You Are Not Alone - One Shot escrita por Elvish Song


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, minhas flores! Venho aqui com esta One Shot que surgiu em minha cabeça ontem, enquanto assistia ao musical Phantom os the Opera! Espero realmente que gostem!



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                Ao sentir a máscara sendo tirada de seu rosto, Erik levou a mão sobre a face, mas não rápido o bastante para impedir Christine de o ver. Com raiva, levantou-se, fazendo-a cair para trás, tropeçando nos degraus. Havia tanto ódio, mágoa e raiva no olhar do Fantasma, que a moça se arrastou de costas alguns metros, assustada, enquanto ele derrubava o que estava ao seu redor:

— Damn you! (Maldição)
You little prying (Sua pequena Pandora curiosa)
Pandora!

You little demon (pequeno demônio!) – ele andou até ela, assomando-se sobre a moça, que se encolheu um pouco, assustada com toda aquela raiva; pensou que ele arremessaria algo nela, que a machucaria, mas o que ele fez foi mostrar-lhe o rosto deformado, e perguntar num grito:

— Is this what you wanted to see? (era isso o que queria ver ?) – e então se afastou, cobrindo a face outra vez:

— Curse you! (Maldita !)

You little liying (Sua Dalila mentirosa)
Delilah!

You little viper! (Pequena víbora) – o homem se voltou para ela, apontando-lhe o dedo ameaçadoramente :

— Now you cannot ever be free! (Agora, já não poderá mais ser livre!) – e como um animal ferido, ele próprio se encolheu, sua voz se enchendo de dor, embargando-se de tristeza:

— Damn you . . . (Danação !)

Curse you . . . (Maldita...) – Ele caiu de joelhos, tão arrasado, que o medo de Christine se arrefeceu. Não medo da face dele, que a surpreendera, mas não aterrorizara. Não... Temia a reação que ele tivera, isso sim! Por que tanta raiva? Sim, ela fora curiosa, mas por que tanto ódio? Estava confusa, sem saber o que fazer, quando ele começou a cantar, de costas para ela, ainda ocultando o rosto:

— Stranger (mais estranho)
Than you dreamt it (do que você sonhou)
Can you even (consegue sequer)
Dare to look (ousar olhar)
Or bear to (ou suporta)
Think of me: (pensar em mim:))
This loathsome (está repulsiva)
Gargoyle, who (gárgula, que)
Burns in hell, but secretly (queima no inferno, mas, secretamente)
Yearns for heaven, (sonha com o céu)
Secretly . . . (secretamente)

Ela parecia tão desolado, tão arrasado, que Christine sentiu a dor dele como se fosse sua. Ele tinha vergonha do próprio rosto, e a reação que ela tomara por raiva era, na verdade, medo e desilusão! Ele idealizara algo perfeito, mostrara a ela toda a sua perfeição, e ela, em sua curiosidade, arruinara a felicidade dele ao contemplar o rosto que, seu Anjo pensava, ela jamais conseguiria sequer olhar. Mas que diferença isso fazia? Ele ser deformado?! Sim, é claro que ficara bastante surpresa, mas não passara disso! Ele, porém, sentou-se no chão, pernas cruzadas, curvado sobre si mesmo, antes de se virar para ela, rastejando em sua direção:

— But, Christine . . . (mas Christine)
Fear can (O medo pode)
Turn to love - you'll (Tornar-se amor. Você irá)
Learn to see, to (aprender a ver, a)
Find the man (encontrar o homem)
Behind the (por trás do)
Monster: this . . . (Monstro, desta...)
Repulsive (repulsiva)
Carcass, who (carcaça que)
Seems a beast, but secretly (parece uma fera, mas, em segredo)
Dreams of beauty, (sonha com a beleza)
Secretly . . . (Em segredo)
Secretly . . . (em segredo) – ele baixou o rosto, derrotado, como se tudo estivesse perdido, e suspirou:

— Oh, Christine . . .

