A era de Trevas escrita por SrJimmyPãodeMel


Capítulo 6
Cap 6: O triunvirato das sombras


Notas iniciais do capítulo

e antes que me perguntem... sim, leiam, vão achar isso aqui bem interessante haahahahaha.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/713707/chapter/6

A coisa era muito estranha de se sentir. Eu podia sentir o chão, e era de pedra, porém estava tudo escuro e não enxergava nada direito. Para julgar o que eu estava vendo, diria que o chão e metade da parede eram escuros, e ela estava perdendo pedaços, aparentemente. Porque a outra metade era luz e não era intensa, irradiava pouca energia e luminosidade, mesmo assim, fazendo com que pedaços de sombras subissem a ela, como cacos de vidro em uma ventania.

Percebi que havia uma criatura a minha frente, e aparentava estar distante. Confesso que a única coisa que eu conseguia distinguir dela era a sua altura, e era perceptível apenas os seus olhos e sua boca, porque eram luminosos e ele também… usava uma… coroa? Bom… era o que eu conseguia distinguir no momento.

— Ah… ele veio então – a criatura negra disse com voracidade – meus cumprimentos a você Mestre Jimmy. Não tinha ideia de que era tão corajoso de vir ao limbo e nos visitar em nosso humilde Lar.

— Primeiramente Fora temer, e segundamente Bolsonaro Capiroto – disse com um pouco de desgosto, mas com um pouco de desconfiança porquê… a voz dele me era muito familiar – eu sou… o que? Mestre Jimmy?

— Sim, você é – ele sorriu – você me concedeu a liberdade, o que eu lhe agradeço eternamente Mestre. Mas isso só foi o primeiro passo para conquistar a vitória suprema. Que me coroaria rei e lhes traria a paz, só que da minha maneira.

— Que paz é essa então? – Engrossei a voz, por mais que eu estivesse em um ambiente desfavorável a mim – Paz que deseja matar todos os amigos que amo muito? Paz que ameaça o meu lar? E ainda por cima possuir minha melhor amiga e retirar os poderes do líder do nosso acampamento, que mantem a ordem? Isso é paz?

— A paz que eu vejo é essa, pela guerra. Infelizmente é a única maneira que consigo pensar – Ele retirou alguma coisa do rosto e começou a andar até mim – eu sempre apareci em forma de conflitos e desavenças entre vocês semideuses, mas não tinha forma completa. Mas houve um dia, que ganhei forma graças a você Bruxo Bondoso, e você me libertou por completo, me dando mais motivos para almejar meu objetivo: trazer o novo, obliterando aquilo que é antigo.

— Então… porque você não se mostrou a mim e mandou suas amiguinhas me mandarem recados?

— Porque você já me conhece Jimmy, e sabe que depois de tudo, ainda sinto algo de bom por você, meu irmão.

Ele se aproximou de mim e vi o seu rosto, me trazendo lágrimas e mais lágrimas… lembrando do meu passado doloroso, e que eu carregava a cada dia.

 Braços largos e cheios e ainda por cima tinha o abdômen com algumas gorduras, mas deixavam um charme de que estava malhando, dava para notar porque tinha uma blusa rasgada, mas tinha um símbolo nela que eu sabia com exatidão o que era: uma águia. E ainda por cima, no lugar de pés, tinha patas enormes… de uma criatura, mas isso não era doloroso a ver… o pior era olhar para seu rosto.

Seu rosto era cheio, com uma barba parecendo viking e ainda por cima, usava óculos para parecer um nerd… ah deuses… se isso era um teste… fui reprovado pelo meu coração, porque ele tinha a forma de uma pessoa que amei a muito tempo.

Ele tomou a forma do Leo, no tempo que ele era líder de Zeus.

— Ah deuses… Leo?

