Harry Potter e a Caverna de Sepsyrene escrita por Rosalie Fleur Bryce


Capítulo 30
A lenda do erro esquecido


Notas iniciais do capítulo

Lumos.
ARNALDOSSSSS. Quanto tempo?????? Deixa eu me explicar, é que eu viajei quase janeiro inteiro, e tudo que eu escrevia era sobre meu outro livro que talvez eu comece a postar em fevereiro ou março (joguei a bomba no ar e to saindo kkkkk). Mas me esforcei para esse capítulo e esses bafos que estão nele. Espero que amem que nem eu!



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— Onde acharam isso? — questionou Hermione, analisando cada milímetro do livro. Ela, Gina, Harry e Rony estavam de volta à sala comunal, todos aproveitando do café surpresa de Hermione e Dooby.

— Eu estava na biblioteca fazendo uma coisa... — Gina começou, olhando para o teto como se isso a ajudasse a se lembrar melhor de tudo.

— Que coisa? — Foi Rony quem perguntou.

— Prazer, coisa — Harry estendeu a mão para cumprimentar Rony. Gina e Hermione riram, Rony simplesmente ficou com as orelhas vermelhas.

— Voltando ao assunto — continuou a ruiva. —, e eu vi o livro. Só isso...

— Descobri uma coisa — exclamou Hermione de repente — É sobre as Águas de Volshmore, elas mudam em parte o comportamento de algumas pessoas quem caem lá. Lembram que uma das aurores de Rose gritou Volshmore na hora de nos transportar?

— Lembro, mas o que elas fazem exatamente?

— Elas meio que transformam o sentimento momentâneo no oposto. Por exemplo, Rony, que estava sendo extremamente grosso e idiota, ficou gentil e mais calmo. Eu, que não me lembrava de nada, passei a lembrar algumas coisas. E você, Harry, que estava sendo gentil e mais calmo, ficou grosso e idiota de repente, sem ofensas — completou ela, arregalando os olhos, Harry achou graça.

— Você é um gênio... — murmurou ele, compenetrado nas mãos de Hermione foleando um livro velho.

— Eu sei — sorriu ela, agora fechando o livro e abrindo outro. —, e sobre Sepsyrene, descobri algumas outras coisas. A maioria é lenda, mas lendas que fazem muito sentido.

— Pode falar — disse ele.

— Bom, tem duas. A primeira delas é a lenda do Erro Esquecido. Vou ler. — Hermione limpou a garganta e arrumou a postura.

Era uma vez um rei e uma rainha, Goodwin e Karissa Thorne, que viviam num reino que era tomado por harmonia e dias felizes. A monarquia baseada em sangues-puros reinava, não havia preconceito algum com mestiços ou trouxas, contudo, a realeza sempre vinha de uma linhagem de sangues-puros. A rainha tinha o rosto branco como a neve e seus cabelos, ruivo-flamejantes como o fogo, ela era considera a mais bela de todo o reino, e aguardava uma herdeira ou um herdeiro; estava grávida de oito meses e alguns dias. O rei era igualmente ruivo, porém seus olhos não eram verdes como os da esposa, eram praticamente castanho-negros.

O braço direito de Karissa era uma sangue-puro, Kestrel Sepsyrene, ela tinha um filho adolescente, Brian, e fazia de tudo para protege-lo; certificar-se de que nada chegaria perto do garoto para machuca-lo.

Numa bela e calma noite, uma família real chegou ao castelo. Tal família estava viajando para seu Palácio de Inverno, mas uma das carruagens enguiçou na lama produzida pela forte tempestade que estava sobre a estrada e se encaminhava até o castelo. Os reis, muito bondosos, abriram as portas para a família vizinha e lhes deram um quarto. A filha do casal hóspede também era adolescente, acabara de completar quinze invernos, sendo morena de cabelos longos e lisos, acabou encantando o coração do filho de Kestrel.

Entretanto, no alvorecer do dia seguinte, quando Brian declarou-se para a garota, esta negou seus sentimentos por Brian, fazendo-o fugir, envergonhado, do palácio dos Thorne. Quando Kestrel descobriu, jurou vingar-se da família e da filha. Em contrapartida, no dia do nascimento do mais novo bebê do reino, um grupo de bruxos sangue-puro descobriu que Karissa, na verdade, era filha de trouxas, e declararam-se contra a Vossa Majestade, uma vez que esta não era da linhagem tradicional exigida.

