Harry Potter e a Caverna de Sepsyrene escrita por Rosalie Fleur Bryce


Capítulo 31
Sempre terão tempestades


Notas iniciais do capítulo

Lumos.
Arnaldosssss, já faz 84 anos....
Enfim, estoy aqui com um nuevo capítulo!!!! Espero que gostem e não deixei de comentar! Me desculpem pela demora, mas a escola está me sugando por todos os lugares, kkkk. Amo vocês!



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Duas semanas se passaram desde a descoberta sobre Malfoy. Harry, Rony e Hermione não viam Rosalie com frequência. Geralmente, os quatro só se encontravam nas reuniões que Dumbledore convocava. Fora isso, os três passaram a tentar viver suas vidas em Hogwarts do jeito mais normal possível.

Com chuva e granizo estalando no teto da escola, nenhuma vivalma tinha coragem ou disposição para sair ao ar livre e congelar. As tarefas vinham aos poucos, e Hermione fazia todas. Por outro lado, Rony e Harry deixaram seu material escolar mofando no fundo do baú.

O café da manhã estava quase no final quando os três chegaram até o Grande Salão. Aqueles olhos curiosos e enxeridos sempre focavam em Harry e o acompanhavam até que ele virasse de costas. Harry notou Hermione observando os alunos fofoqueiros, logo depois ela comentou:

— É só ignorar...

— Fica mais difícil quando eles andam em grupos de meia dúzia — respondeu ele. A garota riu assim como Rony.

— Vocês... — Hermione começou enquanto se acomodava no banco de madeira. — Viram a Rosalie?

— Não, desde aquele negócio com o Malfoy, ela...

— Oi, sobre o que estão falando? — tendo sido coincidência ou não, Rosalie apareceu ofegante ao lado de Harry e sentou-se com o prato em mãos.

“Poções” “Quadribol” Harry e Hermione falaram ao mesmo tempo, em seguida se olharam com olhos arregalados.

​— Poções ou Quadribol? — Rose perguntou, confusa.

​— C-como... os jogadores de quadribol ficariam... — Harry gaguejou tentando se explicar. — ... sobre o ef-feito da poção Polissuc-co — concluiu nervoso

— É... — Hermione concordou, concluindo que a desculpa fora muito bem inventada. — Seria muito estranho, não saberiam quem é quem se... fossem todos iguais.

​— Eca, nem me lembra dessa poção. Só de lembrar do gosto eu já tenho vontade de vomitar — Rony reclamou.

​— Ronald! — Hermione chamou sua atenção por conta do nível de conversa tão nojento enquanto eles comiam.

— O que foi? Rony está certo — Harry disse provocando a amiga. — Da próxima vez você pode colocar algo que dê um gostinho de morango ou hortelã.

— Harry! — Rony e Harry riram, fazendo com que a garota girasse os olhos.

— O quê? — a voz do garoto ficou mais fina. Hermione disse algo entredentes e ambos se aquietaram.

— Bom, Rose... — Mione abriu um sorriso. — Você está b...

— Não — respondeu a loira, olhando como doida para seu garfo perfurando o prato que já não tinha mais comida. — Não e não quero falar.

Harry olhou para Rony, que olhou para Hermione, que olhou para Harry de volta. Os três quietos.

— Bom dia — Gina apareceu por trás de Harry, dando um peteleco na nuca do garoto.

— Ai — reclamou ele, olhando para a ruiva enquanto se perdia por uns cinco segundos no rosto dela. Gina se inclinou e deu um rápido beijo em Harry. — Te desculpo — ele disse enquanto abria os olhos, um tanto zonzo.

— Tud...

— Sabe o que eu acho? — Rose largou seu garfo no prato e pareceu explodir. — Que quando você tem uma situação fora do comum com uma pessoa, não é esperado achar a pessoa com outra pessoa de camisola no quarto da pessoa.

— Como é, meu anjo? — questionou Gina, e Harry até achou graça da sua entonação.

— Isso mesmo. Fui até o quarto dele e ela estava de camisola no banheiro do quarto dele, Ginevra. Como isso é possível? Com...

— Quem estava no banheiro de quem, garota?

— A Parkinson, ela estava no banheiro do Draco. De camisola, toda descabelada. Isso não te mostra alguma coisa?

— Que ela deve ficar muito feia logo depois de acordar? — Gina palpitou.

— Não tem graça — Repreendeu Rose quando os quatro riram. — E ele nem se preocupou em se explicar. Não. Ele simplesmente ficou me olhando com aquela cara de quem diz “aceite, dói menos”. Argh, eu...

— Mas você gosta ou não gosta dele, Rose? — o tom de Hermione deixou a indicar que ela estava um tanto incômoda com toda a situação. Como se não aguentasse mais ouvi-la falar sobre a traição de Draco. — Porque não adianta ficar reclamando desse jeito se você só está com ciúmes. Tente se resolver, sabe? Draco e Parkinson já estão enrolados há um tempo, não me surpreende ele ficar com ela. Você que entrou no meio.

