Falling escrita por Lohane Pinheiro


Capítulo 4
Capítulo IV - I wanna wake up


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta, dessa vez não demorou mais de uma semana, significa que meu semestre ta terminando GRAÇAS A CHUCK!
Aviso rápido, Castiel vai começar a aparecer com mais frequência na fanfic a partir desse capítulo e vocês vão entender porque.
Vamos lá!



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Ariel abriu os olhos e não se viu em qualquer lugar conhecido, estava em um quarto pequeno que tinha apenas uma TV desligada a sua frente. Ariel se levantou e foi até a direção da porta, a mesma não abriu, foi até a cortina e quando abriu ela, não havia janelas. Ela estava trancada ali e não fazia ideia do porquê, a TV ligou sozinha e chiava, uma voz ao fundo era escutada mas não se conseguia entender o que ela estava falando. Ariel chegou mais perto e se abaixou olhando diretamente para a TV, a imagem foi melhorando e apareceu uma sala, com uma maca de ferro e alguém nela, a imagem não estava totalmente boa para ela ver quem era.

— Quando me falaram que você existia eu realmente achei que estavam loucos – a voz era difícil de reconhecer quando o chiado da TV não ajudava em nada – seu namorado aqui lutou bravamente para não conseguir ser capturado mas... você sabe... é impossível

— Namorado? – quando a imagem melhorou ela pode ver quem estava deitado na cama, completamente machucado e aparentemente desacordado, Dean – o que?

— Eu ainda vou te encontrar Ariel e vamos ter uma conversa muito interessante e um pouco longa – a risada foi escutada em todos os cantos no quarto, era uma risada sádica, que dava arrepios nela. A TV desligou novamente e alguns gritos de dor foi escutado, ela sabia que não era possível, aquilo estava dentro da cabeça dela e a risada também

— Para por favor – Ariel colocou a mão na cabeça e se ajoelhou – por favor – a risada ficava cada vez mais alta junto com o barulho de faca cortando carne. Ariel se preparou para gritar e ao abrir os olhos novamente estava na cama, completamente suada e o coração acelerado. Sua respiração estava ofegante e a cabeça doendo, era uma pesadelo, outro pesadelo. Ela respirou fundo e olhou para o lado, dando de cara com Castiel – Que droga!

— Me desculpe

— O que você está fazendo aqui? – ela se levantou para ir no banheiro e jogar uma água no rosto, ela estava tremendo

— Você me chamou – Ariel não entendeu o que ele quis dizer – eu pude sentir que você estava em perigo e em algum momento você me gritou mentalmente

— Mentalmente? Você lê mentes agora? E porque eu te chamaria? Eu nem sei se você é confiável desse jeito que você diz, quem pode me garantir que você também não quer se aproveitar de, seja lá o que for, que eu tenho dentro de mim?

— Eu jurei te proteger, sua mãe fez eu jurar e eu nunca quebro minhas promessas – Ariel chegou mais perto do anjo que estava, agora, sentado na cama e olhando para ela profundamente – Ariel, eu e sua mãe lutamos juntos várias vezes, eu fui contra quando ela disse que ia largar tudo por causa do humano

— Meu pai – Ariel corrigiu

— Que seja – Castiel chegou mais perto da menina – quando ela foi exilada, eu perdi o contato com ela por anos, fui conseguir novamente por acaso, ela me chamou quando seu pai... veio a falecer

— Ela me dizia que tinha alguém olhando por mim

— Tem várias pessoas, eu sou o único que quero, exclusivamente, que você fique viva. Pelo máximo tempo possível – os dois ficaram em silêncio por um tempo, Castiel olhou confuso para Ariel – o que exatamente você sente pelo Dean?

— O que? Pelo amor de Deus nada! Eu acabei de conhecê-lo - Castiel continuou olhando para a menina que sentiu seu rosto ficar mais quente - Para com isso – ela se deitou novamente – você está me assustando

— Não precisa ter medo

— Eu sei, eu só... queria entender o porquê disso tudo – Castiel sorriu e sumiu do quarto – mas que... - Ariel suspirou e tentou dormir mas não conseguiu. Andou devagar até a porta e abriu a mesma. Estava em um hotel de beira de estrada, ela já estava achando normal aquilo na rotina dela e não estava nem um pouco incomodada, o tempo não estava tão frio então ela decidiu ir até o Impala e ficar encostada nele olhando para o nada – você deve estar quanto tempo com eles? – Ariel ficou em silêncio – ótimo, estou falando com um carro. Cheguei ao fundo do poço – Ariel suspirou, olhou para o carro novamente e deu a volta, entrando e ficando ali, até pegar no sono.