A descoberta explodiu por todo o reino, e várias organizações rebeldes se revoltaram e invadiram o palácio. Um dos manifestantes conseguiu passar pelos muros do palácio e foi até o quarto da rainha, e então enfiou uma adaga na barriga da rainha. O rebelde fugiu, e alguns minutos depois, Kestrel achou a rainha, já morta, com um bilhete nas mãos, que dizia:

”Já sabia há tempos que isso aconteceria, já contatei a família trouxa e adotiva de Lisa, são os Caufield Evans Holmes, moram em Londres, por favor, leve-a até lá. Dê a ela uma vida.”

A bruxa, sem hesitar, levou a criança até a família trouxa, e quando voltou, tomou a memória de todo o reino, assim ninguém se lembraria do escândalo. Kestrel também decidiu que diria ao povo que Karissa foi terrivelmente assassinada. Depois de tomar a memória de todos, Kestrel foi embora, em busca de seu filho e de um lugar para guardar tantas memórias.

 

Harry ficou sem falar nada por um tempo, e depois olhou para Gina, tentando achar alguma explicação nos olhos da garota.

 — A segunda delas é um trecho de um parágrafo sobre lendas, que diz assim: Para ir à caverna das memórias perdidas, tenha uma memória perdida, e então K.E.C ficará feliz com sua procura.

— Que medo...

— Eu sei — Hermione riu, apoiando o livro na mesa.

— Acha que devemos levar a Dumbledore — Perguntou Rony, dando um gole no seu suco de laranja. — Quero dizer, ele já deve saber disso, não?

— Não — Hermione respondeu, e os três focaram nela.

— Por que não? — Harry questionou, às vezes estranhava como Hermione tinha tanta certeza de coisas tão absurdas. Dumbledore não saber de uma coisa era estranho.

— Porque todos os livros da biblioteca estão carimbados com o emblema de Hogwarts, esse aqui não está. Esse livro não é daqui — Harry percebeu muito bem que a voz da amiga passou a ficar mais densa e séria. Se o livro não era de lá... De onde era?

— Que acham de não pensarmos nisso hoje? — por mais incrível que parecesse, foi Harry que sugeriu.

— Quer que simplesmente esqueçamos disso por um dia? Harry, esse livro tem duzentas páginas sobre a Caverna de Sepsyrene, precisamos ler alguma coisa, nós...

— Hermione — Harry perdeu um pouco a paciência. —, hoje é Natal. Por que não podemos aproveitar esse café que você fez e conversar?

— Porque, Harry — o tom de voz dela também ficou mais grosso. —, se você não se lembra muito bem, minha vida e minha memória estão em risco, e a única coisa que Dumbledore disse que pode ajudar é esse droga de caverna. Então sim, eu vou ler e estuar sobre essa caverna ao máximo, uma vez que minha vida depende disso.

Sim, tudo que Hermione disse fazia sentido. Um nó na garganta de Harry foi se formando e ficando maior, ele tinha sido bem insensível. Com vergonha, Harry olhou para Hermione quando elas se levantou e subiu até seu quarto. Os três ficaram em silêncio, até que ouviram passos descendo as escadas e Hermione apareceu com um livro em mãos.

— Ontem, meus pais me deixaram isso — ela indicou o livro. — É um álbum de fotos da nossa família. Toda a nossa família — Hermione começou a ficar com uma leve voz de choro e Harry sentiu-se horrivelmente culpado por isso. — Esse aqui é o Tio Brat, sabe como eu sei disso?

— Você lembra? — Rony palpitou. Hermione fez que não com a cabeça e uma lágrima escorreu.

— Tem uma etiqueta escrita Tio Brat embaixo da foto dele. Eu não faço a mínima ideia de como ele é, e aqui tem fotos dele comigo no colo, quando eu ainda era bebê. Como eu posso não me lembrar dele? Eu acordo todo dia morrendo de medo de olhar para vocês e não me lembrar de nada.

— Desculp...

— Tudo bem — ela enxugou as lágrimas e sorriu como se não fosse nada. — Isso não é problema de vocês, não queria trazer mais problemas, eu só... desculpa, eu...

