Melinyel escrita por Ilisse


Capítulo 18
Capítulo 17




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Elora rodeava satisfeita o canteiro de crisântemos vermelhos que fizera florescer. Mesmo que a cor ainda estivesse um pouco desbotada, as flores estavam perfeitas e saudáveis. Passou o dedo de leve nas pétalas, lembrando-se sem nenhuma saudade de quando fazer um simples botão de rosa se abrir lhe era uma tarefa quase impossível. Agora criava não uma, mas várias ao mesmo tempo. Não sabia explicar ao certo o que havia mudado para que isso acontecesse, mas apreciava sua nova fase. 

Tocou a terra com a palma da mão, espalhando um tapete de grama fresca por todo o ambiente, circulando o lago cristalino. 

Havia escapulido para o jardim interno mais cedo naquela manhã após acordar de seu sono conturbado. Era mais apropriado praticar ali já que, com o frio do inverno chegando, suas criações não durariam muito tempo lá fora.

As aberturas no teto da caverna deixavam os fracos raios de sol entrarem, junto com o vento frio. Mesmo sendo mais fraco do que os que corriam fora daquelas paredes, ainda podia fazer os pelos eriçarem. 

A menina levantou a cabeça sorrindo quando ouviu a música recomeçar ao longe.

Não estava perto do grande pátio mas ainda sim conseguia ouvir perfeitamente as músicas e risadas dos elfos remanescentes dos festejos da noite retrasada. A menina ainda estava abismada com a empolgação dos elfos silvestres, a comemoração havia durado duas noites e um dia inteiro. E ainda não havia previsão para acabar.

 

A manhã fria crescia no horizonte enquanto ela batia os pés no chão ao ritmo da música, agradecendo por ter lembrado de pegar uma capa quente. Um formigamento nos dedos a fez voltar-se novamente para a terra. Havia ficado muito tempo acumulando energia e agora precisava liberá-la. 

Após um par de horas e diversos aglomerados de flores, Elora deitou-se na grama. O local era enorme, mesmo com o lago ocupando uma parte, teria bastante espaço para trabalhar nos dias seguintes. 

Amanhã começaria com algumas árvores, assim os passarinhos e outras aves poderiam refugiar-se do frio.

Thranduil não a impediria, certamente. Ele mais do que ninguém iria querer ver o lugar cheio de vida e beleza. Um santuário primaveril para todos desfrutarem nos meses brancos de inverno. 

Mas em todo caso (ou pelo menos neste caso) ela preferiria pedir perdão do que permissão. 

Ouviu as patas conhecidas aproximando-se, Nárë esfregava o focinho e o pelo na grama nova rolando de um lado para o outro. Elora deitou-se de lado, observando-a. 

Talvez em breve, houvessem outros animais ali. 

 

 

.o0o.

 

Na semana seguinte o local tornara-se um pequeno bosque com árvores verdejantes, lindamente enfeitado com flores de todas as cores. 

O refúgio havia tornado-se popular rapidamente e preenchia-se com os elfos do palácio que adquiriram o hábito de passar algumas horas por ali. Elora sentava-se à sombra abaixo de uma Glinícea, cujos ramos criavam um cantinho aconchegante e bem escondido. O local era um pouco afastado do portal de entrada e bem próximo à margem do lago. 

A menina sentava-se nas almofadas rodeadas de peônias cor-de-rosa e esquecia-se do mundo ao redor.

Emel já não preocupava-se mais, se Elora não fosse encontrada em seus aposentos todos já sabiam que ela estava em seu jardim secreto. Isso deu à elfa o descanso necessário para preparar sua partida para Rivendell, os deuses sabiam que havia muito a ser feito em tão pouco tempo. 

Tauriel estava viajando novamente, desta vez dividiram-se em três grupos. Enquanto um buscava os últimos carregamentos para o inverno, os outros dois patrulhavam as estradas para Rivendell. Com a ida do Rei, precisavam ter certeza que não haveria nenhuma armadilha de Orcs.

