Um Agente em Minha Vida 2 Temporada escrita por Lika Diniz, evellynguimares


Capítulo 6
Capítulo 6 - E agora, Edward?


Notas iniciais do capítulo

Minhas amoras, sorry por ter demorado. Mas esse capítulo ficou maior do que eu esperava. Beijos, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/70118/chapter/6

Narração: Lika Diniz

 

 

  O sol entrava devagar pela janela, clareando aos poucos o quarto. Edward dormia pesado; seu braço prendia Bella ao seu corpo, os dois respiravam ritmadamente.

 

  Depois da noite anterior, os dois estavam cansados. Enquanto os dois dormiam, Carlisle conversava com Esme na sala, e Charlie fazia o café na cozinha cantarolando uma música animada.

 

-Acha que as crianças vão gostar? – Perguntou Carlisle dando uma voltinha.

 

-Claro que sim! – Respondeu Esme animada.

 

-Jasper, seu imbecil! Já disse para você ir acordar o Edward, seu imprestável! – Emmett gritava no quintal, enquanto atirava bolas de neve na parede da casa.

 

-Espera caralho! – Jasper andava de um lado pro outro no andar de cima, e de vez em quando gritava com Emmett pela janela.

 

-Se esconde Carlisle. Eles não podem te ver! – Dizia Esme apressando Carlisle.

 

  Enquanto Carlisle parecia uma barata tonta tentando se esconder, Emmett entrava na cozinha indo em direção a sala.

 

-Cadê aquele idiota cabeçudo? – Emmett perguntava para Charlie enquanto tirava a neve das suas botas.

 

  Charlie ficou confuso não sabendo de quem Emmett se referia, então simplesmente encolheu os ombros e negou algo com a cabeça. Emmett ainda furioso por Edward não ter acordado e também por Charlie não ter dito se sabia ou não de Edward, caminhou até a sala.

 

  Esme parecia culpada por algo, estava nervosa e sorria. Jasper descia a escada pisando forte em cada degrau, chegando à sala se deparou com ela mexendo nas cortinas.

 

-O que está acontecendo aqui? – Indagou Jasper curioso, sentando-se no sofá.

 

-Nada... – Respondeu Esme dando de ombros. –Apenas estou tirando a poeira das cortinas, por quê?

 

-Porque você parece nervosa, e culpada... – Disse Emmett caminhando até ela.

 

  A cada passo que ele dava, era um batimento cardíaco que se acelerava em seu peito. Esme sabia muito bem que eles não eram bobos; pelo menos o Jasper não era... E justo ela, que era incapaz de se conter, que não sabia esconder um fato se quer, e muito menos sabia disfarçar que algo de errado estava acontecendo.

 

-Está aprontando o quê, Dona Esme? – Emmett olhava fundo em seus olhos; o contato visual era inevitável, pois ele se encontrava muito perto de seu rosto.

 

-Eu já disse. – Ela esquivou-se de Emmett, e sentou-se na cadeira mais próxima. Jasper levantou-se e caminhou até as cortinas. Esme estava impaciente, sabia que eles descobririam a verdade a qualquer momento.

 

  Jasper e Emmett se olharam, contaram mentalmente até três, e se fixaram nas cortinas.

 

-Ahá! – Disseram os dois em uníssono.

 

Olharam-se espantados, pois não havia nada ali escondido.

 

-Cadê ele? – Perguntou Jasper confuso.

 

-Cadê quem? – Ela perguntou nervosa, fazendo cachinhos nos cabelos.

 

-O Edward! – Disseram os dois.

 

-Edward?! – Ela repetiu confusa.

 

-Sim! – Disseram os dois novamente juntos.

 

  Ela pensou por uns segundos, surpresa por eles não terem percebido nada.

 

-Não sei. – Ela disse sorrindo amarelo. – Deve estar dormindo, ou já saiu!

 

-Ele deve estar dormindo, aquele cabeçudo desgraçado...

 

 

Enquanto isso...

 

 

  Bella havia acordado como sempre primeiro que Edward; estava sentada pensando na noite anterior, e abraçava seu travesseiro. Lembrou de como seu corpo se encaixava perfeitamente em Edward; os dois pareciam ser metades de algo incompreensível, algo que nem ela sabia explicar o que era.

 

  Perdida em seus pensamentos, só voltou ao mundo real quando ouviu Edward chamar seu nome. Virou o rosto, mas se deparou com Edward ainda dormindo; ela sorriu ao ver que ele pensava nela até mesmo dormindo. Ficou em paz por descobrir isso, pois quase toda noite sonhava com ele. Lembrou-se de meses atrás quando no início de tudo sonhou com ele...

 

“Bella estava em sua casa de praia, o mar estava brilhante e com lindas ondas. Estava deitada em uma espreguiçadeira folheando uma revista de moda. Uma vez ou outra, bebia um gole do seu suco de laranja. Olhou para trás quando ouviu chamarem seu nome. Era o Edward. Ele estava com uma camisa branca e short preto. Ele a chamava para dar uma volta pela praia e aproveitar o sol. Ela calçou as sandálias e pegou seus óculos escuros. Largou a revista em cima da mesa, e pegou seu copo. Os dois andavam pelas pedras de mãos dadas. Sentaram-se para observar as pessoas na praia.

 

- Não é lindo?- Edward perguntou.

 

- O que é lindo?- Bella perguntou olhando em suas esmeraldas que brilhavam com o sol.

 

- Os dois velhinhos andando de mãos dadas! - Ele mostrou apontando.

 

- Sim é lindo mesmo. - Concordou ela sorrindo.

 

- Nós vamos ser assim também?- Edward perguntou virando o rosto dela com as pontas de seus dedos.

 

-Se você quiser! – Bella respondeu. Então ele tirou seus óculos e a beijou ardentemente!"

 

  Ela sentiu uma mão quente puxar seu corpo. Caiu na cama, e Edward envolveu-a em seus braços novamente. Sentiu que os lábios quentes e macios dele percorriam por seu pescoço. Sua pele arrepiou-se com o contato inesperado.

