Chances. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 2
Capítulo 2 - A Verdade Sobre Mim.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo!
Boa Leitura!



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CAPÍTULO 2  — A VERDADE SOBRE MIM.

NARRAÇÃO: EDWARD CULLEN.

      Desde pequeno fui instruído a ser o melhor em tudo que faço. Meu pai sempre repetia que eu era um Cullen e que eu deveria honrar aquele título de todas as maneiras que eu pudesse. Esse sobrenome parecia ser algo bom no começo, mas depois tornou-se um fardo. Não serei hipócrita e direi que não gosto dos benefícios que ele me traz. Só que as vezes, eu só queria que minha família não esperasse tanto de mim.

          Meus amigos, tinham que sempre ser aprovados por eles. Eram avaliados como bons ou não para serem amigos de um Cullen. Dane-se a minha afinidade com as pessoas. O que meus pais levavam em conta era a conta bancária delas e seus status.

                Minhas namoradas, tinham que ser filhas de alguém importante, e do estilo fúteis e superficiais. Eu não tinha o privilégio de poder escolher alguém que eu gostasse de verdade, sem pressão.

          Nem mesmo minha profissão foi escolhida por mim. Meus pais nem ligaram para o fato de eu gostar de animais, e de amar cavalos, eles simplesmente decretaram que eu teria que administrar a empresa da família.

        Tudo porque  Emmett, morreu naquele terrível acidente.  Ele era o filho que meus pais queriam,  mas ele se foi, e eu não conseguia dizer não a Carlisle e Esmee porque não queria que eles ficassem mais tristes do que já são, desde a morte do meu irmão. Mas, eu só tinha 11 anos quando ele se foi, suas responsabilidades não deviam ficar em minhas costas.

               Pelo menos uma decisão deles foi boa; a de passarmos nossas férias na fazenda Cullen. Eu adorava aquele lugar. O sentimento de liberdade que ele me trazia. A paisagem.  A calma.

             As pessoas daqui até então não eram muito do meu interesse. Eu via essas criaturas de cidade pequena, como seres intrometidos e desinteressantes. Até essa manhã, onde conheci  Isabella. Ela tinha algo diferente. Uma coisa que eu não pude identificar. Só sei que essa coisa me fez olhar para ela de um jeito que eu nunca olhei para nenhuma outra garota.

              Só sei que ela tinha um olhar feliz.  Eu vi poucos daquele em minha vida.

          Quando a mesma partiu com uma expressão que dizia que ela queria ficar, eu só pensei na enorme vontade que eu senti de pode-la ve-la novamente. Assisti Alice Brandon me mostrar as mudanças de nossa fazenda, enquanto a única coisa que estava fixa em minha mente eram os olhos castanhos de Isabella.

           Quando conclui que aquela expedição era o suficiente, me despedi da cuidadora e segui para a casa da fazenda. Onde havia combinado com meus pais que almoçaria com eles.

            Lá estavam eles com a postura fria e inabalável de sempre. Discutindo sobre algo que eu não queria que fosse do meu interesse, mas que eles certamente fariam ser.

—Edward, querido, aprovou a cuidadora? —minha mãe indagou, quando eu me acomodei em meu lugar na mesa.

               Bom, se eles mudaram de assunto, é porque eles não me achavam bom o bastante para falar sobre ele. Não sei se me ofendo, ou se me sinto aliviado.

—Ela parece eficiente. —comentei como se de fato tivesse prestado atenção nela, não em sua amiga de olhos felizes.

—Você é um Cullen, Edward...A palavra “parece” não pode existir em seu vocabulário; ou a garota é eficiente,  ou não. —lá estava meu pai me repreendendo como sempre. Nada era bom o suficiente para Carlisle Cullen. Eu não era bom o suficiente.

                    Era incrível como na frente de todas as outras pessoas, eu era elogiado como o filho perfeito dele. Mas quando estávamos sozinhos, o mesmo se tornava o melhor em me criticar, e mostrar a cada segundo o quão incompetente eu era por não atingir a perfeição que Emmett atingia.

—Sendo assim...Ela é muito eficiente. —murmurei,  ganhando um olhar satisfeito dele.

—Me diga, Edward...Você disse que convidaria James para passar as férias conosco. Ele virá?. —Esmee questiona, a medida que uma das empregadas lhe serve, seu suco detox.

             James Connor, o cara que recebe o título de meu melhor amigo, e que surpreendentemente é aprovado por meus pais. James é filho de um dos sócios de Carlisle, e assim como eu, frequenta a faculdade de administração. Só que ao contrário de mim, seus pais não o controlavam.

