A Má Influência escrita por British


Capítulo 16
Outros planos


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bem? Depois do presentinho de Natal, vem o de Ano Novo! Sim, este é o último capítulo do ano! Espero que apreciem e comentem! Desejo que o momento da virada de vocês seja incrível e que 2017 seja um ano lindo! Precisamos de muitas vibrações positivos porque 2016 foi barra pesada! Só os fortes passarão! Então é isso! Boa leitura! Nos falamos ano que vem!



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 Quando Nagato voltou ao quarto, Hanabi estava dormindo. Não a acordou mais. Não queria atiçar a fera. Pelo tom da conversa, ele sabia que sua rainha não ia descansar enquanto não fizesse que o conselho intervisse no relacionamento de Shinki com Yodo. Então, ele pensou a noite toda de que forma ajudaria o seu primo.

Na manhã seguinte, Nagato se reuniu com Gaara. Precisava dele para o que estava planejando.

— Imagino que seja uma questão urgente para você me chamar essa hora no seu escritório. – Disse Gaara.

— Diz respeito ao seu filho.

— O que é? Já se reuniu com o conselho?

— Ainda não, mas quero me preparar bem para essa reunião com a sua ajuda. Como o senhor e Shinki me pediram, eu vou interceder por ele e Yodo. Mas, Hanabi deu a entender que os Hyuuga serão contra.

— E eles são maioria no conselho.

— Sim, mas existem alguns membros daquela família que ficam em cima do muro. Peço que você ou Deidara os convençam a ficar do nosso lado. A chance é pequena, mas existe.

— Eles não vão ficar do nosso lado de graça, Nagato.

— Eu sei. Por isso, quero saber de você o que podemos oferecer.

— Nagato, eles já ocupam uma posição privilegiada. Só conseguiríamos os votos deles se tivesse algum cargo maior do que já ocupam ou um bom casamento para os herdeiros deles. Você sabe que Hiashi fez de tudo para casar Hanabi com você. Acredito que eles fariam coisas parecidas.

— Yahiko ainda não é casado. E se prometermos que a filha de um deles se casará com meu irmão?

— Você teria que falar com Yahiko primeiro.

— Meu irmão sabe de seus deveres com a coroa.

— Mesmo assim, só se você falar com ele e e Yahiko estiver de acordo. Mesmo assim, falta um voto.

— O membro mais jovem do conselho é um Hyuuga e tem uma filha de dois anos, certo?

— Sim, ele é primo de segundo grau de Hanabi.

— Diga que na época certa meu filho Ryu pedirá a filha dele em casamento. Será um compromisso entre as famílias. A filha dele será rainha.

— Nagato, querido, é o futuro do seu filho sendo arriscado. Quer mesmo que Ryu se case com alguém da família Hyuuga?

— Ryu tem sangue Hyuuga. Assim, vencemos agora e no futuro não preciso me preocupar com o fato de precisar casar meu filho. Podemos ensinar Ryu a amar essa menina desde sempre.

— Vai forçá-los a conviver?

— Vou fazer com que se conheçam, estudem juntos, se apaixonem naturalmente. Vou induzir tudo isso. Assim Ryu não terá dúvidas. O que acha?

— Um plano arriscado, mas pode dar certo. Resolveria todos os nossos problemas.

— Ok. Vou falar com Yahiko.

Assim Nagato fez. Primeiro, ele procurou Yahiko. Solteirão convicto, o irmão caçula pensava que algum dia iria se apaixonar, mas Nagato sabia que o irmão aceitaria sua oferta.

— Casar com uma estranha?

— A filha de um dos conselheiros de nosso reino. Garanto que é bonita, inteligente e criada dentro dos nossos costumes.

— Parente de Hanabi?

— Sim, uma prima dela que é um pouco mais nova que você.

— Vou me casar com uma estranha para ajudar Shinki?

— Se não quiser casar, é só dizer. Não quero te forçar a nada.

— Você sabe que a coroa fala mais alto. Você não estaria me pedindo isso se não fosse necessário.

— Mesmo assim você tem poder de decisão. Não quero que me culpe no futuro.

— Você faz isso por Shinki ou para ver Yodo feliz?

— Pelos dois. Acho que merecem. Concorda?

— Concordo. Shinki e Yodo merecem ser felizes. Aceito o casamento. E o outro voto? Como vai conseguir?

