Yin Yang escrita por Typewriter


Capítulo 4
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

Desejo à vocês uma boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/691316/chapter/4

A professora Sprout insistira com Helga para que ela desse aulas de herbologia com ela, na verdade a insistência da professora foi para que Helga se tornasse a professora titular e ela a auxiliaria. A fundadora estava receosa por causa de sua saúde e Salazar via o quanto a entristecia ter de dizer não à Sprout durante as quatro semanas em que eles já estavam ali.

—Tenho um desafio para você, Helga. — O fundador disse no ouvido esquerdo da feiticeira, assim que se aproximou dela por trás.

A mulher se arrepiou ao ouvir a voz masculina e sentir seu hálito tão próximo ao seu e aquilo a fez sorrir, ou melhor, o desafio a fez sorrir, pelo menos era isso que ela repetia mentalmente.

—Qual é o desafio, Slytherin? — A voz feminina estava repleta de curiosidade, afinal de contas ambos sabiam que os desafios dele eram instigantes, para dizer o mínimo.

—Quero que faça acônito florescer em meu Refugio, dentro da Câmara Secreta. — Ele disse presunçoso, pois podia apostar que tal desafio a instigaria.

Helga se levantou antes de ficar frente a frente encarando os penetrantes olhos de seu companheiro, tão verdes quantos os seus, mas a intensidade dos dela era mais vinculada à emoção do que ao jogo e Salazar sempre fora um excelente jogador, principalmente quando se tratava de pessoas, ele era capaz do que fosse para atingir suas metas, ou era, a fundadora não sabia mais se isso era verdade, uma vez que o homem à sua frente parecia cada vez mais sensível às necessidades dos outros, especialmente às dela.

A dama balançou a cabeça de um lado para o outro em forma de negação aos seus próprios pensamentos, Salazar Slytherin não era esse tipo de pessoa. O motivo pelo qual ele a mantinha viva em nada tinha relação com sentimentos, o motivo disso era muito mais básico, muito primitivo: sobrevivência. Você está viva porque ele precisa de seus conhecimentos em herbologia, diagnósticos e cura com feitiços.

Enquanto ela se repreendia mentalmente não notou que Salazar deu um meio sorriso de canto e olhar dele brilhava ao ver os loiros fios se soltarem do coque que ela sempre fazia e prendia com sua varinha, na vã tentativa de acariciar os cabelos femininos as mãos masculinas foram cingidas fortemente. Tudo o que passava pela mente dele era o quão tal desejo era errado e indecente, Helga era doce, gentil, amável, seu completo oposto e essa necessidade quase animalesca de a reclamar como dele deveria ser proibida, pois no fim das contas ele era todo machucado, todo arreio, irritante, prepotente e mal, sim ela era a única capaz de fazer a bondade morta nele aflorar e isso deveria ser impossível.

—Aceitará o desafio? — Salazar sentiu o alívio percorrer seu corpo por sua voz soar irritada, pois era-lhe penoso manter a imagem que ele construíra para manter-se vivo numa época onde a ignorância e a intolerância reinavam.

Antes manipuladores da magia e trouxas coexistiam, bruxos e feiticeiros eram pagos por suas curas e adivinhações, principalmente, no agora de quando vieram pessoas como eles eram lançadas na fogueira para serem mortas pelo fogo, a fim de que o demônio, ou fosse lá como os trouxas denominavam aquilo que criam que controlavam pessoas, fosse mandado de volta para o inferno e a alma imortal fosse salva e mandada ao céu, tudo isso não passava de uma grande perseguição infundada, Slytherin dizia, em contra partida, Helga dizia que eles apenas temiam o que não entendiam, nem conheciam.

—Aceito. — Afirmou ela convicta, mesmo ciente de que teria bastante trabalho pela frente, já que acônito é uma flor que apesar de gostar de solo úmido e se dar bem em clima mais frios, desde não passe de zero graus, além de ser uma vegetação que requer luz solar abundante, sim esse era um grande desafio e uma ótima oportunidade dela testar seus próprios limites como herbologista.

Ambos saíram da estufa e caminhavam para o refeitório quando Salazar resmungou alguma coisa na língua das cobras que arrancou uma gargalhada de Helga, para o espanto de três certos alunos da Casa do Leão.

— Podem sair debaixo da capa de invisibilidade. — A fundadora disse de forma amável. — É irritante ser seguido, principalmente por quem sendo aluno de Godric não tem coragem de fazer isso sem artifícios.. Salazar tem razão, apesar de sua forma enfezada de colocar as coisas..