—Não...Ele vai para Grécia nessas férias. —conto sem muita animação. Seria bom te-lo aqui.

—Oh, que pena. Ele é adorável. —ela diz,  tentando fazer uma expressão de que sente muito.

—O que pretende fazer amanhã, Edward? —meu pai pergunta, virando-se para mim.

—Cavalgar um pouco. —respondo no mesmo instante.

—Ótimo! A noite iremos a uma pequena festa na pousada do Hale. —meu pai comunica.

—Tudo bem. —resolvo não criar caso, e assim seguimos o almoço mais frio e indiferente da história.

              A tarde se passou de forma rápida. Visitei mais algumas áreas da fazenda, sendo guiado pelos empregados, e depois aproveitei para ligar para o meu melhor amigo, com a intensão de saber das novidades. Logo, fui comunicado que ele arranjou mais uma paixãozinha rápida, daquelas que ele arruma quase toda semana.

                      A noite chega e eu tenho mais uma refeição agradável com meus pais. Por estar cansado em decorrência da viagem, decido que preciso de uma boa noite de sono e assim sigo para meu quarto.

            Penso que terei uma noite sem turbulências, mas me engano, após algum tempo de sono, acordo atordoado, quando sonho com Isabella.

             Como posso sonhar com alguém que só vi uma vez? Como posso sonhar com alguém como ela? Alguém que obviamente nunca se encaixaria nos padrões dos Cullen, nem para uma aventura.

          Decido que preciso respirar um pouco, para deixar esse sonho de lado e assim abandono meu quarto e sigo para o jardim da fazenda. Ao me aproximar da cerca de proteção, resolvo ficar por lá, só que para meu total desespero, eis que uma garota surge do outro lado. A alguns metros de distância. Lá estava Isabella, me olhando fixamente. Eu espero que ela se aproxime e fale comigo, mas ela não o faz. Simplesmente me dá as costas, parecendo atordoada. Não demoro a notar que não sou só eu que fico afetado com a sua presença. Ela também fica com a minha.

{...}

          A chegada da manhã fora anunciada com o sol adentrando pela janela do quarto em que eu estava hospedado. Eu mentiria se dissesse que os sonhos com Isabella não ocorreram mais ao longo da noite. Pois,  eles aconteceram, e pareciam bem mais reais, após eu te-la vista de novo. Mas, em todo caso,os sonhos não eram ruins. Ruim, era o que aconteceria se eu os levasse a sério.

           Não tomei café da manhã com meus pais. Não quis estragar meu humor, em uma refeição com eles, me enchendo sobre coisas completamente fúteis e desnecessárias. Por isso decidi fazer algo que eu realmente queria desde que cheguei aqui ; Cavalgar.

        Parti para o estábulo, onde eu escolheria um cavalo, que me agradasse e chegando lá, me deparei com Alice, alimentando alguns animais, com um sorriso no rosto. Ela gostava deles, tanto quanto eu.

—Mr. Cullen. —ela cumprimentou educadamente, quando se deu conta da minha presente. Fiz uma careta. “Mr. Cullen” era meu pai.

—Por favor, Alice, me chame apenas de Edward. —pedi com um meio sorriso, ela assentiu, não vendo problemas nisso.

—Então, Edward...Posso te ajudar em algo? —questionou simpática.

—Sim...Eu resolvi cavalgar, mas preciso escolher um cavalo...Me indica algum? —questionei com a mesma simpatia.

—Na verdade...Eu acho que temos um que você vai gostar. Me siga, por favor. —fiz o que ela pediu de forma animada. Eu realmente sentia falta de cavalgar.

                 E então paramos de frente a uma das cabines e ela apontou para sua sugestão.Tratava-se de um puro sangue lusitano, com a pelagem preta e porte grande. Ele era lindo. Simplesmente lindo.

      Me aproximei o máximo que pude, olhando encantado para ele, e sem conter meus impulsos, alisei sua crista, esperando uma reação selvagem de sua parte, mas ele apenas abaixou a cabeça, como se aprovasse minha ação.

—Ele chegou há duas semanas. Seu pai pediu que Laurent conseguisse mais cavalos para a fazenda, então esse foi o escolhido. Ele ainda não tem um nome, e nem mesmo eu, cavalguei ainda nele. O mesmo é um tanto indomável, desde que veio para cá, mas ao que parece, ele gostou de você. —eu continuava sorrindo ao observar o cavalo.Ele parecia tão dócil.E aparentemente era tão novo.Talvez ele só tivesse com medo de estar ali, e não conhecer ninguém confiável.