— Vou casar Ryu no futuro com a filha do conselheiro mais jovem da família Hyuuga.

— Audacioso esse seu plano. Se Hanabi descobrir, vai surtar. – Yahiko riu.

— Ela não precisa saber de nada até a votação. Pretendo deixar que os Hyuuga acreditem até o último momento que tem a maioria dos votos.

— Tio Gaara já sabe?

— Sim, falei com ele antes de vir aqui.

— Pode dizer que eu estou dentro do plano.

— Obrigado, irmão. Sabia que entenderia.

[...]

Orochimaru estava revisando um projeto em seu escritório, quando, em querer, sua mão esbarrou num caderno de Mitsuki e um papel caiu de dentro dele. Ele apanhou o caderno e o papel. Quando foi colocá-lo no mesmo local, percebeu que o papel era um panfleto em que Sasuke Uchiha oferecia aulas de reforço.

Orochimaru teve uma crise de riso. Era patético ver o profissional brilhante e dedicado se tornar um professor de reforço. Provavelmente, Sarada tinha entregado aquilo a seu filho. Então, Orochimaru pensou que aquilo poderia se tornar mais interessante.

No dia seguinte, Orochimaru chamou Neji até a Uchiha’s Construção & Engenharia. Ele tinha ficado responsável por entregar o dinheiro da indenização para o médico. Neji negou por muito tempo aceitar o dinheiro, mas Madara o havia convencido a pegar a grana e investir no hospital. Assim, Tenten ganharia uma ala com seu nome lá. Ficaria eternizada no lugar onde Neji trabalhava. Não foi difícil fazer Fugaku concordar com a ideia e, muito menos, Neji. Dessa forma o acordo foi feito e Orochimaru estaria lá para selá-lo com o pediatra.

— Olá, Neji. Sente-se. Está tudo bem? – Perguntou Orochimaru, indicando o lugar para o médico se sentar.

— Na medida do possível, sim. Podemos agilizar isso? – Perguntou Neji impaciente.

— Claro, estamos aqui para agilizar a situação. Você pode assinar esse papeis? Assim, poderemos transferir o dinheiro para a sua conta. – Informou Orochimaru, entregando a papelada.

— É triste pensar que vocês estão tentando me comprar. Mas já quero deixar avisado que meu depoimento não muda! Continuarei culpando Sasuke Uchiha pelo acontecido! – Disse Neji enquanto lia e assinava os papeis.

— Você tem razão, Neji. Não sou eu que vou pedir para que você seja benevolente com o causador da morte da sua esposa. Ela era tão jovem não? Tão cheia de planos? – Comentou Orochimaru e os olhos de Neji lacrimejaram com as lembranças.

— Vou fazer com que o Uchiha pague! – Disse Neji e Orochimaru sorriu.

— É claro que vai.

— Você sabe que ele é culpado também, certo?

— Oh, eu não posso afirmar isso, mas, se a perícia diz que foi ele, deveríamos confiar não?

— Eu também acho, mas ele é de uma família poderosa e pensa que vai sair impune. Sinto pena da esposa dele. Sakura não merecia estar passando por isso. – Comentou Neji e Orochimaru percebeu o interesse do médico na blogueira.

— Verdade. Ela e os filhos são os mais atingidos na história toda. Sasuke devia admitir que errou e pagar por isso.

— Se eu pudesse, o faria confessar.

— Por que não tenta? – Propôs Orochimaru.

— Como?

— Bem, Sasuke virou professor particular. Meu filho que toca com a filha dele me deu isso outro dia. – Orochimaru então entrega o panfleto para Neji – Por que não vai ter uma aula com ele, ganha a sua confiança e tenta arrancar a confissão? Assim, você teria uma prova contra ele pra apresentar no dia do julgamento.

— Como ele confiaria em mim?

— Não faz dez minutos que te conheço e já sinto empatia por você. Não será diferente com Sasuke. Além disso, ele deve se sentir culpado pela sua perda. E vocês não se conhecem né?

— Não pessoalmente.

— Então, já passou da hora de vocês se conhecerem ou só quer encará-lo no tribunal?

— Tem razão.

— Então, siga meu conselho. Agende uma aula qualquer de matemática, dê um nome falso e o enfrente. Até porque se ele soubesse de cara que é você, não o atenderia.

— Obrigado pelo conselho.

