Roots escrita por G Aqui


Capítulo 13
Capítulo 12 - "Weak"


Notas iniciais do capítulo

Edit 1: Deu algum problema com o site que eu não conseguir postar antes, mas enfim...

Olá docinhos ♥

Como prometido, capítulo novo yaay o/

Finalmente consegui cumprir alguma data com essa história, é um marco a ser lembrado.

Enfim, eu tinha avisado que teria um crossover no capítulo 13 e que nesse eu iria explicar mais sobre, certo?

Bom, vcs já devem ter me visto em algum momento, tanto aqui quanto na página ter citado a Dragoncat_Queen. Nós somos amigas há anos e já faz um tempo que queríamos fazer uma parceria.

A história dela se chama Lúcifer e está na minha lista de leituras "Histórias Incríveis de Pessoas Incríveis", deem uma lida para entenderem o próximo capítulo.

É uma história super tranquila de ler e, apesar do número de capítulos não é tão longa, então não tenham preguiça ou medo de ler, hein? Eu estou de olho.

Não esqueçam de espalhar amor pra ela tbm pq não existe criatura mais fofa habitando esse mundo do que ela.

Bom, deixando um pouco o crossover de lado e falando do capítulo de hoje: Eu fiz uma arte de uma cena que está lá na página do face (Uma Viking Anônima, pra quem não sabe :v) e mais duas que são da história mas não acontecem nesse capítulo (podem acontecer em um futuro talvez próximo, ainda não decidi), não deixem de dar uma olhada ^^

Okay, já está bom de papear já, vamos ao que interessa dhausdhsa

Músicas do capítulo:

"Paracetamol" do Declan McKenna,

"Weak" do AJR

e

"We Are The Hearts" da EXGF

É isso, fiquem com o capítulo ♥

Boa leitura o/



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Treinamos tanto durante a semana que mal percebemos o tempo passando.

Num piscar de olhos já era manhã de quinta-feira e estávamos arrumando os últimos preparativos para a nossa saída.

— Aha! Te derrubei! — Comemorei minha vitória quando finalmente consegui nocautear Castiel. — Terceira vez hoje, hein?

— Tudo bem, vamos dar uma pausa. Meus braços estão doendo.

Fui até a arquibancada onde estavam Phill, Sebastian, Lana e Bárbara conversando.

— Essas duas não pararam de secar você e o seu irmão durante todo esse tempo. Mal piscaram. Estou começando a achar que existe algum tipo de atração inevitável entre os filhos de Hades e Apolo. — O comentário de Sebastian fez meu rosto corar.

— Melhor acompanhar a luta do que ficar segurando vela para vocês dois. Ninguém merece, viu? — Lana retrucou e todos rimos.

— Eu tô parando por aqui gente, vou passar no chalé para tomar um banho e depois almoçar, estou morrendo de fome. — Comentei. — Vocês me acompanham?

— Claro! — Os quatro pularam da arquibancada e nos juntamos a Castiel para sair dali.

Quando cheguei ao chuveiro, fechei os olhos para aproveitar melhor a água quente que corria pelo meu corpo em direção ao ralo.

Todos os meus músculos que estavam tensos com as lutas relaxaram quase que instantaneamente.

Meu coração batia tão forte que parecia querer sair pela boca.

Estava ansiosa para a nossa saída.

Poderia dar tudo errado, afinal.

A vida dos meus amigos era minha responsabilidade minha agora.

Um erro que eu cometesse poderia colocar tudo a perder.

Minha pele formigava e meus pensamentos estavam completamente zoaneados.

Não poderíamos sair assim. Estaremos sozinhos e nos colocando em perigo.

Agachei, segurando a cabeça com os braços.

— Calma, é só uma crise. — Sussurrei para mim mesma. — Vai passar, respira.

Vai dar tudo certo.

Vai dar tudo certo.

Ninguém vai morrer.

Levei mais alguns minutos chorando debaixo do chuveiro para então conseguir me acalmar.

Quando saí, fiz de tudo para disfarçar a cara de choro e evitar perguntas sobre o motivo.

Corri para fora do chalé, torcendo para ninguém vir me questionar sobre quebrar a regra de andar desacompanhada.

— Ceci! Me espera! — Ouvi a voz de Kevin e parei bruscamente, quase caindo no chão.

— Oi... — Sua felicidade era perceptível de longe, então me esforcei para abrir o sorriso mais alegre que conseguia para não estragar com o clima.

— Espera, eu conheço essa cara. — Ele me olhou de cima a baixo. — Com o que está preocupada?