A moça hesitou um pouco, e ia estendendo para ele a máscara, ainda em suas mãos, quando pensou melhor e, num gesto rápido, atirou-a no lago. O Anjo a fitou, chocado, e ela falou, doce e gentil:

— Que me importa seu rosto? Que me importa que seja deformado? Eu conheci o homem sem rosto, a voz do Anjo, o mestre, tudo isso antes de vê-lo. Por que ver seu rosto mudaria algo entre nós? Você é meu Anjo da Música! – ela foi para perto dele, e segurou a mão que recobria o lado deformado do rosto. Ele tentou resistir, mas, quando ela insistiu com delicadeza, deixou que puxasse sua mão. Christine o fez erguer o rosto para ela, fitando-a, e o encarou de volta. Era estranho, como uma queimadura antiga... Em alguns lugares havia caroços e rugas na pele, e na testa a pele era tão fina e translúcida que quase expunha o crânio. Estranho, talvez, mas não a chocava, nem lhe dava repulsa, certamente.  Ela mirou aqueles olhos azuis, e viu neles tanta dor, tanta surpresa, tanta perplexidade, que teve apenas um instinto: tocou com os lábios a deformidade que ele tentava esconder, depositando ali um beijo terno.

Um gosto salgado se fez sentir em sua boca: ele chorava! Chorava, e murmurava seu nome! As mãos grandes acariciaram o rosto da jovem, e ela declarou:

— Você é meu Anjo. Eu vim até aqui sabendo o que isso significava. Ontem, naquele palco, foi para você que cantei, e só para você. Meu Anjo. Meu mestre. Meu amigo. – ela hesitou... Deveria confessar aquilo que nem mesmo Meg, sua melhor amiga, sabia? Enfim decidiu que sim. Não devia haver segredos entre eles! – Meu amor.

— Amor? – ele a fitava, chocado, e seu olhos pareciam temer que fosse apenas um sonho. Ele a segurou pela cintura e, num movimento rápido, puxou-a para junto de si, segurando então o rosto da menina – Amor? Você me ama? – havia um tom incrédulo e desesperado naquilo. Ela não sabia qual era o passado de seu mentor, mas via nele toda a dor e abandono de alguém que jamais fora amado. E como responder àquilo? Como responder?! Do único modo que lhe ocorreu: Christine pousou uma mão na nuca do homem, a outra em seu peito e, arfante e corada, uma vez que nunca fizera aquilo, beijou os lábios do Anjo. Um beijo tímido, a princípio, apenas um pressionar de boca contra boca, até que ele fez algo que ela não esperava: entreabriu os lábios, e a língua quente correu suavemente pelos lábios da menina, que abriu levemente a boca, de modo instintivo. Suas línguas se tocaram, começando a se explorar!

Deus, o que estavam fazendo?! Christine jamais beijara sequer um menino, quanto mais um homem! E mais, estava beijando seu Anjo da Música! Agora era ela quem estava em choque, mas não queria parar. Sentiu a mão dele em seus cabelos, segurando-os com certa força, como se temesse que ela desaparecesse a qualquer momento. Ele se levantou, puxando-a consigo, e se afastou levemente, olhando-a com encanto:

— Christine, não brinque comigo: disse que me ama?

— Amo. – confessou a moça – amo desde que era uma menininha, e pensava que você era um anjo. Mas eu cresci e, mesmo que não dissesse isso a ninguém, eu sabia que você era um homem real. Um homem, não um anjo... – ela beijou os lábios dele outra vez, mesmo tendo que ficar na ponta dos pés para tanto – e como homem, eu te amei tanto quanto como mestre. Sonhei com você. Não só com sua voz, mas com você, ao meu lado. Queria conhece-lo, queria tocá-lo... Queria senti-lo real, e não apenas a voz na escuridão. – declarou, tocando os ombros largos e muito magros do homem, como se para se certificar de que era real.

— Imagino que tenha sido decepcionante – disse ele, ainda constrangido, escondendo um pouco o lado deformado ao inclinar a cabeça. Ela puxou seu rosto suavemente, de modo a encará-lo melhor, e sorriu:

— Surpresa, sim. Decepcionada? Não.

— Não sou normal, Christine. – disse ele – como pode me amar, após ter visto meu rosto?

