Lucky Strike escrita por ladyenoire


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Como sempre, obrigada pelos favoritos, comentários e acompanhamentos!!!
Boa Leitura!!!



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Depois de abrir todos os presentes e mandar mensagens agradecendo seus colegas, Marinette andava de um lado para o outro com o celular na mão, pensando se deveria ou não mandar uma mensagem para Adrien, embora ainda estivesse meio cabisbaixa.
— Acho que você deveria ligar. - Tikki surgiu fazendo Marinette dar um pulo assustada.
— Também acho, mas não consigo. - segurou o celular com força.
— Marinette, sua tia está aqui. - Sabine chamou.
— Já estou indo. - a azulada respondeu guardando o celular. - Á noite eu vejo isso, agora preciso ir lá.
A tarde de Marinette se resumiu em receber alguns parentes em casa para comemorar seu aniversário. A garota ficou muito feliz em saber que todos se importavam com ela.
Mais tarde, quando todos foram embora, depois do jantar, Marinette foi para o quarto mergulhar no dilema de agradecer Adrien ou não.
*
— Acha que ela gostou?
— Eu ainda acho que ela gostaria mais de camembert, mas flores são legais. - Plagg falou.
— Camembert? Definitivamente você não entende nada de garotas. - Adrien riu.
— E como poderia? Sou um kwami.
— Certo, certo. - encarou a noite - Acho que vou ter que ir a casa dela para ver se ela gostou do presente.
— Lá vai você com essas ideias malucas. - o modelo não deu ouvidos e logo tratou de colocar seu traje, saindo pela janela em seguida.
Chat Noir foi saltando de prédio em prédio até que lembrou de algo muito importante.
— Plagg, eu esqueci o presente da Marinette.
— Mas você já não deu?
— O Adrien deu. O Chat Noir não. - Plagg resmungou alguma coisa e o felino foi até uma banquinha que vendia flores diversas. Pegou uma gardênia branca sem que o senhor visse porém deixou o valor da mesma no balcão e foi até a casa da azulada.
— Uma flor só?
— Ah, Marinette não vai ligar. Aliás eu não ia conseguir pegar um buquê sem que ele visse.
— Podia ter comprado outra coisa. Você já deu flores.
— Não faço ideia do que eu poderia dar para ela. Mas garotas adoram flores, bem, normalmente.
— Certo, vai logo ou ela vai estar dormindo quando você chegar. - Chat Noir balançou a cabeça rindo do kwami e continuou o trajeto.
Assim que chegou na casa de Marinette, viu ela jogada na cama olhando para o celular. Chat Noir entrou com cuidado para não fazer barulho.
— Boa noite, princesa. - falou colocando a mão livre nos olhos dela.
— Oh meu Deus, quem será? - ela ficou de pé rindo e virou para ele. - Chat Noir! Nunca imaginaria. - ela fingiu surpresa e os dois riram.
— Como poderia deixar de vir no aniversário da garota mais bela de Paris? - Marinette corou de leve. - Parabéns, princesa. - tirou a mão das costas com a gardênia e entregou para ela.
— Ah, Chat! - ela sorriu sincera e segurou a flor - Muito obrigada! - ela o abraçou e depositou um beijo na bochecha dele. Marinette cheirou a flor e a colocou em um porta canetas. - Amanhã irei fazer um vasinho para ela.
— Que bom que gostou. Mas pena que você já ganhou algo maior e melhor. - apontou para o buquê de tulipas que ele mesmo havia dado.
— O que interessa é a intenção, não a quantidade. - sorriu e Chat percebeu que foi um sorriso um pouco desanimado.
— Está tudo bem? Não gostou do buquê? - perguntou receoso.
— Eu gostei sim, só que... - virou-se para ele - Sabe aquele garoto, o Adrien? - o loiro assentiu - Ele que me deu, e eu não sinto como se tivesse sido de coração.
— Como assim?
— Bem, hoje ele mal falou comigo. - torceu os lábios olhando para baixo - Apenas me desejou feliz aniversário e não disse mais nada. Até parece que deu o presente só por obrigação. - riu sem humor - Mas mesmo assim eu sinto que devo agradecê-lo. - segurou o celular com força - Só que eu não consigo.
— Ei, não pense assim. - se aproximou dela - Garanto que ele ficou mal por não ter falado e mandou o presente, não só pelo seu aniversário e muito menos por obrigação. - foi a vez dele olhar para o chão.
— O que quer dizer?
— Marinette, você sabe o que significam tulipas brancas? - ela negou com a cabeça e ele levantou o olhar para ela - Significam perdão. - a garota deu um passo para trás batendo na escrivaninha.
— E-Eu não sabia. - abriu a boca. - Vou ligar para ele, antes que seja muito tarde. - a azulada pegou o celular procurando o número de Adrien e Chat Noir deu um pulo.