— Não há de que, Neji. Como você, só quero que a justiça seja feita. – Neji entregou os papeis assinados, ele e Orochimaru trocaram um aperto de mão e depois o engenheiro viu o médico partir.

— Isso está ficando cada vez mais interessante... – Riu Orochimaru sozinho em sua sala. Ele adorava colocar lenha no fogo e depois assisti-la queimar.

[...]

Sasuke tinha ido fazer uma visita rápida a sua mãe, porque ela estava um pouco doente. No entanto, ele avisou Sakura que voltaria logo porque tinha uma aula para às 18h00. Indra e Ashura estavam no quarto pintando, Sarada não voltaria tão cedo do ensaio da orquestra e ela estava ali trabalhando um pouco. Precisava finalizar sua próxima coleção.

Quando ouviu a campainha, Sakura sabia que seria o aluno novo de Sasuke. Então ela foi até a porta, abriu e quando se deparou com Neji na sua frente, ela tentou bater a porta em sua cara, mas o médico não permitiu.

— Cadê a sua educação, Sakura? – Perguntou Neji.

— Cadê a sua? Eu pensei que tinha dito que não podíamos ser amigos. Aliás, por que veio me procurar na minha casa?

— Não vim falar com você, mas com Sasuke.

— Não vou aceitar que você pise no meu lar para dizer absurdos para o meu marido.

— Sakura, eu vou ter uma aula com Sasuke.

— Você não precisa de uma aula do Sasuke!

— Mas eu paguei por uma, então vou ter.

— O que quer com ele?

— Conhecê-lo para ver se estou errado ou não. Me permite? – Disse Neji entrando na sala da casa de Sakura.

— Só peço que não nos insulte. Sasuke deve estar chegando. Ele tinha me avisado da aula, só não sabia que era você o aluno.

— Nem ele sabe, na verdade. Dei um nome falso, porque sabia que ele não ia querer falar comigo.

— Se sabe disso, porque não respeita e fica longe?

— Estou dando uma chance de seu marido me provar que é inocente.

— Como assim?

— Sakura, se Sasuke me convencer que é inocente, eu prometo pra você que deponho a favor dele.

— É sério isso?

— Eu nunca mentiria pra você. – Disse Neji e Sakura sentiu um clima estranho ao ar, então a porta se abriu e Sasuke apareceu. Ele não ficou exatamente feliz em encontrar Neji em sua sala.

— O que esse homem está fazendo aqui, Sakura? – Perguntou Sasuke sério.

— Ele veio aqui falar com você. Vou deixá-los a sós e me juntar às crianças no quarto. – Disse Sakura e saiu da sala com seu notebook.

— Não brigue com ela. Eu só quero conversar com você. – Disse Neji.

— Receio que no momento não possa. Tenho uma aula marcada. – Respondeu Sasuke olhando o relógio.

— Eu sou seu aluno. Adoraria que você pudesse conversar comigo entre uma lição e outra de matemática?

— Você só pode estar brincando comigo!

— Não estou! Além disso, paguei a aula antecipadamente. – Emendou Neji, entregando o recibo do depósito na conta de Sasuke.

— Tudo bem. Você tem uma hora para conversar comigo o que quer. – Disse Sasuke, sentando-se ao lado de Neji.

— Ótimo! Quero que seja sincero comigo, Sasuke.

— Eu serei. Não gosto de mentiras.

— Assim vamos nos entender. Bem, eu queria saber como você se sente sobre a queda do viaduto.

— É uma espécie de interrogatório?

— Só quero saber se está falando a verdade quando diz que é inocente.

— Ok. O que eu posso dizer a você, Neji, é que eu não sou o responsável pela morte da sua mulher. Sei que as provas apontam contra mim no momento, mas eu não errei aquele cálculo. Sabe, Neji, eu já cometi muitos erros na minha vida, coisas das quais realmente me envergonho, mas a morte da Tenten não pesa nas minhas costas. Existe alguém que armou isso contra mim, alguém que quer me destruir sabe se lá por qual motivo e tudo que eu mais quero é provar a todos que estão errados sobre mim para que minha família não me olhe com desconfiança. – Discursou Sasuke.

— Sakura acredita em você. – Comentou Neji.

— Eu sei. Ela é uma grande mulher e sem ela ao meu lado eu já teria desmoronado.

