Silêncio. Era o que se escutava naquele salão. Todos encaravam a morena, que estava surpresa com o que escutara. Seus amigos a encaravam com medo. Remo e professora Minerva com preocupação. Alguns com pena.

—O que foi gente? Por que estão me olhando desse jeito? – ela perguntara impaciente.

—Você-sabe-quem esta atrás de você Kathy- Andrew disse com cuidado- e ninguém que ele resolve matar sobrevive.

—se eu morrer, e daí? Todo mundo morre um dia- disse revirando os olhos. Os mais velhos a encararam com surpresa. Como uma garota daquele tamanho podia ter tanta maturidade? Principalmente com um assunto tão delicado como aquele. Afinal estavam falando da morte, era irreversível.

—O que será que você fez para irritar tanto você-sabe-quem?- Rony perguntou com medo e curioso.

—não faço ideia, mas pelo menos fiz direito- e caiu na risada sendo seguida pelos gêmeos. Mas foram os únicos que fizeram isso. Ainda estavam em choque por uma pessoa ficar bem quando descobre que esta prestes a morrer.

Revirando os olhos, Kathy disse:

—se nem eu que vou morrer to preocupada, podem relaxar gente. Vamos voltar à leitura.

É claro que não estaria preocupada, você espera a morte a tanto tempo não é Kathy? Talvez seja o remorso te corroendo, mas quem sou eu pra falar, não é mesmo?

Katherine observava o jardim através da janela de seu quarto. Suas malas já estavam prontas.

—Malas? Pra onde você vai?-Rony perguntou confuso.

—Não sei Rony, vamos ler pra saber- fora a resposta da garota.

Seus planos estavam correndo bem até agora. Não tinha mais ninguém morando naquela casa a não ser ela. Mas estava na hora de dizer adeus. São tempos difíceis. Estavam em uma guerra e Kathy não podia botar tudo a perder. Então, no final do ano letivo, antes de tudo acontecer, Kathy fizera um plano de sobrevivência. Teria que deixar sua vida trouxa para trás. Ou fazia isso, ou todos morreriam.

—que horror Kathy! –Hermione exclamara- você vai ter que deixar seus pais, toda sua vida para protegê-los.

Kathy não falara nada, somente assentiu. Sabia o que estava para acontecer na leitura. Não tinha pais, mas tinha Madame Josefine e Scarlet, mesmo que as detestasse, e tinha seus irmãos. Sabia que não colocaria a vida deles em perigo.

Andando devagar pelos cômodos da mansão- alguns arfaram, não sabia que ela morava em uma mansão- foi se despedindo dos péssimos momentos que vivera naquele lugar. Morara sua vida toda ali, mas não estava triste por ter que ir embora de sua casa. Estava sentindo um peso sair de seus ombros. Fora obrigada a viver em um lugar que só a fez mal. E agora ela simplesmente sairia pela porta da frente para nunca mais voltar.

Descendo as escadas Kathy tocou no corrimão lembrando-se de quando escorregava por eles pra chegar mais rápido lá em baixo. Sentou-se no piano, lembrando-se de quando tocava para acabar com seu tédio.

—você toca?- Tonks perguntou impressionada. Que demais!

As lembranças passavam por sua cabeça, tanto as boas quanto as ruins. Mas as lágrimas não vieram. Não se lembrava de qual foi à última vez que chorara, mas fazia muitos anos.

Com um aceno da varinha, mandou suas malas para sua nova casa. Tinha que resolver mais uma coisa antes de finalmente partir.

—Olha você já tem 17 anos Kathy! Só assim pra você poder fazer magia. –Mathew fez sua observação. Os adultos concordaram.

—Só podemos fazer magia fora da escola depois dos 17?- Kathy perguntou recebendo um aceno do amigo- Legal! Já tenho 17 no livro.

