A Má Influência escrita por British


Capítulo 2
Acusações


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bem? Estão gostando da terceira temporada? Acredito que eu vá demorar um pouco mais para atualizar porque eu to meio atolada de trabalho, mas sempre que tiver um tempo eu venho e posto! Deixem comentários tá? É muito bom saber quem vai acompanhar o desfecho disso tudo! Temos um longo caminho pela frente! ♥ Obrigada por permanecerem, viu? Boa leitura *-*



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Como seu tio havia pedido, Sasuke acompanhou pela televisão a repercussão do caso. No jornal, informaram que demoraria alguns dias até que o resultado da perícia saísse. Enquanto aconteciam as investigações, Sasuke continuaria aflito. Tudo que ele mais queria era que o resultado saísse logo e provasse que ele nada tinha a ver com aquela tragédia. Ainda perdido em seus pensamentos, ouviu seu telefone tocar. Era Sakura.

— Tão bom ouvir sua voz, meu amor! – Disse Sasuke ao ouvir Sakura.

— Fiquei sabendo da tragédia envolvendo o nome da Uchiha’s Contrução & Engenharia. O viaduto era aquele em que você estava envolvido no projeto? – Perguntou preocupada.

— É. É aquele viaduto. – Confirmou Sasuke.

— Já sabem a causa da queda? – Perguntou Sakura.

— Ainda não. Está cedo. A perícia precisa investigar direito. – Contou Sasuke.

— Sasuke, você precisa ficar calmo, ok? – Pediu Sakura.

— Uma pessoa morreu, Sakura. O clima aqui na empresa está horroroso. Tem imprensa lá embaixo querendo arrumar um nome para culpar. – Disse Sasuke.

— Eu sei, mas você não foi responsável por isso. Então, não tem porque ficar assim.  Ou tem chance de ter sido um erro seu? – Questionou Sakura.

— Sakura, eu nunca errei um cálculo. Acho improvável que o erro tenha sido meu. Deve ter sido um erro na execução ou fiscalização da obra, coisas que não são da minha ossada.  – Informou Sasuke.

— Bem, de qualquer forma, é bom preservar a sua imagem. Não dê entrevistas para a imprensa local agora pode ser? Descobriram que a empresa é da sua família e aqui em Nova York até meu nome já está sendo linkado a essa tragédia.

— É? Como estão te envolvendo nisso?

— Ah, estão falando “A empresa da família do marido de Sakura Haruno é responsável pela obra que desabou”. Nada demais, por enquanto...

— Sakura, volta logo pra casa! – Pediu Sasuke.

— Eu vou voltar amor. Agora, eu preciso desligar. Nos vemos amanhã cedo. Te amo. – Despediu-se Sakura.

— Também te amo! – Então desligaram.

Assim que desligou o telefone, Sasuke voltou a prestar atenção no noticiário. Mas, logo foi interrompido com a chegada de Orochimaru a sua sala.

— Posso entrar? – Pediu Orochimaru.

— Claro. Alguma novidade? – Perguntou Sasuke.

— Na verdade, não. Eu só vim saber se está tudo bem com você... – Disse Orochimaru sentando-se na frente do colega de trabalho.

— Algo assim nunca tinha acontecido na empresa. Acho que foi um susto para todos, não? – Disse Sasuke.

— Sim, foi. Você viu o desespero do marido da vítima da tragédia? Ele está desolado... – Disse Orochimaru.

— Não, estava no telefone com a Sakura e não vi.

— Bem, ele falou que vai até as últimas consequências para prender o culpado. – Disse Orochimaru.

— Orochimaru, nós também vamos até as últimas consequências para descobrir qual foi o erro. – Afirmou Sasuke.

— Já pensou que o erro pode ser seu?

— Não creio que tenha sido um erro meu. Até porque seria um erro muito idiota de se cometer. Eu reviso meus cálculos milhões de vezes.

— Ok, Sasuke. Só estou levantando a possibilidade...

— Então, não levante. – Pediu Sasuke.

— Ok. Bem, seu tio disse que até que o resultado da perícia saia você será afastado desse projeto assim como os outros engenheiros e o mestre de obras. – Informou orochimaru.

— Ele também me disse. Você é quem assume?

— Sim, provisoriamente.

— Boa sorte.

— Bem, eu tenho muito trabalho a fazer. Se precisar de mim, é só chamar, Sasuke. – Disse Orochimaru.

— Claro, Orochi. – Respondeu Sasuke e viu o colega sair.

