permitiu ultrapassar a soleira da fazenda Cullen, e assim caminhou com Edward pelo belo jardim. Mas ao fim dele, depararam-se com uma surpresa desagradável. Lá estavam Esmee e Carlisle, dando ordens ao jardineiro. Edward suspirou pela infeliz coincidência, prevendo o que viria a seguir.

                Seus pais notaram sua presença, assim como a de Bella. E quando fizeram isso, avaliaram a garota da cabeça aos pés, como se ela fosse um cavalo, prestes a ser comprado, ou na visão mais real diante dos Cullen; Sacrificado.

—Edward querido, quando me disse que passearia um pouco por Forks, achei que fosse sozinho. — Esmee comenta em tom amargo. Ela era bem fácil de ser lida. Bella se sentiu uma intrusa ali, naquele mesmo instante, mas disfarçou.

—Pedi a Bella que me acompanhasse, ela conhece Forks melhor do que ninguém. A conheci ontem, ela é amiga de Alice. — ele explica e Carlisle lança um sorriso falso para a moça. Ele sempre foi o melhor em fingir, mas estava claro que ele a considerava inferior a ele.

—“Bella”? — Esmee repete com certo nojo.

—Isabella, na verdade. — a Swan fala pela primeira vez, naquela situação.

—Ficamos gratos que ajude nosso filho, durante seu tempo aqui. Edward precisa aproveitar suas férias, pois ele logo voltará a Londres, para assumir a empresa da família. — Carlisle diz, e Bella nota que o mesmo, queria deixar claro que Edward era inalcançável para ela.

—Tenho certeza, que ele se sairá bem. — é o que a morena diz.

—Não quer almoçar conosco, querida? — Esmee indaga, a encarando com um desprezo mal camuflado.

—Obrigada pelo convite, mas tenho que negar. Moro na fazenda ao lado, e tenho algumas coisas para resolver. — Bella não se deixaria ser humilhada, por um socialite fútil.

—Podemos marcar para depois, então. — a mãe de Edward, falsamente diz.

—Acho que não. Comidas com veneno não fazem bem meu estilo. — com essas palavras, Bella pisca para ela, e se despede de Edward, indo para fazenda dos Biers.

               Edward suspirou ao vê-la desaparecer em meio aquele cenário, e quando voltou a realidade que o esperava, encontrou olhares nada bons em sua direção.

—Seja o que for que tem com essa garota, não leve a sério. Está claro, que ela não pertence ao  nosso  nível social. Quando as férias acabarem, isso também acaba. — Carlisle falou friamente, recebendo o apoio de Esmee.

—Eu e ela não temos nada. — Edward afirma com os dentes trincados. Não estava gostando do comportamento dos pais, em relação a Swan.

—Espero que continue assim, querido. — são essas as palavras que Esmee diz, enquanto aperta o ombro dele.

—Continuará. — ele não coloca muita convicção naquilo, e com essa frase, faz o mesmo que Isabella; Vai embora. Adentrando a casa da fazenda, rapidamente.

        Enquanto isso, Isabella caminhava, com toda liberdade que tinha, pela área de lazer da fazenda Biers. Acenou para Jasper, quando o viu lendo, em uma das espreguiçadeiras da fazenda, e ele acenou de volta, com um sorriso tão brilhante quanto o sol.

                Seguiu para seu quarto, com a intenção de se trocar e seguir para seu trabalho, e no caminho até ele, lembrou-se da apresentação que teve dos Cullen mais velhos. Eles eram asquerosos. Totalmente.

         Edward de alguma forma, não parecia com eles. Ele tinha algo bom, Bella podia sentir, e era por isso, que confiou nele para que se divertissem naquela manhã.

             Tomou uma ducha rápida, e optou por uma roupa simples. Não demorou muito, para ir até a garagem da fazenda, e usar o carro dos funcionários, que sempre estava disponível para ela; Tratava-se de uma caminhonete laranja, com a tinta desbotada.

          Dirigiu pela estrada de areia, com  animação, enquanto uma música alegre ressoava dentro do carro. Ela gostava de sua rotina, e aquele dia — apesar dos encontros desagradáveis. — estava sendo bom. Revelador, para falar a verdade. Porque nele, ela descobriu que Edward Cullen podia ser uma pessoa muito divertida, e que ele tinha mais a mostrar do que aparentava.

