Pov Beau

O salão era lindo. Ao entrar, me deparei com uma bela recepção de flores e rosas espalhadas pelo carpete vermelho. O salão era de cores claras, variados tons de branco e azul. O que combinava perfeitamente com as rosas espalhadas no chão e todos os móveis do lugar.

Paramos o carro em frente ao salão. Não era um casamento no jardim como fora o meu e o de Edythe. Era um salão, seria impossível fazer um casamento no meio de uma nevasca com um monte de humanos espalhados pelo lugar. 

Pude distinguir cada humano e cada vampiro do lugar. Ambos não se misturavam, os humanos olhavam para os vampiros com um certo interesse.

—Ah, casamentos! - Archie se pronunciou todo empolgado enquanto caminhava na minha frente e de Edythe. De mãos dadas com Jess, que parecia alheia à tudo e todos.

Visualizei Carine e Earnest conversando com Ellen e Cameron um pouco há frente. Senti Edythe ao meu lado, ela estava deslumbrante com aquele vestido. Eu acreditava que ela poderia ficar linda com qualquer coisa. 

Ela parecia entretida olhando em volta e para as pessoas. E as pessoas nos olhavam de volta. Cochichavam entre si e olhavam para nós.

Royal e Eleonor já haviam pego seus lugares em uma fileira. Archie e Jess cumprimentaram os pais do noivo e sentaram-se ao lado de Royal.

—Vamos cumprimentar Ellen e Cameron. - Edythe falou com um sorriso no rosto. Assenti com a cabeça e caminhamos na direção de Ellen e Cameron.

Ellen abriu um sorriso quando nos viu. 

—Beaufort e Edythe! Estávamos esperando que vocês viessem! Mesmo sabendo que vocês estavam em lua de mel... Não queríamos ser rudes, mas queríamos a família toda presente. - Ela disse com um sorriso ao me abraçar e abraçar Edythe. 

Apertei a mão de Cameron e ele deu um beijo na bochecha de Edythe.

—Não tem problema, Ellen. Estamos felizes em vir. - Edythe sorriu. 

—Estamos mesmo.  Aliás a decoração está linda. - Elogiei.

—Ah, obrigada! Nós nos empenhamos bastante, os pais da noiva foram muito gentis em querer contribuir mesmo que não fosse necessário. Taren está tão feliz. Ela é uma jovem adorável. - Ellen sorriu.

—Esperamos conhecê-la. - Carine disse sendo gentil.

—E como é a família da noiva? - Earnest perguntou com interesse.

—Bem, eles são agradáveis. Estranharam um pouco a nossa família no começo, mas acho que agora eles estão se habituando conosco. - Cameron nos contou. 

—Cameron, Ellen. - Um casal moreno se aproximou de nós. O homem era corpulento, tinha um bigode na cara. Lembrava um pouco meu pai. Usava um terno preto. A mulher era magra, de cabelos castanhos e olhos claros. 

—Ah, aqui estão. - Cameron sorriu para ambos com cortesia. - Este é Gerard e esta é Pamela. São os pais da noiva. - O casal nos avaliava com um certo interesse. A mulher sorriu tentou ser gentil. - Estes são os nossos primos de Forks. Carine e o seu marido Earnest. - Ele apontou para Carine e Earnest. - a filha deles, Edythe. E seu marido Beaufort. - Edythe os cumprimentou com um sorriso de tirar o fôlego. Apertei a mão do homem e cumprimentei a mulher.

—É um prazer conhecê-los. - Edythe disse com um sorriso estonteante.

—O prazer é todo nosso. Ellen havia me contado que a família viria, mas nunca pensei que vocês fossem ser tão... Diferentes. No bom sentido. - A mulher disse com um sorriso.

—Ah, obrigada. - Carine sorriu com cortesia. 

—Estamos ansiosos para conhecer a noiva. - Earnest riu.

—Ah! Vão adorá-la e não digo apenas porque é a minha filha. - Gerard riu e nós rimos por educação. 