Tauriel levara Randír mas antes de partirem Elora despediu-se dele nos estábulos, acariciando o pelo macio e bem escovado do corsel. Abraçou-o forte, soltando-o a contra-gosto quando chegou a hora de partirem. 

 

Perguntava-se aonde estariam naquele momento quando sentiu a urgência de Nárë lhe atingir. Elora sentou-se depressa afastando os ramos de folhas com as mãos a tempo de ver a raposa entrar correndo no jardim trazendo algo na boca. 

Quando a raposa parou a sua frente Elora viu que o que trazia era uma coruja um pouco maior que sua mão. O pequeno animal nem se mexia, tinha os olhos assustados e parecia ter medo até de respirar alto demais. 

Elora deitou-a na almofada à sua frente com Nárë andando em círculos ao seu lado.

— Sim, eu vou cuidar dela não se preocupe. - Disse para a raposa que tentava cutucar a asa da coruja com o focinho. - Eu vi, seria bom um pouco de espaço para eu poder olhá-la. 

Nárë bateu as patas no chão, consternada por ter sido mandada embora quando só queria ajudar. 

Deu as costas e deitou-se impaciente a alguns passos de distância. 

Elora passou os dedos pelas penas da coruja enquanto afirmava que ela estava segura, parou na asa esquerda quando sentiu o desconforto dela e seu coração acelerando. Abriu a asa e tocou toda sua extremidade, suspirou aliviada quando percebeu que não estava quebrada. 

— Você teve sorte, não há nada que não possamos consertar. - Alisou as costas ainda rígidas da coruja. - Venha, vamos arrumar uma bela bandagem e alguma coisa para você comer. 

Elora levantou-se, carregando-a nos braços.  

Quando chegou à enfermaria, Laimiel estava ministrando uma pasta arroxeada que dizia-se ser anestésica em casos de picada de aranhas. Assim se as patrulhas sofressem algum ferimento não precisariam ficar tanto tempo sofrendo pelo veneno antes de seus corpos se curarem. 

Elora explicou-lhe o ocorrido e deixou a elfa a cargo do curativo, que era bem mais hábil e rápida. Quando terminaram já havia mais duas elfas rodeando o pequeno animal assustado. Emel chegou pouco tempo depois. 

— Acho melhor darmos espaço para ela se ambientalizar. - Elora falou.

— Sim, sim. Arien e Berdel deixem o pobre animal respirar. - Laimiel afastou-as com as mãos. Recrutando-as em seguida para ajudar a procurar mais raízes de kolcas na floresta. 

Laimiel saiu pouco tempo depois, seguida pelas elfas relutantes. 

Emel aproximou-se de Elora, que tentava alimentar a coruja imóvel. 

— Tem certeza que ela está bem? - A elfa analisou os olhos arregalados da ave enquanto Elora assentia. - Não parece muito bem pra mim. 

— Ela só está em choque. - Elora riu. - Ver os dentes de Nárë tão de perto deve tê-la assustado um pouco. Ela é bem sensível...

— Pobrezinha. - Emel balançava a cabeça de leve, tentando se imaginar na situação. - O que aconteceu com ela?

— Bateu em um galho e machucou a asa. - Elora passou o dedo pelas penas marrons da coruja. - O vento está muito forte, ela perdeu o controle durante o voo.

— Isso é bem estranho.

Elora assentiu, olhando para a bola de pelo laranja que acomodou-se em uma das camas próximas, cochilando tranquilamente. 

— Nárë a toma como, em seus próprios sentimentos 'uma ave estranhamente desajeitada'. Ela ficou com pena e a trouxe até mim. 

— Não deveria ter saído com uma ventania destas. - Emel disse para a coruja, alisando de leve sua cabeça.

— Ela precisava comer. - Elora esclareceu. 

