Capítulo 14 – Invasão à base inimiga.

Phantom criara o portal em Ikana que os levaria de volta para a base, mas Samus e Adeline se supreenderam quando viram o estado do local e Acro derrotado.

— Acro!! — chorou Adeline correndo em direção a baleia caída.

—Mas o qu ouve aqui? Onde está Cynthia?? — perguntou Samus, tentando falar com os pokémons.

Phantom chamou a atenção dela e assim apontou para a área destruída, como se quisesse insinuar que deviam segui-la.Witch King havia destruído um pedaço da parede, então podia-se ver perfeitamente o céu,

— Steven foi atrás de um cavaleiro negro... Que sequestrou Cynthia e roubou as Time Gears... — disse Acro com um pouco de dificuldade, sendo ajudado por Metagross e Claydol, que haviam sido deixados por Steven para cuidar da baleia.

— Não es esforce Acro! Eu vou cuidar de você... — disse Adeline.

— Então eles conseguiram nossas Time Gears também... Phantom, será que já é tarde demais? — perguntou Samus preocupada.

Phantom foi até Samus e colocou a mão levemente em seu ombro, aquele gesto significou tudo para Samus, “Não desista nunca”, mesmo não podendo dizer nada, aquilo foi o suficiente para encoraja-la. Ela sorriu.

— Vamos nessa! Adeline, fique aqui com Acro, e não importa o que aconteça não saia! Se nós não voltarmos... — disse Samus, com uma voz chorosa, sem saber o quê dizer.

— Não se preocupe, sei que vocês conseguirão! — sorriu a menina.

Samus deu um forte abraço em Adeline, que foi retribuído com a mesma vontade.

— Sinto como se você fosse minha mãe... — disse a menina com uma voz suave.

Samus não conseguiu segurar as lágrimas, dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro, não se ouve o relógio. O rosto contra o peito de quem te abraça, as batidas do coração, o silêncio. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve. Foi como de mãe e filha. Ela levantou-se, enxugou as lágrimas e foi em direção à Phantom.

— Como seguiremos o cavaleiro? Não temos nada que possa voar por este céu infinito...

Phantom foi em direção a um quadro da sala que estava caído, era uma paisagem escura, parecia uma floresta mas estava impossível de distinguir perfeitamente, graças a poeira aos pedregulhos que sujavam aquele belo retrato, e com seus poderes, Phantom entrou nele. Pouco tempo depois ele surgia novamente montado em um grande cavalo negro.

O cavalo vestia uma pesada armadura, seu pêlo era perfeitamente cuidado, seus olhos eram vermelhos e exalavam ira, mas era extremamente fiel a seu montador, e não deixava ele cair de modo algum. Não era um cavalo normal, era um pouco maior, parecia um touro que não podia ser parado, sua força era imensa e seus cascos batiam no chão com raiva; Phantom esticou a mão para Samus, que subiu em cima do cavalo que pulou em direção ao céu azul, mas algo supreendente acontecia, ele voava. Não tinha asas mas os poderes de Phantom são infinitos, e como um arco prepara uma flecha preparavam-se para partir a procura de Steven e do cavaleiro negro.

— Tia Samus! Não esquece de levar as pokébolas pro tio Steven! — disse Adeline entregando três pequenas pokébolas para Samus.

— Ele pode estar em perigo sem estas coisas, melhor nós irmos rápido, vamos rápido! Até logo, Adeline... — respondeu Samus, que partiu junto com Phantom em direção do céu azul.

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            Steven continuou a cortat o céu infinito com seu Skarmory, era fácil seguir a trilha da criatura, ela não tinha um cheiro agradável e que podia ser sentido a quilômetros. Apesar de ser uma criatura inteira revestida de uma armadura de ferro, suas asas são leves e ocas, permitindo que o pássaro metálico alcançar velocidades de quase 80m/s. Steven segurava firmemente na criatura, parecia que nunca encontrariam o cavaleiro, mas foram supreendidos por um enorme portal naquele céu infinito que nunca se fechava.

— Parabéns Skarmory, parece que encontramos a base inimiga, bom trabalho! — disse Skarmory acariciando a cabeça do pássaro.

Os dois aproximaram-se do grande portal, e entraram naquele mundo desconhecido. Pouco a pouco uma grande fortaleza se revelava, muitas vezes maior do que sua base, era defendida pelas mais bizarras criaturas e possuía muitas portas. Era cercada de uma densa floresta e no horizonte podia-se ver uma cadeia de montanhas cobertas de gelo, pois fazia muito frio naquela terra. Suas torres estendiam-se até o céu, as pedras eram surradas, pareciam ter aguentado por vários anos e defendido seus lordes por muitas guerras. Talvez aquela fortaleza estivesse abandonada e mais tarde foi proclamada como base, para a procura das Time Gears.

Apesar de várias criaturas rondarem aquele local, Steven conseguiu infiltrar-se por uma das janelas, um ponto cego, que podia ser notado quando observado do alto.