Harry, Hermione e Ronald pararam abruptamente de caminhar ao ouvirem tais palavras, Potter gaguejou um pedido de desculpas pouco antes dos três estudantes saírem correndo na direção oposta.

Meia hora depois de acabarem de estudar para uma prova de Transfiguração o Trio de Ouro estava sentado no salão comunal de sua Casa conversando sobre como Slytherin soubera que eles estivam seguindo à si e à Helga.

—Pode ser que como o animago dele é um basilisco ele consiga sentir o calor de corpos, assim como pode falar a língua das cobras. — A única garota do trio ponderou e os dois garotos balançaram em concordância, pelo menos Harry achou que aquilo pudesse fazer sentido.

Na manhã seguinte a professora Sprout aguardava sua turma de herbologia na entrada da Câmara Secreta, fato que causou burburinho entre os discentes, que acabou assim que Salazar surgiu na entrada da Câmara.

—Sua professora têm insistido com Helga para que ela lecione esta disciplina para vocês, por este motivo, irão observá-la plantar acônito no jardim de meu Refúgio. —O fundador falou antes de fazer um sinal com a cabeça para que os demais o seguissem. —E fiquem calados.— Instruiu-lhes Salazar pouco antes de chegarem onde a feiticeira se encontrava concentrada em sua jardinagem.

Conforme as horas avançavam mais alunos e professores se juntavam à turma de herbologia e acompanhavam o progresso da fundadora.

Helga ficava alheia a tudo e a todos ao seu redor quando estava cuidando de suas plantas, por esta razão, Salazar não se admirou que ela não se deu conta da quantidade de gente que a observava cumprir o desafio que ele lhe fizera no dia anterior.

Cinco horas e Hufflepuff não conseguira manter a flor viva por mais de quinze minutos, pois acônito precisa de luz solar abundante e nenhum mísero raio de sol entra na Câmara Secreta, a mulher pensou com pesar, mas ela daria um jeito, Slytherin estava certo disso.

Terra. Sementes de acônito amarelo lançadas na terra. Aguá para regar as sementes. Um feitiço de crescimento que a professora Sprout desconhecia., mas também não entendeu as palavras que a fundadora disse ao lançá-lo. Uma madeixa de cabelo louro foi cortada e jogada para o alto. O feito Lumos Maxima Solaris foi lançado sobre a madeixa de cabelo loiro que começou a brilhar tão intensamente quanto um sol. Helga sorriu satisfeita por ter cumprido o desafio.

Enquanto Helga era aplaudida por todos os presentes ali tudo o que passava por sua mente era o quanto a semelhança entre o acônito e Salazar assemelhavam-se, pois ambos eram lindos e fatais, aos olhos dela.

Hogwarts, antes da fundação da escola.

Godric e Rowena estavam desesperados, pois Helga e Salazar não chegaram ao Japão e aparentemente entraram no portal aberto pelo corajoso bruxo rumo ao centro da Terra, pois não mandavam notícias e ninguém sabia deles há mais de um mês.

Ravenclaw insistira para que ambos verificassem a Câmara Secreta de Salazar, entrar ali não fora nada fácil, mas sem Salazar lá era um pouco menos complicado; por isso ela e Gryffindor souberam, ao verem os acônitos amarelos iluminados por uma madeixa do cabelo de Helga, que os outros cofundadores de Hogwarts estavam vivos e bem ali na Câmara Secreta, mas não sabiam quando eles estavam ali, ou seja, para que época Godric enviara-os e como trazê-los de volta? Tais dúvidas passaram a dominar os pensamentos da dupla, especialmente a de Rowena, é claro.

Ao regressar para seus aposentos na biblioteca Rowena deu de cara com Helena, sua filha.

—Onde está Salazar, mamãe? —A jovem questionou usando o tom de voz mais doce e mesclado com preocupação que era capaz.

—Em Hogwarts, mas não sou capaz de precisar se no passado ou no futuro. O que sei é que Helga merece um prêmio por ser capaz de suportá-lo. — A feiticeira respondeu sem rodeios antes de pegar um livro da estante e começar a ler, esquecendo-se de tudo em sua volta, por isso não ouvir as ofensas da filha feitas à Hjelga por ter sumido com o homem que ela considerava o amor de sua vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E espero que digam suas opiniões sobre o capítulo, pois me deixariam feliz



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Yin Yang" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.