—Aqui está ele! O homem do momento. - Cameron se pronunciou com um sorriso. Taren vinha até nós, vestido elegantemente com um terno e sapatos bico fino.

Ele esboçou um sorriso. Parecia feliz e bem contente. Da última vez que eu o vi, ele estava com uma bela de uma carranca na cara.

—Carine, Earnest! - Ele cumprimentou ambos.

—Estamos tão felizes por vocês. - Carine sorriu.

—Ah, obrigado. Eu também estou. Vejo que já conheceram os meus sogros, Gerard e Pam. - Ele olhou para ambos com um sorriso. Virou-se para mim e Edythe. - O casal do momento...

—Acho que você é que faz parte do casal do momento, meu amigo. - Falei e ele riu para a minha surpresa.

—Como foi a lua de mel de vocês? 

—Agradável. - Eu e Edythe disseram em uníssono.

—Vocês foram para Itália, não é?

—Fomos para tantos lugares. Mas, Roma foi incrível. 

—Nunca tinha estado lá? 

—Ah, não. Foi novidade para mim. 

—Bem, estou feliz que tenham vindo. Edythe, perdoe-me por não ter dito antes, mas você está deslumbrante... Como sempre. - Ele beijou a bochecha de Edythe e apertou a minha mão.

—Obrigada, Taren. Sempre muito atencioso.

—Ah, imagine. 

—Bem, estávamos comentando como a decoração está linda.

—Ah, sim. Queríamos um casamento mais simples. Fechado apenas para a família e para os amigos. Vocês entendem, não é?

—Ah, claro. - Edythe sorriu.

—Bem, acho que já vamos nos sentar. - Falei. Edythe assentiu, peguei em sua mão e fomos até Royal e Eleonor. Sentei ao lado de Eleonor e Edythe sentou ao meu lado.

—O que estão achando de tudo?

—O salão está muito bonito. - Comentei.

—Isso é o de menos. Perguntei das pessoas.  Não param de olhar para a gente, parece que eu estou lambuzada de lama ou toda molhada. 

—Isso incomoda você? - Edythe franziu as sobrancelhas.

—Um pouco. - Eleonor falou olhando em volta. - Mas, acho normal. Nunca devem ter visto uma mulher tão linda quanto eu.

—Ou um homem tão bonito quanto eu. - Archie sorriu e nós rimos. Eleonor revirou os olhos.

—Ei, o que está achando? - Edythe sorriu para mim.

—Bem, tudo está bem agradável até agora. - Segurei em sua mão. Edythe sorriu exibindo as covinhas, deixei um beijo em sua bochecha.

Demorou um pouco para que começasse, mas logo a música nupcial começou a tocar e todos ficaram a postos.

Edythe segurou a minha mão e sorriu para mim. Trocamos sorrisos ao ver a noiva entrar de braços dados com seu pai. Ela era uma bela jovem, morena de cabelos castanhos e olhos cor de mel. Entrava sorridente, na frente lá estava Taren. Nunca o vi sorrir tanto, poderia ofuscar um motorista de um carro em movimento com aquele brilho todo. 

O pai da noiva a entregou para Taren.

Ambos deram às mãos e assim começou a cerimônia.

...

—Esses doces de casamentos... Nunca vou entender. De certo pensam que são agradáveis. Não tem gosto de nada. - Archie apertava um entre os dedos e o olhava com franqueza. - Desisto da humanidade.

Nós rimos.

—Talvez o paladar dos humanos não seja tão... Refinado. - Jess comentou com voz baixa olhando em volta com desdém. 

Eu segurava uma taça de champanhe, Edythe também. Conversávamos com Archie e Jess na mesa dos doces. Eleonor e Royal haviam sumido, de certo arrumaram algo ainda mais interessante para se fazer. 

Carine e Earnest conversavam com os pais da noiva. 

—O que acha de mostrarmos à eles a nossa dança? - Archie estendeu a mão e olhou com os olhos brilhantes para Jess.

—Eu ficaria honrada. - Ela pegou em sua mão e saiu.