Pegou sua moto e saiu pelas ruas de Londres em direção a um lugar específico. Sempre gostara de andar de moto, a ajudava a refrescar a cabeça, sem problemas , sem dores.

—Aaaaah! Eu não acredito!- Kathy exclamara, quicando no banco de tanta emoção- Eu tenho uma moto- concluiu com um olhar apaixonado. Ela amava motos.

Katherine tinha seu lado rebelde.

Subiu no pequeno prédio e foi em direção ao apartamento tão familiar para a mesma. Passara tanto tempo ali. Respirando fundo, pegou sua chave e abriu a porta, encontrando o pequeno caos de todas as manhãs. Sorriu para aquela cena tão familiar. Seria difícil o que faria, mas era necessário.

—Estrelinha! Que bom que chegou. Julia está terminando de preparar o café. Sente-se conosco.

—Quem são esses? –Rony perguntou confuso.

—Minha família- Kathy respondeu polidamente. Sabia o que faria ali. E seu coração apertou ao pensar em ter que fazer isso.

Todos entenderam o tom de voz estranho da garota, afinal, ela estava deixando a família. Harry apertou sua mão em sinal de conforto, mas ela tirara. Sempre cuidou de seus problemas sozinha. Não precisava da pena de ninguém.

—Kathy! –Anne vinha correndo e se atirara em seus braços. Rodeara as pequenas pernas no dorso da mais velha- senti saudades! Você não vem mais me visitar. Sinto falta de você me colocar pra dormir. – E deu um beijo estalado na bochecha da irmã.

Kathy sentiu seu peito afundar. Não! Estava sendo fraca. Precisava fazer isso. Era pela segurança deles.

—Andei um pouco ocupada, pequena, mas também senti saudades. Já tomou café? -perguntou recebendo um balançar de cabeça negativo - então como tudo pra crescer e virar uma moça linda, esta bem?

—Tudo bem- a menina deu um beijo estalado e voltou para a mesa.

—você tem irmã? Eu não sabia – Rony encarou a morena, levando um pontapé de Hermione por ser tão insensível.

Todos os amigos de Kathy se entreolharam, perguntando uns aos outros se sabiam que ela tinha uma irmã. Mas ninguém sabia.

—E parando pra pensar você nunca falou da sua família. Por quê?- Hermione perguntara com o cenho franzido.

—Porque vocês nunca perguntaram. Agora vamos voltar pra leitura. - Kathy cortou-os rapidinho, não querendo entrar no assunto.

—eu tenho um comunicado a fazer. Depois do café quero todo mundo na sala ta?- Katherine disse se sentando à mesa com eles. Sua última refeição juntos. Aproveitou para os guardar na lembrança.

Naquela manhã enquanto Katherine observava a pequena família e guardava seus rostos, percebeu o quanto era grata por tê-los em sua vida. Tiveram bons momentos naquela mesa, compartilharam histórias e brincadeiras. Mas aquela vida acabara para ela. Não era justo.

Levantando-se da mesa foi em direção aos quartos. Com um aceno da varinha, começou a encaixotar tudo. Quando terminara, os encontrara sentados no sofá. Julia dando de comer para sua filha. Anne colorindo, Gabriel e Brian discutindo alguma coisa. Seria melhor sem despedidas. E sem que eles a percebessem ali, Katherine levantou sua varinha e pronunciou as palavras que mudariam sua vida:

—Obliviate.

Na mesma hora, os olhos deles se tornaram desfocados e vagos.

—Incrível! Deu certo! –O professor de feitiços disse olhando para sua aluna, admirado. –Esse é um feitiço complicadíssimo.

—Verdade - Kingsley Shacklebolt se pronunciou- Muitos bruxos já formados, não conseguem realizar esse feitiço com perfeição.

Kathy agradeceu pelos elogios, e eles voltaram a ler.

Estava feito. Katherine apagou todas as lembranças que eles tinham com ela, e modificou suas memórias para que pudessem viver tranquilamente, bem longe daquele lugar. Uma nova vida, um novo recomeço. 