 

-Bom dia, meu raio de sol. – Edward dizia beijando-lhe seu pescoço.

 

-Bom dia! – Ela virou-se e ficou com seu rosto colado ao rosto dele.

 

-Estava pensativa... – Ele dizia alisando suas bochechas. – Pensava em quê?!

 

-Em um sonho que tive... – Ela bagunçava os cabelos dele, deixando mais bagunçados ainda. Mas ela gostava deles assim.

 

-Comigo?! – Ele perguntou curioso.

 

-Sim, mas já faz tanto tempo...

 

-O que faz tanto tempo?!

 

-Que eu tive esse sonho... Lembra de quando eu me afoguei na praia, e você me salvou?!

 

-Lembro sim, você ficou toda nervosinha quando me viu conversando com umas meninas... Cheia de ciúmes...

 

-Não fiquei com ciúmes! –Ela tentou se defender fazendo beicinho.

 

-Ficou sim, por isso se afogou. Tentou chamar minha atenção, e acabou quase morrendo... – Edward dizia zombando dela. - Por mim! – Ele disse sorrindo, deixando-a vermelha.

 

-Não era para ter terminado desse jeito; eu não queria me afogar, só queria mostrar que eu não precisava de você! Não queria um segurança que parecesse uma babá.

 

-Eu só queria cuidar de você. Desde o primeiro momento em que coloquei meus olhos em você, soube que éramos para estar juntos! Mas você era sempre tão... – Edward ficou perdido sem palavras.

 

-Tão o quê? – Ela perguntou, arqueando uma sobrancelha.

 

-Metida, cruel, sarcástica...

 

-Chega, já entendi! Mas eu mudei né?! – Ela perguntou o olhando nos olhos.

 

-Mudou sim, demorou mais mudou. – Edward sabia que ela havia mudado, não era tão metida e insuportável quanto antes. – Mais continue falando do seu sonho...

 

-Ah claro. - Ela respirou fundo; tentando recordar dos detalhes. - Foi no dia em que me afoguei, lembro de ter cochilado logo depois que você me carregou até o quarto.

 

-E vale adicionar “braços musculosos e fortes”... –Edward a interrompeu, fazendo-a rir de seu comentário.

 

-Sim, claro. Você me carregou nos seus braços musculosos e fortes até a cama, onde adormeci e acabei sonhando com você.

 

-O que você sonhou?

 

-Eu sonhei que estávamos sentados em umas pedras, perto de uma praia. Conversamos sobre o nosso futuro juntos, e olha que nessa época não tínhamos nada!

 

-Mas o destino é perigoso... Ele cria armadilhas imprevisíveis!

 

-Ual, você acordou tão filósofo hoje!- Ela disse fazendo-o rir.

 

 

Voltando à sala...

 

 

  Esme ainda enrolava seus cabelos, pensava em um motivo ou explicação que explicasse como Carlisle sumiu, ali na sua frente!

 

“Será que além de agente secreto, ele é mágico também?!” - Ela pensava.

 

  Pelo menos Jasper e Emmett não suspeitaram de nada! E isso era o mais importante.

 

  Um silêncio constrangedor começou a surgir aos poucos; Emmett parecia nervoso, a demora de Edward o deixava descontrolado. Ele iria subir e arrastá-lo escada a baixo, não queria nem saber! Estava um dia ótimo para esquiar, e eles tinham que aproveitar o último dia no Canadá.

 

-Chega, vou chamar o Edward. Se ficarmos esperando ele, é capaz da neve derreter e ele não descer! – Emmett subiu a escada de dói em dois degraus, o quanto mais rápido chagasse lá em cima, melhor.

 

  Caminhava a passos largos e rápidos; seu corpo grande e musculoso se movia com uma tamanha facilidade, que até assustava!

 

  Emmett parou a porta, pensou ter ouvidos gemidos e urros; repensou se deveria bater ou não na porta. Ele acabou desistindo, e voltou à sala.

 

-Vamos, Jasper. – Emmett dizia pegando seu casaco.

 

-E o Edward? – Jasper perguntou confuso.

 

-Deixa ele... – Emmett respondeu dando de ombros. – Vamos!

 

  Os dois caminharam em direção a porta da cozinha; saíram conversando e rindo sobre as possíveis manobras que fariam.

 

 

Enquanto isso lá na sala...

 

 

  Ainda pensativa Esme caminhava de um lado pro outro...

 

-Esme, você está bem? – Disse Charlie lhe dando uma xícara de café.

 

-Sim, estou sim.

 

-Eu vou dar uma saída rápida, mas já volto. Diga para o Carlisle que estou com meu celular, e a qualquer problema que surgir, e se surgir, ele pode me ligar.

 

-Tudo bem, eu aviso.

 

-E aí, pessoal? Que perereco todo é esse? –Perguntou Carlisle entrando na sala.

 

-Estava falando pra Esme te avisar que eu vou dar uma saidinha. Mas como você já chegou, não precisa mais.

 

  Charlie pegou um molho de chaves, que estava em cima da mesa e saiu assobiando. Seu humor havia mudado drasticamente. Ele estava feliz, talvez por estar perto de sua filha. Coisa que há tempos ele não conseguia fazer por causa do trabalho.

 

   Esme esperou a porta ser completamente fechada, ficou a ouvir os passos de Charlie. Quando ouviu o motor do carro sendo ligado, virou-se para Carlisle.

 

-E aí? O que aconteceu?

 

-Eu pulei pela janela, dei a volta na casa e entrei pela cozinha. - Carlisle ia dizendo como se isso fosse a coisa mais comum de se fazer no mundo.

 

-E a roupa? – Perguntou Esme curiosa.

 

-Há! Eu escondi num lugar em que ninguém vai achar!

 

 

*****

 

 

  Emmett caminhava mais a frente, enquanto Jasper colocava suas luvas. Os dois estavam animados com o clima; dia perfeito para esquiar e aproveitar o último dia no Canadá.

