No oceano do amor escrita por Alyssa Sullivan


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Uma das amazonas bateu com o cabo de madeira da lança na cabeça dele, o fazendo desmaiar.

— Edward? – gritou Bella – Não façam nada com ele!

— Você não está em posição de exigir alguma coisa! – repreendeu Nanny.

A respiração de Bella está ofegante. Levaram Edward para longe de sua vista.

***

Jogaram Bella no interior de uma casa e colocaram uma trava de madeira na porta. Ela não conseguia enxergar nada ali. Então decidiu levantar-se para empurrar a porta, mas foi em vão. Ela sentou-se escorando as costas na parede fria de barro, colocou as suas mãos em seu rosto e chorou.

***

Edward abriu os olhos lentamente, tudo estava girando ao seu redor. Ele conseguiu apenas ver a luz de uma tocha iluminando o que parecia ser um teto rochoso. A sua cabeça estava dolorida e também sentia muito frio. O forasteiro não sabia dizer se era dia ou noite. Tentou se sentar percebeu que estava nu e imediatamente cobriu as suas partes. Sua cabeça latejava e tinha algo preso ao seu pescoço que o incomodava.

— Não pode ser! Que merda! – era uma corrente presa ao seu pescoço.

O forasteiro ouviu som de passos vindo em sua direção. Ele olhou para onde estava vindo uma luz amarelada. Ele viu algo que parecia inacreditável para aquele local, barras de bambu lembravam as de celas de uma cadeia. Haviam duas mulheres montando guarda na porta. A matriarca se aproximou das grades.

— Não precisava ter tentado fugir. Nós te demos tudo que um homem solitário poderia querer. Um lar, comida, todas as mulheres que lhe quisessem, mas você não quis, trocou tudo isso por uma ilusão de se partir em alto mar pela possibilidade de voltar para a sua antiga vida.

— Eu poderia ter tudo isso que a senhora disse, mas não poderia nem ao menos tentar de algum modo voltar para casa. Eu sou livre nas minhas escolhas!

— Escolhas ruins que o senhor fez. Toda escolha tem consequências e as suas não serão diferentes – a mulher idosa se aproximou ainda mais – Agora me diga: por que escolheu Isabella para esse suicídio?

— O porquê, você não entenderia. Eu a amo!

— Homens não sabem o que é o amor. O seu caso não é diferente – a matriarca fez uma breve pausa – Nós estamos lhe dando uma chance de se redimir. Espero que coopere.

— Eu não esperaria isso se eu fosse você.

***

Era quase meio dia e o clima estava muito quente. Onde Bella estava não tinha praticamente quase nenhuma circulação de ar. Ela estava muito suada e com sede. A amazona escorava suas costas na parede. Mesmo com todo o desconforto em sua mente só vinha Edward. De repente a porta se abriu e Rosalie entrou trazendo uma cesta com alimentos e uma jarra de água. A jovem levantou desesperadamente e tomou vários goles de água rapidamente.

— Você tem notícias do Edward? – perguntou Bella.

— Não, mas acredito que ele esteja bem em algum lugar! – Rosalie olhou para o chão e depois voltou a olhar para Bella – As outras estão comentando sobre você e... – a amazona respirou fundo – e que talvez você seja punida.

— Punida? Punida pelo quê? – Bella sentou-se no chão com a cesta perto de si.

— Por o Edward ser propriedade da aldeia!? – Rosalie falou com um tom de incerteza.

A amazona juntou-se a outra ao se sentar no chão.

— Eu não tô ligando muito para isso! Eu só quero que o Edward fique bem e volte para casa.

Rosalie assentiu com a cabeça.

— Nossa! Agora eu lembrei que os outros homens devem está esperando vocês – Rosalie fez uma pausa – Ainda dá para resgatar o Edward e todos saírem daqui.

— É quase impossível saber onde ele está! E corre o risco dos outros homens terem partido sem nós.

Rosalie tocou no ombro de Bella.

— A gente pode verificar se eles partiram ou ainda continuam aqui e ... o Edward a Renée pode descobrir onde ele está.

— Não posso contar com a Renée! – Bella desviou o olhar.

— Por que? Não podemos fazer isso sem ela.

— Ela me traiu! Foi ela que contou que iriamos fugir! – Bella falou quase chorando.

— Você tem certeza?

— Só pode ter sido ela. Era ela que não queria que eu fugisse.

— Entendo – Rosalie mexeu no que tinha na cesta – Eu vou te ajudar! O que aconteceu antes não vai se repetir!

— Obrigada! Mas eu não sei o que podemos fazer agora.

— Precisamos de mais alguém para ajudar. Você consegue pensar em alguém?

— Não sei... talvez a Ângela...

A porta foi aberta mais uma vez. Era Renée.

— Pode nos dar licença, Rosalie?

— Claro! – Rosalie se levantou e saiu com dificuldade da casa, fechando atrás de si.

Bella permaneceu sentada no chão.

— Bella...

— Não começa. Eu não quero ouvir a sua voz.

— Eu só ia te explicar...

— Porque você me traiu. É isso?

Renée arregalou os olhos.

— Eu sei que foi você que contou para as outras que eu ia fugir com o Edward – Bella ficou de pé e encarou fixamente Renée – Eu que não tinha como elas se reunirem tão rapidamente sem que ninguém tivesse contado. Eu sei também que eu nunca faria isso com você.

Olhos de Bella ficaram marejados.

— Tudo que eu fiz foi para o seu bem – Renée se aproximou da filha – As pessoas do continente podem ser muito cruéis. Você não conhece nada de lá como eles: vivem, se organizam.

— Eu ia ter o Edward!

— E se isso não fosse o suficiente? E se ele não quisesse ficar mais com você? Você poderia se tornar uma prostituta ou passar fome.

— Ele me ama! Eu sei disso!

— Pode até ser, mas será que a família dele te aceitaria? Será que ele não seria deserdado? Ou se ele é pobre que vida você teria? Viver suja, comendo o resto dos outros.

Bella não havia pensado nisso. O que a família dele pensaria dela?

— Isso não muda o fato que você foi egoísta e agiu pelas minhas costas – Bella se afastou – Eu não quero mais falar com você!

***

O sol ainda raiava, mas Edward sentia muito frio. Ele já imaginava que a noite poderia ser ainda pior naquele lugar úmido se o marujo não tivesse nada para aquece-lo. O jovem tinha avaliado o local ao longo do dia e não conseguiu encontrar nenhuma saída.

Nanny apareceu acompanhada de Sam e outra amazona. Edward instantaneamente tentou se cobrir com as mãos.

— Então, está mais à vontade para cooperar? – perguntou a amazona.

— Não, estou muito bem.

Nanny sorriu sem humor.

— Qual o seu problema? Qualquer tendo que dormir com várias mulheres ficaria feliz. Por que você não ficaria?  Por que você não faz esse favor?

— Porque seria para vocês! E se eu bem lembro: vocês não querem que eu seja livre. Na verdade, eu sou um escravo.

Nanny se aproximou das grades de bambu.

— Para clarear a sua mente é bom ficar sem comida por um período. Mas tudo pode mudar com um sim!

Nanny e as outras saíram. Edward ficou apenas com as tochas iluminando do lado de fora da cela.


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Notas finais do capítulo

Digam o que acharam ;)



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