Saint Seiya - Águia Dourada escrita por rafaelnewk


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Dois irmãos órfãos lutam por sobrevivência em uma cidade do Japão. Aqui se inicia uma grande história, protagonizada por Marin de Águia, a grandiosa mestra de Seiya de Pégaso.



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A primavera, além de todo o colorido das árvores de Sakura, deixa um gostoso perfume no ar do Japão. É quando termina o inverno rigoroso e as pessoas começam a fazer passeios ao ar livre. Foi num desses passeios que as crianças ruivas chegaram felizes ao abrigo:
— Por quê estão tão felizes? O que aconteceu? Perguntou um velho.
— É a primavera, velhote! Nós temos que ficar felizes com algo! Respondeu um dos garotos.
— Ora, larguem de serem românticos e vão logo pedir alguns trocados ou já podem ir embora.
Irmão, você não deveria ter falado assim com o Senhor Ryuku. Ele pode nos expulsar! Indagou a assustada garota.
— Não se preocupe, Marin! Eu vou sempre te proteger!
— Até parece, Tohma! Eu, como mais velha que sempre te protejo das encrencas!
Os dois então, em meio ao asfalto quente, riram e se abraçaram como num gesto protetor, mas ainda com um sentimento angustiante de "será por pouco tempo". O som do vento fazia um barulho bastante característico em em seus guizos (penduricalhos que acharam outrora em um beco qualquer e desde então usam no pescoço para não se perderem um do outro)...


Enquanto isso, não muito longe dali, em um beco escuro, duas figuras moviam-se rapidamente e sussurravam entre si:
— Certeza que é esse local, mestre? Questionou uma figura encapuzada, vestindo trajes brancos quase angelicais.
— Não questione minhas ondens. ELE sabe de tudo, não podemos decepcioná-lo de forma alguma. - Indagou outro ser, portando trajes semelhantes.
—Vamos logo procurar a criança. Sinto que o destino de muitos depende dessa nossa missão.

