Beau Swan and Edythe Cullen escrita por Mrs Darcy


Capítulo 11
Capítulo 11 - A reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Como semana do natal, eu vou postar mais dois capítulos.
Beau volta para casa depois do reencontro com Jules. Edythe acredita que é tudo culpa sua, mas uma conversa com Royal e Beau pode mudar isso



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/714961/chapter/11

Pov Edythe
Talvez eu estivesse protelando um pouco. Eu só queria acabar com a raça daquela garota infeliz que decidiu cruzar às nossas vidas justamente quando tudo estava se acertando. É claro que eu não faria nenhum mal à garota Quileute. Eu só... Estou com raiva no momento.
Eu sei... Sei que tenho problemas com o meu gênio, mas tenho esse instinto de acabar com qualquer coisa que machuque alguém que eu amo. E Beau não é exceção. Quando digo isso, me refiro em minha família, mas ele está em primeiro plano. Sempre em primeiro plano.
Eu nunca me senti tão feliz ou completa. Até conhecê-lo, eu poderia dizer das milhões de vezes em que achei que era apropriado me afastar dele, mas eu percebi que só me machucaria fazendo isso.
Então parei. E decidi para mim mesma que nunca mais me afastaria.
Tudo bem. Ele precisava de espaço agora, e eu daria todo o espaço necessário. Eu faria tudo o que ele quisesse, e eu não o impediria de ir embora, caso ele quisesse. Essa era uma escolha dele, e por mais que podesse me machucar... Eu faria o que fosse preciso para que ele fosse feliz. Até mesmo abriria a mão da minha felicidade, ele.
Beau passou por mim com um olhar triste. Acredito que o afastamento de Jules não era a razão da tristeza dele, ele não se sentiria assim por uma amizade... Acredito que ele estava assim por causa dos seus pais. As palavras de Jules o feriram ainda mais do que uma faca.
E eu queria estrangular a garota por isso.
Ele entrou dentro da casa.
Todos nós precisávamos fazer algo. Eu precisava fazer algo.

Pov Archie
Meu olhar foi de Beau para Edythe. Raios, nem imagino se eu e Eleonor não tivessemos impedido ela. O que Edythe teria feito naquele momento? Royal permanecia parado e olhando fixamente para Beau. Eu gostaria de ter feito algo para impedir esse reencontro, talvez Beau não voltasse tão alterado.
Levando em consideração que aparentemente a caçada com Royal funcionou. E agora Royal estava mais flexível em relação a Beau. Edythe não precisaria se preocupar com isso agora... A preocupação dela era outra agora.
Senti a mão de Jess serpentear e tocar na minha mão. Segurei sua mão, toquei no ombro de Edythe, que olhava para aonde Beau havia entrado. Ainda parada. Presa em seus pensamentos, ela já havia percebido que eu estava ali. Mas, não disse nada.
Ficamos em silêncio por alguns segundos. Até Earnest quebrar o silêncio.
—O que vão fazer a respeito?
—O que sugere que façamos? - Perguntei.
—Não acho que há alguma coisa para ser feita agora. - Eleonor se pronunciou.
Senti o clima do ambiente amenizar. Sorri para Jess em agradecimento e ela me devolveu um sorriso.
—Foi culpa minha. Deveríamos ter pego outro caminho de volta para casa. - Royal disse de braços cruzados com os olhos em Earnest.
—Acho que agora não é a hora de encontrar culpados. - Falei calmamente. - Edythe, você o conhece melhor do que ninguém. Ele precisa de você, você é a única que pode ajudá-lo.
—Espaço. Ele precisa de espaço agora. - Edythe tirou a minha mão de seu ombro suavemente e se afastou, entrando na casa.