— Ei, isso tudo é culpa minha. — interpolou Harry. — Nada disso estaria acontecendo se vocês não me conhecessem. Só eu posso pedir desculpas aqui.

— Potter? — a voz de McGonagall soou atrás deles. — Dumbledore está vindo para cá, quer conversar com vocês.

— Muito bonito seu gesto, Srta. Granger — elogiou o diretor enquanto apreciava os bolinhos. Rose também tinha sido chamada e estava sentada no chão, comendo croissants.

— Obrigada, professor. Queria falar alguma coisa conosco?

— Sim, sim — ele arrumou sua postura na poltrona. — Creio que todos tem conhecimento da carta que mandei a Harry enquanto estavam na casa do Sr. Bryce.

— Eu e Gina lemos a carta — Harry começou. — Mas só contamos para eles — indicou Hermione, Rony e Rose com as mãos. — Por que, professor?

— Porque quero explicar algumas coisas a vocês. Com mais detalhes, sobre o plano de Voldemort. — os cinco estavam completamente mudos, até sua respiração estava mais baixa. — Como eu disse na carta, o alvo principal de Voldemort é Hermione. Mas não pensem que ele acabará por aí. Acabei descobrindo muitas coisas. A Srta. Granger é uma bruxa de muita inteligência — Harry percebeu Hermione corando. —, então Voldemort quer traze-la para o outro lado.

— Mas eu sou sangue-ruim, na visão deles. — a morena começou. — Por que ele iria querer alguém como eu?

— Por causa dos seus laços com Harry. O plano de Voldemort é congelar seu coração, Srta. Granger — o único som era a fogueira crepitando, todos os olhos estavam muito focados em Dumbledore. — Uma vez que o fizer, só sobrará sua inteligência, nenhum sentimento restará. E Voldemort colocará na sua cabeça que Harry é o culpado por todas a efemeridades da sua vida.

— Mas onde eu entro em tudo isso? — Rose perguntou. — Quero dizer, eu morava no Brasil. Por que raios me escolher?

— Disso eu ainda não sei — esse era uma frase que Harry tinha certeza de que nunca ouviria de Dumbledore. — Mas tem algo a ver com suas relações com Draco, não? — Rose envergonhou-se e ficou cabisbaixa. — Não fique assim, a culpa não é sua...

— Eu sei, mas — seus olhos começaram a encherem-se de lágrimas. — Ele vinha todos os dias... — ela gaguejou.

— Ele quem? — Harry nunca vira Dumbledore tão concentrado em alguém.

— Eu não sei, mas era como uma força invisível. Escrevia na parede do banheiro quando eu estava sozinha, me jogava no chão, me sufocava, me torturava, me machucava, me ameaçava, me fazia sangrar e o meu grito era completamente abafado, eu não conseguia gritar, eu...

— Mas isso acontecia enquanto você estava em Hogwarts? — a voz do diretor estava desesperada, como se ele necessitasse respostas e nunca as conseguia. Pelo o que Dumbledore passava que Harry não sabia?

— Sim — ela suspirou cansada. — Quando eu tomava meu banho, nos meus sonhos, quando eu estava sozinha. E ninguém percebia porque essa força qualquer fazia questão de me arrumar, me deixar impecável. Depois e tudo, ele cuidava de mim.

— Ele quem?

— Draco.

Tudo foi um choque.

— Mas Draco te torturava?

— Não — ela quase gritou. — Quando a força me machucava e ia embora, Draco sempre aparecia e cuidava de mim — Rose não segurou mais lágrimas, deixou todas escorrerem, ficou olhando incrédula para o chão enquanto seus olhos refletiam desespero e medo. — Ele era o único que enxergava como eu estava, ele...

— Srta. Bryce, essa joia seria um presente dos Malfoy — Dumbledore apontou para o colar que se apoiava no peito da garota.

— S-sim... isso é outro problema. Toda vez que eu tiro, fico sem ar e minha pele começa a ficar negra... É algum tipo de rastreador, é...

— Não — Dumbledore mussitou. — Não é um rastreador, é um alarme...

— Alarme?

— Todas as vezes que a força te torturava, Draco era alertado e ia até você. E quando ele terminava, Voldemort aparecia e aparatava Draco para algum lugar, estou certo?