Sem pensar duas vezes me joguei em seus braços, voltando a chorar. Por que minhas crises tinham que voltar logo agora?

Ele me puxou para mais perto, se encaixando melhor no abraço e me fazendo cafuné para me acalmar.

— Eu vou matar todo mundo! Nós temos que ficar!

— Você não vai matar todo mundo! E não podemos desistir do plano logo agora no último segundo! — Ele me afastou gentilmente para que pudesse me olhar nos olhos, colocando as mãos em meus ombros. — Na situação que estamos, corremos o mesmo risco de vida aqui dentro que correremos lá fora. As defesas estão desfalcadas. Os deuses estão incomunicáveis e a única coisa que diminui o efeito é essa merda de barreira mística que já falhou incontáveis vezes. Além disso, somos só nós, nosso treinamento e nossas armas. Vai ficar tudo bem, okay?

— Okay. — Ele me abraçou novamente e assim ficamos até eu me acalmar por completo.

Entramos no pavilhão para almoçar. Ainda estava relativamente vazio, pois faltavam cerca de trinta minutos para que a refeição começasse oficialmente. As poucas pessoas ali se sentavam fora de seus lugares costumeiros e batiam papo com seus amigos de forma completamente despreocupada.

De longe vi Sebastian sentado na mesa do próprio chalé, porém, quando percebi que estava acompanhado decidi não atrapalhar.

Era Phill quem estava com ele, numa conversa super animada.

Observei o garoto por alguns segundos. Gesticulava e fazia milhares de expressões em um curto período de tempo, vez ou outra rindo espontaneamente do que falava. Parecia feliz e, de certa forma, lembrava o meu próprio eu de algum tempo atrás.

Já Sebastian o escutava com atenção, observando cada movimento meticulosamente, lendo suas expressões e sorrindo de forma discreta com alguns comentários.

Era essa a sua forma de conhecer as pessoas, e o conhecia muito bem para afirmar que gostava da companhia do outro.

Sorri com a ideia. Sempre teve dificuldades em fazer amigos, e se aproximar assim de quem acabara de conhecer era um enorme passo. Phill era realmente especial por conseguir tal feito.

— Oi de novo Raio de Sol! — Alguém me abraçou por trás.

— Olá Rainha das Trevas.

— Você 'tá bem? — Ela perguntou um pouco mais baixo para que só eu ouvisse.

— Melhor agora. — Sorri. — Conversamos sobre isso mais tarde. — Respondi na mesma altura que ela.

Aos poucos o refeitório foi se enchendo e cada um foi para o seu lugar.

Quíron e Sr. D chegaram logo, fazendo todos se calarem no mesmo segundo.

— Campistas, como sabem hoje é o dia em que eu, a pedido de Zeus, irei ao Olimpo resolver questões profissionais. — Dionísio começou. — Estarei de volta em quinze dias e, durante esse período, peço que não causem problemas. Todos sabemos que a situação que estamos passando não é a das melhores, então esse pedido é para que tudo corra bem e ninguém mais tenha problemas.

Revirei os olhos, suspirando para encontrar paciência de ouvir todo o sermão.

Como ele conseguia falar assim tão calmamente sobre o que estava acontecendo? E se o mundo realmente estivesse acabando, como dissera Wendy, uma voltinha no Olimpo conseguiria resolver isso?

— Para que a segurança de todos seja garantida os sentinelas estarão presentes em maior número e mais armados protegendo as entradas e saídas de todo o acampamento essa noite. — Aquilo me chamou atenção. Nossa saída poderia ser afetada.

Não consegui captar mais que três palavras do resto do discurso. Estava completamente aérea pensando sobre o que ele havia falado e as possibilidades do nosso plano já começar a dar errado antes mesmo de ser colocado em prática.

Tive a impressão que Quíron também tinha passado alguns recados, mas não era certeza.

Só acordei dos meus devaneios quando uma das minhas irmãs que estava sentada ao meu lado me cutucou, avisando que estava na hora das oferendas e que eu deveria me levantar para contribuir.

Todo o processo foi feito em piloto automático. Evitei procurar meus amigos pois sabia que a minha ansiedade só iria piorar com isso.

Cada passo do nosso plano passava repetidas vezes em minha cabeça e eu tentava encontrar alguma falha que pudesse colocar tudo a perder.

A sensação era que todo o plano era uma falha e assim que nos afastássemos do acampamento tudo daria errado, mas a minha parte consciente alertou que era apenas sensação e que eu deveria parar de criar tantas paranóias sobre algo que nem acontecera.

Só percebi que havia terminado de comer quando o garfo bateu no prato e não havia mais comida.

