Harry Potter e a Caverna de Sepsyrene escrita por Rosalie Fleur Bryce


Capítulo 25
As achamos


Notas iniciais do capítulo

Lumos.
Arnaldos..... Quanto tempo? Mais de uma semana, não? Bom, vocês devem saber como é a semana de provas finais, então, eu estava nela. Mas agora estou de férias!!!! Graças a Merlim! Isso quer dizer... um capítulo por dia..? Ou um a cada dois dias? Bom, eu senti que vocês deram uma sumida, deve ter sido pelo mesmo motivo que eu: provas. Mas agora estou de volta! Então por favor, não me abandonem, kkkk. Amo muito vocês, meus primeiros leitores ;) Espero que gostem desse próximo capítulo, e sim, as coisas estão pesadas...



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Os cinco subiram as escadas e Harry levou-os até o porão em que se encontravam os objetos mágicos de Hermione.

— Pronto, agora você vai saber toda a verdade — Rony disse seguro de si e com confiança na voz.

— Calma, Rony, precisamos de tempo — Harry comentou, entrando na frente do amigo.

— Não temos mais tempo — ele gritou ao perder a paciência, dando um leve susto em Hermione, que acalmou os nervos um tempo depois.

Ela ainda estava atordoada, eram muitas informações ao mesmo tempo e Rony não se aquietava de maneira alguma. Os quatro formaram um círculo em volta de Hermione. Quando Rony disse “sua varinha”, ele e Harry estenderam suas varinhas em direção a Hermione, ela arregalou os olhos e suas pernas enfraqueceram, definitivamente estava com medo.

— O que vão fazer comigo?

— O que devíamos ter feito a muito tempo — Rony murmurou.

— Tem certeza? — perguntou Harry do jeito mais calmo possível, não sabia do estado de raiva que dominava Rony.

— Sim — o ruivo afirmou com a cabeça, então os dois viraram de costas para Hermione.

“Wingardium Leviosa” Harry disse, e a pena que Hermione usava para escrever suas redações começou a levitar. “Accio” Rony exclamou, e um livro de Poções veio diretamente para sua mão. A feição de Hermione era indescritível, misturava surpresa com fascinação e uma pitada de medo.

— O... qu... — ela mal conseguia emitir qualquer som, nunca tinha visto aquilo antes.

— Isso, isso que você acabou de ver é magia, Hermione — Harry disse.

— E você é desse mundo, do nosso mundo. Você é uma bruxa. — disse Rony, esperançoso.

— Impossível, como... como...

— Accio varinha da Hermione! — Rony falou, e a varinha de Hermione voou para a mão dele como um ímã.

— Rony, a gente não sabe se...

— Ela é uma bruxa, e vai fazer um feitiço agora mesmo — Rony interrompeu Aramina, dando a Hermione sua varinha. — Você vai fazer essa pena levitar, repita o que eu disser.

— O.k... — ela respondeu – ela respondeu insegura, dando um olhar de socorro para Harry, que simplesmente a encorajou com um movimento com a cabeça.

— Wingardium...

— Winarg... Winargui... Wind....

— Wingardium — Rony repetiu.

— Win...gardium..? Wingardium!

— Isso. Wingardium Leviosa.

— Wingardium... LeviosÁ. — ela disse.

Um flashback dolorido invadiu a cabeça de Harry. Uma menina com uma juba de cabelos emaranhados corrigia um magricela e confuso ruivo. Harry voltou à realidade, e viu Rony sorrindo, com certeza amolecido com as mesma lembranças que Harry tivera.

— LeviOsa, não LeviosÁ. — ele a corrigiu, pela primeira vez na vida.

— Wingardium Leviosa. — ela disse lentamente, e observou com olhos arregalados sua pena levitar.

— Isso! — Harry gritou em comemoração

— Sim! — Rony exclamou enquanto dava um forte abraço em Hermione. — Você conseguiu! Fez um feitiço!

Mas o sorriso de Hermione logo desapareceu e ela voltou a ficar séria.

— O que foi, Mione? — Harry perguntou.

— O.k., grande coisa, eu ainda não lembro de nada. Como eles puderam? — ela perguntou frustrada

— Quem? — Emmy perguntou, e Harry de repente lembrou-se que ela e Aramina estavam na sala.

— Meus pais, como puderam esconder tudo isso de mim, todo esse mundo?