— Por Deus, Anjo, eu amei uma voz na escuridão! Você podia ser absolutamente qualquer um! Você não tinha forma, nem rosto, e o amei pelo que você é. Seu rosto não muda isso! Eu amo você, exatamente como é, e amarei seu rosto, porque ele faz parte do homem a quem amo. Entende isso? – e o beijou, mais uma vez. Dessa vez o beijo foi intenso, aprofundado quando ele se curvou um pouco e a envolveu pela cintura com ambos os braços, erguendo-a do chão. Ela deu um gritinho de susto ao sentir seus pés fora do chão, e ele a soltou, assustado:

— Eu te machuquei?

Foi impossível, para a menina, segurar o riso. Ela tocou aquele rosto tão sério, e respondeu, ainda rindo:

— Não, Anjo. Não machucou. – e o abraçou, selando os lábios de ambos. Ele deu alguns passos para trás e se sentou no banco do piano, com Christine em seu colo, sentada de lado em suas pernas, beijando-se com paixão, explorando aquela sensação nova para ambos. Em meio aos beijos, Christine sentiu algo contra seu quadril, e corou... Ele estava excitado. Era impossível não saber como funcionavam essas coisas quando se vivia num teatro, onde os casais usavam cantos escuros para seus encontros amorosos. Por um breve instante ela parou, sem saber o que fazer, e ele a fitou, apreensivo, talvez com medo de que ela houvesse percebido sua excitação.

Havia receio no coração da soprano: sempre ouvira que uma moça devia ser pura e recatada, e guardar-se para seu marido... Mas ela já cometera tantas loucuras, desde a noite anterior, quando seguira um homem ao qual nunca vira por uma passagem secreta no espelho... Ele lhe mostrara um mundo novo, a pedira em casamento, e ela dormira na cama dele... O que poderia ser mais louco do que isso? Assim sendo, preferiu esquecer a boa educação religiosa que recebera, passou as pernas ao redor dos quadris do Anjo, voltando a beijá-lo, como vira uma bailarina fazer com seu amante, uma vez. Estava assustada, é claro! Era virgem e, embora soubesse o que acontecia entre um homem e uma mulher, não conseguia deixar de ficar nervosa... Mas aquele era seu Anjo! Ele cuidara dela, a consolara quando estivera triste, a ensinara, a amara... E ela o magoara ao lhe tirar a máscara. Ela sentia que mostrar a ele todo o seu amor era o mínimo que podia fazer. Pois ele não se sentia amado, não se sentia digno de ser amado, e ela estava determinada a mudar isso!

— Anjo... – sussurrou ela, mas ele a calou pousando um dedo sobre seus lábios.

— Erik. Para você, posso ser Erik. – disse, num sussurro rouco. Ela fechou os olhos e pronunciou aquele nome:

— Erik – era tão sonoro e delicioso de pronunciar! Abrindo os olhos, ela voltou a beijá-lo, mas o sentiu enrijecer e parar de corresponder – o que foi? Fiz algo errado?

— Christine... Isso é... Eu não... – ele estava vermelho, e isso era, por algum motivo, muito encantador! Ele a segurou pelos ombros e falou, num murmúrio – não é certo. Não posso tocá-la deste modo... Seria... Você não precisa fazer isso.

— Eu quero, Erik – sussurrou ela, fazendo-o arregalar os olhos em surpresa – quero você, exatamente como é, e se alguém achar que nossos atos são errados, ao Inferno com essa pessoa! – ela o beijou – ninguém precisa saber.

Ele a encarou após o beijo, e havia chamas em seus olhos quando a segurou pela cintura, colando seus corpos. Ela sentiu o volume da excitação dele contra sua intimidade, e isso provocou um calor estranho, uma necessidade que ela nunca experimentara.

— Ninguém precisa saber? – perguntou ele, acariciando o rosto dela, tímido e terno – é isso mesmo o que você quer?

Movida por aquela necessidade intensa e estranha, ela o abraçou e começou a beijar o pescoço do Fantasma, que gemeu alto. Beijou-o, e logo em seguida mordiscou a carne exposta, sentindo as mãos dele apertarem com força sua cintura. De repente, sem aviso algum, ele a ergueu nos braços e a carregou consigo para o quarto, deitando-a na cama. Estava ofegante e um tanto trêmulo quando se colocou sobre ela, beijando os lábios, o rosto, o pescoço. A princípio hesitante e tímido, ele se sentia mais confiante à medida que os gemidos dela o incentivavam, e ousou puxar os cordões da camisola dela, abrindo aos poucos o decote. Ela corou quando seus seios ficaram expostos, mas já haviam passado o ponto sem retorno. Erik tocou os seios da moça, levemente a princípio, e então apertando-os gentilmente, beijando-a nos lábios, deslizando a mão pelo corpo dela por sobre a camisola.