            De repente me lembrei da conversa que tive com Isabella quando a conheci, sobre quando falei que cavalos eram animais leais e sorri ainda mais.

Leal...Esse será seu nome. —anunciei, enquanto ainda o acariciava. O mesmo fez um rugido, que eu considerei como  uma aprovação. —Então, amigão, que tal vermos do que você é capaz? —perguntei para o animal, acho que esperando uma resposta.Ri, quando percebi que ela não viria.

            Com a ajuda de Alice coloquei todos os equipamentos de montaria; sela, esporas e o cabresto.Tudo para facilitar a cavalgada.

—Quer que eu te acompanhe?  Não é bom cavalgar sozinho. —Alice se ofereceu e eu vi aquilo como uma ótima ideia.

—Claro. —falei concordando.

         Ela logo apareceu montada em uma égua de pelagem branca,tão bonita quanto Leal. Avisei a Brandon que não precisaria de suas instruções para montar, pois já tinha conhecimento sobre assunto.Tudo isso resultado do bom tempo de hipismo que tive. Isso antes de eu ter que me tornar o filho perfeito dos Cullen.

           Leal ficou um pouco arisco no começo,mas com algumas palavras sussurradas minhas, o mesmo entendeu que poderia confiar em mim.Tomei suas rédeas, e logo os galopes foram ouvidos, a medida que juntos galopávamos pelo enorme espaço verde que a fazenda apresentava. Eu me sentia voando,enquanto a velocidade aumentava e eu atingia mais quilômetros, a medida que corríamos. Naquele momento, me senti tão livre, quanto eu sempre desejei estar.

          Alice já não acompanhava nossa velocidade.Ela apenas nos olhava com um sorriso. Parei Leal, e esperei que a Brandon chegasse até nós, e isso não demorou a acontecer.

—Você não estava brincando...Você é bom...Domou um cavalo bravo de primeira. Nem mesmo eu consegui essa artimanha. — ela elogiou.

—Não foi tão difícil assim...Ele não era indomável...Ele só se sentia mal compreendido...Entendo um pouco sobre esse sentimento. —comentei, falando sobre mim mesmo.

                 Sem mais conversa, voltamos a cavalgar. Passamos até por um lago que eu costumava nadar, quando era criança e vinha passar minhas férias aqui. Eu realmente deveria arranjar um tempo para fazer isso novamente.

              Quando chegamos próximo a casa da fazenda, vi meu pai me observar da varanda e quase arregalei os olhos, quando vi o sorriso que ele lançou ao me ver montando. Era parecido com alguns que ele lançava para Emmett. Mas ele tratou de logo disfarçar. Não me importei. Estava feliz por meu pai ter me olhado daquele jeito, pelo menos uma vez.

               Só que essa felicidade estranhamente diminuiu, quando mais uma vez me peguei observando a cerca de divisão da fazenda e encontrei uma cena que me incomodou. Bella estava sentada nela ,mas não estava sozinha.Havia um cara alto e loiro com ela. Eles conversavam e trocavam sorrisos e pareciam se dar muito bem. E o cara olhava para ela, como se a mesma fosse uma deusa. Era claro que estava completamente apaixonado por ela.

             Acho que meu incomodo se evidenciou, quando parei o cavalo e continuei observando os dois. Ma,  ao que parece eu não era o único incomodado, pois Alice parou ao meu lado e fixou seu olhar neles.

—Quem é aquele cara? —não me contive.

—Jasper Biers. Ele é filho de Caius Biers. O dono da fazenda vizinha. —havia algo diferente na sua voz ao falar sobre esse cara, mas eu resolvi não me focar muito naquilo.

                  Biers. Eu já havia ouvido aquele sobrenome outras vezes e olhando direito para esse tal Jasper, acho que até já o vi em outra ocasião.

—Ele namora com Bella, há muito tempo? —perguntei com um suspiro,e Alice me olhou exasperada.

—Não! Ele e Bella não tem nada. —ela quase gritou ao dizer isso,e logo notou seu comportamento —...Quero dizer...Ele e ela são bons amigos. —foi mais contida, ao responder isso.

—Bom...Pelo jeito que ele a olha, não parece que ele quer continuar sendo  só “um bom amigo” . —comentei com ironia.

           Eu não havia gostado daquele cara.E minha empatia era gratuita.

