Saint Seiya - Águia Dourada escrita por rafaelnewk


Capítulo 2
Determinação


Notas iniciais do capítulo

Aqui, acompanhamos o início da jornada de Marin para se tornar uma amazona de Atena. Somos apresentados a novos personagens que serão peças-chave para o desenrolar da trama.



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"Irmãzinha, eu sempre irei te proteger..."

Capítulo 1. Determinação.

Alguns meses após a partida de Tohma, Marin ainda estava morando no abrigo com Ryuku e os outros órfãos. Ela estava decidida a ajudar o velho a cuidar das crianças, já que não tinha mais seu irmão.
— Velhote, estou indo comprar algumas coisas. Volto logo para poder te ajudar no almoço.
— Atrevida, como ousa me chamar de velhote?
— Eu chamo como quiser, você precisa de mim aqui.
— Não se faça de coitada, eu que ainda deixo você ficar nesse abrigo. Está achando que não é mais criança?
De fato Marin já aparentava sinais da puberdade. Há meses atrás era apenas uma criança, mas a vida a fez amadurecer rapidamente.
— Não se preocupe comigo. Finalizou a garota, saindo da casa.

Algumas horas depois, a garota retornou com uma bolsa. Alguns remédios para o velho, alguma comida para as crianças. Ela havia acabado de retornar de uma jornada de meio-período de trabalho que havia conseguido em um armazém local.
— Espero ter chegado a tempo! Trouxe suas pílulas para não morrer.
— Grr, garota atrevida.
— Vamos logo fazer o almoço, as crianças já estão agitadas.
Começaram a preparar. Marin cortava as hortaliças enquanto o velhote esquentava a água na velha panela. Um silêncio abrasador se inicou naquele lugar, mas logo foi interrompido pelo velho:
— Ouça, minha querida. Seu lugar não é aqui, você sabe. Você precisa seguir seu caminho.
— Eu não sei do que você está falando.
— Claro que sabe. Já se esqueceu do que aconteceu há alguns meses? Não vai atrás do seu irmão?
Um novo silêncio se estabeleceu no lugar. Não houve resposta. Marin acabou se cortando com a faca e correu para limpar o ferimento. O velhote foi atrás, tentando convencer a garota:
— Eu gostaria de te treinar, apenas o básico, para que já chegue no santuário com algum conhecimento.
— Eu não vou, Senhor Ryuku. Meu destino é ficar aqui e proteger essas crianças e o senhor, coo meu irmão me pediu.
— Você tem muito mais a proteger. Seu instinto de proteção só não é maior que seu cosmo! Desenvolva isso!
— Pare de me irritar!
— Seu irmão iria ficar muito decepcionado em te ver assim!
— Não fale mais sobre meu irmão!!!!
Marin gritou, ascendendo seu cosmo. Uma rajada jogou o ex-cavaleiro para trás. Este apenas recuou e não disse mais nada. Marin retornou para fazer o almoço das crianças.
Alguns dias depois, Marin estava indo trabalhar, quando sentiu uma forte dor no peito. "Algo está acontecendo a Tohma"...
— Senhor Ryuku... algo não está certo...
— Você também sentiu, não é garota?
— Será que...
— Não se preocupe, seu irmão está bem. O que aconteceu foi um distúrbio de cosmo aqui perto. E está se aproximando.
Neste momento, as crianças saem do quarto. Eram três pequeninos, que diziam estar com medo. Então, todos ali ouvem um batido na porta.
— Há alguém em casa? - Diz uma voz misteriosa.
— Saia já daí, seja quem for. - Disse o velho Ryuku.
Um violento tufão de ar arromba a porta da casa, revelando quem estava por trás dela. Um homem alto e forte, com longos cabelos dourados, vestindo uma armadura sombria e exalando um enorme poder.
— Querido Ryuku. Senti sua presença de longe. Então é aqui que se escondeu? Que lugar imundo para um grande servo de Atena, hahaha!
— Deucalin. Eu sequer imaginava que o veria novamente.
— Vejo que está velho e acabado, meu grande amigo. O tempo só te fez mal, ao contrário de mim, que estou com o mesmo corpo de quando era jovem.
— Peço que não me chame de amigo, depois de tudo que aconteceu. E que saia da minha casa agora mesmo.
— Não sairei. Agora que tenho a oportunidade de te destruir, farei isso agora mesmo!
Deucalin se prepara para atacar Ryuku, mas Marin entra na frente do velho, protegendo-o:
— Não! Não permitirei que mais ninguém seja tirado de mim! Gritou a valente garota.
— Saia da frente, garota tola. Ou destruirei você junto dele.
O velho Ryuku soltou um pequeno sorriso do canto da boca.
— Marin, querida, não se preocupe comigo. Este é um velho parceiro que acabou traindo o santuário, o que fez que acabássemos perdendo uma batalha contra um deus. Ele se vendeu para conseguir beleza e juventude. Desde então, eu vivo aqui apenas esperando esse encontro, para que eu possa me vingar de tudo que ele nos fez passar.
— Velhote...
— Marin, quero te pedir uma coisa. Leve as crianças para um abrigo na vila próxima ao santuário. Eu acabei de emitir um sinal. Alguém virá buscar vocês daqui alguns minutos. Enquanto isso, quero que abra bem os olhos e veja esta técnica. Esta é a técnica passada de geração para geração àqueles que desejam proteger algo com seus punhos. Aprenda, Marin!
— Humpf, seu velho. Querendo dar lição de moral no seu leito de morte? Tome isso! Desvaneio de miragem!
Deucalin abre os braços, onde se formam várias linhas entre seus dedos. Essas linhas expandem e vão em direção o velho Ryuku.
— Marin, eu amo vocês. Siga seu caminho! Meteoros!
Ryuku dispara vários meteoros com os punhos, em direção ao ataque de Deucalin. A colisão de ataques resulta em um grande clarão, desmaiando Marin e as crianças que ali estavam. Neste momento, surgem dois vultos que seguram Marin e as crianças e somem com eles, numa espécie de teletransporte.
— Pérola, essa é a garota que Ryuku queria que fosse para sua vila, não é mesmo? - Disse um dos vultos durante o teletransporte.
— Exatamente, Asaho. Mas a pedido de Ryuku, levarei-a para os Alpes do Cinturão antes. Há algo que ela precisa resolver lá. Disse o outro vulto.
— Ok, eu levo as crianças para a vila de Rodório, então. Lá elas crescerão salvas. É uma pena perdermos o querido Ryuku...
— Você sabe que morrer em batalha é destino de todos nós, cavaleiros da justiça... Ryuku virou uma estrela no céu, que protegerá essa criança e todos nós. Agora vamos.
A antiga casa do velho Ryuku, que funcionava como um abrigo para jovens de rua foi totalmente destruída em chamas. Felizmente, os dois cavaleiros conseguiram resgatar as crianças a tempo. Ryuku, estendido ao chão e seu leito de morte, tem seu último suspiro dizendo "Marin... querida... se torne forte e proteja todos...", caindo falecido. Marin, desacordada nos braços de Pérola, repete inconscientemente: "Ryuku... meu irmão... eu não pude... protegê-lo..."


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, nasce uma nova lenda! A amazona de visão aguçada como uma águia!



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