— Fico feliz em saber que você tem essa consciência e, por ela, não minta pra mim.

— Eu não tenho porque mentir pra você. Eu sou inocente, Neji.

— Ainda não estou convencido disso.

— Por que eu deixaria um viaduto desabar, ferindo tantas pessoas e matando uma?

— Acidentes acontecem, não? – Disse Neji.

— Neji, a queda daquele viaduto não foi acidental. – Respondeu Sasuke.

— Como sabe?

— A pessoa que errou aquele cálculo de verdade premeditou tudo isso. Certamente, é alguém de dentro da empresa. Alguém que me odeia e quer me destruir.

— Quem são seus inimigos?

— Você acha mesmo que se eu soubesse já não tinha entregado um a um? A única pessoa que eu fiquei sabendo que está tentando armar contra mim agora é Kabuto Yakushi, mas a polícia o liberou porque ele está me acusando.

— Eu fiquei sabendo do caderno.

— Ele é falso. O caderno verdadeiro deve estar sendo escondido por alguém.

— E o pedido da análise da caligrafia?

— Ainda não tá pronto, mas posso te afirmar que eu não escrevi uma linha desse caderno falso.

— Por que eu acreditaria em você?

— Eu sei que a sua perda foi grande e você não tem motivos para acreditar na minha palavra sem provas, mas isso é tudo que eu posso te oferecer. Eu já fiquei viúvo, Neji. Eu sei bem qual é a sua dor.

— Você não amava a sua ex-mulher como eu amava a minha.

— Isso é algo que você não pode afirmar. Eu amei Karin verdadeiramente. Só que o tempo passa. Seu luto uma hora acaba e o amor pode te dar uma chance de ser feliz novamente.

— Tenten era jornalista da Teen Choice. Ela me contou tudo que você já aprontou com a Sakura.

— Você não consegue entender como ela me perdoou, certo?

— Certo. Como ela pode ter apagado o fato de você tê-la abandonado grávida, ter roubado a filha dela e ainda se casado com outra?

— Eu sei que o que fiz foi grave. Mas eu era jovem, pensava de uma forma diferente, tinha outros interesses.

— E Sarada foi seu grande milagre?

— Sim, foi. Sakura te disse isso, não?

— Sim, foi ela.

— Eu posso ver nos seus olhos o quanto você gosta da minha esposa e isso me irrita um pouco. – Confessou Sasuke.

— Desculpe, mas não consigo evitar. Sakura foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida após Tenten falecer.

— Saquei. – Sasuke sorriu – Você veio aqui por ela.

— Não, eu vim aqui para saber se você é culpado ou não!

— Sei que isso não é mentira. Você veio aqui para ver se eu estou dizendo a verdade e aí decidir se ficaria do meu lado ou não. Você pensou que se eu estivesse mentindo ia depor contra mim e depois consolar minha esposa quando eu fosse preso ou se estivesse falando a verdade, ia depor a favor de mim e voltar a ser amigo da minha mulher. As duas opções levam em consideração trazer Sakura de volta a sua vida. – Conclui Sasuke.

— Você é bom nisso. Calculou todas as possibilidades. – Admitiu Neji.

— Sou bom fazendo contas, até as que não envolvem números.

— Sasuke, eu vim aqui querendo arrancar uma confissão sua de que é o culpado, mas concordo que se passou pela minha cabeça as duas possibilidades que você citou.

— E o que decidiu agora após conversar comigo?

— Você não tem cara de culpado. – Concluiu Neji.

— Por que acha isso?

— Como você mesmo disse, é bom em contas. Não teria permitido aquele viaduto cair. Aquela queda foi criminosa e não foi você. Posso sentir isso agora que te conheci. Sakura tem razão. Você não é um babaca. Vou depor a seu favor. – Disse Neji, estendendo a mão para Sasuke que a apertou.

— Obrigado. Eu não matei a sua mulher. Eu juro pra você que é verdade.

A porta da sala se abriu então com a chegada de Sarada, interrompendo a conversa.

— Boa noite. Cadê todo mundo, pai? - Disse Sarada.

— Sua mãe e seus irmãos estão no quarto. – Informou Sasuke.

— Oi, Sarada. – Disse Neji.

— Ah, claro. Oi, Neji. – Disse Sarada.

— Você me conhece?

— Claro que sim. Todos nós sentimos muito pela sua perda. – Afirmou Sarada.