 

-Vamos colocar os esquis e pranchas aqui no carro logo, não quero ficar de bobeira dentro dessa garagem. – Jasper carregava sua prancha de snowboard e os esquis do Emmett, lutando para não se esborrachar no chão!

 

-Jasper, olha só o que eu achei. – Emmett estava eufórico, pulando e sorrindo feito bobo.

 

-Há! É o uniforme de bombeiro do Carlisle. Taí a prova! – Jasper estava convicto que sua teoria era verdadeira. – Lembra que ele foi bombeiro?!

 

-Espera aí! Tem mais alguma coisa aqui dentro do porta-malas.

 

-Provavelmente é uma mangueira, um extintor ou um hidrante. – Disse Jasper dando de ombros.

 

-Não! É uma barba postiça e um gorrinho vermelho! – Emmett parecia assustado, temia que aquilo fosse mentira.

 

-Quê? Mas isso não faz nenhum sentido! – Jasper estava inconformado com aquela situação.

 

-A não ser que... – Os olhinhos de Emmett brilhavam iguais a duas bolinhas de gude.

 

- “A não ser que” o que? – Perguntou Jasper curioso. – Que Carlisle seja um dos sete anões?!

 

-Não! Carlisle é na verdade... O PAPAI NOEL!

 

-Blé! – Jasper deu língua pro Emmett, imitando uma criancinha birrenta. – Ainda sou mais a minha teoria.

 

-Isso quer dizer que a Esme é a mamãe Noel... E que eu sou... O FILHO DO PAPAI NOEL! – Emmett se perdeu em seu mundo fantástico, ignorando completamente tudo que Jasper dizia. – Eu sou o próximo avatar da fraternidade a da compaixão entre os homens.

 

-Emmett, você não ouviu nada do que eu estou falando?! – Jasper balançava o corpo de Emmett, buscando um “desencanto” para aquela situação esdrúxula.

 

-Eu quero começar a treinar hoje mesmo! Quero saber como é levar alegria às crianças do mundo inteiro e... Bom... O mundo inteiro é grande demais pra mim... Talvez se eu levasse alegria pras crianças do bairro... Não! Melhor ficar só com a nossa rua! Já está de bom tamanho.

 

-EMMETT! Quer parar de viajar na maionese e me ouvir?!

 

-Desculpe Jas. O que você queria?

 

-Deixa ser o seu ajudante?! Deixa vai?! Deixa?! – Jasper praticamente estava se ajoelhando na frente de Emmett.

 

 

******

 

 

  As janelas estavam embaçadas; os lençóis bagunçados e Bella estava deitada sob o corpo despido de Edward. A amanhã começou agitada para eles dois...

 

  Edward fazia cafuné nela, bagunçando seus belos e loiros cabelos.

 

-Eu amo você. – Ele disse levantando o rosto dela, com a ponta de seus dedos.

 

-Eu também amo você! – Ela respondeu sorrindo.

 

  Os dois voltaram a ficar em silêncio; mas permaneceram agarrados, envoltos nos lençóis.

 

-Estou com a sensação de ter esquecido algo... – Edward dizia preocupado.

 

-Eu estou achando estranho a Allie e Rose não terem vindo me perturbar.

 

-Elas devem estar com Emmett e Jasper... Droga!

 

- O que houve?! – Bella perguntou preocupada com a reação de seu namorado.

 

-Lembrei o que tinha esquecido! – Ele disse batendo em sua testa.

 

-O que você esqueceu?

 

-De ir esquiar com o Emm e Jas! E isso é sua culpa! – Ele disse acusando-a.

 

-Minha culpa?! – Ela disse surpresa.

 

-Sim, você me prendeu nessa cama com seus encantos. – Edward colocou o corpo de Bella para seu lado, se pondo em cima de sua amada. – Minha feiticeira... – Ele sussurrou em seu ouvido. – Fazendo com que ela se arrepiasse por completa. Sua boca começou a distribuir beijos e mordidas no pescoço dela; a cada beijo era um gemido que escapava dos lábios.

 

-Desse jeito não vamos sair dessa cama hoje... – Ela dizia contorcendo seu corpo.

 

-Até que enfim que você descobriu meus planos... – Edward não sabia que sua voz rouca, fazia com que Bella tivesse espasmos de tanto prazer só de ouvi-la.

 

  Suas mãos apertavam-na, massageando seu corpo; ora desciam pelas coxas, ora subiam pelo vão entre seus seios.

 

 

*****

 

 

-Prontinho, voltei! – Jasper estava todo serelepe. – O que achou da minha roupinha de ajudante do filho do Papai Noel? – Ele disse dando uma voltinha.

 

-Uau! Ficou bacana mesmo. Quem fez?

 

-Na verdade, é só a fantasia de Peter Pan que eu usei no Carnaval do ano passado... Mas dá pro gasto! – Ele respondeu risonho.

 

-Bom, acabei de juntar os brinquedos. Pode colocar no trenó, por favor?!

 

-Que porcaria é essa?! –Jasper estava olhando o saco vermelho, e de vez enquanto jogava algo para fora; logo jogando ao chão. –Um saco de lixo? Vamos brincar de lixeiro?

 

-AAAH! Isso não é porcaria nenhuma! – Bradou Emmett furioso. – São brinquedos que eu mesmo fiz com o lixo reciclado. Pois as crianças devem aprender desde cedo a ajudar o planeta; assim vamos reduzir o efeito global e iremos salvar o planeta Terra!

 

-Ah... – Jasper olhou tudo aquilo, desejou não ter pedido para participar de algo tão bizarro. -Bom... –Dizia Jasper colocando os “brinquedos” de volta no saco vermelho. – Tecnicamente, reciclados ou não, continua sendo lixo, não é?

 

-Hunf! Desaforado... – Emmett reclamava baixo; enquanto catava uns brinquedos do chão.

 

-E por falar nisso... Onde é que o Carlisle arruma todos aqueles brinquedos pra distribuir? – Jasper parecia curioso para entender aquela história mirabolante criada por Emmett.

 

-Ora! O Papai Noel tem uma fábrica de brinquedo no Pólo Norte. Não sabia?

