Preciso ter a confiança dela,preciso reconquistá-la novamente. Corro para encontrá-la.
–Tris! Tris!
Preciso encontrá-la.
–Tris!
Ouço alguém chorar,provavelmente deve ser ela.Entro dentro no banheiro e a encontro no chão apoiando a cabeça nos joelhos.
–Tris...
–Não toque em mim!
–Ok.Vamos convesar,te conto o que quiser sobre o seu passado,sobre esse lugar,venha,por favor.
Ela me olha desconfiada.
–Você vai ter que confiar em alguém.Venha.
–Argh - ela resmunga - Espero que não me decepicione.
–Não irei.Vamos voltar ao refeitório.
Ela me segue.Preciso fazer com que ela confie em mim.Mas tenho medo de contar quem atirou nela e ela querer matar o David,apesar que eu quero muito isso,mas não é o certo.
Puxo a cadeira para ela se sentar mas ela rejeita.Se senta em outra cadeira.Até quando ela irá ficar assim?Espero que não seja por muito tempo.Me sento.
–O que você quer saber?
–Quem atirou em mim?
–David.Não faça nada errado.
–Então foi ele.Não prometo nada.
–Tris,por favor,não faça nada.
Ela não fala nada.Fica pensativa.
–O meu nome não é Beatrice?Porque você me chama de Tris?
–Quando você pulou na rede e desceu Lauren,uma garota da audácia, perguntou o seu nome,e você demorou para responder,elas disse que podia escolher um nome já que daquele momento pra frente você teria uma nova vida,e você escolheu Tris.
Outra vez o silêncio paira.É muitos difícil conviver assim com ela.Queria abraça-la,e relembrar os momentos felizes que tivemos,mas tudo foi por água abaixo depois daquele tiro.Parece que aquela Tris se foi.
–Onde o David está?
–O que você vai fazer?
–Eu que faço as perguntas aqui não é mesmo? - ela olha pra mim - onde ele está?
–Lhe digo,mas fique sabendo que vou com você.Venha,aqui é muito grande,você não vai conseguir acha-ló sozinha.
–Pode deixar,eu consigo encontrar sozinha - diz ela levantando.
–Tris...
Seguro o braço dela e nossos olhares se encontram.Outra vez ela fica pensativa,parecendo um pouco confusa.Depois te um tempo ela solta o seu braço da minha mão e vai saindo da sala.Não vou abandona-la outra vez.Corro até ela.
–Não vou te deixar outra vez - digo - e você está indo para o corredor errado,é este.
Ela não diz nada e me segue.Viramos à esquerda e entramos em um laboratório.David está lá em sua cadeira de rodas analisando algo.
–Foi você que atirou em mim! - ela indaga.
A Tris vai até ele.
–Foi,foi um erro,vamos esquecer isso - diz ele se afastado dela.
–Esqucer! Eu não me lembro do meu passado por causa de você! Não é você que está aqui tentando achar respostas!
Ela o agarra pela blusa jogando-o no chão.Não sei como ela fez isso mas foi incrível.Vamos deixar ele sofrer um pouquinho,ele merece.
–Sou eu!
Ele não fala nada e me olha nervoso.Vou em direção a Tris.
–Venha Tris,já chega.
–Me larga!
Ela tenta se soltar,seguro-a mais forte tomando o cuidado de não machuca-lá e a afasto do David.
–Tris,olhe pra mim.
Ela ainda está olhando David estirado no chão.
–Tris,ele nem tem como se defender,por favor,pare.
–Ok! Me solte então.
A solto e ela fica em seu lugar parada.Passo por ela e ela me olha com raiva.Vou até o David e
coloco-o na cadeira de rodas.Tris o encara.
–Minha memória pode voltar?
Ele fica incomodado com a presença dela.
–Sim e não.Pelas minhas pesquisas,você tem 45 por cento de chance de lembrar o seu passado.
Ela fica pensativa outra vez.
–Então eu tenho pouca chance de lembrar o meu passado? Não é o que parece.
Olho para ela.Será que ela se lembrou de algo.
–Se vocês estão se perguntando se lembrei de algo,eu acho que sim.
Parece que nem tudo está perdido.