Sabia que a vida na floresta não era fácil para os animais que ficaram, não haviam muitas presas para os carnívoros e grande parte da vegetação que servia de alimento para os herbívoros ainda estava envenenada pela presença das aranhas e pelo mal que exalava das profundezas de Dol Guldur.

— Acho que foi corajosa, - Elora continuou. - de uma forma meio atrapalhada, mas ainda sim corajosa.  

— Você simpatiza com ela. - Emel a encarou. - Com sua imprudência.

— Estaria mentindo se dissesse que isso não passou pela minha cabeça. - Elora olhou a coruja com uma pontada de orgulho. - Dividimos o mesmo pensamento: a vida é muito curta para não corrermos atrás do que queremos. Ou para sair voando no meio de um vendaval...

— Você não precisa pensar assim, minha senhora. - Emel riu. - Tem toda a eternidade pela frente.

Quando não obteve resposta, Emel olhou para Elora. Vendo em seu rosto que havia algo errado. 

O sorriso leve da menina transformou-se em um franzido sério. 

— O que foi? - Emel perguntou. 

— Eu... - Elora buscava pelas palavras, mas não conseguia escolhê-las. Era a primeira vez que falava sobre o assunto em voz alta e não dentro de sua cabeça. - Eu ainda não me decidi... Não sei se quero ir para Aman. 

Elora percebia que Emel tentava controlar seu choque inicial. Sabia que obteria uma reação dessas, mas confiava na elfa e sabia que ela não repetiria suas incertezas. 

— Mas porque? - Emel falou depois de alguns segundos, tinha os olhos assustados. - Não é feliz entre nós? 

— Claro que sou! - Elora pegou as mãos da elfa. - Mas a perspectiva de viver para sempre é... aterrorizante. Acho que talvez seja melhor eu viver apenas esta vida e fazer o melhor dela. 

Emel abriu a boca para falar, mas ao invés da voz suave da elfa ouviram a voz de Thranduil ecoar pela sala.

— Você não pode estar realmente considerando isso. - Thranduil esbravejou parado à porta, olhando Elora com descrença. - Escolher uma vida humana patética ao contrário da eternidade élfica.

Emel e Elora recuaram assustadas pelo susto.

Emel abaixou os olhos e deu alguns passos para trás quando o rei aproximou-se de Elora. Tinha uma expressão temerosa e decepcionada no rosto. Parou a dois palmos de distância, fitando a menina no fundo dos olhos.

— A vida dos homens é rasa como um córrego. São egoístas e mesquinhos! Vivem seus breves dias cobiçando o que não podem ter, não possuem um propósito a não ser invejar e destruir o que não é deles. 

— Não é verdade. - Elora interrompeu-o. - Não pode culpar toda uma raça pelos erros de alguns.

— Eu posso e vou! - Ele quase rosnou, aproximando-se ainda mais. - Sou o rei e ordeno que você deixe essas loucuras para trás!

Elora deu um passo para trás, com uma risada nervosa escapando pelos seus lábios. 

— Você está fora de si. - Ela disse, sustentando o olhar gélido do elfo.

— Você não pode escolhê-los a nós. EU NÃO PERMITIREI! - Gritou.

— ENTÃO AGRADEÇO AOS DEUSES PELA ESCOLHA SER MINHA E NÃO SUA! - Elora gritou em resposta, arrependendo-se em seguida. Não podia continuar deixando que ele a tirasse do sério. Thranduil sabia como fazer seu sangue ferver. Respirou fundo, encarando-o sem hesitação mesmo sentindo a garganta embargar. 

Thranduil cerrou as mãos em punho, balançando a cabeça nervosamente enquanto virava-se e deixava a sala a passos largos. Após a saída abrupta dele, Elora permaneceu imóvel. Tentando entender como tudo dera tanto errado tão rápido. 

A primeira a manifestar-se foi Nárë que caminhou até Elora, roçando a cabeça em suas saias. Elora não percebeu seu movimento, foi tomada de seu transe apenas quando Emel chamou seu nome. Havia esquecido que a elfa estava ali. 

