Falling escrita por Lohane Pinheiro


Capítulo 5
Capítulo V - Another Set Of Wings


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde folks! Boa notícia, ESTOU DE FÉRIAS!
Com isso eu vou poder escrever os capítulos mais rápidos e sair da primeira metade da fanfic, amem!
No capítulo de hoje vamos voltar um pouco no tempo, vamos entender um pouco o que aconteceu para chegarmos a Ariel. Estão preparados? lá vai



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Londres, 1980

Carter era oficial da marinha britânica, no auge da carreira. Tinha 30 anos e arrancava suspiros de algumas mulheres quando passava vestindo sua farda. Naquele dia em especial ele estava indo resolver um assunto no centro de Londres, tinha uma maleta nas mãos e o jornal em outra, um vento começou do nada, sacudindo uma árvore logo a frente de onde ele estava. Carter deu um olhada no jornal enquanto ainda andava na calçada, se distraiu e acabou indo para o meio da rua, uma folha foi de encontro ao seu rosto

— Mas que droga... – ele tirou a mesma de seu rosto e o jornal caiu de suas mãos – ótimo – Carter ouviu uma buzina alta, ao se virar viu um carro vindo na sua direção, ele ficou sem reação, o carro continuava a buzinar e cada vez chegava mais perto. Alguém segurou seu braço e puxou-o para a calçada novamente, o carro passou reto e por pouco não atinge Carter e cheio 

— Está tudo bem? – Carter olhou para a pessoa que tinha acabado de salvá-lo e era uma mulher, linda, de cabelos castanhos escuros, uma faixa no cabelo e um sorriso que fez ele esquecer de qualquer pensamento que estava tendo mais cedo – hey, você...

— Sim eu... eu estou bem – eles continuaram se olhando por um bom tempo, Carter sorriu para a pessoa que estava a sua frente – eu te conheço de algum lugar?

— Eu acho que não – ela sorriu – eu sou Aurora

— Aurora. Não é uma cantada eu juro mas... seu nome parece de um anjo – Aurora sorriu e olhou para baixo – eu realmente estou com pressa agora mas o que você acha de me encontrar amanhã na...

— Eu não... me desculpe – ela sorriu antes de sair andando para longe de Carter

— Mas você nem... sabe meu nome – Carter suspirou e voltou a andar para o seu destino.

Aurora esperou ele sumir de vista para se transportar, do bairro calmo perto do centro de Londres, e apareceu em uma sala clara demais, alguém vinha em sua direção. Aurora sorriu ao ver quem era, o único ali que ainda podia confiar, Castiel.

— Eu preciso te falar uma coisa e é muito...

— Aurora – ele puxou pelo braço para um canto e começou a falar mais baixo – você não podia falar com Carter daquele jeito, você sabe disso

— Mas ele iria morrer se...

— Você é guardiã dele, eu entendo. Mas talvez você tenha dado algum tipo de esperança para ele sem ter percebido, você sabe que...

— Castiel, está tudo bem. Ele tentou marcar algo comigo, eu acho que foi isso, e eu consegui fugir. Eu venho observando ele a anos e sei como ele se sente, do que ele...

— Não precisa continuar, para o seu próprio bem não fale essas coisas alto, podem pensar que você está... se envolvendo com o humano

— Não seja tolo – Aurora cruzou os braços na frente do corpo – você não ia falar isso comigo ou...

Ela quer falar contigo – Aurora sabia muito bem quem era e não gostava nada da ideia que ela queria falar a sóis – Aurora, por favor, tome cuidado – Aurora se afastou de Castiel e andou até o final do corredor, virando a esquerda tinha uma sala de porta de vidro, Aurora respirou fundo e entrou na sala. Ela estava olhando algo na mesa, não olhou para Aurora de uma vez.

— Você queria falar comigo?

— Você não é mais guardiã do humano, preciso de você aqui

— Perdão? – Aurora chegou mais perto da mesa – nem que você me obrigue, eu não vou deixa-lo.

— O que eu to vendo aqui? – ela olhou pela primeira vez para Aurora – ora ora, o que eu estou vendo aqui?