Orochimaru era um dos homens de confiança de Madara. Ele era um dos engenheiros mais bem pagos daquela empresa e havia sido chamado pelo tio de Sasuke para ajudá-lo na implementação da empresa em Konoha há dois anos. Por conta disso, Orochimaru achava que ficaria com os projetos de maior prestígio dentro da Uchiha’s Contrução & Engenharia. Porém, o que aconteceu foi o contrário. Após a empresa se estabelecer bem dentro do mercado, Madara chamou Sasuke, seu sobrinho predileto, para trabalhar lá e ser o seu braço direito.

Sasuke era competente, especialista em construção de obras públicas. Orochimaru odiava ter que admitir isso. Por conta disso, todas as obras em acordo com Prefeitura ficavam nas mãos de Sasuke, como o bendito viaduto. Agora, com a queda daquela obra, morte de uma pessoa e 25 feridos, a credibilidade de Sasuke estava prestes a ser arranhada. Os buchichos nos corredores da Uchiha’s Contrução & Engenharia era que um erro de cálculo tinha causado a queda do viaduto. E, se alguém errou um cálculo, só podia ser Sasuke. Afinal, era ele o engenheiro por trás daquele projeto. Que ironia seria o sobrinho do todo poderoso arruinar a reputação da empresa?

Orochimaru sabia que o processo contra a Uchiha’s Contrução & Engenharia e contra o engenheiro responsável pela queda do viaduto não daria em nada. O crime de desabamento, previsto no artigo 256 do Código Penal, prevê pena de um a quatro anos de prisão, além de multa, em caso de condenação, da pessoa que "causar desabamento, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem". Caso a pessoa seja condenada na modalidade culposa (sem intenção), a pena é de seis meses a um ano. Mesmo assim, o que deixava Orochimaru animado era que a queda do viaduto poderia arranhar a imagem de Sasuke. Ah, se isso acontecesse... Ele, definitivamente, ganharia pontos extras com Madara.

[...]

Sarada e Mitsuki estavam conversando há horas. Apesar da adoração pela música clássica, ambos concordaram que amavam trazer a música pop para seus instrumentos. Eles chegaram a combinar de ensaiarem qualquer dia juntos, até que a televisão da cafeteria onde eles estavam ficou com um volume mais alto. Na reportagem, mostravam a fachada da Uchiha’s Engenharia & Construção e muitas pessoas protestando.

— Que barulho é esse? – Perguntou Sarada virando-se pra a TV.

— Parece que um viaduto caiu e estão na Uchiha’s Engenharia & Construção para protestarem contra. – Disse Mitsuki após prestar atenção no início da matéria.

— Será que tá tudo bem com nossos pais Mitsuki? – Perguntou Sarada.

— Acho que com eles está, mas não com os familiares dos feridos que estão ali na porta. – Disse Mitsuki.

— Uma mulher morreu. – Comentou Sarada ao ver um homem chorando e gritando por justiça.

— Ei, não fica assim Sarada. Acidentes acontecem. O viaduto não caiu de propósito. – Mitsuki tentou animá-la.

— Eu sei, mas é triste pensar que isso atingiu tantas pessoas. Fora que a empresa responsável pela obra é da minha família. Estou preocupada. – Confessou Sarada.

— A empresa vai indenizar as pessoas, Sarada. Poderiam ter tido mais mortes. Por sorte, só uma pessoa morreu. – Disse Mitsuki.

— Mesmo assim, alguém morreu! Não dá pra ignorar uma morte. Vou pra lá falar com meu pai. – Disse Sarada.

— Ei, é melhor você ir pra casa. Não disse que ia ajudar sua avó a cuidar dos seus irmãos? Você será mais útil lá do que na empresa. Seu pai deve estar de cabeça quente assim como o meu. – Disse Mitsuki.

— Tem razão. Vou pra casa da minha avó e de lá tento me comunicar com meu pai. – Conckuiu Sarada.

— A gente se fala depois? – perguntou Mitsuki.        

— Sim, se precisar de qualquer coisa é só me ligar. – Disse Sarada.

— Foi um prazer te conhecer! – Disse Mitsuki dando dois beijinhos na bochecha de Sarada.

— Igualmente, Mitsuki! – Sarada despediu-se.

Quando Sarada chegou ao casarão dos Uchiha, foi coberta por abraços de Indra e Shura. Seus irmãos eram loucos por ela. Sarada então os cobriu com beijos e cafunés.

— To vendo que sentiram minha falta! – Sorriu Sarada.

— Muita, mana! Papai largou a gente aqui! – Disse Indra ainda sem desgrudar da irmã.

— Ele tava com pressa? – perguntou Sarada.

— Muita pressa. – Concordou Ashura.