Mesmo um pouco assustada, a menina abriu a camisa do Anjo, começando a tocar o peito magro e musculoso, sentindo a maciez dos pelos negros contra sua palma. Tocou com um pouquinho mais de força, sentindo os músculos rijos sob a carne, e tornou a beijá-lo. Ele, porém, lhe deu apenas um breve selinho, descendo então para o colo da menina; estava incerto quando ao que fazer, mas queria muito beijá-la daquele modo: desceu os lábios até os seios nus dela, e começou a explorá-los com os lábios, com a língua, arrancando gemidos de prazer de sua amada, que entrelaçou os dedos a seus cabelos negros, arfando. Ele lhe segurou os pulsos e os prendeu contra a cama, voltando a beijá-la como antes, sentindo uma satisfação inigualável com a sensação de tê-la sob si, entregue, rendida, gemendo e se retorcendo de prazer.

— Erik! – choramingou ela – eu... Eu... – não sabia pôr em palavras o que sentia, porque nunca sentira algo sequer parecido! Ele sorriu e, por uma vez na vida esquecendo de sua deformidade, de seu passado sombrio, sussurrou ao ouvido dela:

— Eu sei. – Levantou-se e se despiu, levemente constrangido com o olhar dela sobre seu corpo, até porque ela também estava vermelha. Sorriu e se juntou a ela na cama, começando a abrir o restante da camisola. Ela o ajudou a tirar-lhe a peça, expondo-se finalmente diante de seus olhos. Corou mais ainda, e baixou o rosto, mas Erik a fez olhar para si, e a tomou num beijo intenso, deitando-a nos lençóis de veludo vermelho, cobrindo-a com seu próprio corpo. Ela gemeu e arfou enquanto ele continuava a explorar seu corpo, e começou a retribuir. Beijou o peitoral firme, arranhou levemente a barriga rija, deslizou as unhas pelas costas largas. Ele também gemia de modo quase incontrolável e, de repente, deitou-a abruptamente no leito:

— Christine, não consigo mais esperar. – disse, ofegante. Ela o beijou e o envolveu com as pernas, sentindo uma pontada de ansiedade ao sussurrar:

— Então, não espere. Faça-me sua, Erik.

Ele a encarou mais uma vez, aqueles olhos tão azuis quanto o céu, cheios de um misto de surpresa e felicidade, como se não pudesse crer em tamanha alegria, e então acomodou-se entre as coxas da jovem; temia machuca-la mas, até onde sabia, um pouco de dor era inevitável. Ela o abraçou com força e, quando ele invadiu seu corpo, num movimento firme e contínuo, as unhas da moça deslizaram pelas costas dele, enquanto ela mordia os lábios e cerrava os olhos com força, numa mistura alucinante de dor e prazer. Contudo, só o que escapou de seus lábios foi um leve gemido. Ele ficou imóvel sobre ela, sentindo-a tensa, seus corpos entrelaçados, fundidos em um só, e beijou o rosto da cantora:

— Você está bem? – perguntou ao ouvido dela. Christine suspirou, relaxando um pouco, acostumando-se à sensação de tê-lo dentro de si, sentindo a dor se dissipar como se nunca houvesse existido. Beijou-o suavemente, e respondeu:

— Melhor do que estive em toda a minha vida.

Ele sorriu e, guiado por instintos que não sabia ter, começou a se mover sobre ela, a princípio devagar, observando o rosto perfeito de sua amada, cuidando para que a expressão dela não tivesse qualquer traço de sofrimento. Aos poucos, contudo, seu autocontrole ia desaparecendo, tanto quanto o dela. Os gemidos de ambos ecoavam um dueto de prazeres, seus corpos se movendo em sincronia, os braços envolvendo um ao outro... Tudo estava perfeito naquele momento, e quando um clímax intenso  se abateu sobre ambos, só o que existia eram eles dois, unidos em corpo, alma e mente, feitos um só em música e em amor.