— Tenho certeza que eles contariam, só estavam esperando a hora certa. — Aramina tentou consola-la.

— Eu quero ir. — Hermione disse com precisão.

— Ir pra onde? — Emmy perguntou assustada.

— Pro mundo de vocês, pra essa Hogrost...

— Hogwarts.

— Isso, pra essa escola que vocês tanto falam. Vou aprender tudo de novo!

— Não, não temos tempo pra isso, vamos conseguir achar alguma poção ou feitiço que recupere sua memória. — Harry disse.

— Harry está certo. — Rony afirmou. — Ninguém sabe o que você sabia, era muita coisa. Vamos recuperar tudo.

— Meninos — Aramina chamou. —, temos que contar algo a vocês.

O silêncio foi imediato, e Harry quase matou Aramina por demorar tanto tempo para falar.

— Bom — iniciou ela. —, Hermione e Rose estavam na biblioteca, faz alguns meses. E elas falavam sobre os tempos em que Voldemort. — ela gaguejou. — Desculpa... Quero dizer, na época de Você-Sabe-Quem, Rose comentou: “Nossa, se eu tivesse vivido naqueles tempos, procuraria algum feitiço ou poção para esquecer de tudo e nunca mais lembrar.”, aí, você, Hermione, disse: “Isso é impossível, você pode tirar seus pensamentos de sua cabeça, mas nunca apaga-los.”

— Então as memórias dela estão em algum lugar — concluiu Rony —, vamos procura-las...

— Oho, não é tão simples, garoto. — Aramina o interrompeu. — Tesouros como sentimentos e memórias não ficam por aí, em qualquer lugar. São coisas valiosas, e com certeza são guardadas em um mundo diferente, como uma outra dimensão, nem um bruxo teria fácil acesso a eles, muito menos um trouxa.

— Então, o que sugere? — Rony perguntou emburrado e muito mal educado. Harry percebeu e, sem dizer nada, arrastou o amigo até um canto do porão, mesmo que não houvesse muito espaço.

— Quem é você e o que fez com Ronald Weasley?

— Como, tá doido, Harry? — Rony ficou assustado de repente. — Sou eu.

— O que Hermione Granger nos disse pela primeira vez?

— Com...

— O QUE ELA DISSE?

— ALGUÉM VIU UM SAPO? NEVILLE PERDEU O DELE! — Rony gritou de volta, como se fosse algo automático. Os dois se acalmaram, e então o ruivo continuou: — Sabe que sou eu. Pra que tudo isso?

— Você tem estado tão inconstante. Tão irritado, tão ignorante. Tonto. Você não é Ronald Weasley! Não, não é ele. É uma versão mil vezes pior do Rony. Todos nós estamos sofrendo, mas isso não justifica você ser mal educado comigo, com Sirius, ou com Gina, nad...

— Não queira me ensinar como devo agir com Gina, ela minha irmã...

— E minha namorada — agora gritavam como leões, um tentando ser mais intimidador que o outro.

— Você dois estão juntos há o que..? Um mês..? — debochou Rony. — Sou irmão dela!

— E ainda assim consigo trata-la melhor do que você já fez em quinze anos...

— Não... — Rony ergueu seu punho avançou em Harry, que por sorte conseguiu desviar-se do soco.

— Todos estamos sofrendo, mas isso não te dá o direito de ser mal educado e mal humorado, entendeu?

— Claro, porque você é perfeito, não? O belo Harry Potter, que sabe de tudo e já venceu Voldemort duas vezes. Ah, você diz que sofre mas ama ser o centro das atenções, não? Ama estar lá para salvar o dia... Não é o problema que te acha, você sempre anda saltitante até o problema, Harry. Semp...

— QUER TROCAR? PORQUE EU DARIA TUDO PARA TER SEIS IRMÃOS, DOIS PAIS E UMA FAMÍLIA QUE ME AMA. NUMA CASA MARAVILHOSA E FELIZ. E O MELHOR: NÃO TER LORDE VOLERMOT ATRÁS DE MIM TODO OS DIAS. EU... Eu sempre vou dormir achando que será a última vez, Rony. você...

— Parem agora! Agora!

O berro veio de Aramina, a mais alta das duas moças. Todos ficaram quietos, esperando a morena falar alguma coisa. Aos poucos Harry foi se acalmando.

— Estão assustando ela, não veem?