—Esses dois... - Edythe riu com sua risada musical.

Finalmente eu pude ver os noivos, ambos conversavam com alguns convidados. 

—Olhem só senão é o casalzinho mais famoso da península. - Ouvi uma voz familiar e Ivan, um dos irmãos Denali apareceu. A gravata e o terno perfeitamente impecáveis, havia um brilho nos olhos cor-de-mel. 

—Ivan, achei mesmo que fosse não fosse aparecer para dar um oi. - Edythe riu e o abraçou. Apertei a mão dele com um sorriso.

—E então? Como foi a Lua de mel? Hm? - Ele olhou com malícia. - Um passarinho me contou que ambos se divertiram muito.

—Ah, Eleonor... Mais tarde teremos uma conversa. - Edythe revirou os olhos e nós rimos. Eu ainda mais sem graça. 

—Como anda a vida de casados? 

—Estamos aproveitando bastante. - Passei um braço pela cintura de Edythe.

—Oh, isso é muito bom. - Ele sorriu. 

—E o casal? Como foi que isso aconteceu? - Edythe disse em um sussurro.

—Bom, seria mais fácil se o meu irmão te contasse. Mas, ela é uma boa garota. Acho que ela vai se habituar, claro que haverá algumas mudanças na vida dela. Mas, ela o escolheu... Então, ambos lidarão com as consequências.

—Ei, Edythe e Beau. - Khalil se aproximou com um sorriso. Usava um terno de linho branco, os cabelos loiros caídos pelo rosto e aquele brilho elétrico irradiando dele.

—Olha quem chegou para a festa. - Apertei a mão de Khalil com cuidado. Mesmo sabendo dos poderes dele, eu ainda queria uma certa precaução. Edythe o abraçou.

—Fiquei sabendo que vocês viriam. Desculpe por não ter cumprimentado antes, eu fiquei organizando algumas coisas pendentes.

—Ah, tudo bem. - Sorri.

—Bem, se me dão licença... Vou bater um papo com Royal. - Ivan apontou para Royal que finalmente apareceu. E que estava no canto do salão, conversando com Eleonor e mais um homem.

—Seu irmão parece muito feliz. - Edythe comentou.

—Ah, ele está. Nunca o vi tão sorridente desde que ele ganhou uma queda de braço com Khalil. - Nós rimos.

—Querida, estes são os nossos primos. - Nos viramos e nos deparamos com o casal de noivos. Ambos abraçados, ela segurando uma taça e ele sem nada em mãos. - Edythe e Beaufort. São recém casados também.

—É um prazer conhecê-los. - Ela cumprimentou Edythe e a mim. - Bem, agora somos dois pares de recém casados. - Ela comentou e nós rimos. - Taren falou muito a respeito de vocês. Eu soube que foi bem difícil para ambos já que Beaufort era igual a mim - Ela baixou a voz.

—Ah, bem. Mas, nós não me casamos comigo humano. - Falei em um sussurro. - Eu tinha me transformado, então tudo ficou mais fácil. 

—Vocês casaram logo em seguida?

—Demorou um tempo até que Beau se habituasse. 

—E está sendo maravilhoso. - Apertei Edythe contra mim.

Taren e sua noiva sorriram para nós.

—Esperamos que vocês sejam muito felizes. - Edythe falou.

—E nós também. - Ambos disseram trocando um olhar apaixonado.

—Ei, o que acha de uma dança? - Sorri para Edythe.

—Eu adoraria. - Ela pegou em minha mão.

Fomos até a pista de dança. Não havia muitos casais, Edythe tocou em meus ombros e minhas mãos foram para a sua cintura.

—E então? Quais serão os nossos planos? - Perguntei com o rosto centímetros do dela.

—Bem, eu estava pensando em ficarmos em casa por uns dias. Mas, só se você quiser. 

—Bem, o que estiver bom para você, está bom para mim. - Beijei seu rosto. Edythe apoiou o rosto em meu ombro, enquanto andávamos ao som daquela música lenta.