Saciados após o ato do amor, deitaram-se abraçados, ela com a cabeça no peito dele, as pernas de ambos entrelaçadas. Ambos sorriam e, enquanto ele lhe acariciava os cabelos, ela deslizava a mão suavemente pelo tórax dele. Trocavam beijos delicados e palavras de carinho, e foi assim, abraçado a ela, que o Fantasma disse:

— Christine, ontem eu apenas lhe mostrei um vestido, mas agora quero ouvir de seus lábios: você quer ser minha esposa?

Ela o encarou sorrindo, e beijou-o mais uma vez, profundamente:

— Sim, Erik. É o que mais quero. – felizes, sentindo-se completos, dormiram abraçados, entrelaçados, com apenas uma certeza: nunca mais estariam sozinhos.

*

                Cinco anos depois

                Num parque não muito próximo à Ópera, um casal passeava com seu filho. O homem, de cabelos negros, pele pálida e brilhantes olhos azuis, usava uma máscara branca sobre o lado direito do rosto, algo tomado como apenas mais uma das bizarrices dos que viviam no teatro. Caminhava com sua esposa, braços dados com ela, carinhoso, fitando a beleza da jovem de vinte e um anos, com longos cabelos castanho-claros, olhos castanhos e rosto gentil. E como sempre fazia, ele sorriu ao contemplar aquela a quem amava mais do que a própria vida. Ajoelhou-se diante dela e pousou as mãos no ventre da moça, já bastante volumoso com a gravidez de oito meses; havia uma expressão de pura alegria em seu rosto ao sentir o bebê chutar contra sua palma.

                - Acho que, agora, é uma menina – disse para sua amada; ela sorriu e ia lhe responder, quando o filho lhe chamou a atenção:

                - Gustave, não vá longe sem seu pai, querido! – Rapidamente a criança voltou para perto dos pais: um menino de três anos e meio , olhos azuis quais os do pai, cabelos castanhos como os da mãe, porém lisos e indomáveis, sempre arrepiados, o que arrancava muitos risos da mãe, quando o penteava. A criança segurou a mão da mãe, e chamou:

                - Venha, mamãe! Vamos brincar!

                Christine sorriu e levantou o filho no colo, apertando de leve o narizinho dele, numa brincadeira:

                - Acho que não consigo correr tanto quanto você, hoje, meu amor. Sabe, seu irmãozinho, ou irmãzinha, é pesada...

                - Ela vai brincar comigo? – perguntou Gustave, empolgado.

                - Vai. Com o tempo, vai sim. – sorriu a moça, entregando o filho para seu marido, que sorriu para ela e então se dirigiu ao pequeno:

                - Quer andar à cavalo, garotão?

                - Mas não trouxemos César, papai...

                - Não seja por isso – o Fantasma ergueu o filho e o pôs nos ombros, fazendo o pequeno rir descontroladamente. Christine só conseguia rir, radiante: desde que se haviam casado, seu amado Anjo passara de um homem deprimido e recluso a alguém inspirado e cheio de vida. Claro que ainda era recluso, e havia sempre a maldita máscara, que já fora causa de brigas entre ambos. Christine, por vezes, a jogava no lago, e lá vinha outra briga, que só se interrompia quando ela o beijava e o lembrava do quanto era amado, com deformidade ou não. Mas certamente, o homem brincando com o filho era alguém muito mais feliz e satisfeito com a vida do que o homem que a levara para a Casa do Lago, pela primeira vez. Ele estava feliz. Ela estava feliz. Eram uma família e, mesmo que muitos sussurrassem boatos sobre a estranha família da Prima Donna do teatro – ela assumira o posto definitivamente após outro surto de raiva de Carlotta, que abandonara os ensaios em cima da hora, de novo, deixando os administradores furiosos – poucas famílias podiam dizer-se tão completas e felizes quanto aquela, num manhã ensolarada no parque.


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Notas finais do capítulo

Sim, eu sei que ficou meloso, talvez alguém aí fique com diabetes, maaaassss.... Escrevi no espírito do maior love, então, me perdoem pelo excesso de doçura. Gostaria de saber o que acharam, então, deixem reviews, ok?
Beijos!



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