Convergente: O começo de uma nova vida escrita por Jennifer46


Capítulo 13
Fugitivos


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem novamente,fiquei sem postar por mais de um mês,mas é que minha vida está uma correria.Desculpem mesmo.Espero que gostem e boa leitura!



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   Sou carregada por Quatro por mais alguns minutos.
–Pode me soltar,eu consigo andar - ele me olha - já estamos longe da Erudição.
   Ele não diz nada e me coloca no chão devagar.Tento firmar o meu pé no chão mas não consigo.A dor é muito forte.
    Agora minhas costelas está doendo,o meu pé,à minha perna e à minha cabeça.
–Você não consegue,venha.
   Ele me pega no colo novamente.
–Mas...
–Tris,você não consegue.Me desculpe,se eu não tivesse voltado você não estaria assim - ele me interrompe.
–Você não dev..
    E me beija me interrompendo novamente.Coloco os braços em volta do seu pescoço.
–Vamos,precisamos achar os outros - ele diz em meu ouvido.
    Aceno com a cabeça e seguimos sem rumo pelos becos.
–Onde iremos encontrar eles?
–Não sei - ele responde preocupado.
   O sol já começa desaparecer no horizonte.Já está ficando de noite.
   Um balde cai a nossa frente.Quem o jogou? Nos dois olhamos para cima e Christina está acenando de uma janela do prédio.
–Aqui! Andar décimo primeiro,tem elevador.
    Entramos.Apesar de terem
reconstruídos os prédios,ainda tem alguns caindo aos pedaços por dentro.Entramos no elevador e chegamos no andar que Christina disse.
–Tris! O que aconteceu?
–Longa história.
   Quatro me coloca devagar no chão.Ele abaixa e examina o meu pé.A bala ficou alojada.
–Precisamos de um médico.
–Me desculpe mas somos fugitivos,onde iremos achar algum médico? - Uriah diz a mais pura verdade.
–Temos que achar,ela está com uma bala alojada na perna e no pé - Quatro diz um pouco preocupado.
–Tudo bem,vamos ficar aqui,depois pensamos nisso - digo tentando tranquilizá-lo.
   Ele me olha provavelmente pensando em algum plano.Ele levanta e vai para a janela.Eu sei que ele está preocupado mas ele precisa ficar calmo,o que podemos fazer agora?
   Quatro me olha tentando pensar em algum plano.
–Não podemos sair,você sabe disso,vamos morrer se sairmos daqui,se voltarmos para qualquer facção sabemos que a Erudição estará lá nos esperando.
–Mas se não sairmos daqui,você vai morrer Tris! - Quatro grita sem paciência.
  Não falo nada.Me encosto na parede e fecho os olhos.Respiro devagar para não começar a chorar,pois sei que não irei conseguir parar.Ninguém fala mais nada,só ouço as batidas do meu coração.Fique calma,fique calma,não entre em pânico,não.
–Tris,aqui,preciso trocar o pano. - Quatro diz com uma na mão,que provavelmente é do Zeke.
   Quatro está vestido com uma blusa de frio fina que era de Uriah.Assinto e olho para o pano que está amarrado em minha perna,ele está um pouco encharcado de sangue.Quatro tira o pano e amarra o outro.
–Isso vai doer um pouco.
   Ele aperta o pano bem forte fazendo com que doa mil vezes mais do que estava doendo.
   Volto a encostar a cabeça na parede e fechar os olhos.Quatro segura a minha mão e ouço algumas palavras.
–E depois,para onde iremos?
–Para Chicago...
    Acordo e olho ao redor.Um quarto muito sofisticado.Olho para o lado e há um berço branco.Levanto da cama e vou até ele,Beatrice está deitada dormindo.Beatrice.Pego ela no colo devagar e a seguro firme.Ela não morreu,foi tudo um sonho? Quatro abre a porta e me vê segurando Beatrice e dá um sorriso.Ele vem até mim e me abraça.
–Foi só um sonho,não precisa ter medo,estamos todos a salvo,uma família feliz.
    Sorrio e dou-lhe um beijo.
–Parecia tão real.
–Tris,acorde.
    Olho para ele tentando entender o que ele quer dizer.
–Tris,acorde.
   Abro os olhos e vejo Christina à minha frente.Olho ao redor e e volto a realidade.
–Alguém entrou aqui dentro,Quatro foi ver quem é.
   Tento me levantar mas Christina me impede.
–Fique aqui.
    Olho para Christina e fico quieta.Fico atenta,mas não ouço nada.
–E se tiverem pegado ele? - digo aflita.
   Eles me olham e não dizem nada.Zeke vai até a porta do elevador segurando um pedaço de madeira.Ouço um barulho,o elevador está subindo.
–Vem Tris - Christina me ajuda a ficar em pé.
   Ela me ajuda a sair do rumo da porta do elevador.Fico atrás de uma pilar.Uriah também leva Shauna para trás de uma pilar.Zeke levanta a madeira,pronto para acertar quem estiver dentro do elevador.A porta abre e vejo Johanna,Quatro e um homem segurando uma maleta.Zeke abaixa a madeira e olha os três.Johanna está segurando uma sacola.Eles vêm até mim.
–Quem é esse? E como nos acharam aqui? - Zeke indaga.
–É um médico,e também queria saber a resposta da segunda pergunta. - diz quatro.
    Johanna olha para a minha perna e para o meu pé.
–Nossa!
   Quatro me ajuda a sentar  e encosto na pilar.
–Por favor Henry,pode cuidar dela? - Jhoanna pede gentilmente.
   O homem acena com a cabeça.
–Vamos ver o eu posso fazer.
    Ele abaixa até mim e abre a maleta.Há duas agulhas e outros instrumentos que não conheço.
