A filha de Esme e Charles - versão 1 escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 29
Capítulo 29




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Angeline PDV

Agosto de 1935

Eu lavo meus cabelos geralmente no tanque ou às vezes na janela dos fundos de casa, com copos de água para molhar os cabelos e depois enxaguar o shampoo. Fazendo isso eu molho apenas a cabeça sem ter que me despir.

Quando eu me inclino o meu pingente de coração aparece. Pego na mão e dou um beijo. Assim foi que eu me lembrei do que aconteceu há alguns dias.

 

 << Flashback on:

Dias atrás estávamos na cama quando Charles viu meu pingente de coração:

— O que é isso? – ele pergunta com a mão na joia.

— Meu colar. Recordação da mamãe – respondo ingenuamente.

— Jogue fora – ele puxa forte e arrebenta a corrente. Não é preciso muita força e depois ele joga pela janela.

— Não! - Digo chorando. Mais calma eu reflito e é só ir buscar. Ainda bem, poderia ser pior. Ele poderia ter dado outro fim. Amanhã cedo assim que eu acordar eu vou buscar e colocar de novo.

— Sua mãe está morta, Charlotte. Ouviu? MORTA. Se ela estivesse viva já tinha vindo te buscar, você não acha? Não seja boba de esperar por ela. Esqueça disso.

— Eu sei que ela vem me buscar, sim – digo teimosa. Charles revira os olhos.

— Acredite no que quiser. Mas o fato é que Esme não pode vir te buscar porque ela está morta. E até onde sei mortos não andam – ele dá uma gargalhada diabólica, sombria.

[Ironicamente é meio verdade, Esme está mesmo, tecnicamente morta, só que ela anda e vem me buscar.]

Então ele empurra seu pênis para dentro de mim e eu grito com sua entrada repentina:

— Aiii!

Charles me dá uma bofetada:

— Pare com isso, Charlotte. Toda vez você reclama, mas eu sei que gosta.

— Mas você podia entrar mais devagar – sussurro, sugerindo para ele.

— Não me diga o que fazer, nem como fazer – ele me desfere um soco no peito.

Entretanto ele retira seu órgão de dentro de mim e esfrega a ponta na entrada de minha vagina. Instantes depois, quando ele percebe que estou pronta desliza para dentro seu membro novamente.

— Agora não doeu – aviso ele.

— É bom mesmo – Charles me dá outro soco dessa vez no estômago. Quase perco o fôlego.

Ele enfia ainda mais para dentro (!) e começa seu movimento de vai-e-vem dentro de mim.

— Charles! – solto um gemido de prazer. – Mais depressa.

Ele intensifica ainda mais suas estocadas. Instantes depois ele goza dentro de mim e eu fico extasiada.

Charles fica ainda balançando dentro de mim por alguns minutos.

— Charlotte – ele sussurra.

— Ah Charles!

— Charlotte levanta – ele me ordena. – fica de quatro.

— Não quero.

— Mas vai ficar – ele me puxa para a beirada da cama, me vira e me dá uma palmada na bunda.

— Agora empina. Vai.

Viro as costas e me levanto. Não quero que Charles entre por trás e começo a chorar:

— Charles, por favor, não faça isso. Vai me machucar - que graça ele teria em fazer isso? Não vejo nenhuma.

— Não quero nem saber – ele fica em pé atrás de mim.

Eu tenho medo que ele estraçalhe meu ânus. Depois vai ficar difícil quando eu precisar fazer minhas necessidades. Porém, para meu alivio ele não entrou no meu rabo, mas no mesmo lugar de antes.

Algum tempo depois, Charles me empurra para frente eu caio de cara no travesseiro e ele deita por trás de mim e recomeça seu movimento. Ele beija meu pescoço, mas eu não sinto prazer, sinto-me muito cansada. A expressão é de sofrimento em meu rosto. Quando a tortura vai parar? Será que eu vou morrer antes?

Ele puxa para fora e eu desfaleço totalmente cansada.

Flashback off>>

…XXX…

 

Faz tanto tempo que minha mãe se foi que eu estou perdendo a esperança de revê-la um dia. Minha esperança vai cada vez ficando mais fraca. O tempo realmente pode vencer a esperança.

Acho que meu destino é esse mesmo. Ser a esposa de meu pai e sofrer tudo que mamãe sofreu. Talvez ainda pior porque mamãe não sofreu nenhum aborto e eu já passei por dois.

Bom, ela quase me perdeu prestes a nascer, mas como eu estava quase pronta não morri e sobrevivi. Eu sou uma sobrevivente. Eu sobrevivi às tentativas de Charles me matar quando eu era bebê. Sobrevivi aos abortos espontâneos. Sobrevivo a cada dia às surras que ele me dá.

Possivelmente os abortos foram causados pelas surras dele. Charles me batia muito. Mesmo sem motivo, ou por uma coisinha mínima. A reação dele é desproporcional. Pra mim é exagerada. Mas seja qual for a razão, o fato é que eu perdi dois filhos. Nunca saberemos se eram meninos ou meninas, como Charles disse.

Por puro preconceito, para ele as mulheres são mais fracas. Sei que não é verdade. Nós somos fortes pois temos que aguentar a dor de sangrar todos os meses por cinco dias, mesmo sem ter nos ferido ou qualquer razão externa. As cólicas menstruais são dolorosas e ainda mais as contrações que são de trabalho de parto. Por isso eu penso que ser mulher não é ser fraca, não; é preciso ser muito forte para aguentar por tudo que nós temos de passar. os homens não suportaria nenhum dia sequer.

Mas não somos prevalecidas por causa disso. Os homens podem ter a força física bruta, mas a nossa força é de resistência. Nos deixamos ser dominadas por eles, mesmo sabendo que somos mais inteligentes. Eles tem a força bruta, mas não parecem usar a razão e nem a sensibilidade. Adoro esse livro!

Hoje eu acordei a mesma hora de sempre, mas eu estava na cama de Charles, pois ontem transamos mais uma vez. Era quase sempre assim. Quase todos os dias ele exigia que eu o satisfizesse. Com o passar dos anos ele foi aumentando a frequência em que exigia que eu comparecesse. No primeiro ano de nosso casamento era uma ou duas vezes por semana. Agora que já estamos casados há mais de dois anos, fazemos sexo quase todos os dias. Dia sim e outro não.

Mas Charles não está em casa. Ele deve ter saído depois que eu desmaiei ontem à noite. Todas as vezes eu desmaio, eu fico tão cansada, isso não deve ser normal. Ele pensa que eu sou uma máquina, eu mesma sinto como se fosse uma robô. Mas eu sou uma humana, e esse ritmo não é humano ele exige demais de mim. Ele é ninfomaníaco!

...XXX...


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Notas finais do capítulo

A palavra xampu data de 1877:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Xampu

Razão e Sensibilidade foi publicado em 1811: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sense_and_Sensibility