Me aproximei um pouco dele, ignorando o cheiro de sulfura, ficando frente a frente com a fera. Ao mesmo tempo, lembranças fortes vieram à minha mente: o tempo que em o acampamento era bastante feliz e não tínhamos nenhuma desavença ou briga… todos vivíamos em paz e harmonia.

“Vitória! Vitória para o chalé de Zeus! ”— Leo gritou para gente quando ganhamos a guerra contra Poseidon. Todos urrando e gritando o nome do senhor Zeus para os quatro Ventos.

— “ Sim Jimmy! Essa paz vai ser eterna! Você como pontifex vai nos ajudar e muito! ” – Milord disse para mim assim que havia terminado a minha coroação como pontífice máximo do acampamento.

Também veio a minha mente de cada reunião e treinamento que tínhamos, todos do acampamento… que por mais que fossem desgastantes, cada minuto fazia valer a pena.

— “ Vamos ficar juntos para sempre! Irmãos de batalha eternamente! ” – Ele havia dito para mim, assim que o encontrei um dia, indo para meus estudos.

E cara… vou confessar que vivíamos felizes, todos éramos unidos e felizes. Não era apenas o meu chalé, mas todos eram viviam alegres e com muita energia positiva para aproveitar.

— “ Não importa aonde, não importa como! Eu nunca vou deixar isso aqui acabar! Semideuses por toda a vida! ” – Milord disse para todos nós em uma assembleia com todos nós juntos.

E então voltei ao momento. Uma lágrima bem pura correu do meu olho direito. A criatura percebeu porque ela estendeu a mão e a secou de mim.

— E antes que me pergunte, eu não sou o Leo que você conhece, ou conheceu.

Ele começou a brincar com minha lágrima, como se fosse algo bem interessante

 - Lembranças são coisas valiosas que temos Jimmy. Elas são poderosas assim como os sentimentos… mas… agora, eu vim em um momento decisivo. Você me tirou do lugar em um momento muito agonizante lembra?

— A dominação de energia! Quando eu o purifiquei!

Consegui me recordar, foi aí que eu percebi que eu tinha uma certa conexão com aquela fera.

Me lembrei que quando minha magia causou o caos no acampamento (o que Manu havia nomeado de Guerra do Sangue Mágico), Leo havia surtado, tomado o poder para si e ainda por cima, infligiu dor e sofrimento para todos, se tornando Regente temporário do acampamento e expulsando Milord (Além de me trair e a todos os meus liderados, trocando amizade por poder e paixão…) tive a oportunidade de encara-lo cara a cara. Quando eu o fiz, lembro que não queria mata-lo e sim, remover a conexão que ele tinha com Zeus e outros deuses passados. Assim que eu havia terminado de fazer isso, uma sombra apareceu em forma de névoa e desapareceu no chão.

— Você em parte conseguiu aquilo o que estava procurando pontifex, e tudo terminou com o que você chama de paz e harmonia.

 - Então… - eu toquei a região do meu coração, como se temesse algo saindo de lá – aquela sombra que saiu dele era você?

— Exatamente – ele sorriu, mas de maneira maléfica – Ele não havia percebido, mas… começou a acumular muita energia sombria de cada campista… cada membro de liderança, e se tornou um recipiente. Quando você usou a dominação de energia, acabou que também ganhei a liberdade, mas não fiquei no acampamento, e sim… no submundo.

Ele pegou um machado bem grande e se apoiou nele como uma bengala.

— Fui para lá, e procurei Hades. Pensei que me acolheria de uma maneira saudável e… acabou que não tive isso. Quando me viu, sentiu repulsa e me expulsou. Disse que eu não era digno de ficar lá, que era melhor eu ir para o tártaro, porque o espaço que tinha era lá. Mas depois disso, percebi que meus ideais ainda estavam firmes em minha cabeça: criar um novo mundo, uma nova era. E então… eu comecei.