 

-Ah... Hum...

 

-O que foi agora, criatura?

 

-Se o Carlisle tem uma fábrica de brinquedos só pra ele, por que você sempre ganha àquelas coisas fuleiras no Natal? No ano passado foi uma calça... No outro foi uma camiseta com cara de zebra como estampa...

 

-É só para distrair, ta?! – Emmett estava furioso e bufando. – Quer parar de humilhar?

 

-Tá, bom! Perguntar não ofende...

 

-Ofende quando é comigo! Já acabaram as perguntas?

 

-Na verdade, eu tenho mais uma... – Jasper ainda tinha uma pequena curiosidade a ser revelada. – Como vamos carregar o trenó, se não temos renas voadoras?

 

-Ah, eu pedi pro nosso vizinho resolver isso pra mim!

 

-Vizinho?! Que vizinho? – Jasper sabia que isso não era coisa boa...

 

-É ele é filho do dono do hotel. Ele está aqui perto, a umas quadras abaixo.

 

-E como ele te ajudou?! Por acaso ele criou pequenos clones fofinhos de renas macias como algodão-doce?! – Jas não queria acreditar que o filho do dono do hotel, cujo teve uma das melhores casas queimadas por Emmett podia ajudar.

 

-Nada tão complicado, meu camarada... – Emmett caminhou para fora da garagem, e andou até a lateral da casa. – E aí? Genial, não é? – Ele disse mostrando quatro cães, que aparentavam ser bravos. Eles estavam amarrados na cerca, com apenas uma corda que facilmente poderia ser rompida em um simples puxão.

 

  Quando os cachorros perceberam a presença dos dois, logo se irritaram e começaram a latir ferozmente.  Em menos de um minuto, um deles arrebentou a corda e avançou para cima de Jasper.

 

-Ahhh! Fuja Emmett! Esse é o cão do demônio! – Dizia Jasper enquanto corria para fugir do cão, que insistia em persegui-lo.

 

-Zorro! – Emmett gritou o nome do cão, que pouco se importou em atender o chamado do seu dono postiço.

 

  Jasper corria pelo quintal; o cão em seu encalço e Emmett atrás dele com a corda rompida. Se a situação não fosse trágica, seria ser cômica. Jasper se encontrava branco igual a papel; o cão espumava pela boca e se encontrava a poucos metros de arrancar um membro inferior de Jasper. Emmett corria com a corda, tentando laçar o cachorro que mais parecia um touro.

 

  Para salvar sua vida, ou melhor, suas pernas, Jasper subiu em uma árvore. Perdendo o fôlego e quase a vida, ele conseguiu se mantiver equilibrado em um galho.

 

-Emmett prende essa peste. Ele merece ser sacrificado!

 

-Calma Jas... – Emmett laçou o cão, foi uma tarefa fácil, pois esse se encontrava muito distraído latindo para Jasper.

 

  Longos minutos depois, Jasper e Emmett observavam os cães amarrados na cerca novamente. Mantiveram uma longa distância, só por precaução.

 

-Não são lindos?! – Emmett dizia com os olhinhos brilhando.

 

-Na boa... “Lindos” não é a primeira palavra que me vem na cabeça...

 

-Vamos lá, meninos! – Gritou Emmett acordando os cães, que começaram a latir ferozmente. – Vamos botar pra quebrar!

 

 

*****

 

 

-Bom dia, meninas! – Bella estava alegre; por meses nunca se encontrou tão feliz, estava em um lugar lindo com o seu namorado lindo e estava satisfeita com esse Natal.

 

-Bom dia, Sra. Coelho! – Disse Alice toda sorridente enquanto folheava uma revista de culinária; Rose manteve sua atenção para seus cabelos, que estavam embolados na escova.

 

-Sra. Coelho? – Repetiu Bella confusa. – Isso é porque eu sou branquinha?!

 

-Não, isso é por você ficar 12 horas do seu dia na cama com o Edward! – Rose colocou sua escova na mesinha e encarou Bella, com seu sorriso malicioso.

 

  Essa reação deixou Bella vermelha; suas bochechas ruborizaram imediatamente, e ela ficou nervosa. Seu raciocínio ficou lento, e ela não sabia o que fazer, não sabia que resposta dar!

 

-É... Eu... Isso é um exagero da parte de vocês duas! – Ela disse tentando se defender.

 

-Bella, meu quarto é do lado do seu. Tudo que você fala ou faz... Eu ouço! – Alice ainda não tinha tirado os olhos da revista; mas isso não quer dizer que ela não iria palpitar na conversa, afinal ela é Alice!

 

-Exagero é a quantidade de vezes que você e o Edward fazem sexo por dia. Tudo bem que amanhã você pode não estar mais viva e tal... Mas, pelo amor de Deus, respira! Nem o Emmett é assim, ainda bem que eu comprei aquela porcaria de PlayStation!

 

-Com certeza, foi o dinheiro mais bem gasto! O Jasper parecia um cachorrinho no cio, coitadinha de mim... Agora com o PlayStation eu posso viver. – Alice jogou a revista de lado, e começou a prestar atenção na conversa.

 

-Eu posso até ficar muito tempo na cama com ele... Mas não passo metade do meu dia fazendo sexo. – Bella tentava se defender, mas ela mesma sabia ser em vão.

 

-Passa sim, Sra. Coelho. – Rose voltou a escovar seus cabelos, mas não deixou de encarar Bella. – Por que você não está na cama? – Ela perguntou curiosa.

 

-O Edward saiu à procura do Emmett e Jasper. Eles tinham combinado de ir esquiar, mas o Edward esqueceu. – Ela disse sentando-se na cama.

 

-O que vamos fazer então?! – Alice estava entediada; nem às compras ela queria ir, já havia comprado tudo o que podia e nada lhe restavam fazer.

 

-Que tal cozinhar algo dessa revista aí? – Bella pegou a revista; folheando-a aos poucos à procura de algo fácil de fazer, ela pareceu satisfeita quando parou em uma pagina qualquer. – Torta de limão? – Ela perguntou sugestivamente.

