Dança da Extinção escrita por yumesangai


Capítulo 8
Todos os caminhos levam a Exodus


Notas iniciais do capítulo

Trigger: #flashback-hunhan



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/690945/chapter/8

 

O grupo se divide pela loja. Minseok e Sehun estavam ocupando um dos quartos do mostruário no segundo andar.

Jongdae estava impressionado com a mini geladeira em funcionamento. Suho estocava e fazia uma contagem de comida e armas. Sehun tinha uma quantidade impressionante.

― Como ele conseguiu isso tudo? Não tem nenhuma arma de pressão aqui.

― Provavelmente do jeito que eu sugeri há meses atrás. Campo militar. – Jongdae termina de colocar mais bebidas na geladeira.

― É muito arriscado.

― Andar na rua é arriscado. Ficar num carro é arriscado. Você tem que começar a aceitar de onde vem as vantagens.

― De onde vem menos baixas. – Suho o corrige num tom sério e cansado. Eles já haviam discutido muito sobre isso.

― Líder. – Jongdae coloca as mãos em cada lado do rosto do outro. – Eu confio em você. Eu reclamo e sou chato, mas no fim eu vou sempre seguir você, ok?

Suho sorri em resposta.

 Kyungsoo se aproxima discretamente e para ombro a ombro com Kai que estava folheando um catálogo qualquer.

― Eu fiz errado em dizer que não nos conhecemos? – Ele não olhava diretamente para Kai.

― Nós não nos conhecemos. – Kai o encara, ainda de braços cruzados.

Kyungsoo suspira e o encara de volta. Olhos gentis e olhos ferinos.

Não era o olhar que Kyungsoo conhecia, era o mesmo rosto com uma outra expressão, algo que ele só via nos palcos, quando o outro estava interpretando.

― Mas eu conheço você Jongin, nós estudamos juntos.

Kai fecha a mão com força no pulso de Kyungsoo, um primeiro aviso.

― Não me chame desse jeito.

― O que aconteceu com você? – O tom era caloroso, gentil, ainda era o mesmo Kyungsoo. Kai o solta e vira as costas para ir embora. Em busca de ar, Sehun, qualquer coisa. ― O que aconteceu com o Taemin?

Os ombros de Kai tremem.

― Ele está morto.

Kyungsoo não acredita no que ouve, Jongin sempre foi um péssimo mentiroso, ele era bom demais, ele ainda era bom demais.

[...]

― Quando foi?

Não precisava nem perguntar sobre o que ele estava falando, entre eles só tinha um pequeno elo.

― Meses atrás.

Sehun se concentra em olhar a chama que se apaga num tempo ínfimo assim que ele acende um cigarro, um momento tão pequeno e insignificante.

Os olhos do mais velho já estavam cheios d’água.

― Como foi?

Sehun traga só para ter mais tempo para processar o que dizer, e em sua mente era culpa da fumaça que seus olhos estavam lacrimejando.

― Rápido.

Minseok o fuzila com o olhar, Sehun não tinha o direito de ser indiferente, não sobre isso, não sobre ele.

― Ele foi mordido no calcanhar. Não era pra ter sido ele.

Minseok afunda o rosto nas mãos. Luhan era seu melhor amigo. Luhan era sua melhor metade. Saber que ele não estava mais nesse mundo era um fardo muito pesado.

Sehun não tinha mais forças para correr. Seu corpo doía, seus pés estavam inchados e doloridos. Ele precisava de sapatos novos.

Hey. Use isso. – Luhan desamarrou o coturno e jogou na direção do mais novo.

Não posso, isso é seu.

O que é meu é seu. - Ele sorriu. - Depois nós arranjamos outro pra mim ou pra você.

Sehun tirou o par de tênis, a sola era fina, não tinha muito conforto, era apenas um tênis de passeio. Luhan o calçou sem se preocupar em desfazer o nó.

Sorte que nós calçamos o mesmo número.

Luhan se colocou de pé. Sua testa estava pingando, seu peito ainda subia e descia rapidamente.

Pronto?

Sehun balançou a cabeça negativamente.

Não.

Luhan sorriu e estendeu a mão, Sehun se levantou. Eles nunca estariam prontos.

Eles tiveram a grande ideia de entrar num armazém pois parecia deserto, mas foi uma questão de tempo até uma grande quantidade de errantes aparecerem no pátio, basicamente bloqueando a entrada principal.

Com isso tiveram que correr para dentro do prédio, a porta de aço era como as de comércio e eram de enrolar, um modelo automático, mas essa estava emperrada no meio do caminho, eles precisavam se curvar apenas.