— Seu pai estava atraso pra chegar a empresa. Ele nem sabia ainda do acidente. – Disse Mikoto.

— Vó, ele ligou pra casa depois que soube? – Perguntou Sarada.

— Ligou. Ele disse que está tudo bem. Obviamente, os ânimos estão exaltados por lá, mas as coisas estão sob controle. Madara está aguardando a perícia, mas já está tomando algumas atitudes para amenizar os efeitos como prestar solidariedade aos feridos e a família da vítima da queda do viaduto. – Contou Mikoto.

— No caminho pra cá fiquei sabendo que foi a Tenten, adorava essa jornalista. Fiquei sentida por isso. Eu lembro que a conheci na época que a mamãe voltou pra Konoha. Quando eu ganhei a promoção da Teen Choice pra ir encontra-la no hotel, foi a Tenten que me ligou para dar a notícia. – Lembrou Sarada.

— Uma pena essa moça morrer tão jovem. O marido dela está desolado. – Disse Mikoto.

— Poxa! É uma pena mesmo! – Disse Sarada meio triste.

[...]

O mundo de Neji havia desabado junto com aquele viaduto. Ainda estava fresco em sua memória o último sorriso de Tenten que havia visto antes de ir trabalhar. Nunca mais observaria aquele sorriso. Pensar nisso o dilacerava. Tinham tantos planos, tantas coisas pra concretizar. Como seguir? Neji não sabia. Revoltado, ele, na primeira oportunidade, foi até a Uchiha’s Engenharia & Construção clamar por justiça. Deu várias entrevistas ali mesmo no calor da emoção, exigindo o nome do culpado que destruíra sua família.

Neji e Tenten tinham se casado há três anos. Após conseguirem equilibrar suas carreiras e fazer um mochilão pela Europa, o próximo plano do casal era filhos. Queriam muito! Agora, Neji tinha perdido tudo. Tenten era sua família. As lágrimas ainda eram incontáveis em seus olhos e eram derramadas com o piscar dos olhos.

Naquele dia não conseguiu dormir. Velou o corpo da esposa junto com alguns familiares da moça e amigos que ela tinha cultivado nos anos de profissão. A revista Teen Choice já estava preparando uma homenagem para a próxima edição, o que Neji agradeceu, já que Tenten amava tanto seu trabalho. Após o enterro, a expressão de Neji ficou vazia. Se antes, ele era o médico sorridente que por onde passava despejava um pouco de seu charme, agora Neji não tinha mais razão alguma para sorrir.

Quando pisou em casa, após o enterro da esposa, Neji gritou. Um grito desesperado. Ele então se jogou no chão e ficou ali chorando. Nada era capaz de medir o tamanho de sua dor. Neji era um homem apaixonado. Namorou Tenten por cinco anos antes de pedi-la em casamento. Agora, se perguntava porque tinha demorado tanto. Talvez, se tivesse priorizado outras coisas, eles poderiam ter tido pelo menos um filho. Mas não tinham. Neji havia ficado sozinho novamente. Órfão desde os 21 anos de idade. Tenten foi o consolo de Neji, mesmo sendo apenas uma amiga naquela época. Depois, com a convivência, se apaixonaram e viraram namorados. O casamento foi uma consequência de tanto amor.

No momento em que as lágrimas secaram, Neji se levantou. Então, o médico caminhou até o quarto, sentou na cama de casal, segurou o porta-retrato com uma foto do dia de seu casamento e lembrou de sua esposa.

[...]

Flashback

Tenten estava sentada na cama com o notebook nas pernas escrevendo uma matéria para a Teen Choice, quando notou Neji com o porta-retrato na mão.

— Por tanto olha a foto? – Perguntou a jornalista ao marido.

— Tava com saudade do nosso casamento. Foi o dia mais feliz da minha vida. – Disse Neji colocando o porta-retrato no lugar.

— Eu sei, amor. Foi o meu dia mais feliz também. Quando fizermos bodas de ouro, casamos de novo que tal? – Tenten piscou e Neji a beijou.

— Eu casaria com você todos os dias. – Disse o médico.

— Bom saber! – Tenten fechou o notebook, o guardou e então abraçou Neji, beijando-o em seguida.

— O que seria de mim sem você? – Disse Neji entre um beijo e outro.

— Não seria você. – Respondeu Tenten.

[...]

Neji abriu os olhos e tinha amanhecido. Ainda se lembrava do sonho que havia tido com Tenten, de uma lembrança antiga dela. Sua esposa tinha razão, sem ela Neji não conseguia ser ele mesmo.