 

-É, pode ser. – Rose concordou.

 

-Por mim tanto faz... – Alice olhava as pontas de seus cabelos à procura de pontas duplas. – Vamos logo para a cozinha, antes que eu mofe de tanto tédio!

 

  As três desceram para a cozinha; encontraram Esme e Carlisle na sala conversando e passaram direto. Estavam determinadas a acabar com essa exaustão e mandar o tédio para a casa do Juquinha!

 

-O que essas três vão aprontar? – Esme pareceu curiosa; essas três estavam aprontando alguma e ela descobriria o que era.

 

-Não deve ser nada demais... – Carlisle estava folheando um jornal local, e o que essas garotas aprontavam não devia ser nada demais.

 

-Reparou que a casa está muito silenciosa?

 

-Sim, e isso é ruim? – Ele perguntou confuso.

 

-Nessa casa sim... Vou ver o que elas estão fazendo. – Esme levantou-se e caminhou em direção á cozinha.

 

  Observou que as garotas haviam se organizado; estavam tirando ingredientes dos armários e da geladeira, e colocava-os em cima da bancada, deixando por ordem de uso.

 

-O que vocês vão fazer? – Elas não tinham percebido a presença de Esme, e se pegaram de surpresa com a presença dela.

 

-Vamos fazer uma torta de limão. – Respondeu Bella sorridente. – Quer ajudar?

 

-Na verdade eu só vim saber o que vocês iriam fazer. Estou achando vocês muitos tranqüilas... – Ela disse sorrindo docemente. – Vocês sabem onde estão os garotos?

 

-Devem estar esquiando. – Informou Alice.

 

  Esme ficou ali observando tudo; e de vez enquanto ajudava as meninas quando elas pediam.

 

 

*****

 

 

-E aí? Tudo pronto? – Perguntou Jasper. Ele e Emmett estavam sentados em um trenó, junto ao saco vermelho de presentes. Os dois estavam no alto de um pequeno morro, que havia do lado da casa.

 

-Tudo! – Emmett respondeu animado. Ele mesmo tinha amarrado os cães ao trenó. Os quatro cachorros ferozes se encontravam impacientes e faziam de tudo para romper a corda que os prendiam.

 

-Então o que estamos esperando?

 

-Zorro, Fred, Trovão e Fox... Corram! – Emmett balançou a corda que se prendia os cães, fazendo-os correrem.

 

-Para frente e avante! – Gritou Jasper animado.

 

  Os cachorros começar a correr desesperados; estavam mais preocupados em se soltar, do que puxar o trenó.

 

-O que está acontecendo? – Desesperou-se Emmett tentando controlar os cães, dando puxões na corda que o prendiam.

 

-Vamos cair! – Gritou Jasper.

 

  Os cachorros correram individualmente, o que fez o trenó tombar e a corda romper. Os cães correram para direções diferentes, e sumiram na neve deixando Emmett e Jasper estirados na neve.

 

-Saiu tudo errado! – Lamentou-se Jasper levantando-se.

 

-Como é que o Papai Noel faz isso? – Emmett se encontrava com o saco vermelho em cima de seu corpo; ele estava cheio de neve e seu semblante estava triste.

 

-Acho que o trenó dele também é mágico!

 

-É mesmo! Nosso trenó é uma porcaria. – Disse Emmett chutando o trenó, que rolou morro abaixo.

 

-O que vamos fazer? – Perguntou Jasper.

 

-Ora, é só adaptar! – Conclui Emmett radiante.

 

[...]

 

-Quando você falou em adaptar... Eu achei que você ia adaptar o trenó e não eu! – Jasper estava furioso; Emmett havia amarrado uma corda no trenó e a deu para Jasper puxar, que além de fazer força para andar com o trenó que tinha Emmett e o saco vermelho em cima, ainda usava um arquinho com chifres de rena.

 

-Ai como você reclama! Não pode, não, viu? Criança arisca não ganha presente de Natal! – Emmett estava convicto de que ele tinha razão, afinal ele era o filho do Papai Noel.

 

-Hunf! Só tem porcaria aí mesmo! – Retrucou Jasper puxando a corda, fazendo o trenó deslizar na neve.

 

  Enquanto Jasper fazia uma força descomunal para fazer o trenó andar, Emmett ficava sentado sem mover um músculo! Ele só gritava para Jasper ir mais rápido.

 

-Vamos parar aqui! Tem um menininho na janela. Ele vai ser o nosso primeiro felizardo. – Ele disse alegre. – Feliz Natal, pequeno infante! – Emmett andava com o saco nas costas, e de vez enquanto dava uns pulinhos. – HÔ HÔ HÔ! O filho do Papai Noel chegou! – Ele disse parando na janela. - Deixa ver que mimo você vai ganhar... Um robô feito com rolo de papel higiênico? Um foguetinho feito com uma garrafa pet vazia? – Ele ia dizendo mexendo no saco vermelho, enquanto mostrava os brinquedos para o garoto.

 

-MAMÃE! O lixeiro está passando na rua! – Gritou o menino para o interior da casa. – Tem algum saco de lixo para jogar fora?

 

-AAH! Que lixeiro, moleque?! Eu sou o filho do Noel! – Berrou Emmett furioso, balançando o robô e o foguete. – E isso aí é o meu trenó e não um caminhão de lixo! – Ele disse nervoso.

 

-Não é o que parece! – O menino estava certo, aquilo não parecia um trenó...

 

-QUÊ? – Emmett disse para Edward que havia acabado de jogar uma casca de banana no trenó. – Edward! Por que você está jogando lixo no meu saco de presentes?

 

-Porque eu sou um menino ecologicamente correto, ora! – Edward disse com desdém.

 

-Mas isto aqui não é um saco de lixo! É o meu trenó!

 

-Trenó? Como assim? – Edward olhava para aquilo, e sabia que algo de bom não estava acontecendo...

 

-Ué! Não ficou sabendo da última? Eu sou o filho do Papai Noel! Estou treinando para ser o próximo bom velhinho. – Emmett respondeu sorridente, se sentindo o próprio Papai Noel.