— S... — Os olhos de Rose estavam tão vermelhos e cheios de lágrimas que Harry achou que explodiriam a qualquer hora. — S-sim... Então quer d-diz...

— O rastreador está em Draco. Voldemort e a força revezavam. Quando um torturava você, o outro torturava Draco, e visse e versa. A-acho... acho que julgamos Draco do jeito errado, ele...

— Ele... — Rose começou a enxergar o mundo sobre uma luz totalmente diferente. — Eu preciso ir, eu...

Rose não terminou a fala. Saiu correndo da sala comunal, deixado cinco pessoas sem fala alguma.

Eu, Rosalie Bryce, como pude julgar Draco de tal jeito? Claro, eu tenho todos os motivos para julga-lo, mas agora, nesse momento, a única coisa que eu quero fazer é abraça-lo e pedir desculpas por ter sido estúpida e ter interpretado toda a situação do jeito contrário.

Desço as escadas, chego naquela parede cheia de crânios É cheia de crânios e outras coisas, a sala fica por baixo do lago, por isso as luzes são verdes. Enquanto um sonserino qualquer sai, aproveito e entro de fininho. Subo as escadas até os dormitórios masculinos, minha esperança é que ele esteja lá. Abro a porta do seu quarto com força e lá está Draco; de pijama e o cabelo bagunçado, quando me olha, assusta-se mas depois levanta-se com pressa e murmura:

— Oi.

— Eu sei que eu te mandei aquela carta horrível, dizendo tudo errado sobre o colar e etc. Mas eu quero pedir desculpas, desculpas porque já sei da verdade. E... — gaguejo. — M-me perdoa — corro até ele e o abraço com força, o que faz com que giremos um pouco. — E-eu... — estou prestes a beija-lo quando alguma coisa na porta do banheiro me chama atenção. Alguma coisa não, alguém.

— Draquinnho, voc...

Peco o fôlego, Parkinson também para de falar quando me vê. Me desvencilho dos braços de Draco e ainda não olhei no seus olhos, estou atônita demais com a visão de Pansy trajando uma camisola vermelha e bem fina. Tenho vontade de chorar. Finalmente meus olhos encontram o cinza que domina os olhos de Draco, e o pior é que ele não parece arrependido. Não tenta desmentir e nem me explicar, só me olha como se quisesse que eu aceite.

Me dirijo lentamente até a porta, tentando me controlar. Esfrego minhas mãos e sinto aquele anel que Draco tinha me dado. Analiso a joia de ouro branco e com uma esmeralda no topo e, doendo meu coração, o tiro do meu dedo.

Com calma, vou até Draco, abro sua mão e ponho o anel sobre ela. Depois, me segurando para não explodir em lágrimas, o desafio com os olhos e fico encarando-o por alguns segundos.

— Um anel? — Aquela voz esganiçada de Parkinson berra pelo quarto. — Por que ela tem um anel e eu não tenho?

— Deve ser porque eu tenho dignidade — analiso-a de cima a baixo, deixando bem claro que ser o consolo de Draco é algo bem vergonhoso. — Vocês combinam — rio sarcástica. Então finalmente me retiro.

Minha barriga está revirando de todos os jeitos possíveis. Direita, esquerda, eu não consigo diferenciar. Cambaleio pelos corredores de Hogwarts, tentando tomar o caminho correto até a Torre da Grifinória. Minha cabeça lateja e eu nem sei porque, mas tudo veio até mim com tal intensidade, que eu não consigo pensar.

Corro até a sala comunal e passo direto por Harry, Rony, Hermione e Gina, Dumbledore já foi embora. Eles me chamam mas não quero que me vejam neste estado.  Entro no meu quarto e me vejo sozinha; Lilá e Amélia viajaram para o feriado de Natal. Me contento em abraçar o travesseiro.


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Notas finais do capítulo

ENTON? ENTON? ENTON? GOXTARAM???? Cara, desculpa a falta de humildade, mas eu amei. Queria saber se gostariam que eu pensasse em pensar em talvez escrever uma fanfic com a história de Draco e Rose (joguei a bomba e saí). Comentem, pelo amor de Jeová. Amo vocês!!!!
Um beijo com cheiro de unicórnio e até o próximo capítulo...
Nox.



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