Back to New Orleans escrita por America Jackson Potter
Minha querida Hope,
Não sei quando lerá isso. Como uma criança com dúvidas, uma adolescente cheia de opiniões, ou uma mulher com o mundo aos seus pés.
Escrevo para dizer que amo você e explicar que no pior momento na nossa família, fui chamado para salvar meus parentes, e foi o que fiz.
Por favor, não lamente. Apesar da dor que suportei, fiz isso a serviço daqueles que amo. Meu único arrependimento é estar longe de você.
Seja boa para sua mãe. Encontre conforto sabendo que ela protegerá você. E sei que ela não descansará até reunir nossa família. Até lá, meu sacrifício permitirá que você cresça. Que se torne a filha linda que posso apenas imaginar.
Por favor, lembre-se que você é o legado que essa família sempre desejou, a promessa que lutamos para proteger.
Você é e sempre será... a nossa esperança.
...
Coloquei a carta de volta no envelope e olhei pela janela. Uma nova cidade se aproximava. E uma nova esperança de achar as curas.
— O que foi? — minha mãe me chamou. Limpei uma lágrima solitária.
— Nada. — remexi no banco. — Só estava a lendo, de novo.
Foi no meu aniversário de dez anos. Minha mãe achava que estava perto da cura para acordar tia Freya e então me deu a carta como presente. Na época, não entendia o que ela significava de verdade, só três anos depois que eu entendi.
A carta era a única coisa que fazia me sentir mais próximo do meu pai. Sempre que a lia imaginava sua voz a lendo para mim. Um belo sotaque britânico.
— Bem vinda a Mystic Falls. — minha mãe me tirara dos pensamentos assim que viu a enorme placa se aproximando.
— Já estivemos aqui, quando eu tinha seis anos. — apontei para o “x” no mapa. — O que você quer aqui de novo?
— Na época, coisas ruins estavam acontecendo com as pessoas que podia nos ajudar, Hope. — ela me explicou chegando na cidade.
Minha mãe já havia me contado sobre Mystic Falls. E sobre todos que moravam ali. Imaginava a cidade mais, colorida e cheia. Passamos por algumas ruas onde haviam ainda janelas empoeiradas e madeiras nas portas. Havia um tom de surpresa no rosto de mamãe.
— Não era assim que eu lembrava. — comentei abrindo o vidro para sentir a brisa.
— Você dormiu o tempo todo quando passamos por aqui. — minha mãe riu e virou a esquina. — Me surpreende de você se lembrar de alguma coisa.
— Lembro das árvores, de um céu bonito e de duas meninas da minha idade, eu acho.
— Elas são três anos mais velhas. — minha mãe entrou em uma rua onde havia árvores por toda ela e bem no final uma enorme casa. — Mansão Salvatore. — ela seguiu meu olhar.
Olhei em volta assim que o caminhão parou. Deu para ouvir o barulho dos cachões parando. Saltei do meu banco pegando a minha bolsa e fui para a porta.
— Você espera mesmo que eles abram e nos ajude? — perguntei levando a mão na porta para bater.
— Não muita. — a relação entre minha mãe e eu era mais de melhores amigas do que mãe e filha. Minha mãe é a única amiga que eu tenho, nunca consegui fazer amizades, nunca tentei na verdade.
— Poi... ah! — uma voz saiu da porta. Levantei meus olhos e dera de cara a um par de olhos azuis. — A lobinha e a filha...
— Damon. — minha mãe sorriu fraco. — Pensei que...
— Sim, eu voltei. — ele cortou minha mãe. — Caroline ou Stefan devem ter falado dos detalhes, mas isso não importa. O que querem?
— Informação — falei antes da minha mãe. — Precisamos de algo que vocês sabem.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Foi curtinho, mas esse é o primeiro!