— Hermione — Rose desconcertou-se, agora brava ou surpresa com tudo. — Eu...

— Você o quê? Não é bem um príncipe encantado, é o Malfoy.

— Eu sei mas...

— Rose, vamos concordar que nada demais deve ter acontecido considerando que Malf... — ela parou de falar aos poucos. O rosto de Rose era indecifrável. Misturava decepção, tristeza, raiva, dor e até medo. Simplesmente impossível descrever com uma palavra só. — Ah, não... — concluiu Mione. — Aconteceu algo demais... Rose, vocês... sabe?

— O quê? — a loira voltou à realidade. — Não, Hermione, claro que não. Mas você subestima muito Draco se acha que ele não tem sentimentos ou não sabe tratar alguém. Não sabe se... Ele, ele era... — Rose não disse mais nada, levantou-se com olhos confusos e saiu andando. Sua capara esvoaçava e se desarrumava em volta de suas pernas.

Harry logo olhou para a mesa da Sonserina e viu Draco conversando com Crabbe e Goyle, Parkinson simplesmente fazia o papel de agradar o garoto. Antes que Harry pudesse voltar-se à conversa com seus amigos, viu Draco virar a cabeça e acompanhar a saída de Rose.

— Não fui cruel, fui? — Mione perguntou.

— Foi. Bastante — disse Rony, com a boca cheia.

— Ronald!

— Desculpa, Mione, mas você foi cruel — Gina defendeu o irmão.

— É — concordou Harry. — Você falou um monte para mim lá na casa dela sobre como eu devia ser delicado com esses assuntos. Bem, você vez exatamente o que me disse para não fazer.

— Gente — a morena reclamou, agora adquirindo um ar mais tenso. Mas não disse mais nada, apoiou a cabeça nas mãos e focou-se em seu prato ainda com comida.

O resto do dia resumiu-se em aulas monótonas e nada importantes para o que Harry queria: descobrir mais sobre a Caverna de Sepsyrene. Depois do almoço, Harry decidiu que não iria ao resto das classes, ficaria na biblioteca. Sozinho.

O lugar encontrava-se deserto, somente Madame Pince achava algum tipo de entretenimento ali. Harry sentou-se no cadeira de madeira que rangeu um pouco e apoiou sua mochila em outra cadeira, estava prestes a puxar de lá o livro sobre a caverna quando avistou o diário de sua mãe.

Doeu um pouco, mas ele pegou o caderno perfeitamente bem cuidado e o pôs sobre a bancada. A capa era de couro marrom e uma cordinha com um pingente de lua crescente e uma letra L faziam papel de fecho do livro.

Com cuidado e cautela, Harry abriu o diário e por mais incrível que parecesse, pôde sentir o cheiro de sua mãe, mesmo que ele nunca tivesse sabido como era.

Uma página em específico chamou a atenção de Harry, na minha linha estava escrito 14 de fevereiro, 1975.

        

14 de fevereiro, 1975.

Hoje o dia foi bem normal, e não tem motivo algum para eu estar me sentindo tão estranha. McGonagall nos deu mais lição de casa mas isso não é problema algum. O problema é que em maio acontecerá o baile de formatura do sétimo ano e o quinto e sexto anos foram convidados, e Thiago me convidou para ser seu par. Eu sei que ainda falta tempo mas na verdade não falta, não. Quero dizer, ele vem me chamando para sair faz uns dias, parece ser legal, mas não gosto do jeito como trata alguns alunos.

Quero dizer, isso é coisa da idade e moleques são assim mesmo. Sabe... acho que vou aceitar, não só ir ao baile mas como também vou aceitar sair com ele. Só para ver como é. Argh, estou nervosa. Nunca fiquei assim. Eu tenho essa mania de pensar no meu futuro com a pessoa. Será que se namorarmos, vamos nos casar e ter filhos? Como seriam nossos filhos? Eu teria um menino ou uma menina? Sempre gostei da ideia de ter uma filha menina, mas venho pensando que um menino seria tão legal. Brincar de aviãozinho, heróis e vilões, seria o melhor menino.

Certo, talvez eu tenha viajado um pouco. Mas gosto de pensar nessas coisas, agora tenho que ir. Tchau.

Lílian.

 

Harry riu enquanto lia. Se pudesse, passaria o dia inteiro lendo o que sua mãe tinha a dizer. Mas a presença de alguém no começo do corredor chamou a atenção do garoto. Era Gina.

— Oi — murmurou ela. — Lendo romances adolescentes? — brincou enquanto, ainda de pé, passava o braço pelo pescoço de Harry.

— Como eu não sabia da existência desse livro? É hilário, é...

— Ah, não sei — fez-se de desentendida. — Sua namorada que deve ser demais.

— Ela é — afirmou Harry. Gina pegou uma cadeira e também sentou-se. — Estou tentando refrescar os pensamentos, ver se consigo mais alguma informação. Mas nada... nada aparece, nada...

