Solangelo Moments escrita por Junebug


Capítulo 27
Stars In The Ceiling


Notas iniciais do capítulo

Will quer deixar o chalé de Hades mais iluminado.



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Depois de ser liberado de seus três dias na enfermaria, Nico tinha se empenhado em sua missão de redecorar o chalé de Hades. Mas o lugar, apesar de não parecer mais os aposentos do Drácula, ainda faria um vampiro se sentir bem confortável, com as cortinas e a parede em tons escuros. Will parecia decidido a mudar isso de alguma forma.

— O que foi? – Nico perguntou, sem querer demonstrar sua satisfação em ver que era o filho de Apolo em sua porta.

— Eu vim trazer a luz para o chalé dos mortos – disse Will, empurrando uma almofada amarela em formato de sol nos braços de Nico e depois estendendo um saco plástico. – Trouxe suas estrelas.

— Ah, não. Eu disse que não tinha certeza sobre essa coisa de estrelas.

— Deixe de ser chato. Eu sei que você vai gostar.

A expressão de Nico dizia que ele duvidava muito.

— Vamos lá. Se você não gostar, eu as tiro imediatamente, juro.

— Você é quem sabe se quer ter todo esse trabalho...

— Ótimo! – Will se animou. – Agora... Você só pode ver quando estiver pronto. Volte daqui a... umas duas horas.

— Eu estou sendo expulso do meu próprio chalé?

— "Temporariamente afastado" seria o termo correto – Will meio que o empurrou na direção da porta.

Tudo que Nico pôde fazer como protesto foi sair resmungando:

— Filhos loucos de Apolo...

Nico foi andando até a arena de treinamento, e só então percebeu que ainda carregava a almofada de sol que Will lhe dera. Ele olhou para o objeto, que o olhou de volta, com um sorriso bordado na pelúcia amarela. Dois campistas mais novos passaram com olhares curiosos e ar de riso. Nico quis se esconder debaixo da terra. Infelizmente não podia porque Will o tinha proibido de viajar pelas sombras por um tempo. Argh.

Ele foi ficar com a Sra. O’Leary. Chegou a pensar em dar a almofada de sol como presente para a cachorra, mas na hora não teve coragem. Passado o que ele acreditava serem quase duas horas, voltou para a área dos chalés com o presente de Will debaixo do braço.

— Não me interessa se está pronto ou não. Estou entrando – ele anunciou, abrindo a porta.

— Espere! Feche os olhos! Eu terminei. Só preciso guardar a escada...

Nico não acreditou que fez mesmo isso. De olhos fechados, ele ouviu um barulho de madeira e depois Will se aproximando. Will colocou as mãos sobre seus olhos fechados.

— Venha. - Guiou Nico uns passos adiante. – Sua cama. Deite de costas.

— Sério?

— É o melhor jeito de ver o resultado. Não abra os olhos ainda.

Nico ainda ouviu as cortinas serem fechadas e as luzes apagadas, depois sentiu que Will se atirava ao seu lado na cama, o braço dele encostando no seu.

— Agora abra os olhos. – Sua voz estava carregada de empolgação.

Nico fez o que ele pedia com um suspiro cansado, mas assim que seus olhos encontraram o teto logo acima, prendeu a respiração. Não eram simplesmente estrelas fosforescentes no teto. Não pareciam estrelas de plástico grudadas ali. Era como se Nico estivesse mesmo sob um céu estrelado, por causa do brilho especial que as fazia reluzir como estrelas de verdade.

— O-Onde você arranjou essas estrelas? – Nico conseguiu perguntar.

— Eu... meio que as comprei de um filho de Hefesto. Ele só pediu um atestado que o livrasse das atividades de limpeza na próxima semana em troca...

— É... É... Elas são bem bonitas... Hazel vai gostar quando estiver aqui de visita – Nico procurou disfarçar o quanto estava impressionado. – Você não vai precisar tirá-las, acho.

Will bufou sorrindo. Nico também sorria. Os dois ficaram ali, num silêncio confortável até que Wil começou a cantarolar:

— “Brilhar na escuridão. É assim que fazemos... Assim como as estrelas em seu teto, que te colocam para dormir depois...”

Ele virou o rosto de lado e encontrou os olhos interrogadores e a testa franzida de Nico.

— Warpanit – Will respondeu. – “Stars”... Eu mostro para você mais tarde.

Nico revirou os olhos. Will se espreguiçou em sua cama.

— Adoro esse seu novo colchão. É como estar deitado numa nuvem... – Ele se sentou, ainda se espreguiçando.

— Não precisamos levantar ainda.

Will voltou-se para trás, para ele.

— Quero dizer... Você não precisa... Ainda falta um tempinho para o jantar...

— Tem razão – Will voltou a deitar, sorrindo satisfeito para as estrelas no teto.


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