Pov Royal
Eu poderia ter feito algo? Eu deveria ter feito algo? No momento em questão, eu achei melhor não falar nada. Já que eu não tinha absolutamente nada a ver com tudo aquilo que estava sendo discutido. Eu não conhecia os dois o suficiente para poder dizer algo ou julgar.
Talvez eu e Beaufort estávamos nos dando bem... Caçar com Beau não tinha sido ruim, ele era bastante quieto pelo o que eu pude perceber. Na realidade, eu o achava bastante observador. Como se observasse as ações alheias, e tirasse suas próprias conclusões em silêncio.
Aquilo me incomodava um pouco. O garoto era quieto demais.
Até poderia dizer que era perfeito para Edythe.
No momento eu podia sentir que o clima não era dos melhores.
Logo depois que encontrou a garota, Beau saiu em completo silêncio e direção à casa. Antes de encontrá-la, nós estávamos conversando um pouco. Mas, depois de vê-la... Ele não disse mais nada.
Eu até pensei em dizer algo. E eu até tentei dizer algo para amenizar a situação, mas não adiantou. E eu sou pessímo para essas coisas... Ele só fez que sim com a cabeça em resposta. E eu me calei pelo restante do caminho, eu sabia que aquilo não estava sendo fácil para ele. E era muito doloroso.
No mesmo momento pensei que Edythe me mataria... Mas, olhando agora para ela... Ela não estava me julgando ou acabando comigo, por não ter me responsabilizado por ele. Ela só... Estava em silêncio, eu sabia que agora em sua mente, ela estava se afogando em um mar de pensamentos.
Eu reconhecia aquele olhar. Ela estava se culpando por tudo.
Ela tirou a mão de Archie de seu ombro, e seguiu em direção à casa.
E eu a segui.
Senti a mão de Eleonor em meu ombro.
—Roy, me conte o que aconteceu. - Ela sussurrou.
—Mais tarde eu te conto tudo. - Falei e segui atrás de Edythe.
Edythe estava parada no pé da escada. Tocava no corrimão, olhava para cima e permanecia em silêncio. Sua feições exibiam uma expressão dolorosa, como se ela quisesse subir e aplacar todas as dores que Beau estivesse sentindo. Eu sabia como ela estava se sentindo, pois já estive no lugar dela uma vez.
Os outros membros da família seguiram para outro cômodo da casa. Para nos dar privacidade para conversar melhor a respeito.
—Eu estava esperando você acabar comigo. - Pus minhas mãos atrás do corpo e me aproximei suavemente dela.
—Não estou com força física ou mental para fazer isso agora. - Ela sussurrou em resposta.
—Não é culpa sua.
—Então é culpa de quem?
—Não acho que existe algum culpado nessa situação. No dia do jogo... Acredito que só estávamos no lugar errado e na hora errada.
—Se não estívessemos lá... Se eu não tivesse o convidado... Ele ainda seria um humano. E nada disso estaria acontecendo. - Ela sussurrou e eu senti a dor em sua voz.
—Talvez.
—Talvez? - Edythe se virou e eu vi a dor em seu rosto.
—Talvez. Mas, uma hora ou outra aconteceria algo. E talvez nem mesmo você poderia impedir, mas o que aconteceu... Talvez tenha sido o melhor.
—Como você pode dizer isso, Royal?
—Estou dizendo a verdade. Eu só vejo três opções, uma em que ele estaria morto, outra transformado ou a última humano. E nessa última, você não poderia viver na vida dele. Você arranjou um jeito de se aproximar daquele garoto, e ele agora está aqui. Porque escolheu você. Você foi a escolha dele, mesmo que ele tivesse que abandonar sua antiga vida. - Edythe olhava fixamente para mim e eu sabia que ela estava vasculhando meus pensamentos. - Eu sei que eu fui contra essa relação desde o começo. Mas, você é minha irmã e merece ser feliz. Eu cansei de te ver sozinha, Edythe. E ele que te faz feliz, ele te completa. E agora nesse momento... Você é a única que pode ajudá-lo.
—Sentimentalismo vindo de você... - Ela riu em resposta. Eu sabia que ela estava agradecida por tudo o que eu tinha dito.
—Cale a boca. - Sorri em resposta.
—Obrigada... Por tudo Royal.
—Devo me preocupar se estão se matando ou não? - Earnest apareceu.
—Não mesmo. - Edythe se virou com um sorriso.
—Estamos bem e a casa ainda está intacta. - Falei.
—Ainda? - Earnest levantou às sobrancelhas.
Edythe deu uma risada baixa.
—Eu preciso falar com ele...
—Sim. Você deve fazer isso.
—Obrigada mesmo, Royal. - Ela sorriu para mim e subiu as escadas.
—Estou orgulhoso de você. - Earnest sorriu para mim e eu sorri de volta. 

