Capítulo 5 - She was in love

Após o jantar todos foram se dirigindo para o seus quartos em meio ao corredor escuro, Sam sorria abobada pensando que pela primeira vez ela tinha conseguido conversar com Edmundo sem que Carrie os interrompessem. Isso era um avanço, um avanço bom até, embora quando Carrie entrava em cena Eddie parava tudo para observa-la.

Foi com estes pensamentos distraídos que ela não percebeu que a mulher a qual ela fora apresentada no jantar, Elisabeth, estava parada na porta de seu quarto apontado uma flecha para ela.

— Quê diabos? –  a garota exclamou assustada com a cena.

—  Não fale nada, posse te matar aqui e agora.  –  Sam nunca tinha sentido tanto medo em sua vida quanto ela sentia agora.

—  O quê aconteceu? Olhe eu não sei o que está…

—  Calada! –  a mulher sussurrou como se estivesse prestes a soltar a flecha de seu arco e acertar o olho de Sam. –  me responda apenas uma pergunta, você é Jadis?

—  Ahn? –  a garota perguntou confusa, a flecha apontada para ela a deixava desnorteada.

—  Não brinque comigo garota. –  ela parecia rosnar.

—  Eu juro que não sei do que você está falando! –  lágrimas de desespero pareciam começar a se formar no canto dos olhos castanhos de Sammy. –  Por favor, eu juro…

Elisabeth fez uma expressão de desgosto e quando estava prestes a soltar a flecha, um braço entrou em sua frente, fazendo com que ela errasse a mira, e a flecha passasse raspando na bochecha de Sam.  A mulher pareceu ter gelado.

—  Rei Edmundo. –  Sam sussurrou aliviada, deixando algumas lágrimas de dor e pavor descerem pelos seu rosto.

—  O quê raios foi isso? –  Eddie parecia estar bravo, olhava furioso para Elisabeth que parecia procurar um motivo para justificar sua atitude.

—  Ela podia ser Jadis. –  ralhou a mulher.

—  Não me importa, Samantha é de confiança.  

—  O quê está acontecendo? –  Caspian saiu de seu aposento vestindo um roupão.

—  Elisabeth tentou matar a Sammie. – Edmundo gesticulou furioso.

Apesar da situação, Samantha corou achando que ele jamais saberia seu apelido.

—  O quê diabos é todo esse barulho? –  Carrie saiu de seu quarto irritada, e como de costume o olhar de Edmundo a acompanhou.

—  Não tem problema, –  me pronunciei –  Elisabeth só estava fazendo seu trabalho. Eu vou dormir. –  disse me direcionando para o meu quarto.

—Ah não vai não- Edmundo falou assustando a garota, era raro ele se direcionar única e exclusivamente para ela. Todos os olhares se voltaram para o moreno que corou da cabeça aos pés, –  eu irei fazer um curativo. –  justificou envergonhado.

Carrie me fuzilou como se Sam estivesse fazendo algo muito errado e Elisabeth revirou os olhos e disse muda, “Estarei de olho em você.”

— Boa noite. –  Caspian disse se retirando, alegando que resolveria esse problema no dia seguinte.

Edmundo levou Sam para um quarto em outro corredor um pouco distante dos outros quartos, e a fez se sentar em uma cama. O moreno se aproximou do rosto da menina que não conseguia se mover assustada, ele deslizou seu dedo pelo seu rosto pálido até chegar perto do ferimento, fazendo com que Sam sentisse todo o seu corpo se arrepiar com o toque. Logo ele se afastou.

— Ainda bem que foi só um ferimento superficial, –  ele sorriu fazendo com que Sam sorrisse torto de volta para ele. Ele pegou um algodão e o mergulhou no álcool – isso pode arder um pouco —  avisou e Sam fez uma careta ao fazendo rir.

Assim que ele encostou o algodão com álcool na ferida Sam gemeu baixinho resmungando que ardia e Eddie sorriu. O garoto pegou um curativo e colocou na bochecha da garota, voltando a ficar próximo da mesma. O moreno acariciou o rosto de Samantha involuntariamente, entreabrindo seus lábios. A única coisa que ele conseguia pensar no momento era no quanto ele gostaria de beija-la, afinal, já fazia um tempo que ele queria fazer isto.

Se aproximou delicadamente da menina selando seus lábios carinhosamente, Sam não demorou alguns segundos para poder processar o que acontecia no momento, até se deixar levar. Fechou os olhos se entregando aquele momento, sentindo milhares de explosões em seu peito, seu coração batia rápido.

O beijo durou o máximo que os dois conseguiram, estes compartilhavam um sentimento tão puro e dócil que era simplesmente impossível de se explicar com palavras. Contudo, como nem tudo é um mar de rosas, a imagem de Carrie veio a mente de Sam, era ela a garota por quem Edmundo estava apaixonado, não ela. Afastou o moreno com um sorriso triste.

— Me desculpe por isso Eddie, ambos sabemos que você está apaixonado na verdade pela Carrie, me desculpa mesmo.

Dito isso, ela saiu correndo do quarto, deixando o rei sozinho com seus pensamentos.