— Obrigado Skarmory, foi um longo caminho, mas preciso que continue do meu lado, estou sem três pokémons, Metagross e Claydol permaneceram na base, pretendo ser silencioso, encontrar Cynthia e sair o mais rápido possível.

As salas pareciam todas iguais, não haviam decorações, não havia nada, elas eram apenas cobertas por um elegante tapete vermelho e  nas paredes, algumas velas adornadas em prata. Enquanto Steven e Skarmory caminhavam nestas salas, puderam ouvir os sons de passos, mas um passo leve, com certeza era uma mulher. O chão era de pedra, o eco parecia não ter fim, quando puderam ver a linda mulher que aparecia.

— Witch King estava certo, algo realmente o seguia. — disse a mulher, acendendo uma das velas que se apagara.

— Acredito que você esteja do lado daquele cavaleiro, qual seria seu nome? Sinto que já a vi em algum lugar. — perguntou Steven desconfiado.

— Sim sim, eu sou a líder Sabrina, da região de Kanto, e você deve ser o campeão Steven, de Hoenn. Parece que somos inimigos no momento.

— Sabrina... Pokémons Psíquicos... Você terá muito trabalho para derrubar meu Skarmory com ataques desse tipo.

— Batalhas são demoradas, não estamos no mundo Pokémon, tenho a missão apenas de prendê-lo junto aos outros, assim que todos vocês estiverem fora de nosso alcance, o metre será ressuscitado. A batalha vai ter que ficar para depois. — respondeu Sabrina, fazendo com que todas as velas da sala se apagassem ao mesmo tempo. Steven não conseguia ver nada, mas algo o acertara na escuridão. Seus olhos se fechavam, fazendo com que não visse mais nada...

— Prendam-no junto aos outros. — ordenou Sabrina, a dois soldados que estavam próximos. — Parece que teremos visitas Witch King... Um dos monstros que os acompanham parece bem forte, o que faremos com ele?

— Eu irei subjugá-lo... — respondeu o cavaleiro negro.

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O cheiro desagradável do dragão do cavaleiro permanecia no ar, o cavalo de Phantom conseguia facilmente segui o rastro, mas os olhos de Phantom podia enchergar além do que olhos humanos veem, ele podia ver perfeitamente a trilha feita por Steven , então conseguiram facilmente chegar ao portal que levaria para a fortaleza.

Não tinha como o cavalo passar despercebido, ele relinchava altamente, o chão tremia quando ele passava. Com sua lança, Phantom derrubava os soldados a frente enquanto Samus atirava naqueles que estavam mais distantes. O cavalo empurrou os portões principais com força, fazendo-os abrir-se o suficiente para poderem passar. Nada parecia poder fazer frente ao cavalo, eles já haviam passado por muitas salas, os soldados e as criaturas apenas caiam e corriam de medo da figura de Phantom. Tudo permanecia bem até chegarem a ponte, que dava passagem da fortaleza que estavam para a principal.

Do outro lado da ponte uma criatura que também não sentia medo, uma criatura das sombras, montada em um temível cavalo negro, assim como Phantom. Ambos agora se encaravam, Phantom sentia que finalmente encontrara alguém a sua altura. Era Witch King, que encarava-os mortalmente, seu rosto que permanecia em mistério parecia observá-los a todo momento. A criatura andou lentamente em direção a Phantom, e assim fez o mesmo. Os dois agora encontravam-se cara-a-cara, como antigos rivais.

— O que faz uma criatura tão sombria, tão maldosa, e tão poderosa como você estar do lado destes pirralhos? Junte-se a nós, entregue-nos esta garota, e poderá realisar um sonho quando o metre for ressuscitado... — disse o cavaleiro apontando para Samus.

— Poupe seu veneno criatura, não viemos aqui para trocar idéias com alguém de tão pouca classe, se for preciso passaremos por cima de você. — respondeu Samus furiosa.

— Passe por aquela porta, mulher invejosa, faça o que quiser mas deixe-me a sós com o cavaleiro. — respondeu Witch King.

Phantom olhou para Samus e fez um sinal positivo com sua cabeça, ela desceu do grande cavalo e foi em direção a outra porta, sem encarar o cavaleiro negro nos olhos.

— Samus, não é? — disse Witch King, dando um sorisso malicioso. — Vai arrepender-se...

Samus saiu da ponte, deixando os dois cavaleiros em seus respectivos cavalos, encarando um ao outro naquele dia sombrio. O céu estava plúmbeo, parecia que iria chover. As rochas da fortaleza faziam aquele local ficar frio, mas ambos os cavaleiros não sentiam o bater do vento congelante... Não sentiam emoção... Não sentiam nada...

— Aquela moça caiu em minha armadilha, assim como uma aranha prende a presa em sua teia. Agora apenas preciso esperar que ela mate as primeiras pessoas que encontrar, no caso seus amigos. A maldição está posta. — pensou Witch King, olhando para Phantom. — Que a batalha começe!