— Você deve estar procurando nos lugares errados, Harry.

— Não estou! Que lugar melhor que o livro sobre essa caverna?

— Talvez a pessoa que escreveu o livro?

Harry calou-se. Fazia sentido, mas era uma coisa praticamente impossível de acontecer.

— Não, Gina... Não, quantos séculos deve ter esse livro...

— Não, Harry...

— Não é possível que haja alguém que conheça quem...

— Harry....

— E até mesmo que houvesse, como acharíamos? Como... é imp...

— Harry Potter!

— O que foi?

— Shiiiii — Pince disse com o dedo indicador na frente da boca. — Comportem-se. — Gina girou os olhos e ignorou a repreensão.

— Eu queria que você descobrisse sozinho porque sei que adora isso, mas se vai ser tão burro... — ela abriu a primeira página do livro, aquele que tinha todas as informações que ninguém lia.

— Publicado em 1971 — Harry leu em voz alta. — Faz muito pouco tempo...

— É, bem menos que um século — ela disse irônica. — Eu sei que você me ama.

— Gina, você é brilhante — disse Harry, pausadamente, analisando o livro com atenção. — C-como você achou isso?

— Dumbledore me deu o livro. — ela jogou os cabelos para trás e eles cortaram o vento como faíscas e pousaram levemente nas costas dela. — Acho que temos que falar com ele. Harry... Já faz uma semana que você se recusa a ir falar com ele, e eu quero saber o motivo.

Harry teve a sensação de que sua barriga virou geleia de repente. Seu cérebro foi raciocinando tudo à mesma proporção que um nó na garganta ia se formando aos poucos.

— Gina — murmurou. —, ele te mandou aqui? Ele te deu esse livro, tudo isso foi ele que manipulou? Ele...

— Harry — ela jogou a cabeça para trás como se estivesse preparando-se para uma briga.

— Ah, minha nossa, foi ele o tempo todo?

— Harry, por que não fala com ele? — ambos tentavam tomar cuidado com o volume da voz, mas nenhum conseguia controlar-se.

— Gina, ele não foi atrás da Rosalie. Ele não foi atrás da Hermione. Ele não foi atrás de todos nós quando ficamos escondidos na casa dos Bryce. Onde ele estava esse tempo todo? Você tem a resposta para isso?

— Harry, eu não tenho — confessou, coçando o couro cabeludo. — Mas ele deve ter. Por isso tem que ir falar com ele.

— Eu não quero, Gina! Que droga! — gritou.

— Então dane-se — replicou a ruiva. — Continue sendo o garoto que teve uma infância horrivelmente difícil. Continue sendo tão mimado, Harry. Que droga, não é porque Dumbledore errou uma vez que você vai resolver destruir Voldemort sozinho.

— Gina, eu...

— Não, você já me disse uma vez, você já disse que precisa dos seus amigos. Harry... Dumbledore está tão desesperado para te ajudar que teve que falar comigo para eu chegar até você. Entende, Harry? Isso não gira entorno de você!

— Gira, sim! Voldemort quer me matar!

— Ah, coitado. Então por que ele não faz isso de uma vez ao invés de ficar machucando os outros?

— Está ouvindo o que diz?

— Estou, Harry. Muito bem. Eu entendo que sua vida não é fácil. Entendo tudo e tento te entender à cada dia que passamos juntos. Eu fico insistindo para você falar com Dumbledore porque eu sei que juntos vocês podem fazer a coisa funcionar.

— Então se quer que Voldemort me mate logo, por que se preocupa tanto?

— Porque eu te amo, seu idiota! — agora ela chorava e Harry até percebeu Madame Pince espiando a briga por de trás de um armário. — Eu te amo e à cada dia te amo mais. Todas as manhãs eu acordo horrorizada e com medo de ser o dia em que eu vou te ver morrer. E Harry, agora eu estou brava. Brava com você porque eu podia estar fazendo qualquer coisa. Podia estar em posição fetal no cantinho do meu quarto, chorando porque meu namorado está sendo perseguido por um moço muito mal. Mas, não. Eu estou aqui. Estou aqui te ajudando, indo para o meio da floresta, lutando junto, fugindo e salvando junto. Porque eu te amo e eu tenho certeza absoluta de que isso nunca vai mudar. Então pode fazer o que quiser. Pode terminar comigo. Pode me esquecer. Pode me odiar. Pode fazer qualquer coisa. Mas nada vai mudar o fato de que eu te amo e sempre, mesmo com você distante, sempre vou te amar e sempre vou ajudar da maneira como posso.

Dois ou três alunos e Madame Pince estavam assistindo à briga. Gina simplesmente enxugou as lágrimas, deu mais uma olhada rápida para Harry e saiu.


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Notas finais do capítulo

ENTÃO????? ENTÃO???? O QUE ACHARONNNN?? Comentem, please! Amo vcs. Um beijo com cheiro de unicórnio e até a próxima...!
Nox.



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