Convergente: O começo de uma nova vida escrita por Jennifer46


Capítulo 6
Uma surpresa inesperada


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo cheio de emoções! Boa leitura!



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–Do que você se lembrou?E quando? - David pergunta.
Vou até uma cadeira perto de um computador e me sento.
–Quando o Quatro chamou o meu nome me lembrei de quando pulei na rede e ela,a Lauren,perguntou o meu nome,demorei a responder ela disse que poderia demorar a escolher já que essa era a única chance de escolher um e eu escolhi Tris - Quatro me olha - e também quando o Quatro segurou o meu braço no refeitório,lembrei de quando nós subimos em uma roda gigante.O que fomos fazer lá?
Ele está pensativo e demora responder.
–É...Foi você teve a ideia de subir lá em cima pra achar a bandeira do outro grupo.
Eu subi em uma roda gigante?!Era muita adrenalina ou eu sou corajosa mesmo.
–Você está lembrando o seu passado rápido,parece um bom sinal.Talvez seja melhor se você volta-se para onde as facções viviam.
–É,talvez sim.
–Venham aqui os dois às 19:00 para eu fazer alguns testes.
–Ok - respondo.
Me levanto da cadeira e saio da sala.Ouço passos vindo em minha direção,Quatro.
–Onde você vai?
–Pra qualquer lugar,de preferência longe de você.
Não ouço mais passos,parece que ele parou de me seguir.Ando pelos corredores,nem sei pra onde estou indo,mas só quero ficar sozinha.Talvez seja melhor eu sair desse lugar e começar uma nova vida,mas sinto que preciso descobrir algo.
Ouço passos vindo do corredor à minha direita.Paro e encosto na parede.
–Você teve muita sorte hein Beatrice.
Ouço um bebê dar gargalhada.O meu nome não é Beatrice?Um bebê com o meu nome?Está tudo muito confuso.Viro o corredor de onde os passos vinham e me deparo com Christina segurando um bebê.
Ela me olha assustada.
–Cade o Quatro? - ela me pergunta nervosa.
–Ela se chama Beatrice?O meu nome não é esse?
–É... O Quatro não te falou nada?
–Falou o quê?
–Meu Deus - ela susurra pra si mesma - Venha Tris,precisamos conversar.
Mais conversa,mais dúvidas.Um bebê com meu nome?Será que tenho uma irmã?Não,isso não é possível,ou... eu tenho uma filha... Não pode ser ela é tão nova,e eu estava em coma.
–É... - preciso perguntar - ela é minha filha?
–Vamos conversar no quarto,ok?
–Por que tem que ser no quarto,não pode ser aqui não?
–Não.
–É o jeito né.
Andamos mais um pouco e chegamos ao quarto.Christina abre a porta e entramos.
–Sente-se.
–Não estou com vontade,quero a resposta.
–Ok,você vai saber daqui a pouco pode segura-lá?
–Por que todos estão assim comigo?!É só falar!É ou não é?
–Você irá saber de qualquer jeito em algum momento,era para o Quatro ter contado isso a você,mas já que estou aqui... - ela respira fundo - Sim,ela é sua filha.
–Como isso é possível?
–Pode segura-lá?Você terá a resposta - diz ela saindo do quarto.
Pego a garotinha,ela me olha, pega em meu cabelo.Uma filha... eu tenho uma filha.Como é possível?Ela me olha e sorri.Ele não me contou nada disso.
Eu fiquei em coma,perdi a memória e tenho uma filha,Maravilha!
Ela me olha,os seus olhos são azuis e o seu cabelo é loiro.Ela é tão linda.
Ouço alguém conversar,vou até a porta e encosto o ouvido nela,Christina e Quatro.
–Você deveria ter contado pra ela!
–Eu iria contar,mas ela queria ficar sozinha e de preferência longe de mim!
Abro a porta e os dois me olham.
–Quando você iria me contar hein?
–Eu iria...
–Eu confiei em você! - digo interrompendo-o - Você perdeu a minha confiança.
Entro para dentro do quarto e fecho a porta e a tranco.
–Tris abre essa porta,por favor! - diz Christina batendo na porta.
Não respondo nada,só me sento na cama e olho Beatrice me olhando com aqueles olhos azuis.
–Ah querida...Está tudo muito estranho.Eu não me lembro do meu passado e tenho uma filha.Sabe,é muito difícil amar uma pessoa que a gente não conhece,mas com você é diferente,você me traz paz,carinho,a esperança de começar uma nova vida - ela me olha atenta.
Como é possível que eu tenha uma filha?Estava em coma!Levanto a minha blusa e vejo uma cicatriz em minha barriga,Ah.
–Preciso reconstruir uma nova vida,longe dessas pessoas.Mas e o pai...Argh,Quatro.
–Tris,por favor,vamos conversar - diz Quatro.
–Vá em bora!
–Tris...
Beatrice começa a chorar.
–Tris,Venha,ela está com fome.
Eu não vou depender desse Quatro.Será que ainda tenho leite? Argh,não.Vou ter que sair desse quarto.Seguro Beatrice no colo e destranco a porta e saio.
–Onde posso dar comida ela, Christina?
Ele me olha.
–Por aqui,venha.
Sigo ela.Viramos em um corredor à direita e entramos em uma cozinha.Tem uma geladeira super grande,um freezer,duas pias e uma janela grande para as pessoas do refeitório pegarem as suas refeições.
Christina abre a geladeira e pega uma mamadeira com leite e me entrega.
–Não está muito frio? - indago.
–Não,o compartimento que as mamadeiras estão fica em uma temperatura razoável.E não me pergunte como eles fizeram isso porque eu não sei,venha.
Ela abre uma porta preta ao lado da janela e saímos no refeitório.
–Sente-se.
Me sento e arrumo Beatrice em meu colo.Assim que ela começou a beber o leite parou de chorar.
–Ah,que beleza,parou de chorar.Eu amo crianças mas não quando elas começam a chorar.
Não falo nada e continuo dar o leite para Beatrice.
–Tris,pode confiar em mim,sabe,eu sou da franqueza e tudo o que eu falo é verdade,tem até pessoas que não gostam do meu excesso de sinceridade.
Sorrio.Verdade é o que eu estou mais precisando.
–Então,vai confiar em mim?
–Só vou te dar uma chance,não terá segunda.
–Ok.Mas você sabe que você e o Quatro tem que conversar né?
–Não temos nada para conversar.
–Tris,vocês têm muito para conversar.Eu sei que ele errou mas imagina,ele perde a memória e você logo diz quando ele acorda depois de 1 ano e meio "Você tem uma filha",você diria isso?
–É,eu acho que não.
–Então dê ele mais uma chance.
–Mas...
–Sem mas,vai dar uma chance ele ou não?
Penso um pouco,e mais um pouco até que o leite da mamadeira
acaba.
–Então? - indaga ela.
–Só vou dar uma segunda chance porque você me convenceu.
Ela sorri.
–Que bom que te convenci.


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