O abrigo que os dois irmãos morava não era grande. Ali moravam mais três ou quarto órfãos, e ocasionalmente alguns animais também. O velhote Ryuku era muito pobre, mas cultivava algumas hortaliças para dar alimento a seus inquilinos - em troca de alguns serviços ou esmolas. Era uma troca justa. Marin, a mais velha achara aquele lugar de uma maneira bastante peculiar:
— Venha Tohma! Eles não podem achar a gente agora!
— Irmãzinha, por quê essas pessoas querem a gente?
— Ora, você pegou algumas maçãs deles! Não sabia que tem que pagar por isso?
— Mas não temos dinheiro! E eu estava com muita fome!
— Eu prometo que vou conseguir um lugar pra gente morar. Só espere mais um pouco. Agora venha!
— Haha! pegamos vocês, pestes! Agora vocês terão que pagar pelas maçãs que roubaram do nosso pai. - Exclamou arrogantemente um dos três adolescentes que perseguiam os dois.
— Nosso pai vai ficar orgulhoso quando pegarmos esses dois! O garotinho pode trabalhar na lavoura, e essa menina... bem, ela já está crescidinha, não é mesmo? hahaha... - Disse o outro rapaz.
— Vamos, venham aqui vocês dois, senão teremos que levá-los a força... - Completou o último dos três violentos rapazes.
Ryuku, o velho, estava passando ali por perto, quando viu os irmãos encolhidos em um canto, sendo ameaçados pelos três trombadinhas. Ele já ia interferir, quando viu, de repente uma luz explodindo no meio dos três trombadinhas. Parecia um meteoro.
— Interessante. - Pensou Ryuku.
Desde então, o velho abriga os dois irmãos, mesmo sem saber sua história ou de onde vieram. A vida era pacata, mas o velho sabia que os dois garotos estavam destinados a alguma coisa maior. Ele sentia uma presença diferente naquelas duas crianças. Até que um dia, duas outras presenças - e bem mais grandiosas - chegaram à casa do velho:
— Acho que é aqui. Disse uma das figuras encapuzadas, destruindo a porta principal do abrigo.
— Engraçado, pois estava bem diante de nossos narizes. Como não conseguimos perceber antes? - Disse o outro, caminhando em direção ao quarto das crianças.
Neste momento, Tohma e Marin acordam e percebem que algo está errado. Eles olham através do buraco da fechadura e percebem as duas figuras de roupas angelicais, e ficam perplexos:
— Irmãzinha, quem são esses caras?
— Eu nao sei, Tohma. Temos que ficar aqui bem quietos, ok?
Neste momento, uma das figuras lança um estranho poder de seu punho em direção à porta, onde os garotos espiavam.
— Achei você! Então é aí que você se esconde! Exclamou um dos homens.
— Corra, Tenma! Gritou Marin, também correndo para um canto do quarto. Neste momento, os garotos ouvem uma voz conhecida:
— O que vocês querem com eles? - Perguntou um Ryuho enfurecido e envolto em uma aura misteriosa, irreconhecivelmente diferente daquele velho ranzinza.
— Ora, ora. O que temos aqui? Por essa eu não esperava. Foi você que estava escondendo o cosmo dessa criança. - Disse uma das figuras. - Deixe-me apresentar. Eu sou um Gavriel de Espada, um anjo a serviço do Olimpo. - completou o homem, revelando-se por debaixo da capa branca como um rapaz esguio, com longos cabelos dourados e um semblante pacífico.
— O quê? Um anjo? O que o Olimpo quer com essas pobres crianças?
— Não queremos as crianças. - Indagou o outro ser. - Eu sou Índigo de Prodígio. Viemos em busca de um em especial. O Olimpo têm grandes planos para ele. - Revelou-se o segundo como um homem esbelto e alto, com cabelos negros e curtos, mas ainda com um semblante sereno e majestoso.
— Eu tenho que pedir, com todo respeito, para que se retirem desse lugar. Essas crianças são como meus filhos, não posso permitir que o Olimpo os leve, ainda mais depois de tudo que aconteceu , e de tudo que vai acontecer. É por esse motivo que me aposentei, e me dedico a guardar essas crianças com poderosos cosmos. - Disse Ryuku.
Marin e Tohma, que estavam encolhidos no canto do quarto ficam espantados com Ryuku. Nunca tinham visto o velho com aquele semblante firme e confiante.
— Ryuku, antigo cavaleiro de Cavalo Menor. Você já passou por duras batalhas. Sinto muito por toda confusão que alguns de nossos causaram para você. Mas o Olimpo agora está recrutando novos anjos, e você tem um deles aqui com você. Venha conosco, Tohma! - Diz Gavriel.
Tohma fica assutado com a notícia:
— Como assim? Eu sou um anjo?
— Tohma! - Exclama Marin.
— Eu sinto muito, mas se insistirem, terei que enfrentar os dois. - Diz Ryuku, já se preparando para uma possível luta.
— Não é necessário, velhote. Eu vou com eles! - Exclama Tohma.
— Tohma! O que está dizendo? Você não pode ir com eles! Exclama Marin.
— Irmãzinha, me desculpe. Mas eu não posso continuar atrapalhando sua vida. Sinto que eu devo ir com esses caras, eu consigo sentir uma chama forte em meu coração clamando por isso. Marin, tenho certeza que vamos nos encontrar em breve. Por favor, fique aqui e cuide do velho Ryuku... - Disse um Tohma com olhos azuis tão profundos como o céu.
O pequenino então caminha em direção aos dois anjos. O velho Ryuku desfaz sua posição de luta e termina em uma pose de meditação e conformidade. - A escolha é dele. Disse ele a Marin. Em prantos, Marin tenta puxar a mão de Tohma. Sem sucesso.
— Garota, não fique triste. Seu irmão será um grande guerreiro a serviço do bem. - Disse Índigo.
O garoto então atinge o braço de um dos anjos, e uma pesada névoa de penas os rodeia. Como mágica, ao tocar das penas no chão o garoto desaparece, acompanhado dos anjos. Os escombros da casa - resultantes da invasão dos intrusos - também somem, como se nada tivesse ocorrido ali. Em segundos, só estava uma Marin em prantos ao chão, e um velhote em posição de meditação no outro canto da sala.
— Levante essa cabeça. Disse Ryuku.
Marin parece não ouvir o velho e continua na mesma posição.
— É aqui que começa seu treinamento, jovem guardiã.
— Como assim, velhote... O que quer dizer com...
— Eles não queriam Tohma. O alvo principal sempre foi você. Quando a conheci, senti um forte cosmo no interior de sua alma. Não sei se se lembra, mas foi você que disparou um meteoro contra aqueles valentões, para proteger seu irmão!
— O que... eu não entendo!
— Desde o começo eu sabia de minha missão aqui no Japão. Eu não confio nas forças do Olimpo atualmente, por isso escondi seu cosmo. Não se preocupe com Tohma, ele ficará bem. Agora você precisa ir para o Santuário e se tornar uma amazona de Atena!

 

 


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