— Agora eu sei que sentem. – Respondeu Neji e Sarada não entendeu direito.

— Vá lá pra dentro, filha. – Pediu Sasuke.

— Claro, pai. – Concordou Sarada.

— Já conhecia minha filha? – Perguntou Sasuke.

— Acho que não existe uma alma em Konoha que não a conheça. E, particularmente, gosto de ir a concertos. Sempre que posso a vejo tocar.

— Um admirador de minha mulher e minha filha, então...

— Você tem uma linda família, Sasuke! Prove sua inocência para cuidar dela.

— Conto com sua ajuda pra isso?

— Sim, pode contar comigo.

Neji saiu da casa de Sasuke mais leve. Ele tinha isso lá buscando uma confissão de culpa, mas suas impressões por Sasuke tinham mudado. Certamente, ter sido recebido por Sakura tinha quebrado um pouco de sua postura defensiva. Sasuke tinha razão. Neji gostava de Sakura, inclusive gostava dela até mais do que deveria. Por isso, ele conseguiu enxergar além do que as provas apontavam e conseguiu acreditar no que Sasuke dizia. Tinha alguém tramando. Mas quem? O que Neji não podia imaginar ainda era que tinha a mão inteira de Orochimaru naquela história. Inclusive, o engenheiro não vai ficar nada contente que seu empurrãozinho acabou sendo revertido a favor de Sasuke e não contra como esperava.

[...]

Quando Sasuke apareceu no quarto dos gêmeos, flagrou Sakura e Sarada brincando com eles. Ao verem o sorriso de Sasuke, eles perceberam que a visita de Neji tinha sido algo bom.

— Não me diga que vocês se acertaram? – Perguntou Sakura.

— Ele acredita em mim, Sakura. – Disse Sasuke e Sakura voou para o pescoço se Sasuke, o abraçando com força. Em seguida, os filhos imitaram e virou um abraço grupal em família.

— Agora só falta o resto do mundo. – Disse Sarada.

— Já é um passo. – Completou Sakura.

— Papai é inocente! – Disse Ashura.

— Eu sempre soube que o papai era inocente! – Disse Indra.

— É muito bom saber que ele vai ficar do nosso lado no dia do julgamento. – Comentou Sakura.

— Eu ainda preciso falar com Boruto sobre isso, mas com a análise da caligrafia apontando que aquele caderno é falso e com o depoimento de Neji, já tenho coisas a meu favor. – Disse Sasuke.

— Precisamos comemorar! – Disse Sarada.

— Vou pedir pizza! – gritou Sakura e todos comemoraram.

[...]

No sábado, Sarada estava estudando uma partitura quando o telefone tocou. Era Mitsuki.

— Oi, Mitsuki. Tá tudo bem? – Disse Sarada.

— Não, não está. – Respondeu o garoto.

— Pensei que você estivesse aproveitando a casa da praia do seu pai. O que aconteceu? – Perguntou Sarada.

— Eu fiquei trancado dentro do porão da casa. Não tem ninguém aqui comigo e a chave tá do lado de fora. Sarada, por favor, vem me socorrer! – Pediu o garoto.

— Você não podia ter ligado pro seu pai?

— Meu pai tá viajando a trabalho. Por favor, Sarada! Você é minha amiga ou não? – Desafiou Mitsuki.

— Tá bom! Eu vou! Mas você vai ficar me devendo uma entendeu? – Disse Sarada.

— Obrigado! Você é a melhor amiga do universo!

Sarada então pegou o carro da mãe emprestado e foi dirigindo até a tal casa na praia. Demorou quatro horas para chegar ao destino, já estava anoitecendo. Mas quando Sarada chegou lá, encontrou Mitsuki assistindo televisão.

— Você não tava trancado no porão Mitsuki? – falou Sarada irritada.

— Tava, mas aí eu lembrei que tinha uma chave reserva escondida e aí consegui sair.

— E nem ligou pra me avisar?

— Ah, você já estava na metade do caminho. Então, pensei que era melhor deixar você chegar. Aí, você podia voltar atrás e ficar o final de semana todo comigo aqui.

— Ah, agora eu entendi. Você não ficou trancado coisa nenhuma! Você armou pra me trazer até aqui!

— Foi uma mentirinha do bem!

