De Janeiro a Janeiro escrita por Arii Vitória


Capítulo 3
Capítulo 2 "O casal perfeito em Conflito"


Notas iniciais do capítulo

Heey! Demorei, mas tô viva.
Postando enquanto estou assistindo Chiquititas *-*
Sem mais delongas, bora lá!



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—BIAAAA! –gritou Viviane no meu ouvido logo pela manhã. Eu tive vontade de enforca-la com o travesseiro. Era sexta-feira, o que ela estava fazendo ali?

—Bia, você precisa levantar, estamos atrasadas. –ela continuou gritando, pegou um travesseiro e tacou na minha cabeça.

—Você está querendo morrer? –eu murmurei sonolenta. Não iria levantar e ponto final.

—Hoje é sexta-feira. –ela disse entredentes, parecia extremamente brava por eu não estar afim de ir ao colégio hoje.

—Exatamente! Ninguém vai na aula sexta-feira, Cinderela... Eu não vou perder nada. –eu disse, e então ela pareceu ter chegado no topo da impaciência porque começou a puxar meu braço para que eu me levantasse.

Percebendo que eu era pesada demais para ela carregar sozinha, ela desistiu. Fechei os olhos mais uma vez, agora eu poderia dormir... Pelo menos era o que eu achava, quando escutei a geladeira se abrindo, e em pouco tempo, os passos de Vivi voltando ao meu quarto. E então, senti algo gelado e molhado em mim.

—VOCÊ ESTÁ FICANDO DOIDA? –gritei, me levantando de uma vez só. Ela havia jogado um copo de água em mim!

—Você não queria levantar... –ela disse satisfeita com minha reação.

Peguei o meu travesseiro na cama e taquei nela.

—Ei. –ela protestou.

—EU QUERO DORMIR! –reclamei e cruzei os braços, irritada.

—Anda logo com isso, Bia. Você sabe que não vai conseguir dormir mais mesmo... –ela falou e obviamente estava certa.

Bati os pés com força no chão enquanto andava até o banheiro. Eu iria mesmo á escola.

Fiz minhas higienes em menos de vinte minutos, o look era o mesmo de sempre, blusa larga, calça rasgada e uma blusa de frio xadrez amarrada na cintura.

—Estou bem? –Perguntei á cinderela após sair do banheiro.

—Bem... bem Bia! –ela respondeu e eu sorri, tinha gostado da resposta. E então fomos para o colégio.

(...)

Logo chegamos lá, em pouco tempo Vivi já estava cercada por suas amiguinhas e eu já tinha colocado meus fones de ouvido, quando senti alguém me cutucando. Virei para trás e avistei Mili. Tirei os fones de ouvido e só então ouvi o que ela queria dizer com aquele olhar.

Janu e Duda estavam gritando um com outro, ela quase chorava, o “casal perfeito” parecia estar realmente brigando sério. 

—Duda e Janu estão mesmo brigando? –Mili perguntou tirando as palavras da minha boca.

—Ouvi dizer que ele traiu ela com alguém aqui da escola. –disse uma garota que eu não conseguia lembrar o nome, que passava por ali na mesma hora.

—Ah é? –Vivi disse, ela também olhava para a briga dos dois, mas virou os olhos para mim em seguida.

—O que foi? –que eu saiba. eu não tinha nada a ver se Janu não conseguia segurar um homem...

—Nada! –ela respondeu rapidamente e voltou a visualizar a cena de longe, como todos estavam fazendo.

—Quer saber, eu vou para a quadra, lá deve estar mais vazio. –eu disse, buscando fugir da confusão. Não gostava daquele casal, mas se brigar já era ruim, brigar na frente de todos era pior.

—Você não tem aula agora? –Mili perguntou, ela não era da minha sala, mas já sabia os horários de cor.

