Capítulo 8 - She was in danger

Ela a olhou com piedade, uma cara de dó. Embora Sam detestasse quando alguém sentia ou expressassem sentir dó dela, pois esta se sinta fraca, vulnerável. Apesar de conviver com este tipo de sentimento e olhar todo este tempo, ela ainda conseguia se sentir mal.

Realmente, não era algo fácil e que ela superaria em uma noite, ia muito além disso.

Tentou se tranquilizar, tinha parado de tentar contar o tempo por que o mesmo nunca estava ao seu dispor, o tempo... Para ela era algo coisa vital, quando desejado que ele passasse logo ele não passava, e quanto mais alguém desejasse que o tempo voasse este simplesmente resolve contrariar. Sam apenas queria viver seus último dias feliz, porém o destino deve ter muita raiva de si á esse ponto.

Aquilo era o que Sam achava todo aquele tempo, se tornava cada vez mais difícil se encher de pensamentos positivos conforme os dias avançavam. Era diferente do começo, ela costumava ser sempre positiva e adorável para com todos, agora a estrela dentro dela parecia estar gasta demais para brilhar novamente.

—Samantha eu realmente sinto muito -Lúcia falou enxugando as lágrimas na barra da saia do vestido. Embora estivesse triste a menina pálida não pode deixar de sorrir e pensar em como ela deveria ter conhecido Lúcia antes, ela era do tipo de pessoa que emanava felicidade e pureza.

—Você não dever se sentir assim, hãm sabe você não tem culpa - a menina sorria vendo a amiga secar as suas lágrimas, sem capacidade de juntar palavras boas o suficiente para formular uma frase para demonstrar o quão contente ela estava se sentindo por a amiga estar ali.

Lúcia sorriu relutante, tentando esconder sua tristeza.

—Bem, acho que é melhor você ir para os seus aposentos, já é tarde e amanhã de manhã iremos partir a bordo para ver aonde Carrie vai nos levar - a garota fez uma careta ao pronunciar o nome da rapariga e tornou a sorrir, evitando mostrar sua preocupação.

—Tudo bem então - Sam balançou sua cabeça sorrindo de leve.

Passou alguns minutos pensando no que faria nestes últimos dias eu foi para o seu aposento. Talvez devesse para de questionar e se preocupar, e apenas viver. Com este pensamento ela adormeceu como uma pedra.

***

Acordou com a  cabeça latejando como se  estivesse com ressaca. Fez uma careta fechando seus olhos  como se isto pudesse afastar a dor de alguma maneira. Se dirigiu ao banheiro e jogou um punhado de água fria em seu rosto fazendo com que sua cabeça doesse mais.

Pegou uma aspirina em sua cômoda e a engoliu sentindo sua garganta arranhar.

Prendeu seus cabelos em um desajeitado rabo de cavalo, após fazer sua higiene matinal restante pegou uma bolsa de viajem com algumas roupas e comida,  caminhou até a sala dos Quatro Tronos em passos lentos.

Suspirou pesadamente distraída com seus pensamentos, a cada passo que ela dava pelo corredor conseguia ouvir alguns sussurros vindos do de um quarto com a porta semi aberta.

—Não minha senhora, ela parece desconfiar de mim, sim eu sei. Tenho noção de que devo liquida-la antes que eu ponha tudo em jogo.

A dona da voz estava realmente irritada, e parecia andar em circulos nervosa.

—Ah ta bom! Lembre-se que você só existe por que eu existo, - apesar de sua situação a voz debochava - amanhã de madrugada estaremos na Mesa de Pedra,as coisas não estão ao todo como estavámos esperando, contudo ao menos está dando certo!

Sam encostou seu ouvido na parede, imaginando se a dona da voz estava falando sozinha.

— Pela Juba do Le...Pf você pode falar mal de todos e eu não posso me expressar? Certo senhora,você tem sorte de me ter como sua leal soldada, e eu estou me portando de maneira imprudente. Olhe tenho que desligar antes que alguém saiba com quem eu estou me comunicando,afinal estamos falando dos Pervensie. Até a Mesa de Pedra

O coração de Sam pareceu parar quando percebeu que a pessoa estava prestes a sair de seu quarto.