— Foi uma mentira! Não existe mentira do bem, Mitsuki! Estou muito decepcionada com você!

— Sarada...

— Não, eu não quero saber! To indo embora agora! – Disse Sarada se dirigindo até a porta, mas Mitsuki se colocou no meio do caminho.

— Fica por favor? Eu sei que o que fiz foi errado, mas foi o único jeito que eu achei de te trazer pra cá. É horrível ficar sozinho! Seria muito mais divertido com você do meu lado! Além disso, é perigoso pegar a estrada a essa hora.

— Eu vou ficar só por isso, mas amanhã bem cedo eu vou embora. Entendido?

— Entendido! – Mitsuki então abraçou Sarada, mas ela o afastou.

— Eu ainda to magoada com você.

— Sarada, você vai brigar comigo porque eu quis ficar perto de você?

— Não, estou brigando porque você mentiu!

— Desculpa! Eu prometo nunca mais fazer isso nem quando a razão for boa.

— Ok, Mitsuki. Amanhã a gente conversa. Onde fica o quarto de hospedes?

— No segundo andar no final do corredor. Deixa que eu te acompanho até lá.

[...]

Na manhã seguinte, Sarada ainda estava brava com Mitsuki e sem falar com ele. O garoto fez de tudo para chamar a atenção dela, mas ela não dava trela.

— Qual foi Sarada? Desde quando é crime um cara tentar ficar com uma garota?

— Eu disse que eu não quero ser nada além de sua amiga! Se você continuar insistindo nem isso vamos poder ser. Você quer mesmo estragar tudo?

— Não, Sarada. Eu quero continuar ao seu lado até você perceber que eu sou o cara certo e não o Boruto.

— Depois a gente conversa... Pode ser? Eu preciso voltar pra cada. – Disse Sarada.

— Ok.

Mitsuki ficou cabisbaixo, mas não podia fazer nada para que Sarada permanecesse ali. Então, resolveu voltar a dormir porque ainda era muito cedo. Quando Sarada estava na porta de seu carro, ouviu alguém gritar seu nome. Por alguns segundos, pensou ser Mitsuki, mas depois reconheceu aquela voz.

— Boruto? – Disse Sarada ao se virar para trás e ver o carro do advogado estacionado a duas casas.

— Oi, Sarada! O que faz aqui? Alugou uma casa de praia? – Disse ele se aproximando dela.

— Não, essa casa é do pai de um amigo. – Respondeu.

— Ah, um amigo...

— É. E você? O que tá fazendo aqui?

— Vim buscar uns pertences meus na casa. Estou colocando pra vender. Eu e Yodo vamos repartir o dinheiro.

— Entendi. Não lembrava que vocês dois tinham uma casa de praia. – Comentou Sarada.

— Compramos ano passado. Quando ela engravidou, pensamos que seria bom ter uma casa de praia para passar as férias com nosso filho. Até que ela perdeu o bebê e essa casa perdeu seu propósito. Só viemos pra cá umas duas vezes. Yodo nunca tinha tempo.

— Entendi.

— Quer conhecer a casa? – Propôs Boruto.

— Quero. – Disse Sarada.

Boruto levou Sarada até sua casa. Quando entraram, Boruto começou a tirar o pano dos móveis e Sarada observou tudo atentamente. A casa era em tons claros.

— É a cara da Yodo. – Comentou Sarada.

— Por que acha isso? – Perguntou Boruto.

— A casa tem uma paleta de cor em tons claros. Lembra um pouco o hospital. – Riu Sarada.

— Yodo ama tudo que é branco. Verdade.

— Nenhum de vocês quer ficar com a casa?

— Ela vai se mudar para Suna e eu não terei tempo de vir pra essa casa. Então, acho melhor vender. Assim, não fico tendo despesas extras mantendo-a fechada.

— Podia alugar. É uma bela casa.

— Você moraria aqui?

— É curiosidade ou é uma proposta? – Questionou Sarada com uma sobrancelha arqueada e Boruto riu.

— Não pode ser as duas coisas?

— Pode. Eu moraria aqui, mas faria uma reforma. – Respondeu Sarada.

— Então, se você quiser, eu não vendo. – Disse Boruto se aproximando de Sarada.

— O que a gente tá fazendo? – Perguntou Sarada.

— Planos pro futuro. Pro nosso futuro. – Respondeu Boruto.