Tudo começou a se encaixar na minha cabeça, e era… literalmente desgastante em saber. Quando eu fiz a purificação do Leo, quando ele tentou me matar, achei que tinha fornecido um ponto final para tudo aquilo, mas… pelo jeito que aquela… coisa se portava, andava, e ainda por cima aparentava, estava querendo me deixar uma mensagem clara e com muita tristeza: “ seu passado não foi embora Viado! Ele ainda está aí, batendo na sua porta, otário! 

— Eu comecei conhecendo a energia interna, a que eu tinha absorvido – a criatura começou a se vangloriar – no começo, entendi que tinha o poder de criar novas coisas… através da raiva de cada um de vocês. E então… eu meio que percebi que absorvi um conhecimento seu comecei a utiliza-lo: “não importa por fora…

— Por dentro somos um povo”– completei de maneira triste. Era uma frase que marcava o meu jeito de ser com todo mundo.

— Você me entendeu Bruxo. Quando eu vi que tinha a vontade de fazer… eu acabei usando toda minha energia para criar um reino aonde todos pudessem compartilhar do mesmo tormento… e do mesmo sofrimento. E aparentemente consegui. Drenei secretamente a energia do Deus dos mortos e consegui fazer o novo reino dos mortos, aonde todos são um!

Isso trouxe minha atenção à tona. Era certo que o submundo estava com problemas e Hades estava com problemas piores ainda…

— E logo vi que deveria expandir meus horizontes… mas ao mesmo tempo, eu sabia que deveria voltar para buscar você Jimmy, então… eu decidi fazer isso, aproveitando de uma energia simples, porém muito poderosa:  estar em todos os locais ao mesmo tempo! Todos! Sem nenhuma exceção! Sem nenhuma barreira!

Ele começou a levantar os braços, querendo exaltar algo

— E comecei a drenar as forças de cada um que estava acima de mim. Vocês semideuses deveriam saber que o ódio entre vocês mesmos me fez assim. Me conectei com todos os mundos e tinha que garantir que ninguém pedisse os seus papais e mamães deuses uma ajuda, por que eu não queria ninguém interferindo…

— Você causou uma distorção no reino dos mortos, drenou as forças de Hades, nos impregnou com uma aura de silêncio e destruição, Infectou Yggdrasil e ainda por cima lançou um feitiço nos impedindo de ter comunicação com os deuses?

A criatura começou a bater palmas para mim, com cara de admiração.

— Fez muito bem o dever de casa Pontifex. Isso mesmo, e ainda são tolinhos para não perceberem que vocês criaram tantos de mim e me fortalecem a cada dia. Agora me responda: quem sou eu?

Não era difícil raciocinar depois de tantas informações e coisas ocultas sendo respondidas… só bastava jogar a carta final na mesa.

— Você… você é a treta? A treta em carne e osso?

— Exatamente – uma voz sibilou atrás de mim, querendo novamente cheirar meu cangote. Me afastei e olhei quem era a autora disso : a mulher egípcia. Ela estava com as mesmas características de quando a vi em minha visão. Só que o que mais tinha de vistoso era a pele que estava um pouco mais hibrida com uma pele de cobra do que uma pele comum.

Ela se dirigiu a treta com uma reverencia e ficou ao lado dele.

— Treta seria muito básica em me citar. Eu diria que meu nome agora, depois de tudo isso é… Corrupção.

— Agora já terminaram, meu senhor? – Uma outra presença surgiu meu lado, e era exatamente a forma da mulher que a Ellen virou em minha visão, a carnavalesca sombria que eu adoraria saber quem era… e estava se escondendo por trás da máscara.

— Veja bem Jimmy. Não desejo mal a você, exceto para seus amigos que me prejudicaram a muito tempo – Corrupção passou os ombros entre as duas e sorriu a mim – simplesmente saiba que… tudo mais para a frente vai mudar… e para muito melhor.

— Não vejo como essas mudanças podem fazer bem a alguém – Fechei os braços, com uma cara feia para o trio das sombras. Agora que descobri quem estava nos fazendo mal, precisava da identidade das outras duas.

