Army of Angels escrita por gwmezacoustic


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Cheguei, e já cheguei sofrendo ao som de 1000 Hands, que curiosamente é a música tema do próximo capítulo, não perdem por esperar haha.
Boa leitura, seus lindos.



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Quando estamos sozinhos, chego mais perto

Me dê seu calor que nunca conheci

Nos encaramos, presos em um abraço selvagem

Este é o lugar mais seguro que já conheci

 

Ponha seus braços ao me redor, amor

Ponha seus braços ao me redor, amor, e aperte

Só você sabe como me salvar

Ponha seus braços ao me redor, amor, e aperte

 

Lembro da noite em que falava comigo

Dizendo as palavras que eu mais queria ouvir

Me deu seu coração, me deu seu casaco

Quando estava frio

Me levando doce e lentamente

 

Quando estamos sozinhos, chego mais perto

Me dê seu calor que nunca conheci

Nos encaramos, presos em um abraço selvagem

Este é o lugar mais seguro que já conheci

(Squeeze - Fifth Harmony)

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Aparentemente Robert havia convocado os filhos para apresentar um monólogo sobre uma guerra iminente e o quanto ele estava orgulhoso pelo treinamento dos alunos do instituto de Nova York, Simon se sentia mal por invadir um momento tão familiar, mas o fato de Izzy estar por perto, dirigindo vez ou outra algum olhar em sua direção o tranquilizou, ela dissera que ele fazia parte da família agora.

O fato de Isabelle não ter somente o considerado parte da família, mas também confessado que o amava pagava todo e qualquer estresse que poderia ter sofrido durante toda essa situação de guerra iminente, e ele a amava, mais até do que achava possível amar alguém.

Em determinada parte da conversa, Robert havia tomado um caminho relativamente estranho, ele falava sobre todo o envolvimento com a corte Seelie e chegava a mencionar as crianças da noite, fazendo Simon ter leves arrepios ao lembrar de sua primeira missão, na qual tivera que lidar com um vampiro que atacava mundanos próximo ao mercado das sombras, ele não tinha contato com vampiros, mas podia afirmar que não gostava de possuir qualquer tipo de proximidade, ele nem sequer comia carne, a ideia de tomar sangue lhe parecendo algo insano demais para entrar em debate, ele sabia que no fundo sentia certa empatia por eles e toda essa história de submundo, mas não se julgava em uma situação na qual pudesse tentar falar sobre isso com a clave, ele nem sequer conseguira entender a escassez de tecnologia em Alicante, ele adicionou esses pontos em sua lista mental de coisas para debater com Isabelle mais tarde.

Quando sua atenção finalmente voltou a conversa com o mais velho, ele discutia com Alec algo relativo as fadas e Isabelle parecia levemente irritada, talvez fosse a mera menção de ter que estar no mesmo cômodo que Meliorn, mesmo que isso ocorresse por holograma ou qualquer outra coisa estranha que resolvessem usar.

A imagem de Raphael, o líder do clã de vampiros de Nova York, invadiu a sala, ironicamente se posicionando sobre um feixe de luz da janela, se aquilo não fosse uma projeção ele estaria em maus bocados.

— Vamos logo ao ponto: nós queremos algo em troca dessa aliança. - ele parecia cansado demais de qualquer conversa, mesmo que não houvesse conversa, ele literalmente havia acabado de aparecer ali.

— E o que seria? - Robert estava sentado em uma poltrona, o modo como gesticulava expressava clara superioridade.

— Queremos um lugar no conselho. - Raphael era claro até demais, como se tivesse acabado de emergir de uma piscina de farinha, Simon teve que prender o riso ao imaginar a cena.

— Ou nós poderíamos caçar todos vocês, sanguessuga. - o tom de Jace era de pura zombaria.

— Não acho que sejam as crianças da noite a serem caçadas. - Raphael revidou, um sorriso tenebroso no canto de sua boca.

— Vocês tem qualquer contato com a corte Seelie? - Alec perguntou, sua cara não menos fechada que a de Robert.

— Não temos, mas todos queremos a mesma coisa. - ele se referia ao fato óbvio de tanto vampiros quanto fadas terem pedido a mesma coisa em troca.