— E desde quando a gente tem futuro? – Questionou Sarada de braços cruzados.

— Segundo meu relógio, tem dez minutos. – Disse Boruto e Sarada riu.

— Você não acha meio recente? Você acabou de assinar os papeis do divórcio... Yodo nem saiu da cidade ainda.

— Sarada, você tá preocupada com o que os outros vão falar de nós?

— A cidade é pequena. Não que eu ligue que falem, mas seria melhor evitar.

— Bem, essa sua resposta só deixou claro uma coisa.

— O que?

— Você ainda me ama.

— Ah, Boruto...

— Não tem problema, Sarada. Eu também te amo.

— Uma vez Chouchou me disse que eu sou seu plano 2.

— Você sabe que isso não é verdade. Até porque com quem eu queria me casar quando tinha 8 anos hein?

— Mas você mudou de ideia depois...

— Sarada, você sempre foi a minha primeira e única opção. O que aconteceu foi que a gente se afastou, se magoou e conhecemos pessoas novas, pessoas que nos fizeram felizes, mas que nunca conseguiram tirar um da cabeça do outro. Você nunca me esqueceu da mesma forma que eu nunca te esqueci. – Declarou Boruto.

— A gente fez outros planos...

— Sim, fizemos... Só que eu to pronto pra voltar pro meu plano inicial. Nunca deveria ter desviado meu caminho do seu. Hoje, sei disso. Me perdoa, Sarada? – Boruto se ajoelhou.

— Eu te perdoo. Eu te amo, Boruto. – Admitiu Sarada, ajoelhando também, e beijando Boruto que a correspondeu imediatamente.

As carícias eram urgentes, o beijo afoito. Boruto levantou e segurou Sarada em seus braços. Ele caminhou com ela até seu quarto. Lá se amaram como na época da adolescência. Ambos entregues ao amor que sentiam. Que o mundo estivesse pronto para eles, finalmente!

[...]

Yodo estava andando de um lado para o outro com o resultado de seu exame nas mãos. Queria saber se estava grávida, mas parte de si tinha medo. Neji flagrou a médica naquela situação, então interviu.

— É o seu teste de gravidez? – Perguntou Neji.

— É.

— Não vai abrir, Yodo?

— E se der positivo? Eu tenho 50% de chance de arruinar minha história com Shinki.

— Você acha que tem mais chances do filho ser do Boruto?

— As chances são iguais. Tudo que eu queria era que desse negativo.

— Bem, você precisa abrir para saber.

— Ok. Vou abrir. – Yodo então rasgou o envelope e leu o resultado – Positivo.

— Parabéns, Yodo! Você vai ser uma mãe incrível! – Disse Neji.

— O pior é que eu não consigo ficar feliz com a notícia. Pela primeira vez, não estou feliz por estar grávida!

— Yodo, você precisa contar pros dois sobre a gravidez.

— Já sei o que eu vou fazer, Neji! Vou contar para o Shinki, então nós fazemos o teste de DNA em segredo. Se der positivo e o bebê for de Shinki, tenho meu final feliz.

— Mas e se for de Boruto?

— Aí eu estraguei tudo.

— Seu namorado não aceitaria o bebê?

— Shinki é maravilhoso! Tenho certeza que o criaria como filho de qualquer jeito, mas...

— Sempre tem um mas né? Qual é o seu?

— Shinki é membro direto da família real de Suna. Eu ser divorciada já complica nossa situação aos olhos do conselho, se eu estiver grávida de outro homem, eles vão proibir.

— E aí vocês se separam?

— Ou nos separamos ou ele perde o título!

— Perder o título não pode ser uma tragédia tão grande assim, Yodo. Você não tem mais título e está bem.

— É diferente, Neji. A filha mulher não herda o título do pai. Quem herdou o título da minha família foi o meu irmão e, no futuro, o filho dele dará seguimento a isso. Shinki é filho único de Gaara. Então, se ele perder o título, a linhagem da família se perde. É grave. O ideal era que Shinki seguisse todas as tradições. Ele já está querendo passar por cima de uma ao ficar comigo. Se além de divorciada eu for mãe solteira, já era.

— Seja otimista, Yodo! Há 50% de chance desse bebê ser filho do Shinki.

— Até saber disso, não terei sossego!

— Pense positivo! Para tudo nessa vida há um jeito.

— Eu espero que sim.


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