Ela acordou com alguém batendo no vidro do carro, ao ver quem era ela se preparou para sair antes que ele desse um ataque. Dean só fez um gesto para ela passar para o banco do lado e logo em seguida ele entrou no carro

— Eu acabei dormindo aqui, me desculpe

— Okay, eu estou pegando pesado contigo – ela sorriu

— Você está tentando pedir desculpas?

— Não chega a tanto

— Você me atacou, no primeiro minuto que me viu

— Você me assustou – Ariel soltou uma gargalhada – Okay nerd, eu preciso de café. Se você quiser vir junto, fique a vontade – Ariel não disse mais nada, apenas continuou dentro do carro e ligou o rádio, que começou a tocar um rock antigo qualquer. Ela ficou olhando para o radio segurando para não rir e Dean aumentou mais um pouco a música

— Sério?

— O que?

— Porque você tem que ser tão previsível, estava na sua cara que você é desses caras que gosta de rock antigo, droga, eu gosto de me surpreender

— Do que você está falando?

— Deixa para lá – Ariel ficou calada, se pegou balançando a perna no ritmo da música e se controlou antes que ele visse. O carro parou perto de uma cafeteria – se puder traz um muffin de chocolate

— Não sei se você está merecendo isso

— Deixa de ser ridículo – Dean sorriu e saiu do carro – de chocolate! – ela disse mais alto, Ariel ficou olhando para a rua por uns segundos e viu alguém muito conhecido mais a frente. Ela forçou mais a vista e ele estava parado olhando na direção do Impala, Ariel reconheceu o rosto e foi se preparando para sair do carro mas no momento que ela se distraiu abrindo a porta a pessoa já tinha desaparecido e a porta ao seu lado tinha sido aberta

— Não acostume – ele ficou olhando para ela sem entender – o que aconteceu?

— Eu pensei que... deixa para lá – ela olhou o pequeno bolinho na mão dele e sorriu – você é a melhor pessoa do mundo – ela pegou agradecendo e deu uma mordida grande, logo depois soltando um longo suspiro – meu deus

— Eu limpei esse carro recente, por favor

— Urgh! Você é sempre assim?

— Cala a boca – ela sorriu pegando um dos copos de café. Mas o rosto daquela pessoa ainda estava pipocando na sua cabeça. Seria possível que fosse ele?

—x-

Já no bunker, Ariel estava terminando de fazer café para ela e os garotos, os dois estavam no hall. A caneca estava indo de encontro aos seus lábios quando ela perdeu a força nos braços e a mesma caiu se espatifando no chão, Ariel colocou a mão na cabeça e se ajoelhou, se apoiando no balcão

— Estamos ligados, você sabe que sim – aquela voz, agora ecoava na sua cabeça – eu posso mostrar para você o que vai acontecer com todas as pessoas que você se importa – flashes rápidos apareceram diante de seus olhos, Sam gritava de dor, Dean estava completamente machucado em um canto. Em outra visão Castiel brilhava e logo em seguida aparecia no chão, suas asas queimadas junto com suas órbitas. Ariel gritava e sua cabeça começava a doer cada vez mais – talvez você não entenda agora mas eu preciso de você, e você virar até a mim

— Pare! – ela sentiu alguém segurando seus braços – Pare!

— Você virá até a mim, de uma forma ou de outra – aquela risada novamente e de novo imagens que fizeram ela sentir sua cabeça doer ainda mais, os irmãos eram torturados na sua frente, eles pediam por socorro e Ariel só queria que aquilo parasse. A dor aumentou de uma forma que ela se entregou a escuridão.

Os irmãos estavam sem falar nada por um bom tempo, o ataque que ocorreu com Ariel foi um golpe duro e eles não queriam assumir mas se eles não tivessem deixado ela sozinha naquele quarto nada teria acontecido. Sam procurava por alguma informação do demônio que atacou os três e Dean ainda se sentia culpado por tudo isso ter acontecido. Um grito de dor foi escutado vindo da cozinha, os dois se levantaram e saíram correndo para o local, Ariel estava ajoelhada no chão e com as mãos na cabeça, ela gritava de dor e implorava para que, seja lá o que fosse, parasse. Sam tentou segurá-la mas Ariel começava a se debater, ela gritava para parar toda hora, era como se estivesse vendo algo horrível, Dean se abaixou na altura da menina e segurou-a com mais força, fazendo ela ficar de frente para ele e olhando diretamente para ele. Ariel por um momento parou mas não por muito tempo já que sua respiração começou a ficar falha. Seus olhos reviraram e ela desmaiou no braços do mais novo

— Mas que porra foi essa?