Fiquei levemente atônita. Quando eu tinha terminado de comer? O que eu tinha comido?

Olhei em volta, algumas pessoas já saíam do pavilhão para seguir com as suas atividades e o lugar voltava a esvaziar aos poucos.

Respirei fundo, passando a mão no rosto tentando focar na realidade.

Levantei decidida em treinar um pouco de arco e flecha. Me faria bem, pois me exigiria atenção o suficiente para não voltar a criar paranóias e, ao mesmo tempo, tranquilo o suficiente para não me sobrecarregar.

***

A cada flecha que atirava conseguia sentir um pouco dos meus sentimentos confusos sendo liberados e resultando em enormes explosões de luz.

Lágrimas de dor e raiva escorriam pelo meu rosto. Já tinha vários cortes na mão por não estar usando as luvas de proteção e algumas gotas de sangue haviam pingado no chão de pedra da arena.

Sentia raiva, principalmente, mas também estava com medo e, de alguma forma, ainda mais motivada a fazer alguma coisa para resolver toda essa sensação.

A lembrança de quem eu era há poucos meses e a imagem de quem eu me tornei, principalmente depois da morte da Mel assombravam meus pensamentos.

Pontos pretos atrapalhavam minha visão e um irritante e incessante zunido me dava dor de cabeça.

Meu braço doía, provavelmente distendido, pela força desnecessária que estava usando.

Precisava me livrar daquele peso de uma forma ou de outra.

O ar não entrava nos meus pulmões direito e o esforço que fazia para conseguí-lo me deixava tonta.

Senti a flecha que estava na minha mão esquentar mais do que o normal.

Mirei.

Atirei.

— Cecília! — Alguém gritou meu nome.

Vi o alvo que estava usando pegar fogo antes de ser empurrada para o chão com a força dos meus próprios poderes.

Queria gritar até ficar sem voz.

Lana apareceu no meu campo de visão, me envolvendo em um abraço desesperado.

Me permiti chorar de verdade com ela, colocando tudo para fora.

Longos minutos se passaram. Sua presença me acalmava.

— Obrigada. — Sussurrei, recebendo um pequeno sorriso de resposta.

Fui até o alvo em chamas e absorvi o fogo com as mãos.

— Como faz isso? — Ela perguntou.

— Esse fogo é gerado inteiramente por energia solar. Nesses casos eu posso absorvê-la de volta, mas é praticamente inútil já que dificilmente as chamas são de energia solar.

— Foi útil agora, isso que importa.

— É, acho que sim.

Depois de nos livrarmos daquela pilha de madeira queimada e colocarmos outro alvo no lugar, ela enganchou seu braço.

— Sebs pediu uma reunião no Q.G. pra agora, é melhor nos apressarmos. — Disse.

— Okay. — Fechei os olhos, sentindo meu corpo ser puxado para direções opostas, seguido de uma sensação de queda livre e, quando os abri, estávamos na entrada do quarto.

Prático.

Sem pensar duas vezes, abrimos a porta.

Péssima ideia!

— Coloquem pelo menos uma camisa vocês dois! — Lana reclamou.

Arthur e Kevin estavam se agarrando em um dos sofás, seminus e com as peças de roupas jogadas por perto.

— Suas empatas foda! — Kevin jogou a almofada que estava no pé do sofá em nossa direção.

— A reunião vai começar daqui a pouco, vão para o banheiro resolver isso aí pelo amor dos deuses. — Apontei para a nítida marca de ereção na calça dos dois.

Kevin saiu batendo os pés, praticamente rogando uma maldição para nós duas. Arthur apenas pediu desculpas e o seguiu.

Quando saíram nós começamos a rir.

— Sem mais comentários, foi constrangedor. — Percebi que Lana estava levemente corada.

— Quem diria, é tudo pose! Você está completamente envergonhada. — Eu ri e ela revirou os olhos, também rindo.

— Você não está? — Se sentou no pufe, prendendo o cabelo com o elástico que tinha no pulso.

— Não, isso já aconteceu várias vezes comigo e com o Kevin, ele também vivia empatando minhas fodas. — Fui até a prateleira pegar um papel e uma caneta, voltando para o seu lado.

— Que péssimo, eu nunca me acostumaria.

— Qual é seu signo? — Perguntei, encarando a folha em branco ainda sem ideias do que desenhar.

— É sério que eu 'tô aqui há tanto tempo e só agora você me pergunta isso? — Ela me encarava com uma das sobrancelhas arqueadas. — Escorpião. — Afundou no pufe. — Escorpião com ascendente em leão. E você?

— Gêmeos. Com ascendente em libra. — Ela parecia impressionada.