 

-Puxa que decadência! Onde é que o mundo vai parar? Bom, mas o futuro a Deus pertence, não é mesmo? O que você tem aí para mim? – Edward perguntou curioso.

 

-Uma casca de banana nanica! – Respondeu Emmett atirando a casca de banana na testa de Edward. – É o que você merece garoto tagarela! Fora daqui.

 

-Tudo bem, mas eu já vou avisar pra Esme que você está aprontando... – Edward andou em direção a casa, e entrou pela porta da cozinha.

 

-E aí, parceiro? O que é que está rolando? –Perguntou Jasper, que havia sumido e agora se encontrava com um pirulito na mão.

 

-O que está rolando?! – Retrucou Emmett bravo. – Garotinho irresponsável! Você largou o meu trenó abandonado... E estavam usando o coitado como saco de lixo!

 

-Quer saber? Cansei dessa vida de labuta! É muito pra um Jasper só! E você também devia se dar o respeito... – Indignou-se Jasper.

 

-Como assim? – Perguntou Emmett confuso.

 

-Ora, você já teve o trabalho de montar todos esses brinquedos... E ainda tem que entregar um por um?Cadê o seu amor próprio, rapaz? – Ele disse negando algo com a cabeça.

 

-Er... Desculpa?

 

– Por que em vez de levar os presentes pra essas crianças folgadas... Elas mesmas não vêm buscar?

 

-E o que você sugere? – Emmett estava aberto para ouvir as sugestões de Jasper, e faria de tudo para ser o melhor filho do Papai Noel!

 

 

*****

 

 

  Edward entrou na cozinha, mas não encontrou ninguém; então foi para a sala, e lá estavam as meninas, Carlisle e Esme tentando dialogar um homem baixinho e gorducho.

 

-Senhor, vê se me entende. – Carlisle estava a ponto de meter bala na cabeça do homem, que se encontrava impaciente com aquela situação. – É só o senhor fazer a relação dos danos que causamos que iremos pagar! Não interessa o preço, ouviu?!

 

-O que está acontecendo aqui? – Indagou Edward.

 

-Edward, esse é o proprietário da casa queimada... Ele veio fazer um acordo para quitar a dívida do incêndio. – Esme parecia nervosa; nem ela estava suportando aquele homem grosseiro.

 

-Além de ter a minha propriedade danificada, eu ainda tenho que aturar esse pessoal maluco! Aquele garoto fica estacionando o carro dele, onde é proibido e eu que tenho que responder pelas bagunças dele. – O homem parecia ser um pufe, de tão gordo que era; seus cabelos eram ralos e um pouco esbranquiçados, e sua barriga enorme!

 

-Senhor White, quero desculpar pelos incômodos que estamos fazendo o senhor passar. Apenas estamos tentando ter um Natal alegre. – Esme sorria amarelo, e o vaso de flores que se encontrava perto de seu corpo, era um perigo. Pois a qualquer momento, ela poderia arremessá-lo na cabeça do Sr. White.

 

-Não quero saber dessas desculpas esfarrapadas de vocês! Apenas quero o dinheiro da minha indenização, assim ficarei tranqüilo.

 

-Olha Sr. White... – Bella tentava encontrar palavras para dizer àquele homem. – Assim que o senhor assinar o cheque iremos pagar. Só estamos esperando o cheque, só isso. – Ela disse por fim.

 

-Tudo bem, mas quero que saiam imediatamente das minhas propriedades, ouviram?! – Ele disse em tom ameaçador. – Nunca tive hóspedes que me dessem tanto prejuízo e trabalho como vocês. – Sr. White tirou do bolso do seu colete um cheque, que deveria ser assinado por Charlie ou Carlisle; mas como Charlie havia saído, sobrara para Carlisle... – Aqui está. – Ele disse entregando o cheque para Carlisle.

 

-Tudo isso?! – Espantou-se Carlisle com o devido valor. – Era uma simples casa...

 

-Não era uma simples casa, era a casa mais cara que eu tinha funcionando. – Respondeu Sr. White sorrindo, pois era um enorme valor.

 

  Carlisle sabia que estava sendo roubado, mas não tinha provas então simplesmente assinou o cheque.

 

-Pronto, está assinado. Logo ao anoitecer, iremos embora, tudo bem para o Senhor? – Perguntou Edward nervoso.

 

-Está ótimo! Agora irei para a minha casa descansar e amanhã espero não cruzar com nenhum de vocês aqui. – Ele disse levantando-se.

 

-Deixe que eu leve o senhor até a porta. – Alice sorriu mostrando a saída, como se ele não soubesse onde ficava...

 

  Assim que o homem saiu pela porta, Carlisle bufou de raiva.

 

-Vamos fazer as malas logo, pois quanto mais cedo melhor! Vou para o hotel, e assim que estiver com tudo pronto voltarei para irmos direto ao aeroporto.

 

-Então deixe me pegar meu casaco, para irmos. – Esme pegou seu casaco e as chaves do carro. – Vamos? – Ela perguntou pra Carlisle.

 

-Vamos. – Ele disse saindo pela porta, com Esme logo atrás dele.

 

-Irei arrumar minha mala. – Bella subiu a escada batendo os pés. O que era para ser uma viagem á sós com Edward se transformou um transtorno para ela!

 

-Cadê Emmett e Jasper?! – Perguntou Rose confusa.

 

-Sei lá, depois vemos como resolver isso. Agora é hora de arrumar tudo. – Alice também não estava feliz, mas nada podia fazer.

 

 

*****

 

 

-Olha aí, olha aí, freguesia! – Anunciava Jasper.

 

-Brinquedo de Natal! – Completava Emmett. – Quem vai querer?

 

-Eu quero! – Gritava uma menina loirinha.

 

-Dá um pra mim! – Disse um menino moreno correndo em direção à Emmett e Jasper.

 

-É de graça! – Falava um garotinho de óculos, que estava todo feliz.

 

-Me dá dois então! – Berrou o menino moreno.