— Ela parece que teve um ataque nervoso – Sam olhava para a menina preocupado, ela agora respirava calmamente mas tinha no rosto uma expressão de medo e angustia.

—x-

Gritos ao longe eram escutados junto com algumas imagens de sua mãe em sua forma mais jovem, ela falava que Ariel era forte e que ela era a melhor coisa que tinha acontecido na vida dela. Ao fundo o seu pai apareceu também, sorrindo para ela, ele dizia que a amava. Os gritos foram ficando mais altos e as imagens também mudaram, o rosto de seu pai mudou, agora ele tinha olhos negros e sua mãe gargalhava também com olhos negros. Ariel acordou gritando apavorada, os dois apareceram correndo na porta da menina

— Eu tive... me desculpe – Ariel passou a mão rosto e tentava se recompor do susto – só foi um pesadelo, eu estou bem

— O que foi aquilo? – ela não entendeu a pergunta de Dean – aquele ataque que você teve, o que foi aquilo? – ela não queria lembrar, fora horrível demais ver os dois sendo torturados e Castiel sendo, ao que tudo indicava, morto. Aquilo tinha sido demais para ela, Ariel não respondeu de imediato

— Eu... – ela começou a falar e sentiu suas mãos começarem a tremer – eu vi vocês dois, sendo torturados por um maluco. Eu só ouvia a voz dele mas o rosto de vocês dois estava claro e... o que ta acontecendo comigo?

— Ela é um híbrido – Castiel apareceu atrás de Sam, Ariel olhou sem entender para o anjo – eles não poderiam saber agora mas você pode estar correndo perigo.

— Ela é um que?

— Híbrido, mistura de anjo com humano. A mãe dela era um anjo, muito poderoso que por descuido se apaixonou por um humano e acabou dando a luz a Ariel. O problema é que ela não é a única. Essa pessoa que está te perseguindo... mentalmente... também é um híbrido mas no caso dele, ele é filho de um demônio.

— Quem é essa pessoa? – Ariel perguntou se levantando

— Eu ainda não sei. Eu estou tentando descobrir qualquer pista mas ele consegue se esconder bem.

— Eu vi uma pessoa ontem no estacionamento da cafeteria só que... não pode ser quem eu to pensando

— Porque?

— Porque ele está morto – os três olharam para ela – Owen – Ariel suspirou antes de voltar a falar – foi coisa da minha cabeça okay? Mesmo se ele estivesse vivo, eu saberia.

— Owen foi encontrado completamente estraçalhado

— Híbridos podem fazer com que você veja algo que não é real.

— Owen não é um híbrido – Ariel partiu em defesa do amigo – ele não... não pode ser. Ele era o cara mais medroso que eu conheci. Tinha medo da própria sombra.

— Talvez ele vestisse uma fantasia de garoto medroso mas na verdade ele só estava esperando a boa oportunidade

— Porque ele forjaria a própria morte se ele queria me matar? Isso não faz sentido – Dean estava calado no canto, Ariel percebeu que o mais velho estava calado demais e estranhou – Dean...

— Porque você não disse nada? – Ariel ficou olhando para ele sem saber o que responder – por isso você conhecia o Castiel.

— Eu protegia ela desde criança Dean, prometi a mãe dela que...

— Para o inferno com suas explicações

— Olha, eu sei que você está pensando que eu...

— Eu confiei em você

— Eu não... Dean.... Eu não sabia que isso tudo de eu ser filha de quem eu sou poderia acarretar nisso. Eu não queria que isso tudo tivesse acontecido.

— Ela soube recentemente, quando a mãe dela morreu – Castiel disse olhando diretamente para Dean - Ela não podia falar para vocês porque não saberíamos a sua reação

— Porque minha reação poderia...

— Sabemos muito bem o que essa marca já fez com você muitas vezes – Castiel falou mais sério – não poderíamos arriscar a vida dela falando para vocês que ela era um Híbrido. Você poderia ter uma reação violenta e matando-a

— Espera... Marca? Então isso no seu braço é algo que te transforma em, sei lá, uma máquina de matar?

— Quase isso, longa história

— Bem, temos um longo dia pela frente então – Ariel cruzou os braços, esperando que as explicações começassem.


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Notas finais do capítulo

Os irmãos ficaram sabendo e agora? Castiel guardião da Ariel? Owen é um híbrido e forjou a própria morte? CALMA! todas essas perguntas serão respondidas... nas próximas semanas ;)



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