   Henry desamarra o pano da minha perna e examina.
–Terei que aplicar uma anestesia local para retirar a bala.
    Assinto.Ele pegar a agulha.
–Então,como nos achou? - pergunto tentando desviar a atenção da agulha.
   Jhoanna olha para mim e respira fundo.
–Todos já estão sabendo que vocês invadiram a Erudição,estão dando até alguma recompensa para dizerem onde vocês estão.Assim que fiquei sabendo vim pra cá,sabia que vocês precisariam de algo.
    Quatro olha pra ela desconfiado.Sinto a agulha e minha perna fica um pouco rígida.
–Daqui cinco minutos o efeito agirá.
   Assinto.
–A gente não invadiu a Erudição,foi eles que nos levaram a força - digo,já sentindo menos dor.
–A Erudição está espalhando por aí que vocês invadiram o prédio e mataram a mãe do Quatro e sua filha sem piedade.
–O quê? Isso não é verdade! Não é! - minha visão começa a embaçar por causa das lágrimas.
–Tris - Quatro segura a minha mão - fique calma.
   Balanço a cabeça tentando parar de chorar.Depois de um tempo enxugo as lágrimas.
   Johanna olha pra mim com um olhar de pena.
–Aqui - ela abre a sacola e entrega uma garrafa de água para cada um.
    Bebo a água toda e coloco a garrafa no chão ao meu lado.
–Também trouxe pães. -ela entrega um pão para cada um.
    Quatro olha o pão com desconfiança.
–Você não colocou aquele soro da paz aqui não,né? - ele indaga.
   Ela olha pra ele.
–Provavelmente você está com fome,ou você come o pão ou não come.
   Ele olha pra ela e dá uma mordida no pão.
   Henry retira a bala e enfaixa a minha perna,depois faz o mesmo em meu pé.Acabo de comer o meu pão.
–Vou levar vocês para a Amizade,se quiserem.
–Bom,nós vamos para Chicago,mas se nos levar até a Amizade
agradeço. - Quatro diz.
–Talvez posso levar vocês até lá.Vamos?
   Quatro vem até mim.
–Eu posso andar - digo me levantando.
  Mesmo assim ele me pega no colo.
–Não pode não.
  Vamos para o elevador.Eu,Quatro,Johanna e Henry fomos os primeiros a descer,depois Zeke,Uriah,Shauna e Christina.
–Venha,o carro está estacionado por perto.
–Vocês estão com armas aí? - Quatro pergunta.
    Christina faz que sim.
–Ótimo,pois a Erudição pode estar nos esperando.
    Saímos do prédio e somos guiados pelo beco escuro,que é iluminado pela lua.Viramos a esquina e mais a frente vejo um carro preto.
   Ao chegarmos ao carro,vejo outro atrás dele,também preto,quase invisível nesse escuro.Há dois guardas armados parados perto do carro.Eles nos olham surpresos.
–Tris,Quatro,Henry e Gael nesse carro.Os outros no outro carro.
  Quatro abre a porta de trás me ajuda a entrar.Ele entra pela outra porta e Henry também,Johanna se senta no banco da frete e Gael vai para o banco do motorista.Ele ascende o farol para sair do beco mas depois apaga.
–Provavelmente irá ter guardas no portão.
–Já cuidei disso,eles estão desacordados e amarrados,não queria fazer isso mas era o único jeito de passarmos.
   Quatro não diz mais nada,só olha pra frente,provavelmente pensando na possibilidade deles terem conseguido se desamarrarem,ou ter chegado mais guardas.Temos que contar com a sorte.
   Passamos por mais algumas ruas até chegarmos ao portão,paramos e olhamos atentos se não há ninguém.O guarda do Carro de trás desce e vai até o portão.Ele digita a senha e o portão abre,e ele volta para o carro.Ninguém,muito estranho.
   Passamos devagar pela plantação,com o farol ainda apagado.
–Meu guarda pode levar vocês até a cidade,afinal,aqui vocês são fugitivos.
  Olho pra ela.Fugitivos.Tento ocupar a minha mente com coisas alegres,pois se eu começar a pensar no que eu passei nas últimas horas,vou começar a chorar novamente.
  Começo ver as luzes,e carros.Lógico que a Erudição estaria aqui.
–Vá direto. - Digo ao motorista.
   Ele olha pra Johanna e ela não diz nada.
   Consigo ver alguns guardas armados.Um entra na frente do carrro.
–Vá direto! - grito.
   Ele olha novamente para Johanna,ela assente.
   Gael acelera o carro e o guarda sai da frente do carrro.
–Se abaixem!
  Por alguns segundos vejo Caleb apontar uma arma para nós.
   Ouço alguns tiros.Gael continua dirigindo.Olho para Henry e ele foi baleado no braço.-Pare o carro.
Gael não me ouve.
–Pare o carro!
Ele para imediatamente.
–Eles vão nos alcançar!
–Henry,saia agora! E diga que não sabe onde iremos.
Ele nos olha e desce.
–Vá Gael.
Ele nos olha e depois volta a dirigir.
–Por que você mandou ele sair? - Johanna pergunta.
–Porque ele vai poder ter cuidados médicos,e eu sei que não vai matá-lo.
Ficamos por um tempo em silêncio até que passamos pelo portão.
–Nenhum sinal da Erudição,estranho. - Quatro comenta.
Agora estamos em um deserto.Gael dirige até que consigo ver cinco carros vindo em nossa direção.
–Provavelmente o David ficou sabendo.
Olho para trás e há os carros da Erudição também.
–Temos outra companhia,a Erudição - digo.
Gael acelera.Se conseguirmos sair dessa,será um milagre.


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Notas finais do capítulo

Agradeço a vocês que me acompanharam até aqui,vou tentar não sumir novamente.Bjs e até o próximo capítulo!



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