Verdade, Hermione estava horrorizada. Gaguejava algumas coisas mas tudo sem nexo, ela simplesmente subiu as escadas correndo e o som de uma porta fechando ecoou por todo o porão.

— Felizes agora? — Aramina desdenhou novamente, olhando feio para Harry e Rony.

— E quem é você, afinal? — disse Harry, se irritando demais.

— Eu sou... — Aramina perdeu a fala e também seu olhar confiante. Procurou ajuda nos olhos de Emmy e a amiga entendeu, respondendo à pergunta de Harry:

— Somos, bom... Fomos contratadas como criadas na casa dos Bryc...

— “Como” criadas?

— Sim, na verdade somos aurores. Contratadas para proteger Rosalie e Catriona em Hogwarts, n...

— E o que estão fazendo com Hermione...? — Rony perguntou.

— A família de Rosalie...

— Não, Emmy — interrompeu-a Aramina. — Não podemos...

— Não podem o quê? — perguntou Harry.

— Só queremos proteger Hermione, é verdade. Acreditem em nós, não somos impost...

Algo como uma bomba atingiu o porão. Tábuas de madeira e muito pó caíram sobre os meninos. Rony e Harry se entreolharam por menos de um segundo e logo foram até a saída do porão. Claro; não tinha mais escada. Rony pôs sua mão e Harry pisou nesta, apoiou-se no chão do quarto e fez força para subir. Logo depois puxou o amigo pelo braço e, antes que Rony pudesse estender a mão para Aramina e Emmy, as duas já tinham aparatado no andar de cima.

— Disse que sou auror — Emmy olhou para Rony enquanto ela tirava uma bota de sua bolsinha de mão. —, cadê a Hermione?

— Aqui — a voz de Rony gritou por trás da cama da menina. Harry foi até os dois e ambos estavam deitados; Rony por cima de Hermione, com os braços protegendo sua cabeça de qualquer madeira ou pedaço de concreto. — Hermione? Hermione, voc...

— Não, Rony. — ela respondeu, e sem esperar resposta: — Minha perna, dói demais... — gemeu ela. Rony levantou-se e trouxe um dos braços de Hermione consigo, colocando-a em volta de seu pescoço. — Foi só uma explosão? O que tá acontecendo aqui?

Após o berro de Hermione, outro estrondo chegou à cozinha, provocando mais movimentação de pó, a casa parecia uma construção mal concluída ou em reforma.

— Vamos sair daqui agora — Aramina disse, Harry ajudando Rony a levantar Hermione. Aramina afirmou com a cabeça e tirou uma tela fina e brilhosa de seu bolso, colocou-a no chão e uma buraco de minhoca formou-se no meio do quarto. — Pulem dentro. Para o Agri Silentio!

Novamente, a Harry sentiu seu estômago revirar; entrou mais uma vez no cano fino e seu cérebro foi espremido e então removido de sua cabeça. De repente, tudo ficou molhado. Dominado pela água mais fria que já sentira Harry abriu os olhos mas mesmo assim não enxergou nada, estava tudo preto. Seu corpo se movia em câmara lenta. De repente, ouvindo uma fala feminina, olhou para trás e viu aquele portal novamente. Harry foi sugado e engoliu mais água. Sua cabeça fez outro nó, o corpo todo fraco e enjoado, sem comentar seus órgãos, que pareciam estar totalmente fora de lugar.

A aparatação parou. Harry voltou a imergir na água. Ficando sem ar e não aguentando mais nem um segundo debaixo d’água, Harry fez força para ir até a superfície, mesmo não sabendo o quão longe ela estava.

— Ascendio — disse, e bolinhas de oxigênio saíram de sua boca.

Imediatamente foi lançado para cima, finalmente conseguiu respirar. Abriu os olhos e conseguiu ver onde estava; era um lugar bonito e parecia bem cuidado. Uma campina com, ao fundo, uma enorme casa de um único andar.

— Onde estamos? — foi a única coisa que conseguiu dizer, e mesmo assim foi seguida de tossidas. Ninguém respondeu, então perguntou novamente: — Alguém pode falar onde raios estamos? 

— Casa dos Bryce — Aramina respondeu, esforçando-se para chegar até a beira do lago. —, temos que pegar Rose, e então podemos...