 

  Por ali passava Sr. White; ele não estava entendo nada e toda aquela bagunça o deixava fula da vida, ele não teria paz e nem sossego, até que aquele bando de festeiros não saíssem dali o quanto antes.

 

-Ei! Que baderna é essa aqui na frente da minha casa? – Ele berrou empurrando as crianças. – É festa da Uva, agora? O que está acontecendo?

 

-O Papai Noel está distribuindo presentes pra todas as criancinhas de bom coração! – Disse um menininho ruivo com os olhos brilhando.

 

-Conversa fiada! Papai Noel não existe, garoto! – Sr. White andava com dificuldade, e dava uns cascudos nas crianças para que elas saíssem da sua frente. – Eu vou tirar isso a limpo agora mesmo e... – Ele não acreditou no que via! Era uma bancada com vários presentes.

 

-Feliz Natal pra você também! HÔ HÔ HÔ. – Emmett estava todo feliz, pois agora todos queriam seus presentes, que antes ninguém queria.

 

-Puxa! Ganhei um presente?! E-Eu nunca ganhei um presente! Que dia feliz. – Dizia Sr. White analisando seu presente. – Não acredito que passei todos estes anos achando que o bom velhinho não existia. E, agora, ele me dá um... Um... Um... – Ele virava de cabeça para baixo, virava novamente e não conseguia descobrir que presente era aquele. – Posso saber o que é isto?! – Ele indagou confuso, coçando a cabeça.

 

-É um chocalho feito com uma lata de refrigerante vazia, alguns feijões e uma caneta velha! – Informou Emmett.

 

-AHH! O que eu vou fazer com um chocalho? Eu lá tenho cara de bebê? – Ele berrou balançando o chocalho. – Por que não me dá um Turbo-Emagrecedor igual ao que passa na tevê? Aposto que ficou com ele pra você, não é? Do jeito que está magrinho e sarado eu... Eu... Eu conheço você! É aquele garoto que estaciona o carro fora das vagas.

 

-Claro Sr. White! Sou eu, o Emmett! – Ele disse sorrindo.

 

-E o que está fazendo aqui?

 

-Ora, estou treinando pra ser o próximo Papai Noel! Maneiro, né? – Ele disse inflando o peito e alargando o sorriso.

 

-Você é o próximo Papai Noel? Puxa, que decadência. Onde é que este mundo vai parar? Bom, mas o futuro a Deus pertence, não é?!

 

 

-Ei! Dá um desconto pro garoto! Ele ainda é um estagiário. – Disse Jasper defendendo Emmett.

 

-Puxa! Obrigado por me defender, amigão! – Falou Emmett todo sentimental.

 

-E além do mais, você nem pagou pelo chocalho! – Dizia Jasper, com a mão estendida esperando o dinheiro. – Vamos, lá! São cinco mangos!

 

-Como é que é?! Ainda tenho que pagar por um troço que eu nem queria? – Indignou-se Sr. White, que ficou furioso.

 

-Jasper! Não acredito. Você está vendendo os meus brinquedos?

 

-Oras! Vocês não estão achando que eu ia trabalhar de graça, não é? Se não tiver todo o dinheiro, eu faço um desconto pro Senhor. – Jasper ainda esperava o dinheiro com a mão estendida.

 

-QUÊ? Está me chamando de otário?! Eu não vou pagar porcaria nenhuma! – Sr. White jogou o chocalho no chão, desmontado o brinquedo. Fazendo com que vários feijões voassem pela neve.

 

-Como é que é? – Perguntou a menina loirinha.

 

-Temos que pagar pelos presentes? – Disse o garotinho moreno.

 

-Fomos enganados! – Bradou o menino de óculos.

 

-Pega! – Girou a garotinha.

 

-Voltem aqui. – Gritaram as outras crianças.

 

-Papai Noel de araque. – Berrou Sr. White jogando um foguete em Emmett.

 

-Ahh! Fuja para as montanhas! – Jasper corria na frente desesperado.

 

 

*****

 

 

  Todos estavam na sala esperando Charlie, Emmett e Jasper. As malas já estavam feitas, só faltava os três para eles irem embora daquela cidade maluca!

 

  Uns gritos vinham do lado de fora, e Esme abriu a porta. Emmett vinha correndo em sua direção.

 

-Emmett o que houve? – Perguntou Alice preocupada. Emmett estava sem ar com suas roupas rasgadas, e ele tinha também hematomas por todo o corpo e rosto.

 

-Por que está todo estropiado? – Carlisle estava analisando Emmett com cuidado.

 

-Deu tudo errado, Carlisle! Os cachorros-renas foram um fiasco... Confundiram meu trenó com um depósito de lixo... E ninguém gostou dos presentes! Se eu e o Jasper não entrássemos aqui... Jasper?! Ué! Cadê ele? – Emmett procurava para todos os lados.

 

-Está lá fora, fugindo de uma multidão de crianças enfurecidas e do Sr. White que está sacolejando algo na cabeça dele. – Disse Esme enquanto olhava pela janela.

 

-Emmett, explica direito... Do que você está falando? –Pediu Carlisle.

 

-É que... É que... Hoje de manhã eu descobri sem querer o seu grande segredo! – Desabafou Emmett, deixando todos confusos mesmo Carlisle que se desesperou.

 

-Que grande segredo? – Ele repetiu ansioso. – Que eu rôo as unhas dos dedos dos pés?!

 

-Como é que é? – Disse Esme com nojo.

 

-Você rói as unhas dos dedos dos pés? – Emmett estava enojado com a sua nova descoberta.

 

-Er... Brincadeirinha! Peguei vocês. – Falou Carlisle sem graça. – O que você estava dizendo, Emmett? – Ele perguntou mudando de assunto.

 

-Eu descobri que não sou bom o bastante para herdar o seu cargo... Sou um fracasso como filho do Papai Noel. – Emmett estava tristonho, estava decepcionado consigo.

 

-Filho do Papai Noel? – Repetiu Esme.

 

-Que história é essa? – Indagou Carlisle.

