No oceano do amor escrita por Alyssa Sullivan


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!
Desculpa a demora! Prometo que a partir da próxima semana vou postar regularmente!



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— Talvez as suas dúvidas sejam respondidas! Acharam do lado leste da ilha restos de um navio com muitos utensílios parecido com os que haviam na cabana. Talvez encontremos sobreviventes.

Bella refletiu aquela informação. Se descobrissem que os sobreviventes fossem homens, teria alguma chance das amazonas o pouparem? Será que existiria alguma forma do Edward voltar para casa?

— Bella? Você irá? – questionou Nanny.

— Sim, só que mais tarde.

— Aguardaremos! – Nanny saiu em disparada com o seu cavalo.

Edward cuidadosamente saiu do lugar onde havia se escondido.

— Será que alguém sobreviveu? – perguntou Edward.

Na mente do forasteiro veio vários rostos de amigos. Ele sentiu um fio de esperança no peito.

— Não sei. Espero que sim! – respondeu Bella ainda de costas.

Bella ao encarar Edward percebeu que o seu semblante havia mudado. Parecia mais animado e ansioso.

— Eu preciso falar com as outras amazonas caso elas achem alguns dos meus companheiros de tripulação.

— Não é bom fazer isso.

— Por que não é bom? Me diz!

Bella hesitou.

— Eu cresci sendo ensinada que homens trazem dor e destruição. Desde pequenas as líderes incitam o nosso ódio aos homens. Já apareceu um homem nesta ilha e ele sumiu misteriosamente sem deixar rastros.

Edward baixou a cabeça.

— Então quer dizer que se elas encontrarem qualquer homem que estava no navio ele vai ser morto?

— Provavelmente!

— Temos que impedir isso!

Edward largou o peixe no chão. Saiu em direção oposta ao rio.

— Vamos fazer alguma coisa sim! Mas não agora. Conheço a rotina delas e sei que agora o vilarejo está começando a acordar. Ainda temos tempo.

— Eu não vou ficar parado sabendo que algum dos meus companheiros pode ser morto a qualquer momento.

— Você precisa se alimentar. Depois vamos atrás deles.

— Se você não for comigo, eu posso ir sozinho.

— Sozinho como? Você não conhece essa ilha. Iria só se perder. Ainda está ferido e debilitado.

Edward sabia que isso era verdade. Mas ela não podia entender a agonia que estava sentindo por dentro.

Eles limparam o peixe e o colocaram para fritar, sentaram-se nas pedras. Os dois não disseram mais nenhuma palavra. O silêncio consumiu o lugar.

— Então... você tem família? – perguntou Bella quebrando o silêncio.

— Claro! – respondeu Edward olhando no chão e mexendo num graveto.

— E como eles são?

— São incríveis – Edward deu um sorriso – Meu pai é médico e apesar das consultas serem bem caras ele sempre está disposto a ajudar quem precisa. Nos últimos anos não estávamos nos dando bem... eu nem sei explicar o porquê. Apenas brigávamos por qualquer motivo supérfluo.

— Eu nem sei o que é ter um pai. Nunca cheguei a conhece-lo.

Edward a olhou nos olhos.

— Sinto muito! – disse o forasteiro.

— Apenas alguns dias eu descobri como era o rosto dele. Eu nem sabia que ele existia – os olhos da amazona ficaram marejados – Minha mãe nunca me falou sobre ele.

— Por que ela não falaria sobre o seu pai?

— Ela me disse que era para me proteger!

— Proteger de quê? Ele era uma pessoa ruim?

— Ela contou que ele era um bom. Cada vez que eu pergunto entendo menos ainda.

Uma lágrima solitária correu o rosto da amazona. Edward tocou no ombro de Bella.

— Eu acredito que suas dúvidas vão ser respondidas – Edward aproximou-se da amazona e abraçou.

O abraço foi acolhedor naquele momento. Bella afastou-se sutilmente enxugando os olhos.

— Está pronto o peixe! – avisou Bella.

Aquela tinha sido a refeição mais saborosa que Edward havia comido desde de que tinha chegado na ilha. Depois Bella o deixou na choupana. Por mais que o forasteiro insistisse para ir com ela para procurar os sobreviventes a amazona foi firme na sua decisão. Ele ainda estava muito fraco e a pouco tempo estava com febre. O jovem sabia que se fosse poderia atrasa-la. Antes de partir a jovem indicou onde encontrar bananeiras caso sentisse fome.

***

Caminhar até o lado leste da ilha foi exaustivo para Bella. A amazona teve que subir e descer algumas colinas. Ao chegar na parte desejada era quase dez horas da manhã. Os pés dela estavam doendo.

Bella avistou a praia e viu diversos pedaços de madeira, barris e outros objetos que ela não conseguiu identificar. A amazona caminhou entre os escombros até que parou quando algo refletiu em seu rosto. Ela foi em direção ao objeto era um pedaço de espelho estava quebrado ao esticar a mão para pegar acabou cortando o dedo.

— Droga! – logo em seguida levou o dedo a boca.

O espelho estava enfiado em um barril. Bella o chutou para ver o que tinha dentro, mas não conseguiu abrir.

Bella deu um olhada ao redor e viu perto das pedras a figura do que parecia um homem de cabeça emborcada para o chão. A amazona correu na direção.

Quando chegou perto virou o homem para cima. Ele era menor que Edward, mal tinha cabelo na parte de superior da cabeça, sua barba era grisalha. Bella agachou-se e então, encostou os seus dedos no pescoço do homem para checar os seus batimentos cardíacos, depois verificou a respiração. Por mais que a amazona não quisesse acreditar, mas ele estava morto e a mais de um dia.

Bella não queria deixar o corpo do homem ali para que os animas o devorassem. Porém não queria chamar atenção das amazonas.

— Sinto muito que tenha morrido assim.

A amazona tentou raciocinar onde poderia haver sobreviventes. O lugar mais próximo era a Ilha de Pedras. Mas se estivessem lá não teriam muitos recursos para sobreviver. Ela tinha que verificar. Teria que nadar de um a dois quilômetros até lá.

Bella prendeu o cabelo com uma faixa e tirou as botas. Ela correu para entrar na água que estava gelada. Teve que fazer um grande esforço para nadar enquanto as ondas frias batiam no seu corpo. Ao chegar na pequena ilha a amazona tomou cuidado para não pisar em nenhuma pedra pontiaguda, retorceu o cabelo fazendo cair algumas gotas.

Bella adentrou um pouco e já pode ver um pouco distante dali um homem de quase dois metros de altura e cheio de músculos estava sem camisa. Era a pessoa mais alta que ele já tinha visto. O outro estava sentado numa pedra, tinha uma barba já grande parecia ter quase 40 anos.

— Conseguiu alguma coisa? – perguntou o mais velho.

— Só alguns caramujos! – respondeu o mais alto.

Bella ficou escondida atrás de um arbusto observando de longe. A amazona ficou pesarosa de se aproximar, não sabia como fazer isso. O braço dela foi imprensado nas costas e uma lamina foi encostada no seu pescoço.

— Oi princesa – disse um homem com sorriso de malicia. 


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Notas finais do capítulo

Espero que vcs tenham gostado!
Comentem! Bjos ♥