— Isso explica bastante coisa. — Levantou e veio se sentar numa cadeira ao meu lado, colocando as costas de frente para si para poder apoiar os braços. — O que vai desenhar?

— Não faço a mínima ideia. — Um silêncio confortável pairou sobre nós, ambas encarando o papel, sem sugestões.

Ela levantou e foi até o rádio.

— Está inquieta...

— Ansiosa. O dia está durando três vidas e a noite não chega nunca.— Apertava repetidamente o botão de próximo, até parar em uma música do Declan Mackenna, "Paracetamol". — Cara, eu amo essa música

.

Eu também amava.

— Quais são seus planos para depois? — Perguntei, tentando puxar assunto. — Quando tudo isso acabar.

— Isso caso eu sobreviva? — Ri.

— É óbvio que você vai sobreviver. Olha quanto poder você tem!

— Acha mesmo? — Ela perguntou ainda com aquela maldita sobrancelha arqueada.

— Sim, acho. — Você só precisa... soltar a fera que tem aí dentro. — Apontei para o seu coração.

Ela se levantou e afastou a cadeira.

A encarei em dúvida e, no mesmo instante, todas as luzes se apagaram, um tipo de areia preta começou a fazer um redemoinho em volta de todo o Q.G. e vários papéis voaram com o vento.

Consegui enxergar asas negras como as de um morcego batendo na minha frente.

E se destacando em meio a toda aquela confusão, brilhantes olhos roxos me encaravam. Os seus olhos.

Suas mãos, agora completamente negras, seguraram as minhas com delicadeza.

Meus pés saíram do chão e meu peito começou a queimar numa mistura de dor e vitalidade.

Sabia o que era aquilo, já tinha acontecido pelo menos duas ou três vezes antes.

Abri os olhos novamente e lá estava o meu poder se manifestando em quase cem por cento da sua capacidade.

Brilhava tão forte que a minha pele chegava a arder.

Ela sorriu e eu também, era uma sensação incrível.

— Assim? — Sua voz, muito mais alta e com um fundo levemente demoníaco, reverberou pela sala.

— Exatamente assim! — A minha voz também estava diferente, mas sem exatamente uma definição.

Lana fechou os olhos, parou de voar e tudo voltou ao normal, inclusive eu, que parara de brilhar.

Estávamos novamente apenas como duas pessoas normais no meio da zona que tinha ficado o lugar.

— Cara, isso foi perigoso. — Coloquei meu cabelo para trás ainda tentando assimilar o que acabara de acontecer.

— Foi emocionante! — Ela apontou a palma da mão para a parede. — Mas sem poderes nas próximas horas.

— É. — Estalei os dedos para testar os meus e nada. — Válido.

Começamos a juntar as coisas ainda rindo sobre tudo aquilo.

— Acho que depois eu quero continuar lá fora e viver ao máximo. Experimentar de tudo, sentir de tudo... Como se cada dia fosse o último. — Ela se referia a pergunta de antes. — Sexo, drogas e rock n' roll baby!

Eu ri. Era um ótimo plano.

Vasculhei meus bolsos em busca do meu maço de cigarro e, quando encontrei, acendi um e entreguei para ela.

— Não é exatamente a coisa mais emocionante, mas é o que temos para hoje. — Ela riu, aceitando e dando uma tragada.

— Sabe, eu cresci no inferno. Literalmente no inferno. E foi muito sem graça. Nós tínhamos um espaço limitado para ficar, para que não acontecesse nada grave com nenhum de nós três, e ele acabava exatamente onde as coisas emocionantes começavam. Eu nunca cheguei a conhecer o meu pai. Éramos só eu, Bárbara, Charlie e o nosso padrasto, além de umas flores que cresciam no quintal e eu adorava cuidar. — Escutava cada palavra com toda atenção do mundo. Com certeza era um assunto delicado, e estava feliz por ela confiar em mim para se abrir sobre. — Foram quatorze anos sem saber o que era viver de verdade, então quero recompensar o tempo perdido.

— Nesse caso, acho um plano super válido. — Corri os olhos pela mesa procurando o papel e a caneta de antes.

— O que vai desenhar? — Ela percebeu meu movimento.

— Surpresa. — Comecei a esboçar uma flor recém-florida, porém com várias pétalas mortas em volta de si. — Suas flores eram assim? — Mostrei o esboço.

— Sim. — Ela sorriu, nostálgica.

Desenhei mais alguns detalhes e ela esperou pacientemente até ficar pronto.

— Aqui, essa é você. — Entreguei a folha para ela. — Interprete como quiser.