O médico tomou um banho, tomou café e se arrumou para ir para o hospital. Não queria ficar em casa. Queria esquecer a tragédia. Queria ser útil a alguém. Se continuasse mais um segundo vivendo seu luto, morreria também.

[...]

Sakura chegou em casa e o silêncio ainda tomava conta do lugar. Passou pelo quarto dos gêmeos e se surpreendeu ao ver Sarada deitada no sofá. Sem dúvida, as crianças tinham insistido para que ela lesse história para eles e ela acabou dormindo ali mesmo. A Haruno sorriu com a imagem, então saiu do quarto e seguiu para o seu próprio. Lá, Sasuke estava adormecido. Sakura então sentou-se na cama e beijou levemente os lábios do marido, que despertou com o contato.

— Sakura, é você? – Perguntou Sasuke ainda abrindo os olhos.

— Cheguei cedo né? Tava preocupada e acabei madrugando. Vim no primeiro voo. – Disse a rosada enquanto via o marido se ajeitar na cama e acender as luzes do quarto.

— Bom te ter aqui! – Sasuke abraçou a esposa e ela afagou seus cabelos.

— Desculpe ter te deixado sozinho nesse momento difícil, meu amor. Como ficaram as coisas na empresa? – Perguntou Sakura.

— Indiretamente, estão me acusando. Mas eu não errei aquele caálculo Sakura! – Defendeu-se Sasuke.

— Então, não tema Sasuke! Vão descobrir o que aconteceu e não vão te culpar mais! – respondeu Sakura.

— Quero logo que o resultado da perícia saia. – Disse Sasuke.

— Vai sair e você vai provar pra todos que não é culpado tá bom?

— Mal vejo a hora disso acontecer. Te infernizaram muito em Nova York por causa do acidente?

— Um pouco. Ficaram falando porque a empresa é da sua família, mas ninguém sabe lá dessa possibilidade do erro ter sido seu. Então, não foi nada agressivo, mas é sempre bom a gente tomar cuidado. Foi por isso que as crianças não foram pra escola hoje?

— Achei melhor eles ficarem aqui com Sarada.

— Tomou a decisão certa. A imprensa podia estar lá. E não foi a Uchiha’s Engenharia & Construção pela mesma razão?

— Meu tio me afastou de lá por enquanto. – Admitiu Sasuke.

— Ele acha que o erro foi seu? – Assustou-se Sakura.

— Não, mas ele quer me preservar porque a imprensa não sai de lá por nada atrás de um culpado. E, como os boatos dentro da empresa é de um possível erro de cálculo, o tio tem medo que esse boato vaze e me preguem pra Cristo. Só isso. Mas assim que o laudo da perícia sair vai estar provado que não tenho nada a ver com isso. – Contou Sasuke.

— Madara tem razão. Você precisa se preservar ao máximo.

— Você vai ficar o dia todo comigo? – Perguntou Sasuke.

— Você só vai ter que me dividir um pouquinho com nossos filhos, mas, tirando isso, sou toda sua. – Sakura sorriu.

— Obrigado por ficar do meu lado.

— Sou sua esposa, aqui é o meu lugar.

[...]

Na casa de Boruto e Yodo, a manhã estava tranquila. Era dia de folga dos dois. O único dia da semana que eles tinham em comum em meio a rotina. Por isso, estavam tomando café da manhã com toda a calma do mundo.

— Você já viu o jornal, Boruto? – Perguntou Yodo antes de bebericar um pouco de seu chá.

— Já, estão falando da queda do viaduto. Tem uma entrevista com o viúvo da vítima. Você conhece ele, não é mesmo? – Perguntou Boruto.

— Sim, Neji é pediatra lá no hospital. Uma pena que a esposa dele tenha falecido. Eles se amavam muito. – Comentou Yodo.

— É de dar pena a situação dele. Eles tinham tantos planos, tinham casado há pouco tempo... – Disse Boruto.

— É, eles casaram um pouco depois que a gente. Neji sempre foi conhecido no hospital pelo sorriso dele, fico imaginando como vai ser difícil a volta ao trabalho.

— Yodo, se ele precisar de algum apoio, vamos oferecer ok?

— Claro, querido. Temos que nos solidarizar com a dor dele.

— O padrinho trabalha na empresa que estava construindo o viaduto. Eu fico me perguntando se tá tudo bem com ele.

— Boruto, eles estão esperando que o laudo da perícia saia. Só assim, vamos saber quem é o culpado. Mas o clima na empresa não deve estar bom.

— Vou ver se ligo pro padrinho mais tarde.

— Si. Além disso, eles podem precisar de um advogado. Então, você poderá ajudá-los.

— Verdade, Yodo. Tem toda a razão.


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