— aaah… não seja assim tããão pejorativo assim – A mulher egípcia me satirizou – você não percebe a mudança mesmo quando ela é para um fim positivo não é? Bem o tipo de “Imperadorzinho” de quinta.

— Como assim garota? – Eu a olhei com cara feia – o que quer dizer?

Ela olhou no fundo dos meus olhos e sibilou. Não sei como mas percebi que em vez de uma língua normal, parecia uma coisa bifurcada.

— Se eu lhe contar Jimmy, que com um antepassado seu eu tive uma prole e quase deixei o Egito aos meus pés, e que… foi seduzido com tanta facilidade… você acreditaria em mim fofinho?

Aquilo me deu um baque forte na cabeça, porque eu senti que isso era algo passado e era sobre mim… mim não, era alguma de minhas encarnações passadas como pontifex.

— E para variar… ainda fiz César implorar pelo meu corpo como um bebezinho.

 A ficha caiu por completo. Agora sabia quem era aquela mulher que tinha me deixado a mensagem. Irina tinha dito que eu e ela tínhamos a mesma energia e tinha vindo ajudar. Talvez seja porque isso era coisa do passado porque a figura havia deixado essa marca: A monarca de maior poder no Antigo Egito, a rainha da luxúria e do pecado da carne.

— Rainha Cleópatra?

Ela riu para mim, confirmando que eu havia acertado seu nome. Ela sibilou e em seguida, lambeu as unhas, que eram um dourado com pintas de sangue… pelo brilho daquilo, diria que eram afiadas como garras.

— Ahh… agora sim estamos falando na mesma língua querido. Que Bom que agora me reconhece… acho que fica mais fácil para nos apresentarmos.

— Espera um minuto… você tem acesso à energia negra?

— Matéria negra, ventos da Luxúria e a tormenta elétrica da carne… hahahahahaha – ela vociferou e olhou para mim com olhos brilhantes com feições reptilianas… ai que nojo!

— E eu vou lhe dar uma cola para ajudar mago – a mulher carnavalesca pigarreou – Sabe… eu fui responsável pela criação de uma das figuras mais pequenas que foi o motivo de uma guerra sabe? E como é irônico a guerra começar… por amor, não é?

— Por amor? – Eu perguntei só para me garantir que estava falando com a pessoa certa, ou melhor… divindade. Por que a aura que ela emanava parecia algo com a energia dos deuses que eu podia sentir, mas estava meio… fria e repulsiva.

— Exatamente – ela riu – o que os mortais hoje fazem de minha figura? Riem até cansar sendo que eu é quem faço as melhores piadas. Sabia que eu no meu tempo fiz diversas piadas e quase acabei com o reinado dos deuses?

Fazia sentido. Já dava para saber quem ela era: uma deusa que caiu.

— E você foi responsável por criar Helena, a Helena de Tróia. E com isso você foi expulsa do convívio olimpiano e hoje está possessa com isso… não é mesmo… Deusa Momo?!

Ela soltou uma risada e tirou a máscara. Quando cheguei um pouco perto para ver, percebi que ela era uma mulher bonita, embora estivesse com os olhos brilhantes demais e um sorriso avassalador de assassina psicótica. Curiosamente me lembrava de que a Mãe do Pete, a Deusa Éris, tinha o mesmo olhar assassino dela.

Espera aí… ela estava me olhando como o coringa! Assassinato e diversão estavam estampados na cara dela.

— Muito bom saber que o pontifex ainda reconhece as essências dos antigos deuses. Exatamente, sou Momo, a deusa do sarcasmo, da piada e do deboche, e literalmente… vocês semideuses depois que eu ganhei energia suficiente para lhes afetar… foi fantástico deixar vocês sem nada de humor. E tenho a absoluta certeza de que você sabe que isso afeta todos nós de maneiras absurdas, não é mesmo?