Nesse momento a porta se abriu e pudemos ouvir as vozes animadas do grupo conversando sobre assuntos aleatórios.

— Finalmente! — Lana exclamou quando entraram. — Estávamos quase indo embora.

— Desculpe o atraso. — Sebastian se sentou na ponta da mesa e cada um foi encontrando seu lugar.

Quando se acomodou, Kevin me lançou um olhar assassino que preferi ignorar.

— Nós estávamos discutindo sobre o que o Sr. D falou, da segurança estar reforçada essa noite. — Wendy disse.

— Já que não poderemos passar direto, vamos cortar caminho, assim não corremos o risco de sermos pegos. — Bárbara continuou. — Pensamos em dividir da seguinte forma: Cecília, Sebastian, Arthur e Kevin que não podem se teletransportar sozinhos formam duplas e cada dupla vai por viagem das sombras ou comigo ou com a Lana. O Charlie e a Wendy formam a última dupla e vão os dois.

— Não é perigoso viajar nas sombras com três pessoas, sendo que só uma tem o poder? Nós não temos as dracmas de teletransporte? — Perguntei.

— Não, eles fizeram o teste viajando com três pessoas e deu certo. A floresta é grande e muito parecida, com a dracma podemos acabar caindo em outro ponto dela que não seja onde o carro está. — Wendy respondeu.

Olhei para o relógio na parede. Ainda eram três da tarde e a saída estava programada para às sete horas.

— Bom, é melhor nos apressarmos para conferir se não falta nada. As roupas e suprimentos que iremos levar, nossas armas, tudo. Antes de fecharmos o Q.G. confiram se não tem nada aqui que queiram levar e se acharem necessário, descansem um pouco depois disso para quando chegar a hora. — Sebastian disse.

Combinamos mais algumas coisas antes de encerrar a reunião.

Sentiria falta daquele lugar.

***

 

 EXGF - We Are The Hearts

Todo o acampamento estava reunido perto da saída principal para a despedida do Sr. D.

Perto de mim estavam Lana e Sebs. Os outros estavam espalhados na multidão.

A barreira de proteção brilhava como aviso.

Os sentinelas realmente estavam em maior número e com um armamento melhor.

Uma sensação ruim passou pelo meu peito. Será que tudo aquilo era desnecessário numa situação como essa e na verdade tinham descoberto o nosso plano e tentariam impedir?

Olhei para o céu. Estava limpo e as estrelas brilhavam mais do que o normal.

Se realmente fosse isso, era tarde demais para desistir.

A trombeta de concha tocou, anunciando a saída de Dionísio. Não trajava a comum camiseta branca e os shorts com estampa havaiana, e sim um terno azul marinho. Isso era uma das coisas mais estranhas ali.

— Campistas, não se esqueçam do que combinamos e, principalmente, façam isso pelo acampamento, pela segurança de vocês e pela tranquilidade de suas famílias que estão lá fora.

Todos estavam atentos em suas palavras. Era a nossa deixa.

Lana nos pegou, cada um por um braço e saímos dali.

A viagem pareceu mais longa, e o mal estar que ela dava mais forte.

Chegamos na clareira onde estava estacionado o carro do Sebastian. Ainda éramos os primeiros.

Ele me pediu ajuda para levantar os bancos de trás para que assim ficássemos com sete lugares.

Ouvimos um barulho, Bárbara, Kevin e Arthur estavam lá.

Nós seis começamos a arrumar nossas coisas nos cantos para que houvesse espaço para todos.

A demora de Wendy e Charlie começava a nos preocupar. Já estávamos há dez minutos esperando-os.

Quando Bárbara se prontificou para voltar e buscá-los, ambos surgiram do nada ao nosso lado, ofegantes.

— Temos que correr, a barreira deu problema e todos ficaram presos no acampamento. Ganhamos alguns minutos.

Com pressa, entramos no carro. Os três irmãos se apertaram nos últimos dois bancos de trás com certa dificuldade e então ouvimos o som do motor sendo ligado.

— Coloquem os cintos, vai ser uma longa viagem. — Sebastian disse, por fim.

 









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Notas finais do capítulo

Olá novamente o/

Não sei se deu para notar a diferença mas esse capítulo é um pouco mais curto que a média pois o objetivo era ser uma transição entre a parte da história em que eles estão dentro do acampamento e fora, mas como vocês me conhecem sou muito detalista com as minhas cenas e acabei passando um pouco da meta de 3k

Bom, não tenho mais nada para falar por hoje, espero que tenham gostado e não se esqueçam de ler a história da Dragoncat_Queen para o crossover do próximo capítulo.

Bye bye o/



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