—Estamos na época mágica do auge do futebol Milena, as aulas praticamente são canceladas para que os garotos possam treinar... –eu respondi, voltei a colocar meus fones e fui em direção a quadra, que por enquanto, estava completamente vazia.

Sentei no fundo das arquibancadas, e tirei da mochila o livro que eu estava lendo no momento. Era um ótimo suspense, depois de quase 10 minutos, tirei os olhos do livro por alguns instantes e percebi que Duda estava chutando a bola de raiva no meio da quadra, tentei voltar ao livro, mas ele e aquela bola estavam começando a fazer barulho. E o garoto parecia extremamente irritado. 

Me levantei.

—Tá precisando de atenção? –perguntei alto para que o garoto pudesse ouvir.

—Claro que não. –ele respondeu firme sem ao menos olhar para mim, continuou a chutar aquela bola idiota para o gol, mas ele só conseguia acertar a trave.

Só então eu desci até lá, me aproximando dele.

—O que foi que aconteceu? –perguntei. Eu estava mesmo disposta a ajudar um dos meus inimigos... Com certeza iria para o céu.

Ele parou com a bola e olhou para mim.

—A Janu disse que eu só estou com ela para manter a... fama! –as palavras quase não saíam por sua garganta.

—Aí. Ela pegou pesado... –eu disse realmente sentindo o aperto dele. –Você devia ter falado a verdade, Eduardo. Devia ter dito que só está com ela para fazer ciúmes em mim.

—Ela não teria ouvido... Espera aí. O QUE? –ele disse e eu ri de leve. –Não é por isso...

—Então você a “ama” de verdade? –eu perguntei olhando em seus olhos e fazendo aspas com os dedos na palavra ‘ama’. Mas se ele realmente gostasse dela a briga era uma perca de tempo.

Esperei pela resposta, mas ele só olhou para o chão liso da quadra, como se estivesse pensando em uma resposta para minha pergunta.

Apesar de ter estudado muitos anos com o Duda, eu não o conhecia direito, mas sabia que ele não estava com a Janu por fama, aliás, ele até costumava “pegar geral” por causa da famazinha, mas por algum motivo ele tinha permanecido com ela.

—Eu não sei. –ele respondeu por fim.

—Devia descobrir, pois quem sofre com suas dúvidas e vazios é você mesmo.

—Você não pode dizer nada sobre isso, briga com todos da escola. Por que de repente é uma profissional no assunto? –ele perguntou, mudando o assunto do nada, e começando a me ofender.

—Cara, eu estou tentando te ajudar. –respondi erguendo as sobrancelhas. O que aquele garoto tinha tomado?

—Não pedi ajuda. –ele afirmou, mas é claro que tinha pedido, não com palavras, mas qualquer um teria percebido, principalmente eu que era costumava fazer aquilo de pedir ajuda sem palavras...

Decidi não responder, estava surpresa demais com a forma que ele falava comigo e depois simplesmente mudava o tom. Entretanto, apesar da má resposta dele, eu sabia que Duda só precisava de um tempo para pensar e colocar tudo no lugar, mas não podia falar daquele jeito comigo.

Tirei a bola de seus pés, e a chutei com força para o gol, com raiva. Os alunos começavam a chegar, mas eu voltei a arquibancada, peguei minha mochila e sai daquela quadra o mais rápido que consegui.

Ao sair dali e virar o primeiro corredor, sem olhar para frente, esbarrei em alguém...

—Toma cuidado, Bia. –era Samuca, o nerd do terceiro ano acompanhado pelo seus outros dois amigos da minha sala.

—Olha para onde anda, garoto! –eu reclamei e continuei a andar. Aquele Duda me deixava tão irritada!


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Notas finais do capítulo

Bia sendo Bia... haha.
O próximo capítulo vai ser narrado pelo Samuca, pra contar a história dele. Vou buscar não demorar, espero que eu consiga.
Comentários são sempre bem vindos, então, deixem suas opiniões!
Valeeeu!



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