 

 Pov Edythe
Subi as escadas e me direcionei até o meu quarto. Eu sabia que a porta estava fechada, mas não estava trancada. Ele estava lá, mas eu não queria invadir sua privacidade agora. Eu sabia perfeitamente que ele sabia que eu estava lá.
Abaixei-me e sentei no chão com às costas encostadas na porta. Encostei minha cabeça e abracei os joelhos. Eu sabia que ele estava sentado do outro lado da porta.
Fitei o chão por alguns segundos, eu estava buscando algo para dizer para ele naquele momento. Eu queria ter sido a primeira à quebrar aquele silêncio, ter dito algo para acabar com a sua dor, mas foi Beau que se pronunciou primeiro.
—Não é culpa sua. - Ouvi sua voz do outro lado da porta. - Eu te conheço bem, Edythe. E sei o quanto está se culpando no momento e o quanto preferia que eu voltasse à minha antiga vida. E que preferia nunca ter cruzado o meu caminho, para que eu tivesse uma longa e entediante vida humana.
Mordi os lábios e permaneci em silêncio.
Ficamos mais alguns segundos sem dizer nada.
Até eu dizer.
—Por um... Por um século eu vivi sozinha. Sempre tive a minha família, sempre acreditei que era completa sozinha. Que eu não precisava de ninguém ao meu lado. A eternidade pode ser bem solitária, não? Então... Então você apareceu naquele dia tempestuoso. Eu nunca esperei por isso, nunca esperei que fosse me apaixonar... Até você aparecer.
—Eu nunca me interessei por ninguém até ver você pela primeira vez.
—Eu queria isso... No começo. - Comecei. Umedeci os lábios e continuei. - Mas, os meus impulsos egoístas de permanecer em sua vida me obrigaram a ficar. Eu fico... Angustiada de estar longe de você, você sabe disso. Eu não poderia... Eu não posso ficar longe de você.
—Você sabe o quanto eu sinto mesmo. Você sabe o quanto eu te amo. - Ele sussurrou em resposta. - Você sabe... Eu não me arrependo de nada. Nem das coisas que eu abri mão, nada... Nada compararia uma vida com você do que uma vida... Uma vida humano sem você.
—Eu deveria ter ido embora naquele dia. - Falei baixinho. Ele se moveu do outro lado, mas depois permaneceu em silêncio e quieto. - Você é tão maravilhoso, Beau. E você não faz a menor ideia do quão incrível você é. Isso me deixa fascinada.
—Você não foi. Você ficou.
—Eu achei que poderia fazer aquilo funcionar. Que poderia te proteger, mas falhei miseravelmente nisso. Algum dia... Algum dia você pode me perdoar? Eu não conseguiria viver sem o seu perdão.
Beau não disse nada. Peguei-me assustada com aquilo, seu silêncio poderia ser pior do que qualquer outra coisa. Qualquer outra coisa torturante para mim.
A porta abriu.
Beau estava de pé olhando para mim.
Levantei.
Beau segurou minha mão e me trouxe para dentro do quarto.
—Não há nada para perdoar. - Ele disse próximo ao meu rosto.
—Eu... Eu quero te fazer feliz.
—Você já faz, Edythe. Todos os dias. - Senti o toque da mão de Beau em meu rosto. Toquei em sua mão em minha bochecha.
—Eu não quero que você se afaste de mim. - Sussurrei.
—Nunca vou fazer isso. Lembre-se que você vai ter que me aturar pela eternidade. - Ele abriu um sorriso e foi fantástico de se ver. Aquilo iluminou meu dia pela primeira vez.
—Conto com isso. - Sorri em resposta. Daquele jeito que o deixava embriado, de acordo com ele. Toda vez que eu sorria, ele se sentia assim. Beau abriu um sorriso largo em resposta, como se estivesse adorando aquilo. - Você está bem, Beau? Eu sei que é uma pergunta tola, mas preocupo com seu bem estar.
—Vou ficar. Se você estiver do meu lado, posso passar por qualquer coisa.
—Está nos meus planos nunca sair do seu lado.
—Então acho que podemos fazer isso dar certo.
Aproximei-me devagar dele. Beau parecia ansioso por isso, iniciei um beijo suave. Um mero selinho, Beau aprofundou o beijo. De nós dois, ele era sempre o impaciente quando se tratava disso. Ele apertou os cabelos e me trouxe mais para perto dele.
Não questionei ou tentei me afastar.
Senti a porta fechar atrás de mim.
Beau me prensou contra a porta. Passei meus braços envolta do seu pescoço, o seu aroma era uma droga para mim. Seu perfume me deixou embriagada, eu poderia cair em seus braços ali mesmo se não estivesse tão concentrada em nosso beijo.
Minhas mãos escaparam indo até seus cabelos e os apertando.
—Edythe... Eu quero você. - Beau deixou escapar entre nossos lábios unidos.
Afastei meus lábios dos dele para poder olhar em seus olhos.
—Também quero você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aproveitem :)