A filha de Esme e Charles - versão 1 escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 4
Capítulo 4




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23 de setembro de 1919

Pouco depois, Ângelo chega ao hospital ali perto, carregando Esme no colo.

— Por favor, me ajudem. O marido dela estava batendo nela – diz para a atendente.

Logo providenciam uma maca para deitar Esme, é visível que ela está grávida. O médico de plantão e as enfermeiras olham para Ângelo como se ele tivesse batido na esposa e depois trazido ela para o hospital. Mesmo ele parecendo jovem demais para já ter se casado.

Ângelo não se importa de ser mal-entendido, ele só quer que eles cuidem de Esme e salvem o bebê, se puderem.

Esme acorda e olha para cima, já que esta deitada na maca:

— Obrigada – ela diz olhando nos olhos azuis de Ângelo.

— Não fiz mais que o meu dever como policial – ele afaga o rosto de Esme.

Ela grita de dor:

— Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii – ela não queria assustar Ângelo, mas não pode evitar.

— Rápido precisamos levá-la para o centro cirúrgico – diz imperiosamente um médico.

Ângelo observa a maca com Esme se afastar e depois segue para a delegacia. Pensa consigo voltar mais tarde para ver como estão mãe e bebê.

As enfermeiras se preparam para o parto de emergência.

— Já há dilatação – exclama o médico.

Chegam no centro cirúrgico, que mais propriamente podemos chamar de sala de partos. Logo acima da maca Esme percebe uma barra como um poste, mas só que na horizontal. Uma enfermeira a orienta a colocar as pernas ali. Desse modo fica mais fácil o bebê nascer.

— Eu não consigo – diz Esme.

— Você vai conseguir, querida. Faça força.

Ela não se importa que o médico, um homem, a veja dar à luz. Esme empurra para baixo, como se estivesse no banheiro:

— Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

— Já estou vendo o cabelinho – diz o médico. – Continue, querida.

Esme dá uma olhada no médico, por um instante vê Carlisle novamente. Ela pisca pensando ‘Não pode ser’. Olha novamente e percebe que o médico não é quem ela pensou que fosse. Ele é um pouco parecido, mas não é Carlisle.

— Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii – Esme faz força mais uma vez.

— Continue, querida. Está nascendo. Agora posso ver a cabecinha.

— Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii – Esme faz tamanha força par baixo, mais do que pensava que poderia a essa altura. não sabe de one tirou forças, talvez foi com a ajuda da natureza.

— Uééééééé uéeee uéééée...

— Nasceu, é uma menina! – exclama o médico.

— Ela desmaiou – diz uma das enfermeiras.

— Tudo bem – diz o médico, ele é experiente e sabe o que diz. – Geralmente no primeiro filho é assim. Bisturi – ele pede.

Uma enfermeira lhe alcança a faca com que ele corta o cordão umbilical que unia mãe e filha. Coloca a bebê no peito de Esme.

— Como ela chama? – pergunta o doutor a uma enfermeira.

— Segundo o informante, ela se chama Esme Evenson, Dr. – responde uma enfermeira.

— Esme, acorde – o médico chama por ela.

Esme abre os olhos lentamente, primeiro percebe a filha em seu colo e por instinto a ajuda a pegar o seu seio.

— Como vai chamá-la, Esme?

Esme fica meio ressabiada que o Dr. saiba seu nome. Ela pensa e Ângelo deve ter dito, responde para o Dr. e responde:

— Angeline. Ela vai se chamar Angeline - ela iria colocar outro nome em homenagem ao marido, mas depois do que ele fez hoje nem pensar. Angeline veio de repente por causa do nome Ângelo que foi um anjo enviado por Deus. se não fosse por ele talvez elas duas estivessem mortas agora.

Talvez fosse até melhor... O que Charles vai dizer quando ela voltar para casa com a filha nos braços? Será que ele vai expulsá-las?

— É um lindo nome! – diz uma enfermeira.

— Ela passou por tanto e sobreviveu, só mesmo sendo um anjo. Nome adequado – diz outra enfermeira.

Esme sorri e olha para a filha recém-nascida. Ela é mesmo linda como um anjo. Forte como um anjo. Seus olhinhos azuis cintilam para ela.

— Oh minha filha! Eu sou a sua mãe – Esme fala com a bebê e a abraça. - Sempre estarei aqui por você, meu amor.

— Teremos que deixar ela em uma incubadora por um tempo. Ela nasceu prematura – diz o médico.

— Ela vai ficar bem? – pede a nova mamãe.

— Sim, não se preocupe. Muitos bebês ficam na incubadora. Ela precisa ganhar peso para poder ir para casa. Você também tem de ficar alguns dias em observação – diz o médico.

Ainda bem que não vai ter que encarar o marido logo, mas adiar alguns dias o que é inevitável. se não for para lá para onde voltará? Esme pensa na mãe. É a alternativa que se apresenta, não há outra.

...XXX...


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Notas finais do capítulo

Curiosidade: A incubadora foi criada em 1880. https://pt.wikipedia.org/wiki/Incubadora_neonatal
Angeline:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=280937695274854&set=a.280936608608296.59148.100000758776572&type=3&theater



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