Saiu da casa sem nem olhar para trás e foi em direção a sua moto. Estava atrasada para o casamento do tio Lupi. 

—Tio Lupi? –Kathy se perguntou, confusa.

Chegou em um bairro pouco movimentado e simples. Uma ideia sábia para quem queria despistar. Após chegar a sua nova casa, pegou a mala que deixara separada para viajar, colocou na sala e guardou todo o resto. Começou a se arrumar, já que levaria o noivo ao altar, deveria estar bela. Com um vestido vermelho vinho, Kathy extava extremamente bonita. Com certeza era uma garota que chamava atenção.

Pegando sua bolsa e sua mala, aparatou na casa dos Weasley, chamando a atenção dos ruivos que estavam lá fora.

—Olha só quem chegou irmão- Jorge disse se aproximando da moça com voz de galanteio, fazendo Kathy revirar os olhos e sorrir. –Seja muito bem vinda senhorita Moore – e deu um casto beijo no dorso de sua mão.

Jorge deu uma olhada para Kathy e os dois caíram na risada, deixando alguns confusos.

Fred se aproximara. Os dois estavam muito bonitos, Kathy observou.

Os dois fizeram pose de galã arrancando risadas dos que estavam perto.

Fred parou em frente à pequena e lhe cumprimentou com uma voz estranha.

O que Katherine não sabia é que Fred estava admirado. Sua garota estava divina.

Jorge olhou para os dois e fez uma cara maliciosa, querendo constranger os dois. Mas nenhum corou. Fred tinha uma cara-de-pau e Kathy quase não se envergonhava.

—Sua garota é? –Jorge mexeu as sobrancelhas para o irmão, que enfim corou, e revirou os olhos.

Katherine não entendeu, mas deixou pra lá. Tinha que falar com o noivo, então foi breve com os gêmeos.

—Olá Jorge! Olá Fred! Como estão? –e antes que os dois pudessem responder, Kathy terminou- Tio Lupi já chegou? –e com a resposta afirmativa dos dois, ela pediu- será que um de vocês podem me ajudar com a mala? Tenho que vê-lo agora.

E saiu em direção a casa, mandando um beijinho no ar e deixando sua mala para os ruivos carregarem.

Os gêmeos a olharam indignados, causando risadas na morena.

Ao entrar na toca, viu uma correria. Todos ajudando nos preparativos que formaria o casamento que aconteceria em breve. Cumprimentou o senhor Weasley que estava ocupado com Gui arrumando alguma coisa que a senhora Weasley tinha pedido.

—Onde ele está?

—No meu quarto. Pode subir, ele está te esperando –Gui respondeu no lugar, fazendo-a subir as escadas- e Kathy- ela se virou quando estava na metade das escadas, encarando-o para que continuasse – Acalme-o. Ele está muito nervoso.

Dando um sorriso ao Gui, terminou seu trajeto entrando no quarto onde estava parado o noivo. Extremamente nervoso. Mal conseguia dar o nó na gravata.

Encostando-se ao batente da porta, Kathy sorriu. Estava feliz pelo amigo.

—Está difícil dar o nó na gravata?- Kathy perguntou com um sorriso brincando nos lábios.

—Eu estou quase sufocando Kathy, não brinque comigo- Um Remo Lupin, tenso, ralhou com ela, o que a fez aumentar o sorriso. Nem no casamento ele deixava de rebater suas implicâncias.

—Então é o seu casamento Remo. Parece que nos tornamos muito amigos – deu um sorriso ao mesmo, que sorriu de volta e assentiu.

Caminhando em direção ao noivo, o virou de forma que ficassem frente a frente, e começou a ajeitar sua gravata.

—Como esta se sentindo?

—Nervoso! Será que é uma boa ideia? Eu sou perigoso e ela...