             Foi com esses pensamentos, que iniciou seu trabalho na pousada dos Hale; Ajudou com as louças da cozinha. Trocou os lençóis dos quartos. Limpou a adega do restaurante e quando a noite chegava a pequena Forks, a mesma ainda se encontrava, trabalhando a todo vapor. Limpava as mesas que haviam acabado de ser desocupadas, e sorria para os clientes que a gratificavam com uma gorjeta. Isabella, estava sempre animada, era uma pessoa ativa demais, para não gostar de trabalhar.

           Depositou a bandeja de alumínio, repleta de pratos sujos sobre o balcão, para facilitar o trabalho dos últimos funcionários que estavam ali, ainda na batalha, e nesse momento, uma loira que ela conhecia muito bem saiu pela cozinha, e surgiu a sua frente; Rosalie Hale, a filha dos donos da pousada.

       Rosalie não era mimada. Mas também não era humilde. Ela se encontrava em um meio termo. E como Bella, sempre gostava de ver o melhor das pessoas, preferia acreditar que a parte boa dela prevalecia. As duas até que se davam bem, já que volta e meia, trocavam algumas palavras.

—Forks toda está comentando, que você passeou hoje, com Edward Cullen. — a loira falou a olhando com um ar de desafio.

—As pessoas de Forks são muito fofoqueiras. — Isabella diz dando de ombros.

—Está acontecendo algo, entre você e ele? — ela indagou direta, e Bella a olhou com diversão.

—Não! — responde com tanta firmeza que é impossível, achar que ela está mentindo.

—Tem certeza? — indagou arqueando uma sobrancelha.

—Por que está tão curiosa sobre isso? — Bella rebate.

—Bom, você sabe como mamãe é, desde que Edward chegou a cidade, e ela o conheceu na festa da pousada ontem, ela tem resmungado sobre o quão bom seria se eu ficasse com ele. Só queria me certificar se ele está sozinho. — ela explica e Isabella segura o riso.

—Ele não está sozinho. — revela e Rose a olha mais curiosa ainda. — Ele está preso aos seus pais controladores. E esses por sua vez, nunca deixariam seu querido filho, ter algo sério com uma garota de Forks, independente de quantos bens ela possua. — finaliza, sincera.

—Só está dizendo isso, para me afastar dele.  — a loira murmura convicta, fazendo Bella revirar os olhos.

—Só estou dizendo a verdade, Rose. Simplesmente a verdade. — dito aquilo, Bella decide que é melhor, ela mesma, levar a bandeja para a cozinha.

                   Já era tarde, quando suas tarefas acabaram. Reuniu sua bolsa, tirou seu avental, e seguiu para fora da pousada, onde sua caminhonete estava estacionada e a mesma poderia ir para sua casa. Aquela altura, sua animação começara a diminuir; Estava exausta.

            Quando estava prestes, a abrir a porta de seu carro, notou uma presença camuflada, em meio a escuridão daquela noite. Seus olhos brilharam, quando Edward Cullen, surgiu sob a luz, de um dos postes de iluminação, da fachada da pousada, e em resposta a isso, o Cullen sorriu.

—Eu me divertir de verdade hoje. Queria repetir aquilo, mas não aguentei esperar até amanhã para te convidar para mais um passeio, então fiquei esperando que você aparecesse no jardim da fazenda vizinha, e quando notei que você não faria isso, lembrei de onde você trabalhava e cá estou eu. — ele admitiu, e em um gesto casual, afundou as mãos no bolso da frente de sua calça.

—Você é um perseguidor. — Bella brincou, então não resistiu, logo um sorriso se formou em sua face.

—Então, Swan. Está disposta a continuar o que começamos hoje? — questiona. Bella o olha com diversão.

—Sim. — fala como se não fosse nada.

—Temos que usar seu carro então, peguei carona com um dos funcionários da fazenda que estava vindo para casa. — o Cullen a conta, e ela sorri ainda mais.

—Sei um lugar perfeito para irmos. — Bella anuncia, então em um gesto dramático faz uma reverência, apontando para seu carro, com a intenção de fazer Edward ir até lá. O Cullen ri da lata-velha, e Isabella se limita a revirar os olhos.

         São bons minutos, em meio a uma estrada esburacada, e algumas músicas antigas e conversas paralelas, até que Edward note que os dois estavam quase saindo de Forks.

—Para onde estamos indo? — sua curiosidade fala mais alto. Bella ri, a medida que gira o volante em uma curva.

—Um lugar especial. O meu lugar especial. — conta misteriosa.

—E por que você mostraria o seu lugar especial para mim? — Edward questiona sério.

—Porque confio em você, agora. — ela diz sem se afetar, e aquilo, mexe com Edward de um jeito estranho.

—Você confia em qualquer um,  rápido assim? — quis se certificar, de que aquilo tivesse um significado menor.

