No oceano do amor escrita por Alyssa Sullivan
Notas iniciais do capítulo
Tenham um ótimo final de semana!
— Se levante agora! – disse Renée em tom de ameaça.
Bella congelou na hora.
— Espera! Eu ...
— Se levante AGORA! – Renée pronunciou pausadamente.
Edward levantou-se lentamente tentando cobrir as partes íntimas.
— Mãos para cima! – ordenou Renée.
Bella sentou-se.
— Vista-se! – Renée jogou o vestido em cima da moça – Você para trás!
A amazona estendeu o facão.
— Calma! Eu n-não vou fazer nenhum mal a ela.
— Fique longe – afirmou Renée.
Bella colocou o vestido rapidamente e ficou de pé. Renée puxou a filha para de trás dela.
— Vamos Bella – Renée saiu puxando Bella.
— Não precisa disso, Renée.
— Não vá atrás de nós!
Renée se embreou na mata segurando Bella pelo braço. As duas estavam correndo.
— Renée... Renée...
Por mais que Bella chamasse a amazona parecia não se importar, até que a jovem desvencilhou o seu braço abruptamente.
— Bella!
— Você tem que me escutar!
— Não temos tempo! Vamos! – Renée tentou segurar a mão de Bella que desviou.
— Ele não é uma ameaça!
— Você não o conhece!
— Você que não o conhece – Bella disse em alto tom.
— Você pelo menos entende o que vocês estavam fazendo ali?
— Tem amazonas que fazem coisas parecidas...
— Isso é diferente. É um estranho, um aproveitador. Há quanto tempo ele está aqui?
— Há uns 5 dias.
— Ainda dá tempo de avisar o conselho.
— Você não vai contar nada para elas. Falam que os homens são maus e cruéis, mas vocês mataram uma criança! – Bella lançou essas palavras com nojo.
— Como...?
— A Rosalie me contou. Isso foi bárbaro! Não sei como a Sam consegue olhar para vocês.
— Na época eu fui contra.
— Mas não impediu!
Renée se aproximou da filha.
— Não vamos cometer os mesmos erros do passado!
— Eu não posso... eu não consigo confiar em você.
— Você pode confiar em mim. Eu te amo. Tudo o que eu fiz foi para te proteger!
Bella ficou pensativa.
— Então não conte nada sobre o Edward. Ele e uns amigos estão planejando sair desta ilha.
— Há outros?
— Sim. Mas não conte para ninguém!
— Bella... eu não sei ...
— Me prometa!
Renée ficou em silêncio.
— Eu prometo!
— Obrigada! – Bella abraçou a sua guardiã.
— Eu preciso voltar para o Edward.
— Você tem que está na reunião hoje à noite.
— Eu vou está!
Bella voltou para o mesmo lugar onde estava com o Edward, mas não o encontrou. Depois de olhar melhor viu a sua silhueta dele nas sombras. Ela se aproximou até que ele percebeu a sua presença.
— Achei que você teria problemas! – exclamou Edward.
Bella o abraçou.
— Vai dar tudo certo – Bella o soltou.
Os dois carregaram lenha até a choupana. Edward reparou nas coisas que ela trouxe que estavam espalhadas no ambiente.
— Vamos ter um ótimo jantar – sorriu Edward olhando para ave.
— Na verdade só você porque eu vou ter que ir a uma reunião das amazonas hoje.
— Eu... não perguntei, mas o que a aquela mulher te disse?
— Ela não vai contar nada. Ela prometeu!
— Eu tenho que admitir que eu fiquei com medo dela – Edward olhou para chão.
— Você em breve voltará para casa – Bella se aproximou.
— Queria que você viesse – Edward a olhou nos olhos.
— Eu ainda estou pensando.
Edward a tomou nos braços segurando ela pela cintura. Bella tirou o vestido e ligeiramente Edward se livrou das suas calças.
***
Bella deixou a ave fritando e as castanhas para Edward. Ela foi antes do anoitecer para aldeia das amazonas. Provavelmente só voltaria pela manhã do outro dia.
Quando a amazona chegou na aldeia ela esperou, mas o tempo parecia ir devagar. O crepúsculo vinha lentamente. O céu parecia brincar com o contraste das cores. Algumas amazonas juntaram grandes pilhas de lenha para fazer uma enorme fogueira.
Alguém tocou o berrante. Assim anunciando que todas poderiam se reunir no meio da aldeia. Cada mulher deixou o que estava fazendo para ir ao local da reunião.
Rosalie se aproximou de Bella.
— Será que elas vão revelar mesmo todos os segredos? – Rosalie perguntou.
— Eu não sei de mais nada! – exclamou Bella.
Acenderam a fogueira que era uma grande labareda de fogo. As mulheres ficaram em um semicírculo. Doze amazonas se puseram na frente das outras e ancião estava no meio. Ele vestia um manto preto que cobria do pescoço aos pés.
— Irmãs, hoje venho para falar a vocês porque repudiamos os homens e porquê estamos aqui – iniciou a matriarca – Há mais ou menos 16 anos vivíamos em um pobre vilarejo. Trabalhávamos até quase a exaustão para vivermos para que os nossos filhos tivessem o que comer. Mas a vida sempre pode ser mais cruel – ela fez uma pausa – a guarda imperial montou um forte perto de onde morávamos e foi aí que iniciou o nosso pesadelo. Eles cobravam impostos muito caros e se quisemos comer e não tivéssemos com que pagar tínhamos que oferecer os nossos corpos. Muito maridos e filhos não se importaram em nos usar como moeda de troca – Renée desviou o olhar – Perdemos a nossa dignidade. Então alguns de nós se rebelaram a maioria eram mulheres, é claro. E o que eles fizeram?! Trancaram mais de 40 pessoas numa capela e atearam fogo... Até hoje quando eu vou dormir eu escuto os gritos. Decidimos ir embora o mais longe que pudéssemos.
Bella levantou a mão.
— Mas como vieram parar aqui? – perguntou Bella.
— Pegamos uma embarcação com homens tão imundos quanto aqueles soldados. Depois que chegamos aqui nós os matamos.
Todas ficaram em choque com a última declaração. Uma pequena onda de burburinho começou a se formar.
— Silêncio! – ordenou a matriarca.
As amazonas ficaram quietas.
— Nós lutamos para sobreviver. Para ter o que é nosso hoje! – vociferou Jane – Não temos guerras, não passamos fome. Temos a nossa dignidade! – ela bateu no peito com orgulho.
A multidão gritou de euforia.
— Mas isso não justifica serem cruéis com alguém inocente! – Bella falou tão alto que quase gritou no meio da multidão interrompendo a comemoração.
As mulheres a olharam sem entender o estava havendo.
— E o que você acha que sabe garota? – Jane deu passos rápidos e largos até Bella – Você não entende nada – ela invadiu o espaço pessoal da jovem. As duas se encaram por alguns segundos. Como a amazona não baixou a guarda a mais velha a empurrou fazendo-a cair no chão.
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