— Nós analisaremos seu pedido. - Robert anunciou, e Raphael desapareceu sem mesmo antes mencionar uma despedida.

— E então? - Jace batucava sobre a mesa de Robert, recebendo um olhar irritado em resposta.

— A Clave precisa analisar os pedidos, não há o que ser feito antes disso. - respondeu.

— Claro, só espero que a resposta venha antes do próximo ataque. - ele saiu do cômodo antes mesmo de terminar o que dizia, suas palavras ecoando pelo corredor.

— Vocês podem ir. - Robert girou sua poltrona, e Simon descobriu que os Lightwoods compartilhavam esse desejo de reclusão, talvez estivesse no sangue.

. . .

O Gard estava lotado, dessa vez não só de caçadores de sombras, mas vampiros e fadas também, e Simon poderia jurar que os lobisomens seriam os próximos a aparecem, ele estava junto com os demais alunos, descobriu quase tardiamente que sentava ao lado de Alice, que parecia sorridente enquanto debatia algo com George e Sophie, que pareciam grudados demais nas últimas horas, e Simon não os culpava, ele também gostaria de estar com Isabelle.

Isabelle auxiliava sua mãe em algo junto com seus irmãos, aquela fixação e controle típico de sua família podia ser notada a quilômetros de distância, e Simon gostava de admirara mesmo que de longe, sendo a visão interrompida por George que balançava abobalhadamente as mãos a frente de seus olhos.

— Quer um paninho para limpar a baba? - Sophie perguntou, e Simon não conseguiu se impedir de pensar que eles realmente se mereciam.

— Acho que ele perdeu as palavras. - George zombou a clara lerdeza do amigo.

— O que falavam? - ignorou os comentários anteriores.

— Sobre os Lightwoods e o modo como parecem estar superiores a tudo isso. - Alice foi quem respondeu.

— Eles já devem ter vivido algo parecido antes. - Simon deu de ombros, seu olhar voltado a Isabelle, que pareceu finalmente perceber os olhares que lhe eram dirigidos e olhou diretamente para ele, podendo avistar um vislumbre de conversa entre ele e Alice, se abaixando levemente para cochichar algo no ouvido de Max, que olhou para Simon e deu um sorriso enquanto abraçava a irmã e se dirigia as escadas, se aproximando cada vez mais de Simon.

— Isabelle quer que você suba para encontrá-la. - Max encarou Simon, subindo seus óculos que escorregavam pelo nariz - Ela falou algo sobre você poder ter escolhido sentar-se em outro lugar também. - o garoto deu de ombros, sem entender a mensagem total da irmã.

— Certo, garotão. - Simon levantou, sendo acompanhado por Max que pegou em sua mão para completar a travessia até o restante de sua família.

— Izzy... - o garoto cutucou o braço da irmã, pegando sua mão e a unindo com a de Simon que segurava, ela lhe ofereceu um sorriso, apertando a mão em resposta.

— Obrigada, Max. - ela piscou para o garoto que repetiu o gesto e se dirigiu até Magnus e Alec que pareciam querer se afastar do grupo - Eu não posso te deixar sozinho por cinco minutos que já caem em cima? - um sorriso brincalhão tomava seu rosto, a mão de Simon agora posicionada em sua cintura, a puxando para um abraço.

— Você sabe que só você me importa. - ele confessou contra seu pescoço.

— Sim, isso não justifica o fato de invadirem seu espaço pessoal, só eu posso fazer isso. - ela concluiu, sua mão voltando a zapear pelas costas de Simon.

Simon riu em resposta, logo quebraram o abraço e se aproximaram do grupo que parecia estar em meio a uma discussão sobre Valentine. Meliorn encarava suas mãos dadas com um olhar curioso, Simon pensou, puxando Isabelle pela cintura novamente e a abraçando de lado, deixando um beijo leve em sua testa, observando Meliorn desviar o olhar quando Isabelle beijou o canto da boca de Simon, um meio sorriso tomando seus lábios, talvez isso tudo tivesse mais benefícios do que pensava, concluiu.

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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem, comentarem e favoritarem.
Fiquem com Deus e até o próximo.
Beijão, seus lindos.



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