— Podemos o quê? — gaguejou Harry, jogando-se na grama logo que conseguiu pisar nesta. Seu corpo estava todo gelado, tremia de calafrios e batia os dentes. Estava demasiado fraco para conseguir mover um músculo.

— Hermione! — a voz de Rony gritou. Harry moveu a cabeça um pouco para o lado e viu o ruivo arrastando o corpo da garota para longe do quarto. —, alguém me ajuda! Ela não acorda...

— É burro ou já tentou massagem cardíaca?

— Claro que já tentei, senão não estaria desesperado — alguma lágrimas começaram a sair de seus olhos. — Ela... não... volta... Ah, droga!

Agora Harry estava irritado, sua barriga revirou e então ele entendeu: Hermione não estava acordando. Não reagia. Nada.

— É tonto ou o quê? — disse Harry, engatinhando até o amigo. É claro que Rony tinha que ser burro até na hora em que Hermione estava morrendo. — Existe um feitiço para isso, se chama...

— Enervate, eu sei. — respondeu ele, colocando seu casaco como apoio sob a cabeça morena da amiga. — Enervate.

Foi na hora. Hermione respirou como se estivesse com falta de ar há dez minutos, tossiu muito até conseguir abrir os olhos, o que só aconteceu depois de uns dois minutos.

— Ah, graças... — Rony juntou sua testa com a de Hermione, segurando a cabeça dela. — Nunca mais morra na minha frente.

Hermione deu um sorriso cansado e disse:

— Não deixa Lilá ver isso, o.k.? Às vezes ela pode estar te espionando... camuflada de árvore. Ah, se eu vir aquela doida eu jogo um Expelliarmus.

Foram os dois segundos mais esperançosos de Harry. Ele e Rony perceberam: Hermione tinha falado de um feitiço. Hermione estava preocupada com Rony. Estava com raiva de Lilá. Hermione estava de volta?

Ninguém disse absolutamente nada. Até respiraram mais baixo. Harry e as duas moças viraram-se para Hermione, que estava com o corpo todo rígido e molhado, sob Rony.

— Você lembra? — murmurou ele.

— Não sei — ela respondeu, gemendo de dor e virando a cabeça para trás. —, quer dizer... Estávamos na água, e de repente lembrei de tudo... Sabe...

— O que você lembra, droga? — insistiu Harry, indo até a amiga.

— De tudo, Harry. Hogwarts, A Toca, meus pais, Sirius, Voldemort... Por que não lembraria? Só não sei como vim parar aqui... Onde estamos?

Aquilo tinha sido mais confuso que todo o resto. Ela se lembrava mas ao mesmo tempo não lembrava.

— Fui eu que fiz isso — Aramina se manifestou, tirando o excesso de água de seus cabelos. —, quando mergulhamos pela primeira vez, estávamos nas Águas de Volshmore, eu mandei o portal nos levar até lá. As Águas de Volshmore recuperam as lembranças da última declaração de amor mútuo. O problema é que esse efeito é temporário, então ela vai começar a esquecer. Ela só lembra até seu último ato que tivesse amor recíproco, entendem?

— É claro que sim — afirmou Harry, também tirando seu casaco ensopado. — Qual é a última coisa que se lembra?

— Âhm... — pensou ela, enquanto desabotoava sua calça e abria o zíper da mesma. — A festa da avó do Rony, só até aí... Como viemos parar aqui? Ah — ela exclamou de dor, vendo sua própria perna necrosada

— Está muito feio? — perguntou Rony, mas sem resposta, foi até os dois e viu; a perna da amiga estava realmente machucada.

— Tem... tem... — gemeu ela, sofrendo com mais dor. —Episkey... só falar isso...

— Episkey — ordenou Rony, e Hermione berrou na mesma hora. — Segura minha mão, segura... — disse Rony, a menina obedeceu.

Harry observou os ossos da perna de Hermione voltarem aos seus devidos lugares, as feridas se fecharem e o sangue desaparecendo aos poucos. Só depois Harry percebeu o quanto estava molhado, e como seu corpo tremia de frio à cada contato com a neve sobre a grama. Seus ossos doíam, Harry estava exausto e mal conseguia levantar-se.

— Vamos entrar — disse Emmy, apontando para aquela casa ao fundo. —, Rose está lá dentr...

— Harry?

Era a voz de Gina. O chamado badalou na cabeça de Harry e ficou soando em eco. Como podia ser a voz dela?