— A moral de todo mundo… então é você que está fazendo isso?

— não é só ela Jimmy – Corrupção deu um beijo nas duas e logo se voltou a mim, com olhar de superioridade – todos nós juntos, temos o poder suficiente para destronar vocês, porque somos feitos por vocês. Eu dreno suas energias em todos os sentidos, Momo deixa sua autoestima baixa enquanto eu converto suas energias negativas e ódios em uma moeda única de poder… e ainda por cima… Cleópatra…

— Faz ataques enquanto um semideus patético se encontra no limbo com a gente… - ela riu vorazmente e fez um pouco de luz emanar mais forte, podendo ver os rostos dos três… eram com certeza assustadores.

Cleópatra tinha um rosto branco sim, porém ela usava sangue no local de maquiagem para os olhos, deixando ela com um visual grotesco e que se Juan visse falaria: “ BROCHEI! HORRORES! ” .

Momo tinha a cara da mulher que sambava no comercial da globeleza : cabelos negros, olhos verdes e ainda por cima um rosto um pouco moreno. Era estampado a vontade dela de assassinar e matar, porque eu conhecia aquele rosto. Pertencia as pessoas que falavam: “ A morte é divertida, não é? ”.

— Jimmy, agora somos uma ordem, um item que no passado você sentiu na pele, e aparentemente isso foi a sua ruína, mas agora… com duas garotas me auxiliando nisso… iremos conquistar TUDO!

Os três levantaram os braços, começaram a falar em uníssono e uma mancha negra apareceu atrás deles, e era muito forte, bastante escura.

— SOMOS O TRIUNVIRATO DAS SOMBRAS! TUDO O QUE VOCES NÃO SÃO, NÓS SOMOS DE MELHOR! IREMOS ACABAR COM VOCES TODOS!

— Que tentem! – Provoquei para ver aonde iam. Eu sabia que isso era um movimento perigoso, mas quem arrisca não petisca né non? – Vocês não conseguem nos impactar desse jeito! Vamos nos unir para acabar com todos!

— Sendo que mal se aguentam de pé e estão mais separados do que água e óleo? Boa sorte tentando isso Jimmy – Momo me sacaneou e logo olhou para Cleópatra – Acho que é hora de falarmos não é mesmo?

— Eu acho bom… - Cleópatra chegou perto de mim, e olhou para onde eu estava olhando – você não discordar da Momo Jimmy, neste exato momento… eu sinto que o seu colega de magia oposta… está fazendo algo bem… complicado para vocês, e pra variar está usando minha energia...

Vejamos… colega de magia oposta…

— Frost? -  senti um arrepio correndo pela minha Nuca, logo senti uma dor tremenda vindo de meus pulsos, como se alguém estivesse me prendendo.

Ela fez um movimento e logo uma distorção pode ser vista na escuridão. Frost estava batalhando com alguns guerreiros de Ares e em seguida partiu para a porrada com Clisman, o semideus representante dos deuses menores. Fiquei um pouco nervoso, mas também um pouco consciente porquê… eu sabia que ele não iria sair à toa, estava indo se encontrar com Cleópatra e fazer algo ruim, já esperava esse tipo de traição vindo dele.

— Parece que ele não foi o único a deixar um sentimento negro a solta – Observou corrupção – algumas pessoas a mais deixaram ser levadas por isso e acabou que desejamos que elas simplesmente… falem para vocês como se sentem hoje…

— Um aviso para você bruxo – Cleópatra olhou em meus olhos – os sentimentos podem ser nossos maiores aliados… ou nossos maiores inimigos… Sentimentos baixos são facilmente manipuláveis e fácil para colocarem uns contra os outros. Pergunte isso… aos traidores… e aos traídos. Já visitei seu acampamento bruxo, agora… olhe quem eu trouxe comigo…

— Como assim? – Virei para ela com uma cara um pouco assustada

Logo ela movimentou a mão novamente e vi imagens de semideuses do acampamento: Girino, Leo, Brant, Duda, Sergio, Mari, Frost, Gustavo, Michel, Matt, Dohan e Finalmente vi o rosto de Milord. Todos eles estavam enrolados em uma vinha escura e adormecidos. Podia sentir que aqueles eram seus espíritos e estavam aprisionados por eles.