Elora levou as mãos ao rosto, tentando segurar as lágrimas. 

Quando sentiu a mão da elfa em seu ombro, apenas murmurou um pedido de desculpas e correu para seu quarto. 

Estava envergonhada por Emel ter presenciado a cena absurda de Thranduil. Chocada por comportamento e principalmente ferida por todas as coisas que ele havia dito. 

Mas acima de tudo estava com raiva, ele não tinha o direito de ficar tão ofendido por sua dúvida. 

Emel bateu à sua porta naquela noite mas Elora não a abriu. Não queria que a elfa visse o quanto as palavras de Thranduil a afetaram, muito menos as lágrimas que insistiam em cair. 

 

 

.o0o.

 

Os dois dias seguinte passaram-se como um borrão. 

Elora recusara-se a sair do quarto. Odiava-se por ainda esperar que ele aparecesse e lhe pedisse desculpas. Thranduil não faria isso, ele provavelmente morreria antes de dizer que estava errado. 

Ainda sim, Elora pegava-se encarando a porta. 

Aguardando por alguém que não viria. 

Emel estava escovando Nárë enquanto a menina lia no sofá. Elora agradecia imensamente pela elfa não lhe fazer perguntas ou insistir no assunto da discussão. Duas batidas na porta ecoaram pelo quarto. Elora levantou rapidamente a cabeça, temerosa e ansiosa. 

Quando Emel a abriu, Tauriel entrou acompanhada de Herenvar. 

— Minha senhora. - Herenvar lhe cumprimentou. Elora meneou a cabeça.

— Vejo que já está recuperada. - Tauriel lhe sorriu, aproximando-se do sofá. 

— Laimiel diz que os ferimentos já estão fechados e que a cicatrização parece muito boa. - Elora sorriu brevemente. 

— Então está decidido. - Tauriel bateu palmas, virando-se para Herenvar. - Você treinará conosco hoje!

— Não é uma boa ideia. Estou... me sentindo mal. - Falou baixo, evitando o olhar de Emel. - Não dormi muito bem nos últimos dias, vou apenas atrapalhá-los. 

Tauriel começou a falar mas Elora interrompeu-a. 

— Além disso, - Estava ávida por uma desculpa para apenas passar outro dia na cama. - Laimiel pediu para eu voltar à rotina aos poucos, não sabemos se minha força está recuperada, ainda posso ter tontu...

A palavra morreu em seus lábios quando viu Thranduil passar no corredor à sua frente. 

Foram apenas alguns segundos, mas quando seus olhares se encontraram ela sentiu a frieza emanar dele. Era uma indiferença já conhecida, ele a olhava assim quando se conheceram.

Sentiu a garganta fechar. Então voltaram a ser o que eram? 

Cerrou os punhos, sentiu-se tomada por uma raiva que não sabia existir dentro de si. 

— Vamos. - Disse à Tauriel entredentes. 

Emel e Tauriel se entreolharam mas não comentaram a mudança repentina.

 

O centro de treinamentos estava vazio, tirando o quarteto haviam apenas mais dez ou doze elfos espalhados pelo campo. Emel sentou-se à sombra de uma árvore e os três encaminharam-se para dentro do círculo vermelho. 

De início iriam começar pelo arco, mas Elora pediu que lutassem com as espadas. Queria desesperadamente bater em alguma coisa. 

Tauriel posicionou-se do lado de fora, Elora enfrentaria Herenvar. Os dois pegaram suas armas e pararam um em frente ao outro aguardando o comando de Tauriel. Quando a luta começou Elora investia sua lâmina com raiva, não havia muito planejamento ou preparação em seus golpes. Herenvar desviava rapidamente, concentrando-se para atacar no momento certo. Que chegou quando Elora virou-se para chutá-lo, ela havia baixado sua guarda e recebeu uma rasteira. 

Ela caiu no chão com um baque seco. 