— Naomi...

— Você está sentindo alguma coisa pelo humano? Por Deus Aurora, você não quer que eu seja obrigada a te...

— Você não pode me obrigada a deixa-lo, eu protejo ele desde criança. Isso não é justo.

— Calada! – Aurora parou aonde estava – você vai ajudar o Castiel e só, pode sair – Aurora saiu batendo a porta. Ela parou no meio do corredor e bateu na parede com força, criando ali um buraco que dava para nada. Aurora respirou fundo e continuou seu caminho.

—x-

Aurora olhava de longe Carter trabalhando, era interessante, ele ficava tão concentrado com algo que para ela era tão simples. Ela não percebeu mas ali tinha um sorriso em seu rosto, ele virou na sua direção e continuou olhando para ela, Aurora ficou sem reação. Ela pensava que estava invisível para ele. Carter vinha na direção dela, com o mesmo sorriso no rosto.

— O que você está fazendo aqui?

— Eu... eu vim... vim visitar um amigo. Ele disse que eu poderia ver como era aqui e...

— Eu já estou saindo, espere mais um pouco. Fique aqui. – ele se afastou novamente, sempre olhando para ela para se certificar que ela ainda estava ali. Aurora não podia se transportar, tinha muita gente presente e poderia acontecer algo se eles vissem ela sumir de repente. Carter não demorou muito e voltou aonde ela estava – eu conheço uma cafeteria ótima, poderíamos ir lá. Eu te pago alguma coisa, conversamos e quem sabe podemos marcar outra coisa. Não aceito uma resposta negativa – Aurora suspirou e saiu andando na frente.

Realmente a cafeteria era próxima, Aurora se sentou em uma mesa e ficou olhando para tudo ali. Era novo para ela, Aurora sempre olhava as pessoas entrarem em lugares iguais mas nunca teve oportunidade de apenas ver como era. Ela observou tudo, as cores pasteis do local, os bancos de couro antigo, os sofás vermelho ao fundo, algo que tocava um tipo de música desconhecida para ela. Aurora olhou para o homem na sua frente e ele olhava ela com curiosidade, ela sorriu

— Você nunca veio em um lugar desse?

— Eu... Sim, eu só não venho com muita frequência – ela se assustou com a pessoa que parou do seu lado

— Ele só vai pegar seu pedido, calma – Carter disse rindo – Chá, um pouco de creme e com dois torrões de açúcar e... Aurora? – ela olhou sem entender para ele – você vai querer alguma coisa?

— Eu... Eu vou... não, obrigada – o jovem se afastou com o pedido, deixando os dois sozinhos novamente. A música ambiente era um rock alegre, Aurora começou a gostar da música e sem perceber estava sorrindo e balançando a cabeça de leve

— Beatles – ela ficou quieta – ninguém consegue superar eles, é incrível – ele sorriu, o jovem voltou com uma bandeja aonde tinha uma jarra pequena branca e uma xícara com um potinho pequeno com os torrões de açúcar, o jovem deixou tudo na mesa e saiu logo em seguida – então, o que você faz?

— Guardiã – Aurora não pensou antes de falar e se crucificou por dentro por isso

— Ow, algo relacionado a família real? – Aurora não entendeu de início o que ele tinha falado mas lembrou que aquele país aonde ela estava tinha uma realeza, o que ela achava bastante inútil – se for secreto eu não vou insistir, sei como são essas...

— Sim, eu sou guardiã da... Rainha – ela disse sorrindo

— Isso é ótimo, significa que eu vou poder te ver mais vezes – ele largou a xícara na mesa. Aurora olhou para o lado de fora e viu Castiel do outro lado da rua, olhava sério para ela e ela sabia que tinha errado, e errado feio. Aurora levantou assustando Carter que se levantou também sem entender o porquê da urgência

— Me desculpe eu... preciso ir

— Mas...