Ah deuses! Isso era preocupante demais! Eu deveria retornar ao meu corpo imediatamente para resolver isso!

— Ah… vocês enterraram isso no passado? Errado! – Momo apontou a adaga para meu coração – Nada humano pode ser enterrado! Isso é como um assunto inacabado que vocês devem resolver.

— E ainda por cima, ficam querendo se entupir com beijos uns dos outros, achando que vão ocupar espaço de cimento nesse coração esburacado. É por isso que vocês não irão durar muito porque sempre estão querendo uns aos outros de maneira Vil e voraz… - Cleópatra começou a sibilar

— Sinto que voltará novamente Jimmy – Corrupção olhou para mim – quando precisar de meus serviços, só tocar a árvore e saberá aonde eu estou…

E tudo virou névoa. Consegui voltar ao meu corpo e percebi que estava com as mãos amarradas... não era problema fazer um aumento estático percorrer seu corpo e queimar as cordas... E foi exatamente o que eu fiz. Depois de toda a experiência que tive, eu deveria reunir o pessoal e já bolarmos um plano para fazer… só precisava…

— Graças à Odin você voltou Jimmy! – Olhei para o lado e vi Edu totalmente envolto nas correntes. Aparentemente, quem fez aquilo ali sabia bem como prender um ser vivo...

— er… Jimmy? – Vick acordou e quando viu seu namorado enrolado, não hesitou em ir até ele. Ficamos lado a lado decidindo o que faríamos para libera-lo.

— Amor? Tudo bem?

— Considerando que me encontro em um relacionamento enrolado… eu estou bem – Edu riu tentando quebrar o gelo do desespero dela.

— Piadista como sempre Edu – Olhei para as correntes e logo percebi que precisava da presença de outro Deus para ajudar. Pensei que os deuses não estavam mudos, só havia uma barreira entre nós, e eu deveria quebra-la.

Juntei minhas mãos e fechei os olhos com toda minha convicção

Hefesto!— Clamei e logo senti um calor preenchendo meu corpo. Levantei um dedo e usei magia.

Incantare! Flamma welding!— Senti um calor sobrenatural indo para meu dedo, e logo uma chama potente igual a uma solda estava saindo, e comecei a cortar a corrente.

— Aonde está o Frost?

—  surtou do nada, fez isso comigo e ele agora está aonde uma víbora fica Jimmy: Fazendo algo chamado traição!

— Eu sabia… - desabafei – quando ele tinha dito que encontraria com esse boy dele… sabia que tinha algo de mentira nisso. Ele já deveria saber da presença do triunvirato das sombras e do que eles estavam fazendo, provavelmente estavam trabalhando por debaixo dos panos.

— Como é Jimmy? – Vick me perguntou e então puxou uma parte que eu havia criado uma rachadura na corrente. Edu Também me olhou querendo saber mais, mas estava com muita pressa.

Bing! Mais um pedaço da corrente caiu e assim pudemos puxar ela, dando espaço o suficiente para ele sair.

— Ok… - edu me olhou convicto – pode nos contar depois?

— Vamos ter que chamar o conselho para isso. Agora nós temos um problema maior para encarar…

BOOM! Uma explosão foi ouvida a longe, e pela direção, vinha do chalé de Hermes, e a coisa não estava boa.

— Vamos pessoal! Preciso cortar a cabeça de uma cobra! E ainda por cima é egípcia.

Sacamos nossas armas e saímos correndo para a batalha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

capítulo 7 : Guerra! asuhausuahshasa



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A era de Trevas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.