—Blá blá blá- Kathy fez um gesto de dispensa com a mão. –Já sei todo esse repertório, muda o disco, pelo amor de Deus! –e revirando os olhos, segurou-o pelos ombros e o fez encará-la. – Saiba que eu estou aqui porque a noiva me pediu pra te arrastar para o altar –fez graça- escuta! Você merece ser feliz, mais do que ninguém. E vai. Tonks te escolheu para amar, ninguém mais. Dane-se o fato de ser um lobisomem, a transformação é só na lua cheia. E o fato de você ser um, só a faz te amar mais ainda. Sabe por quê? Porque esse é você. Se não fosse um Lobisomem, talvez ela nem olhasse em sua direção Remo, já que você seria certinho em tempo integral, e seria extremamente chato. Sabe, com esse seu probleminha, você tem um charme a mais sabia? Te da um ar de mistério. Ninguém foge do que é. Então não tente fugir disso, tá legal? -Remo, um pouco mais calmo agora, assentiu. 

Você a ama? – perguntou olhando no fundo dos olhos daquele que ela considerava um pai.

Lupin olhou surpreso para a garota, mas sorriu Feliz. Inacreditavelmente já sentia uma afeição pela morena.

—Mais do que tudo nessa vida. –Respondeu encarando-a de volta, com firmeza na voz. Então Kathy sorriu pela verdade na voz do mesmo.

Remo e Tonks coraram ao ver o sorriso malicioso que Kathy mandou para eles.

—Então pronto. Isso que importa. Agora eu quero que você desça lá em baixo, case-se com aquela linda mulher que te ama, tenham filhos pra eu ser a madrinha, e seja muito feliz- disse sorrindo e pegando em suas mãos, fazendo Remo apertá-las em agradecimento. –estou descendo já. Vou te esperar lá embaixo. Você precisa de um momento. Só não vá deixar duas mulheres te esperando.

—duas?

—É claro! Se você me deixar plantada lá embaixo, eu te mato.

E saiu escutando a risada do mais velho. Sorriu com isso, afinal conseguira acalmar o noivo.

Estava sentada no sofá conversando com Gui, quando a senhora Weasley, muito bonita, desceu a procurando.

Molly sorriu com o elogio da criança.

—Kathy! Como esta querida? –dando um de seus abraços apertados na menina, continuou- Mas você está tão magrinha, tem se alimentado direito? –perguntou a fazendo sorrir pela preocupação da mesma. Assentiu para a senhora, a fazendo falar o que realmente queria. –Bom você já falou com Remo? Tonks está muito nervosa lá em cima. Gina e Andrômeda estão a acalmando.

—Falou sim Molly. Já estou aqui. –Remo veio descendo, todo elegante.

—Oh Remo! Que ótimo. Já podemos começar. –e a senhora foi sabe-se lá onde.

—Bom, vamos então. –Gui disse puxando a fila para irem para a tenda.

—Está pronto? –Kathy perguntou recebendo um aceno de cabeça do outro- Pegou as alianças? Porque seria um mico você esquecer o mais importante.

—Peguei Moore – Resmungou revirando os olhos para o riso da garota.

—você resmunga demais tio Lupi. - Não sei se a Tonks vai aguentar tanto mau-humor assim no casamento.

Gina passou do lado deles, muito bonita também, e deu uma piscadinha pra Kathy, que piscou de volta. Tonks estava pronta.

A pequena Gina sorriu com o elogio.

Remo iria entrar com Katherine, enquanto Tonks entraria com seu pai. A mãe da noiva, uma Black, já estava lá na frente, ocupando a primeira fileira esperando sua filha, assim como Molly estava nas primeiras cadeiras também. Era uma cerimônia simples, com poucos amigos. Mas era especial.