Harry virou-se e Gina vinha na sua direção. Seus cabelos esvoaçavam pelo ar e eram levados pelo vento, às vezes umas mechas grudavam nos seus lábios. De alguma forma, Harry conseguiu levantar-se e correr até a garota. Os dois se envolveram num abraço perfeito, as dores e calafrios que dominavam o corpo de Harry cessaram, tudo estava perfeito. Se beijaram bem rapidamente, esse não era o mais importante, o principal era o abraço em que os dois estraram e nunca mais sairiam.

— Você tá viva — murmurou ele, se perguntando se estava apertando muito a garota.

— É claro que sim...

— E Sirius? — Harry saiu do abraço por um instante. Não tinha ninguém acompanhando Gina. O mundo de Harry parou por um instante. — Cadê ele, Gina?

— Calma — ela sorriu, segurando o rosto de Harry. —, acabou de ir... Foi atrás do Prof. Lupin... foi buscar ajuda, Harry...

— Ele não quis falar comigo? — Harry sentiu-se um tanto magoado, ou culpado. Seria porque Sirius não aguentava mais os problemas que Harry? Não... claro que não...

Um grito horrendo saiu de dentro da casa. Um estrondo. O grito se repetiu, e agora era frequente. Então a cicatriz de Harry estourou e ele sentiu que estava morto: era uma dor que superava a imaginação, uma dor que superava a capacidade de sofrer...

— Rosalie — disse Rony, ajudando Hermione e se levantar. —, é ela, não?

Emmy e Aramina concordaram com a cabeça, enquanto subiam, correndo, o morro que dava até a casa. Harry e Gina não hesitaram em correr. Rony ajudava Hermione a correr, mas a garota fazia bastante esforço e parecia estar conseguindo correr bem rápido.

As duas moças rasgaram as portas de entrada, que ricochetearam na parede e se fecharam novamente. Harry abriu uma delas e Gina, a outra. Foram até as escadas, Harry quase caiu dos degraus e não se preocupou em descer da maneira correta: os gritos continuavam ecoando e isso era a prioridade. Emmy e Aramina fizeram algo com uma parede de pedra, que se deslocou e deu acesso à uma espécie de porão bem escuro e suspeito. Os berros estavam mais próximos, e a cicatriz de Harry latejava cada vez mais, sua cabeça estava a ponto de fazer um buraco em sua testa.

Entrando na sala, Harry viu algo ou alguém encolhido no canto da sala, um dos braços apoiados em um banco de madeira. Houve uma explosão atrás de Harry, que virou-se no mesmo instante e só viu um raio negro desaparecer. Tudo mergulhou num absurdo silêncio taciturno. O porão estava congelando, o que fez Harry ter mais calafrios. Aos poucos, um choro foi saindo daquela pessoa. Devia ser Rosalie. Todos foram até ela e sim, era Rosalie.

Seus cabelos loiros estavam sujos e algumas partes tinham sangue. O pior era seu rosto; todo arranhado. O canto de seu olho esquerdo sangrava, e seus lábios estavam totalmente secos e rachados. Ao olhar para as mãos da menina, ambas pareciam ter sido banhadas num balde de sangue, assim como seus pés. Rosalie tremia dos pés à cabeça, talvez não falasse por conta do frio extremo. Era deplorável, Harry nunca vira alguém em tal estado. Rose chorava pouquíssimo, chorar devia doer demais.

— Você está bem agora — disse Rony, tirando seu casaco e o colocando sobre o pequeno e frágil corpo da menina, que permaneceu imóvel. —, vamos te tirar daqui... Essa é sua casa, não é?

Rose tentou mexer a cabeça, mas foi tão pequeno o movimento que Harry nem percebeu, Rony só deve ter feito a pergunta para que ela dissesse alguma coisa. Harry e Rony carregaram Rose e a levaram até seu quarto, guiados por Aramina; Emmy estava no banheiro, preparando o banho de Rose. Ao colocarem-na na cama, foram expulsos do quarto por Hermione e Gina, recebendo a tarefa de descobrir “o que raios está realmente acontecendo”, palavras de Hermione.


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Notas finais do capítulo

E então? Por favor, eu necessito saber o que vocês estão achando, kkkk. Comentem e favoritem a história, amo vocês! ❤️ Um beijo com cheiro de unicórnios, e até a próxima!
Nox.



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