—Você está enganado...Jasper é só uma pessoa amorosa,ele olha para todo mundo daquele jeito.Ele é bom.Ele faz bem as pessoas. —quando recebi aquela chuva de elogios ao cara,notei o que estava evidente.

—Você gosta dele. — falei me sentindo um estúpido por não ter notado antes de falar todas aquelas coisas.

—Não!...Eu...Jasper não quer ninguém agora...Ele está acabando a faculdade...E Bella e ele...Nada acontece entre os dois...Bella é minha melhor amiga,eu saberia se eles tivessem algo. —disse totalmente sem graça.

—É...talvez eu esteja errado. —comentei, mas no fundo eu sabia que não estava e se for para ser sincero, até Alice sabia que eu não estava.

                  Havia uma parte louca minha que queria ir até onde os dois “amigos” estavam para cumprimentar Bella e averiguar a situação. Só que eu também tinha uma parte sensata que me alertava que esse ato seria ridículo. Eu nem sequer conhecia Bella direito,não tinha que me incomodar com os tipos de pessoa que ela anda.

            Assim dei meu passeio por encerrado.A situação anterior me incomodou muito mais do que pensei.Guardei Leal e assim fui até meu quarto, decidido a ficar trancado lá até a hora da festa na pousada dos Hale.

{...}

          Quando cheguei a tal festa não me senti nenhum pouco animado com o que encontrei. O lugar era pequeno, as músicas péssimas e as bebidas no minimo ultrapassadas. Aquela mistura de ingredientes estranha que eles faziam, com certeza não poderia ser definida como um drink. Fala sério, será que aquelas pessoas já ouviram falar em Bourbon?.

             Parei minha divagação sobre as bebidas horríveis,quando meu pai me apresentou a Rosalie Hale; a filha dos donos da pensão. Ela era até bonitinha, mas acabou me irritando quando exaltou todas as qualidades exuberantes de Forks.

          Todas as pessoas nos tratávamos como se fossemos celebridades, só porque morávamos em Londres. E essas mesmas pessoas me trataram de um jeito diferente — falso — por eu ser um Cullen.

         Estava prestes a inventar uma desculpa aos meus pais para poder voltar a fazenda, quando meus olhos verdes fitaram uma mulher pálida e de sorriso fácil que acabara de fugir para a varanda do segundo andar da pousada. Onde a festa estava acontecendo.

NARRAÇÃO: TERCEIRA PESSOA.

        Edward a seguiu mesmo sem entender o porquê,fazendo Bella tomar um susto ao vê-lo. Os olhos chocolates dela se arregalaram por sua presença,mas ela logo se recompôs,tentando fingir indiferença,e apoiou suas mãos no parapeito de ferro de frente para ela.

—Você sempre aparece onde estou...Vou começar a achar que é destino. —Edward murmurou,querendo puxar conversa.

          Bella se virou na direção dele, quando o mesmo posicionou-se ao seu lado na sacada, e tentou responder aquilo de um jeito que não demonstrasse que ela se afetou com o comentário.

—Bom...Não é destino...Na primeira vez que nos vimos eu só estava visitando minha melhor amiga com faço sempre. Na segunda eu só estava no lugar onde eu moro aproveitando uma bela noite...E hoje eu estou no lugar em que trabalho, tentando me divertir na festa que meus patrões me convidaram. —ela deu uma resposta a qual considerou adequada.

—Você se lembra de todos os momentos que nos vimos. —Edward notou.

—Não são muitos. —Bella disse dando de ombros.

           Só nesse momento Edward reparou o quão bonita ela estava.O vestido florido que a mesma usava dava um ar de inocência a ela. Coisa essa que Edward suspeitava que ela tinha de sobra.

—Te vi hoje, enquanto estava cavalgando...Você estava com um cara. —o Cullen comentou meio a contra gosto.

—O que está tentando fazer? —Bella questionou,ignorando o comentário de Edward. —Está tentando se aproximar de mim,só porque eu sou uma garota caipira do campo e você é um Cullen que consegue a tudo, e conseguirá até a mim, se quiser? Olha...Para as outras pessoas isso pode até significar algo, mas para mim não. Eu não dou valor as pessoas por seus sobrenomes. Isso é só uma palavra que está registrada na sua certidão de nascimento. —a declaração da Swan pegou Edward totalmente de surpresa.

—Por que tem essa impressão sobre mim? Por que está me julgando antes mesmo de me conhecer? —ele perguntou, incomodado com a sinceridade dela. As pessoas nunca eram sinceras com ele.