Ao ver que todos estavam prontos, Kathy deu o braço para Remo e o levou ao altar. Sorria para as pessoas ali. Estava feliz por Remo. Este estava muito nervoso, até tremia um pouco. E percebendo isso, a morena colocou suas pequenas mãos sob a do homem, o que o fez se acalmar um pouco. Chegando ao altar, Kathy dera um beijo na bochecha do noivo, sussurrando um "seja feliz" para ele, que sorriu, e foi se posicionar ao seu lado, esperando a noiva chegar.

O que não demorou acontecer. Tonks estava linda. O vestido era simples, mas deslumbrante. Kathy ouviu um pequeno suspiro de Remo, o que a fez sorrir. Quando Tonks chegou até Lupin, e seu pai a entregou para ele, Kathy fora sentar ao lado de Fred, na primeira fileira.

A cerimônia fora linda. Em algum momento dela, seus dedos se entrelaçaram com os de Fred, o que a fez sorrir.

Na festa todos conversavam e se divertiam. Kathy falava com Olho-tonto. Ele gostava muito daquela garota, o que surpreendia muitos ali, afinal ele não era muito de sentimentalismos. Mas com ela, era como se fosse um avô protegendo sua neta. Ele a ensinava algumas coisas, e ela adorava ouvir suas histórias. Às vezes até dava bronca nele, o que o fazia resmungar que era mais velho que ela.

O Moody do salão olhou surpreso para aquela garota. Algo o fez confiar nela, e pelo que parecia gostava da garota. Se bem que algo nela o fazia se lembrar de alguém que ele conheceu.

—E que dia que vocês vão resgatar o Harry?

—Não fale isso alto garota!- Moody ralhou olhando para os lados- alguém pode nos escutar. –terminou fazendo-a revirar os bonitos olhos.

—São bonitos mesmo- Mathew disse corando logo com o olhar que os amigos lançaram a ele, e ao perceber que falara alto.

—Obrigada Mat- lançou uma piscadinha para o amigo que corou mais ainda.

—Mas já estamos resolvendo tudo isso. - agora vai se divertir, vai magrela – Moody disse rindo da careta na garota.

—Você deveria seguir seu próprio conselho e se divertir. Quem sabe assim para de ser tão rabugento. -Katherine zombou de Moody que resmungou e saiu andando. 

Kathy observava Remo e Tonks dançando. Uma guerra estava estourando lá fora, mas aqueles momentos nos faziam ter esperança. 

—E acabou. –Hermione terminou de ler.

—Acho melhor lermos mais amanhã. Já esta tarde. Mas antes gostaria de avisar que amanhã vocês receberão mais um convidado. E quanto aos nossos convidados sintam-se a vontade para se acomodarem. A professora Minerva irá lhes mostrar onde repousarão enquanto estiverem aqui para a leitura. Tenham uma boa noite.

Os alunos se levantaram e foram em direção a seus salões comunais. Os convidados seguiram a professora McGonagall até o quarto andar, onde atrás de uma tapeçaria tinha um salão. Eles se acomodariam ali.

Hermione dissera boa noite e fora se deitar. Mas Kathy não conseguia dormir. Pensava no que aquele estranho lhe falara mais cedo. Se perguntava o porquê dele querer fazer isso, como ele a conhecia, o que o futuro reservava a todos daquele castelo. E tinha Melody. Ele disse que a conheceu. Ela precisava de respostas. Mas não podia ser egoísta, sabia que aquele futuro atingiria mais a Harry do que a qualquer um. Estaria lá para seu amigo, pois uma coisa que aprendera desde cedo é a nunca desistir.

Com esses pensamentos, ela adormeceu entrando no mundo dos seus sonhos conturbados.

É querida Katherine, sonhos conturbados são pouco para quem nunca teve um sonho bom. Eu aconselharia a se apegar a esperança, pois ela vai ser a única coisa que você terá certeza nessa sua vida patética enterrada na obscuridade. Fique atenta Kathy, as trevas estão chegando e ninguém estará lá para te salvar desta vez. Pode tentar se esconder, mas elas sempre te acham.