— NÃO! - Marinette tapou a boca dele.
— Shh! - arregalou os olhos. - Alguém pode ouvir você.
— Desculpe. - riu de leve - Mas ligue depois, pois agora nós vamos... é, conversar.
— Tudo bem. - a garota colocou o celular em cima da mesa e foi até sua cama, seguida pelo gato - Sobre o que quer conversar? - Chat Noir encarava o sorriso sereno dela, enquanto decidia se entrava no assunto que queria ou não. É o aniversário dela, melhor deixar isso para o outro momento.
— Me conte como foi seu dia. - os dois sentaram na cama e ele sorriu se inclinando na direção dela. - Garanto que recebeu muitos presentes.
Após muita conversa, Marinette estava ficando com sono e Chat Noir se despediu para ir embora.
— Ah, Chat. - a azulada chamou o amigo, antes que ele saísse pela janela. O garoto permaneceu de costas e a encarou por cima do ombro - Qual o significado de gardênias? - ele sorriu de canto.
— Boa noite minha princesa. - saiu pela janela sem responder, deixando Marinette atônita. A azulada abriu a gaveta do criado-mudo, onde estava seu ioiô.
— Tikki, pesquise para mim o significado de gardênias. - a kwami surgiu, confirmando e em seguida fez a pesquisa. Marinette começou a ler sobre a flor que descobriu ser originária da China. Mas quando leu o que significava, sua boca abriu e em seguida, a mesma soltou uma risada balançando a cabeça.
— O que foi? - perguntou kwami.
— "Gardênias podem significar pureza, sinceridade, doçura e também pode ser o símbolo de um amor secreto".
*
Assim que Marinette avistou Adrien, respirou fundo e caminhou na direção dele.
— E-Eu queria agradecer p-pelas flores. - tentou não gaguejar, mas quando olhou nos olhos dele, se perdeu um pouco.
— De nada. - ele sorriu - E me desculpe por não falar muito ontem é que eu estava meio mal, sabe. - mentiu. Os dois ouviram Nino chamando o modelo e antes que ele falasse algo, Marinette se manifestou.
— Está tudo b-bem. - ela sorriu, vendo ele se afastar em seguida. A menina correu para o banheiro e quando se certificou que estava sozinha, tirou o ioiô da bolsa - Tikki, ele se desculpou mesmo. - sussurrou para a kwami. - Não vejo a hora de contar para o Chat.
— Você e Chat andam muito próximos, não é? - Tikki comentou.
— Que isso, somos só amigos. - Marinette corou. - Vamos logo se não eu vou me atrasar para aula, mesmo tendo chegado cedo. - falou antes que a kwami comentasse mais alguma coisa.
A azulada estava voltando para a sala de aula, quando Nino bate no ombro dela e sai furioso na direção contrária.
— Nino, espera! - Adrien grita na porta.
— O que aconteceu? - perguntou Marinette.
— Problemas de família. - o modelo suspirou - E também o Diretor deu uma bronca injusta nele.
— Como assim?
— Confusão com a Chloé. Adivinha quem saiu impune, mesmo sendo culpada? - o garoto cruzou os braços e olhou de soslaio para a loira.
— A filha do prefeito, obviamente. - Marinette revirou os olhos e Adrien riu de leve da careta que ela fez.
— Adrien e Marinette, podem fazer o favor de entrar e sentar em seus lugares? - a professora chamou a atenção dos dois.
— Mas o Nino... - os dois tentaram contrariar mas foram cortados.
— Ele não é problema de vocês. Agora sentem-se. - eles suspiraram derrotados e sentaram em seus respectivos lugares.
— Ué, cadê a Alya? - assim que terminou a frase o celular de Marinette vibrou no bolso. Ela viu que era uma mensagem de Alya, e leu com cuidado para não ser pega. Assim que terminou de ler, suspirou. Ela não viria hoje.
— Alya Césaire? - a professora chamou.
— Ela não vem hoje. - disse Marinette desanimada.
— Ah, então porque não senta com o Adrien, Marinette? - a professora sugeriu - Irei passar um trabalho de dupla e ninguém pode ficar sobrando. - a azulada assentiu e sentou ao lado do loiro, no lugar de Nino.
— Oi. - Adrien disse próximo ao ouvido dela, fazendo ela se arrepiar.
— O-Oi. - virou devagar na direção do garoto.
— Bom, agora irei passar as questões no... - a mente de Marinette viajou nos olhos perfeitos de Adrien.
— Estou preocupado com Nino. - ele disparou fazendo ela sair do transe.
— Ah sim, é... eu também.
*
— Marinette, alerta de akuma. - Tikki avisou assim que azulada entrou no banheiro.
— A luz do dia novamente? Muito estranho. - correu até a sala de aula e pegou o traje na sua mochila. Assim que se vestiu, apertou os brincos mandando um alerta para Chat Noir e logo o acessório mudou de preto para estampa de joaninha.