—Não estou te julgando...Só estou alertando...Eu não sou o tipo de garota que acredita que filhos de empresários ricos querem só a amizade de pessoas que eles consideram inferiores a eles. —continuou sincera.

—Então o tal Jasper Biers é uma exceção? —Edward não resistiu aquela ironia.

—Eu poderia ditar mil motivos que justificam o porquê dele ser uma exceção. —Bella disse convicta.

—Sabe... Quando te vi pela primeira vez soube que você era diferente. —a Swan revirou os olhos com aquela declaração. —Agora entendo porquê...Você é a primeira pessoa que fala o que todos pensam sobre mim no fim das contas; Todos me consideram uma filhinho de papai mimado. —Edward disse amargo.

—É isso que você é? —Bella questionou.

—Eu te responderia se soubesse. —aquela resposta sensibilizou a Swan, porque ela soava extremamente sincera. —A verdade sobre mim é que eu passo tanto tempo sendo o que os outros querem que eu seja, que eu não sei quem sou de verdade. —Edward não entendia porquê estava desabafando com uma garota que só conversou por breves minutos.Ele só sentia que podia confiar em Bella. Logo notou que deve ter sido isso que Leal sentiu em relação a ele.

—É disso que se trata a vida, certo?  Uma eterna busca por si mesmo. Se serve de consolo pelo menos você sabe o que faz bem...Isso já é meio caminho andado...Números,estou certa? É para isso que você estuda,não é? —ela questionou querendo consola-lo.

—Eu gosto de números...Mas não é isso que eu amo...Eu amo cavalos, monta-los, doma-los...Sabe quando você faz algo em que você realmente sente que é bom? Aquela sensação de estar completo? — indagou.

—Não...Eu não sei,nunca senti algo parecido com isso...Eu vivo como se algo faltasse, e não sei o que é. —Bella confidenciou, meio sem graça por admitir aquilo.

—Talvez não seja algo...Talvez seja alguém. —Edward disse a olhando intensamente.

—Eu duvido muito. —comentou,então desviou os olhos dos dele. —É...Me desculpe por ter sido tão áspera com você... Acho que não estou acostumada a fazer novas amizades, sempre fui uma garota de cidade pequena, poucos amigos e essas coisas. — Bella pediu, sentindo sem graça por seu comportamento anterior.

—Da onde você é? — Edward questionou com curiosidade. Querendo deixar ela confortável. Bella sorriu antes de responder.

—Nebraska. —respondeu ainda sorrindo, assim como Edward.

—Bom...Isso não me parece surpreendente. —  O Cullen comentou e ela gargalhou. Edward gostou do som daquela risada, de como ela era natural e graciosa. 

—Por que?  Eu tenho aparência de uma garota do campo? —Bella questionou finalmente o olhando.

—Sim...Mas isso não é ruim. Te faz diferente. Talvez seja nisso que você é boa. Em ser você mesma,sem precisar da aprovação de ninguém. —Edward afirmou e Bella suspirou.

—Talvez as pessoas não esperem muito de mim, por isso não me sinto pressionada. —a Swan disse reflexiva.

—Como assim? —Edward não entendeu.

—Eu sou a filha dos caseiros da fazenda Biers, uma garota do Nebraska, o máximo de expectativa que as pessoas tem em relação a mim é que eu me case com alguém tão simples quanto eu, que tenha filhos que serão também simples, e assim o ciclo recomece. —Bella disse sincera. —Já você...As pessoas esperam muito de alguém como você. —a Swan comentou e Edward teve que concordar.

—Sabe...Faz muito tempo que eu vim aqui, e há lugares que eu realmente não conheço...Talvez você pudesse me guiar. —Edward deu a entender que queria a companhia dela.

—Por onde quer começar? —o Cullen se surpreendeu por ela aceitar sem hesitar.

—Ahn...Não sei...Que tal aquele lago pelo dos estábulos?Eu gostava de lá,quando era criança. —falou um pouco nostálgico.

—Então nos encontramos amanhã na cerca de divisão,serei sua guia por Forks...Agora eu tenho que ir, Jasper deve estar louco atrás de mim. —falou sorrindo, e antes que Edward pudesse ficar de mau humor com a menção de Jasper ,Bella o presenteou com um doce e carinhoso beijo na bochecha.

              Ele tocou aquela área de sua pele quando ela saiu e sorriu. Isabella era realmente especial.


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Notas finais do capítulo

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