— Me desculpe – Carter segurou seu braço antes que ela sumisse outra vez

— Não suma outra vez por favor – Aurora fechou os olhos – por favor

— Até qualquer dia, me desculpe – ele largou-a e Aurora saiu da cafeteria, atravessando a rua e indo de encontro ao anjo que aproveitou que um veículo grande passava e sumiu junto com ela.

—x-

Londres, 1982

Aurora tomava cuidado para ele não vê-la, não poderia, não depois de ter prometido a Castiel. Carter saiu da casa, levando o lixo. Ao colocar o saco na lata ele olhou para aonde ela estava, Aurora pensou que ele tinha visto ela, era capaz já que ela poderia ter abaixado a guarda nesse tempo mas ele só respirou fundo e voltou para dentro da casa. Era isso, ele sentia falta dela. Aurora sabia disso, a ligação que ela tinha com ele fazia com que ela soubesse. Ela sabia que era errado, era totalmente errado, mas ela não estava ligando para aquilo naquele momento. Aurora foi andando até a casa a frente e quando iria bater na porta ele abriu dando de cara com ela

— Olá

— Olá – Carter olhou para baixo e pegou em suas mãos – Carter eu preciso te dizer uma coisa que não pode...

— Não agora – ele passou a olhar em seus olhos – Não agora – Carter passou a mão pelo seu rosto, foi chegando cada vez mais perto. Aurora não sabia o que fazer, novamente já tinha visto aquilo acontecer várias vezes enquanto observava tudo, mas nunca teve curiosidade de saber o que era. Depois que Carter apareceu para ela, depois que ele apareceu mais atraente para ela, ela começou a ter esses pensamentos que eram proibidos. Carter estava ali a centímetros dela e ela não sabia o que fazer, Aurora segurou o seu rosto com as duas mãos e ele, segurando agora sua cintura, puxou-a para mais perto e beijou delicadamente seus lábios. Aurora suspirou, era melhor do que ela imaginava. Ela envolveu seus braços no pescoço dele e as luzes da varanda começaram a piscar, ela tomou a iniciativa de aprofundar o beijo e Carter seguiu o ritmo, as luzes piscavam cada vez mais até que todas explodiram e os dois, com o susto, se afastaram – mas que droga!

— Me desculpe

— Não foi culpa sua, deve ter tido um...

— Foi culpa minha – Carter olhou para ela sem entender – eu preciso falar contigo, é importante – ele, ainda não entendendo o que tinha acabo de acontecer, deixou ela entrar em sua casa. A casa estava completamente às escuras, ele foi tateando até achar a gaveta na cozinha e uma vela ali. Acendeu a mesma e foi andando até a sala que tinha Aurora sentada no sofá, com as mãos junta ao corpo e olhando para os lados

— Você está bem?

— Eu sou um anjo – ele por pouco não deixou a vela cair, parou no meio do caminho e sorriu

— Não era para você levar a sério o que eu disse e nossa, você ainda lembra disso?

— Não, eu sou um anjo... de verdade – Carter continuou olhando para ela – eu sei que é difícil de acreditar mas...

— Impossível, você quer dizer.

— Talvez

— Você não pode ser um anjo

— Porque?

— Porque eu sou ateu – ela sorriu e se levantou – não pode... não é possível

— Eu vou te mostrar uma coisa, mas você deve me prometer que não vai surta ok? – ele concordou com a cabeça. Aurora fechou os olhos e respirou fundo, ao abrir os olhos eles estavam em um azul brilhante, uma luz forte demais emanava do seu corpo e a sombra de asas aparecia na parede em suas costas

— Isso não pode ser... – ela fechou os olhos novamente e voltou ao normal – isso não...

— Quando eu disse que era guardiã eu não estava mentindo. Eu sou sua guardiã, na verdade, eu era. Agora eu tenho chances de ser expulsa por ter... – ele se levantou e beijou-a novamente. Aquela sensação novamente voltou para Aurora e ela só queria mais.


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Notas finais do capítulo

Vocês já entenderam quem é a Aurora? palpites?
Queria agradecer a todos os elogios que eu estou recebendo da fanfic, de verdade, vocês são incríveis ♥
Até a próxima



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