— Está distraída, minha senhora. - Herenvar estendeu-lhe a mão, ajudando-a a levantar-se.

Elora limpou a terra da roupa e sacou as adagas que estavam presas às costas. Fechou os olhos concentrando-se no elfo a sua frente, mas em sua mente ele possuía olhos azuis profundos e um longo cabelo prateado. 

Elora rosnou e o atacou. Golpeava-o com chutes e investidas sincronizadas das adagas. Desta vez Herenvar estava com dificuldades em defender-se e procurar brechas para atacar. Recebeu um corte no braço mas conseguiu desarmá-la de uma das armas, foi quando sentiu o chão mover-se sob seus pés. Duas longas raízes saíram da terra como chicotes tentando alcançá-lo. 

Herenvar cortava-as mas elas tornavam a crescer, mais rápidas e fortes. Elora não percebia que estava atiçando as árvores contra ele. 

Para ela aquilo não era mais um treino, era sua forma de tirar toda a raiva e tristeza do peito. Queria apenas gritar e para de sentir. 

Seria tão melhor se ela não sentisse nada. 

— Elora! 

Ouviu a voz assustada de Tauriel lhe chamar. 

Piscou os olhos confusa ao ver Herenvar preso pelo calcanhar em um galho de árvore, pendurado a cinco metros do chão. Quando olhou em volta viu que os elfos pararam o que estavam fazendo e todos a olham meio surpresos, meio maravilhados. 

Elora sente as bochechas queimarem. Nunca havia perdido o controle desta forma. 

Desviou os olhos de sua platéia, focando em trazer Herenvar de volta ao chão em segurança. Pediu-lhe desculpas mas o elfo não aceitou, dizendo que foi uma luta incrível e sentia-se honrado e orgulhoso de seus poucos ferimentos. 

Quando o elfo afastou-se, Elora percebeu o olhar minucioso de Tauriel sobre ela. 

— Está acontecendo alguma coisa. O que é? - Disse Tauriel sem rodeios, levando-a para um canto. 

— Não é nada. - Elora deu de ombros, sabendo que estava fingindo muito mal. - Energia acumulada, talvez?

— Eu a conheço bem e você não me engana. 

Ambas percebem dois guardas aproximando-se e param de falar. 

— Capitã. Minha senhora. - Eles as cumprimentaram. - A comitiva de Rivendell chegou. 

Elora fechou os olhos, agradecendo pela intervenção não intencional de Lindir. 

— Ainda vamos conversar sobre isso. - Tauriel murmurou antes de afastar-se com os guardas e Emel. 

 

 

 

.o0o.

 

Na manhã seguinte Elora encarava as malas abertas sobre sua cama com um aperto no peito. 

Havia decidido permanecer com Radagast quando retornasse do casamento, logo não havia motivo para deixar nada seu no palácio. Deixaria tudo em Rivendell já que não precisaria de tantos vestidos enquanto estivesse treinando com o mago.

Juntara tudo que lhe era querido e colocara nas malas. Tentou não importar-se mas não foi bem sucedida, tudo ali tinha história e lhe era importante. Ao mesmo tempo em que tudo a lembrava do que ela mais queria esquecer.

Após fechar as malas, pediu que as levassem para os estábulos. Partiriam em um par de horas e os elfos de Rivendell estavam arrumando tudo nas carruagens. Despedira-se de Lamiel na noite anterior, pedindo que cuidasse da coruja até que Radagast viesse busca-la. 

Vestiu sua capa e luvas demoradamente, atrasando-se de propósito. 

Quando desceu para os salões a comitiva de Thranduil, seguida de Lindir e Emel já estavam em movimento. Elora seguiria com o último grupo, o mais distante possível.

Não teve coragem de ir ao jardim, então seguiu diretamente para a ponte. Sem olhar para trás. 


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Notas finais do capítulo

Parece que as coisas desandaram, não é mesmo? :/
Será que eles vão conseguir se acertar?



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