—A vida é muito curta, para que eu perca tempo desconfiando das pessoas. — diz dando de ombros, enquanto prestava atenção na estrada.

—E não tem medo de se arrepender disso? — o Cullen questiona, procurando algum defeito naquela garota.

            Com um sorriso sincero, Bella o olhou de esguelha.

—Bom, a vida também é muito curta, para que eu perca tempo me arrependendo. — é com aquela lição, que os dois seguem o caminho até o local “especial”.

           Bella parou o carro velho, em um local escuro e silencioso, e foi a primeira a descer. O Cullen fez isso em seguida, e a encarou confuso, quando tudo que encontrou foi um belo: Nada.

       Só haviam árvores e mais árvores ali.

—O seu lugar especial é um lugar exatamente igual, a todos os outros ao redor da fazenda? — quando Edward perguntou isso, Bella fez algo que o surpreendeu, ela tocou seu ombro com delicadeza, e apontou para um local acima deles.

—Aquele é o meu lugar especial. — tratava-se de uma bela casa na árvore, feita de madeira escura, pertencente a um carvalho, ele supôs. A mesma era sustentada por um tronco, aparentemente forte, e abaixo dela, haviam dois balanços convidativos.

—É um belo lugar. — Edward elogia, ainda encantado.

—É especial. —Bella zomba, pisca para ele, e então passa a sua frente.

          Estando acostumada com aquilo, ela chuta o tronco de leve, e logo uma escada de cordas, cai de um dos galhos altos. Bella engancha seus pés nela, e mais rápido do que o flash se encontra lá em cima.

          Envolvido pela garota, Edward faz o mesmo, e não demora para que os dois, estejam sentados lado a lado numa espécie de varanda da casa. Com os pés balançando, e um sorriso genuíno em seus rostos. Contando somente, com a iluminação da lua e de um lampião que Bella guardava na caminhonete, e que ela havia pego, sem que Edward visse e carregado até lá, os dois aproveitavam o momento.

—Achei esse lugar pouco tempo depois de chegar á Forks. Ele virou uma espécie de refúgio para mim. Pouco tempo depois, eu descobri que havia sido o pai de Jasper que construiu para a mulher dele. Costumava ser o lugar deles, mas eles perderam o costume de vir aqui, então sem que eles saibam, ele se tornou meu. — Bella explicou divertida.

—Eu não tenho um lugar especial. — Edward conta.

—Todos deveriam ter. — Bella afirma. — Um lugar para fugir, quando a realidade é cruel demais. — a Swan completou.

—Como você consegue? — o Cullen questionou em um sussurro.

—O quê? — Isabella questionou em tom baixo também.

—Ser tão feliz assim. — ele diz e ela sorri.

—Eu amo. — aquele é seu segredo. — Eu amo o que tenho, amo de onde eu vim, amo o que me cerca, amo a oportunidade que ganho a cada dia que acordo bem. Eu amo plenamente, sem medos, sem arrependimentos e sem querer mais do que eu tenho. Só quero o que eu mereço. — aquela resposta fez Edward admira-la ainda mais.

—Eu queria ser feliz assim. — admiti e em respota a isso, Bella o surpreende ainda mais, quando com seus dedos delicados, toca a bochecha dele, acariciando aquela área com carinho.

—Então ame. Encontre algo que te consuma e viva isso.  — ela aconselha, ainda acariciando a face dele.

—Minha mãe costuma dizer que o amor, é nossa maior fraqueza. — diz algo que ouviu Esmee repetindo diversas vezes.

—Ela estava errada; O amor é o que nos faz fortes. — Bella afirmou e quando estava prestes, a afastar sua mãos do rosto dele, Edward segurou seu pulso, a impedindo de completar o ato. Encarou os olhos dele de forma intensa, e ofegou.

                   O lugar, a pouca luz, nada daquilo ajudou para que Bella se mantivesse calma. Movido por um desejo estranho, Edward se aproximou ainda mais, inclinando seu rosto na direção do de Isabella. Ele roçou seus lábios nos dela com carinho. Aquilo foi o suficiente, para que Bella fosse ao paraíso e voltasse.  A sensação de borboletas no estomago e garganta seca; Ela nunca havia sentido aquilo com outro.

               Fechou os olhos em antecipação, quando sentiu a respiração de Edward bater contra sua pele e  cada parte do seu corpo tremer, assim que suas testas encostaram uma na outra. Era errado admitir, mas naquele momento ela quis que as mãos de Edward a tocassem, queria sentir o corpo dele contra seu, queria mergulhar fundo naquela sensação desconhecida.