 

-Não precisa mais fingir, Carlisle! Eu achei a sua roupa de Papai Noel no porta-malas do meu carro.

 

-Esse era o seu grande esconderijo? – Sussurrou Esme para Carlisle.

 

-Ô Emmett, eu não sou o Papai Noel... Aquela roupa eu estava usando para fazer uma surpresa para as crianças do hospital local. Eu sou muito magro para isso.

 

-É, e, além disso, o verdadeiro Papai Noel deve ser uma pessoa bem cheinha e com um enorme barrigão! – Esme dizia sorrindo, fazendo com que Emmett descobrisse outra grande novidade...

 

-Uma pessoa bem cheinha... Com um enorme barrigão? – Ele dizia baixinho.

 

-Vai trocar de roupa, que já vamos embora. Só falta o Jasper e o Charlie chegarem... – Dizia Esme preocupada.

 

  Emmett subiu a escada, e foi trocar de roupa; deprimido por não ter conseguido ser um filho do Papai Noel perfeito, ainda resmungava coisas inaudíveis.

 

 

Enquanto isso na sala...

 

 

  Esme ainda estava na janela; observava Jasper correndo em direção a casa, respirou aliviada por ele estar vivo, e também viu que o carro de Charlie subia a rua. Por fim, finalmente iriam embora.

 

  A porta foi aberta, e por ela passou um Jasper todo machucado.

 

-Amor, como isso aconteceu? – Perguntou Alice preocupada.

 

-Só digo uma palavra... Emmett! – Ele estava furioso.

 

-É melhor você se trocar precisamos ir para casa. – Ela dizia arrumado o cabelo dele.     

 

  Jasper subiu a escada, e também foi se trocar. Seria mais seguro se ele não cruzasse com Emmett pelo caminho.

 

-Que bagunça é essa? – Charlie olhava as malas, e Jasper subindo. – O que aconteceu?

 

-É melhor eu te contar depois... – Carlisle apenas negou algo com a cabeça, coitado talvez ele não estivesse preparado para agüentar essa turma desordeira. – Onde você estava?

 

-Fui preparar umas coisinhas... – Ele disse sorrindo. – Bella, tenho uma surpresa pra você.

 

-Surpresa?! – Ela repetiu confusa.

 

-Sim, quando chegarmos em casa você vai ver... – Charlie ainda sorria feito bobo.

 

 

*****

 

 

   Sr. White se encontrava sentado em sua sala de estar; estava agradecendo a Deus por levar aqueles baderneiros embora, não agüentava mais, por culpa deles sua pressão arterial aumentou!

 

  Estava lendo um livro, quando a campainha tocou. Não esperava visita e nem nada. Com seus pés cansados de tanto correr atrás de Jasper, foi rastejando aos poucos até a porta. Abriu-a e ficou surpreso.

 

-O que deu nessas crianças agora? – Ele disse olhando para uma caixa de presentes.

 

  Sr. White abaixou-se pegando a caixa, retornou ao interior da casa e sentou na poltrona.  Rasgou o papel de embrulho, e pegou o objeto que estava dentro da caixa.

 

  Surpreendeu-se ao ver que era um porta-retrato com uma foto dos Cullen. Seus olhos se encheram d’água, ele provavelmente nunca mais iria vê-los, mas a foto faria com que a memória ficasse viva. Ele colocou o porta-retrato na prateleira acima da chaminé, e ficou ali olhando pela janela, observando a neve que caia fina.

 

 

*****

 

 

   Todos estavam sentados em suas poltronas; Bella conversava com Edward sobre a surpresa de Charlie, Alice e Jasper conversavam sobre o que tinha acontecido horas atrás, Emmett fazia cafuné em Rose, e os outros riam sobre as armações ilimitadas desses agentes.

 

  Depois de fazerem duas escalas, eles dormiram. Não se ouvia um sussurro qualquer, estava um silêncio enorme.

 

  Quando o avião posou, todos só pensavam em uma única coisa... Chegar em casa! Mas Bella só pensava em sua surpresa.

 

  Entraram nos carros, e seguiram até o condomínio fechado onde moravam agora.

 

  Os carros pararam à porta, Bella respirou sorrindo por ter chegado.

 

-Bella? – Ela olhou para o lado e viu Charlie. – Espere querida.

 

-Tá bem.

 

-Sua surpresa está lá dentro... – Ele disse cheio de mistérios.

 

  Agora todos estavam curiosos; a ansiedade sobrevoou a cabeça de todos e ninguém suportava esperar mais, queriam ver que surpresa era aquela.

 

  Bella andou com Charlie até a porta; quando a abriu ficou surpresa, não acreditava no que estava vendo, só podia ser um sonho bem surreal...

 

-Jake! – Ela gritou com os olhos molhados de lagrimas.

 

  Seu melhor amigo estava ali com ela, agora poderiam ficar mais tempo juntos e recordar os bons tempos.

 

  Todos ficaram surpresos; mas Edward ficou mais, e além de sentir surpresa sentiu ciúmes de sua namorada. Ela estava ali em sua frente, agarrada no pescoço daquele garoto e juntos rodopiavam pela sala alegremente, como se fossem dois namorados se revendo.

 

  Os dois pareceram ter esquecido que não estavam sozinhos; pois não se deram ao trabalho se largarem um do outro, e se beijavam no rosto e davam abraços apertados.

 

 

Agora que Jake estava ali com Bella, será que Edward se sentirá ameaçado?

 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Minhas amoras que eu tanto amo! S2

Não fiquem bravas com a demora, pois eu me dviverti muito com esse capítulo e vocês também irão gostar.

Peço que vocês lêem as fic's que estão no perfil da Jaina, elas são super legais e espero que vocês gostem muito!

Será a primeira vez que peço isso... Gostaria que vocês aumentassem minha populariedade e que indicassem minhas fic's também!

Espero receber muitos reviews!!!

Beijos S2 Lika Diniz P.S: Agora tenho Twitter! Ebaa \O/ Quem tiver me segue lá. É @Lika_Diniz!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Agente em Minha Vida 2 Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.