Ladybug saiu pela janela jogando seu ioiô e quando olhou para cima, viu algo inusitado. Várias pessoas estavam presas em bolhas esverdeadas.
— Olá Ladybug, vejo que veio se juntar a festa. - disse um garoto em cima da Torre Eiffel, vestido de vermelho e preto, usava uma máscara preta com alguns detalhes em azul e um capuz cobrindo sua cabeça. Ele tinha um enorme fazedor de bolhas preso nas costas e um olhar debochado. Akuma.
— Quem é você?
— Eu me chamo Bubbler e acho que Hawk Moth tem negócios para acertar com você e seu parceiro idiota.
— Ei, não é educado ofender pelas costas. - Chat Noir chegou se posicionando ao lado de Ladybug. O garoto riu.
— Certo, certo. Mas eu não estou afim de lutar muito, então vamos logo com isso. - Bubbler puxou seu soprador de bolhas e começou a jogar várias nos heróis que usavam seus acessórios para desviar, com uma sincronia perfeita.
Após desviar de todas as bolhas lançadas, eles ficaram em posição e Chat Noir deu um sorriso debochado para o garoto.
— Não sorria tanto, Chat Noir, pois ainda não acabou. - o vilão estalou os dedos e as bolhas que antes os heróis haviam desviado, começaram a voar ao redor deles formando uma maior e envolvendo eles em seguida. - Eu até levaria vocês ao Hawk Moth agora, mas ainda tenho contas a acertar. - falou se aproximando. Chat Noir olhou para o garoto e notou uma certa familiaridade.
— Nino? - sussurrou.
— Volto já. Afinal, vocês não vão sair daí mesmo. - riu e chutou a bolha, fazendo com que ela subisse para os céus, junto com as outras.
— Chat! - Ladybug falou apavorada e abraçou o felino que estava em choque demais para expressar outra reação.
— Aquele garoto, ele estuda no mesmo colégio que eu.
— Quem?
— O Blubber.
— Você o conhece? - indagou arqueando uma sobrancelha.
— O nome dele é Nino.
— Nino? - Marinette pensou no seu colega, mas não seria ele, seria? Se bem que o jeito de parar, caminhar e falar parecia. - Essa não, o Nino foi akumatizado!
— Você o conhece também? - ela assentiu e Chat sentiu uma pontinha de felicidade. Estava cada vez mais perto de saber a identidade de sua lady, todavia, aquele não era um momento adequado para comemorar.
— Como vamos sair daqui? - Marinette esmurrava a bolha, todavia nada acontecia.
— Posso usar o Cataclysm, mas a queda vai ser grande. - o garoto olhou para baixo enquanto franzia a testa.
— Hum. - Ladybug fez o mesmo. - Podemos nos achar um jeito de nos pendurar na Torre. - ele assentiu. - Você joga seu bastão e eu nos penduro com o ioiô.
— Entendi. Cataclysm! - disse e o brilho negro envolveu sua mão - Preparada? - Marinette queria dizer não, no entanto não havia tempo para isso, eles precisavam salvar Paris. Ela apenas assentiu e o loiro tocou na bolha, fazendo a mesma estourar.
— Joga o bastão! - Ladybug gritou e Chat Noir o fez. Eles se esticaram e seguraram firme as mãos enquanto a heroína lançava seu ioiô no bastão. Logo que prendeu, a joaninha abriu os braços fazendo com que as asas diminuíssem a velocidade da queda e assim eles conseguiram cair rolando no chão de uma distância baixa o suficiente para não se machucarem tanto.
— Podia ter sido um pouso melhor, mas eu estou inteiro, então não vou reclamar. - Chat Noir ficou de pé enquanto Ladybug puxava com força o ioiô fazendo o bastão vir na direção deles. Antes que atingisse em cheio a heroína, o felino conseguiu pegar. - Obrigado.
— Eu que agradeço. - estreitou os olhos procurando por Bubbler. - Ali. - apontou para o garoto saltando em alguns telhados próximos.
— Vamos. - Chat Noir saiu correndo determinado. Nino era seu melhor amigo e ele queria de qualquer forma ajudá-lo. - Nino! - chamou assim que pararam atrás dele, antes que ele capturasse mais pessoas.
— Nino não existe mais, eu me chamo Bubbler. - trincou os dentes - Eu não sei como saíram da minha bolha mas Hawk Moth não vai ficar nada feliz, então eu vou levar vocês para ele agora mesmo.


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Notas finais do capítulo

Como sabem, haverá a segunda temporada de Young Gods (obrigada novamente por darem ideias. E quem não deu, pode dar se quiser), porém eu queria saber do que vocês gostariam de ver em uma próxima fanfic? Obviamente não vou escrever três ao mesmo tempo, mas eu só queria opiniões pra eu ir pensando já, porque não faço ideia de como poderia ser.
Enfim, espero que tenham gostado do capítulo ♥ Beijos xx



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