Minha História de Amor e ódio! escrita por LauraM


Capítulo 2
Capítulo 2




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Encolhi de aflição ante o olhar de raiva que ele me lançou. Controlando o que sentia, Edward olhou na direção de Robert e sorriu malicioso. “De fato, hoje ela está melhor do que o normal dela. Acho que vai se decepcionar quando a vir amanhã novamente. Isso se ainda estiver interessado em vê-la.” Dito isso, Edward se retirou. Minhas mãos tremiam de ódio! Que vontade de avançar nele e esquartejá-lo! Como ele tinha tido a ousadia de me diminuir assim na frente de um estranho?

Robert procurando dissolver o mal estar, me pegou pela mão e me puxou para a varanda que dava para a piscina. Fomos caminhando para o jardim e quando chegamos a um canto mais retirado nos sentamos. Meus olhos novamente se encheram de lágrimas e comecei a chorar compulsivamente. Tocando meu rosto, ele aproximou seus lábios e deu um beijo em cada lágrima que descia. A sensação da proximidade de nossos rostos me fez corar. Percebendo isso, Robert tocou de leve meus lábios com os seus. Esse toque fez com que eu perdesse a inibição, querendo mais. Ele se aproximou, me abraçando. Seu beijo se tornou mais forte, fazendo com que o clima entre nós ficasse mais sensual, mais exigente. Que beijo delicioso! Seu corpo emanava um cheiro inebriante, entorpecendo meus sentidos. Já nem me lembrava mais da afronta sofrida. Aquele homem ali, aconchegado em meus braços era maravilhoso! Eu queria mais! Queria conhecê-lo melhor!

De repente a magia foi quebrada pelo barulho de passos que se aproximavam. Senti alguém agarrando meu braço e me puxando para longe de Robert. Ao me virar dei de cara com Edward. Seu rosto estava transtornado, seus olhos denotavam uma fúria que nunca vislumbrei em todos esses anos de convívio praticamente diário. Ele saiu me arrastando pelo pátio da piscina. Robert tentou intervir, mas um de meus primos o impediu, dizendo para ele não se meter, deixar rolar por que a situação entre eu e Edward um dia teria que ser resolvida. Isso me deixou mais irritada ainda! Que raio de situação era aquela que eu teria que resolver com aquele insolente?!?

Ao longo do trajeto tentei me soltar por diversas vezes, mas ele foi implacável e apertou mais ainda a mão ao redor do meu braço. Gritei, dizendo que ele estava me machucando e implorando que me soltasse, mas foi em vão. Quando chegamos atrás do vestiário das quadras mais afastadas da casa, Edward literalmente me atirou de encontro à tela que as cercava. Não me dando espaço para reagir, ele veio ao meu encontro e apontando o dedo na minha cara disse numa voz rouca de ódio: “Você esta se achando, heim priminha? Posso saber o que se passa nessa sua cabecinha oca? Ta achando que isso aqui é motel pra você ficar se esfregando com meus convidados?” Ao ouvir isso, minha loucura entrou em órbita! Nunca senti uma revolta tão grande por alguém, como estava sentindo por aquele idiota na minha frente! Sem sequer pensar, juntei todas as minhas forças e dei uma bofetada em seu rosto! Edward reagiu instantaneamente, e me pegando com força pelos dois braços me puxou de encontro ao seu corpo. Ele me olhou em principio como se quisesse me matar. Mas por uma fração de segundos, seu olhar se dirigiu para a minha boca. Eu estava arfando com falta de ar, tamanho era o turbilhão de emoções que se apossavam do meu espírito. Seus olhos não se desviavam dos meus lábios, quando de repente começamos a ouvir vozes se aproximando. Edward me apertou mais ainda, me empurrando de volta na grade e saiu, me deixando sozinha.

Ao sair da quadra, Edward deu de cara com Robert que tinha vindo me socorrer. Ele parou na frente de Robert e impedindo a sua passagem disse: ”Toma cuidado com ela! Você vai se decepcionar!”. Robert respondeu dizendo que tinha certeza que isso não ia acontecer, e quando tentou forçar a passagem Edward deu um murro nele derrubando-o. Feito isso, deu um sorriso malicioso, olhou para mim e saiu.

Corri ate Robert tentando ver como ele estava. Ele se levantou e perguntou se eu estava bem. Disse que sim e pedi desculpas a ele. Robert, como um perfeito cavalheiro, resolveu me levar em casa para ter certeza de que tudo estaria bem.

No dia seguinte, acordei com meu pai me chamando para uma conversa. Não entendendo muito bem o que estava acontecendo, me levantei preguiçosamente e desci para o seu escritório. Chegando lá, qual não foi o meu espanto ao ver meus tios, pais de Edward, conversando com meu pai a respeito do meu péssimo comportamento na festa do dia anterior! A revolta tomou conta de mim. Como eles podiam estar sendo tão injustos comigo? Afinal de contas em nenhum momento tinha tido culpa no que aconteceu. Para piorar a situação, minha tia disse para meu pai que eu havia agredido Edward no momento em que ele foi “me libertar das garras daquele rapaz horrível!” Foram as palavras usadas por minha tia.

Acho que nem preciso dizer que meu pai ficou extremamente torturado ante tais acusações. Disse que eu não estava parecendo uma mulher já feita e, sim uma criança sem noção. Aquela afirmativa me encheu de tristeza e revolta. Será possível que ninguém me ouvia? Era só aquele cretino que tinha palavra? Que era considerado como sendo o único responsável da família?

Mais tarde, tentei conversar com meu pai, mas foi em vão. Ele já tinha sido envenenado e já estava com sua opinião formada a respeito da situação. Ah, mas aquilo não ia ficar assim, mas não ia mesmo! Esta ia ser a ultima vez que aquele infeliz dinamitava com a minha vida!

 


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