                 Edward não entendia a si próprio naquele momento, se fosse com qualquer outra, ele já teria atacado sua boca com voracidade, e suprido seu desejo. Mas, Bella era diferente.

         Num embate interno entre fazer o que seu corpo desejava, ou o que sua cabeça indicava, ele lembrou-se de determinadas palavras; —Seja o que for que tem com essa garota, não leve a sério. Está claro, que ela não pertence ao  nosso  nível social. Quando as férias acabarem, isso também acaba.

            Então o lado racional venceu. Voltando a realidade, ele se afastou dela, fazendo Bella ficar confusa inicialmente, mas aliviada logo depois.

     A Swan levantou-se aturdida, e ofegante. Quando notou o que estava prestes a fazer antes; Ela havia concedido a permissão para um beijo, que não deveria acontecer.

—Obrigada...Por nos impedir de fazer algo completamente errado. — ela agradece, ainda que no fundo sentisse que havia uma parte sua, que não se incomodaria em cometer aquele erro.

—Eu sinto muito...Por ter me aproximado demais. — o Cullen lamenta com um suspiro.

—E eu sinto muito por não me afastar.  — Bella murmura. — Acho que devíamos ir. — Edward concordou, após aquilo, não havia clima para ficarem.

                  O caminho até a fazenda foi silencioso. Edward pensativo, e Bella sem graça. Ela se perguntava se ele havia desistido de beijado porque sabia o quão insano era aquilo, ou se porque já tinha alguém. Ela não sabia qual era a pior opção, mas em todo caso, preferiu não esclarecer aquilo.

                  O motor do carro parou, quando ela estacionou em frente a fazenda Cullen. Ficaram ali, sentados e calados, por um tempo, até Edward quebrar o silêncio.

—O que aconteceu, fará com que você negue o meu convite de passear novamente, amanhã? — o Cullen questionou.

—Não!. — ele se alivia temporariamente com a resposta. — O que fará com que eu negue é o fato de que eu não posso fazer isso.  — diz sincera.

—Isso o que? — Edward questiona um tanto decepcionado.

—Isso de começar a gostar de você, seja lá como amigo ou qualquer outra coisa. — Bella fala sem se preocupar em admitir. — Eu e você. Não dará certo, de nenhuma forma, e você sabe disso, porque foi por essa razão que não me beijou. — ela é soa esperta, mas na verdade ela só queria saber o motivo real.

—Está certa. — Então, era a primeira opção. Menos mal. — Mas, antes que eu vá, preciso saber de algo; Mesmo soando errado, você quer se aproximar de mim? Seja sincera, por favor. — pede e ela suspira.

—Eu quero. — diz em um sussurro.

É simples, se quer fazer algo; Simplesmente faça. — usou suas próprias palavras, contra ela mesma.

—Eu querer fazer algo, nem sempre quer dizer que eu possa. — fala isso, com um sorriso amargo.

           Edward abre a porta do carro e lança um último olhar decepcionado para ela. O Cullen não entende o porquê, mas algo se quebra dentro dele, quando o carro é ligado e Isabella sai de perto dele, pela segunda vez naquele dia.

[...]

           Quando adentrou a fazenda, a única coisa que Bella desejava fazer era descansar, mas ficou claro que isso não aconteceria, quando encontrou sua mãe, a esperando na cozinha, com uma expressão que dizia “Você está indo pelo caminho errado”.

           Ela nem ao menos questionou Renée. Só esperou, pelas palavras que viriam.

—Mentiu para mim essa manhã. Eu desconfiei, só não pensei na possibilidade de que estaria com o filho dos Cullen. A cidade é pequena, todos estão comentando, por sorte seu pai ainda não ouviu isso. — ela disse alarmada.

—Está tudo bem. Nada aconteceu. — Bella garante. Bom, quase aconteceu.

—Não faça isso, Bella. Não caia na ilusão do garoto rico que se apaixona pela garota simples. Vocês são de mundos completamente diferentes, só quem sairá quebrada disso, será você. — faz seu papel de mãe.

—Mãe, tudo está sobre controle. — Não. Não estava.

—Espero que sim. Você é boa demais para essas pessoas, Bella. A última coisa que quero que aconteça é que minha filha, tenha o coração partido por alguém que não a merece. — com aquelas palavras de carinho, Bella faz algo previsível; Abraça a mulher que lhe deu a vida.

        Enquanto a abraçava, só conseguia pensar se estava sendo sincera ou não, com sua mãe, e com ela mesma.


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Notas finais do capítulo

Tenho que admitir, adoro a personalidade da Bella nessa fanfic!
Comentem!



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