Precisamos de um plano B. - Luhan comentou olhando rapidamente para os lados, tentando mapear o ambiente e tirar o melhor da situação.

Han, nós não temos tempo para um plano B! - Sehun gritou o puxando.

As criaturas andavam rapidamente, seus corpos não estavam num estado completamente ruim, parecia algo recente, e o problema de algo recente era o cheiro, as moscas e o sangue fresco.

Ninguém se prepara para um apocalipse, ninguém te dizer o que é mais importante, quais roupas são ideais ou que sapato usar. Sehun estava usando um tênis, que talvez fosse confortável para dar uma volta na cidade, mas não para correr por aí e definitivamente não era anti-derrapante.

Ele escorregou numa poça de sangue e rolou pelo chão.

Sehun! - Luhan rapidamente deu meia volta para ajudá-lo a se levantar.

Havia um corpo no chão, mas ele não tinha a menor condição de se erguer. Suas tripas haviam sido devoradas, era possível ver a espinha fraturada.

Sehun virou para o lado para vomitar.

Merda.

Luhan pegou o pé de cabra e acertou no primeiro errante que veio correndo, um rapaz magro. O segundo era um cara grandão, usando um macacão de mecânico, ele segurou o pé de cabra e bateu os dentes na direção de Luhan que foi obrigado a recuar.

Sehun! - Luhan gritou o puxando pelo braço.  Menos nojo, comece a correr.

No final do galpão outra porta de aço de enrolar, mas diferente da principal da entrada, essa era menor, não era uma porta de garagem, tinha o tamanho de uma porta comum e como a outra, não estava enrolada completamente. Do chão para a abertura da porta, deveria haver apenas uns 40cm de altura.

Sehun passou primeiro pela passagem, ele correu e literalmente se jogou no espaço, seu corpo deslizou pelo chão com facilidade. Na vez de Luhan, deveria ter sido mais rápido, pois ele era o mais rápido, mas os errantes também eram.

A criatura o segurou pelo calcanhar. Luhan chutou, mas era o maldito errante que era muito mais pesado. Do jeito que Luhan sacudia o pé, era mais fácil tentar se livrar do tênis, não seria muito difícil sair do calçado, estava puxando o pé, antes que mais algum outro o segurasse.

Ele não foi rápido o bastante e o errante o mordeu. Luhan gritou na hora, sacudiu a perna com mais força, tentando chutar a criatura.

Luhan! - Sehun o puxou e eles caíram um por cima do outro.

As mãos dele apertavam o machucado, havia sangue escorrendo. Sehun estava tremendo, seus olhos cheios d'água. Mas eles não podiam mais perder tempo, não ali.

Luha--

Sehun. Corre.

Eles correram. Luhan mancava, mas correu. Eles escalaram a grade do galpão para sair de lá e depois tiveram que se livrar de errantes pela rua até pararem numa casa. Luhan não reclamou durante o caminho, não chorou ou diminuiu o passo.

E em momento algum ele culpou Sehun.

 ― Eu prometi que não iria mais chorar. - Sehun disse numa voz cansada. – Eu prometi que iria sobreviver. - Minseok abre a boca para dizer algo, mas Sehun já sabia o que ele iria dizer, a promessa que ele iria fazer. – Não, ok?

― Por quê?

― Eu não quero que mais ninguém arrisque a vida para me proteger.

[...]

Chanyeol e Baekhyun estavam andando pelo shopping, eles prometeram não sair daquele andar. Eles entraram numa loja de departamento em busca de roupas.

― Não acredito que encontramos com Sehun novamente. – Chanyeol tinha um sorriso no rosto, apesar de todo o pequeno caos que passaram.

― Você ficou se culpando por não tê-lo convencido da primeira vez. – Não era uma pergunta.

Chanyeol assente.

― Ele é tão novo.

― Nós somos muito novos. – Baekhyun o corrige. – Mas o que vamos fazer?

Eles param em frente a uma arara de camisetas. Chanyeol joga a que estava usando no chão e experimenta algumas, mas não parecia uma certa para usar no fim do mundo. Acabou com uma regata e um casaco sem mangas e capuz por cima.

― Acho que nós precisamos de um grupo e eles nos salvaram, não?

― Mas eles estão fugindo de alguém, ou caçando. Lembra da armadilha do colégio? Eles estão desesperados.

Baekhyun pega uma mochila da grade e um boné de outra.

― Mas e se nós que tivéssemos encontrado com esse Zitao? E se nós tivéssemos parado em Exodus? Pelo menos nós sabemos agora.

Baekhyun senta num banco próximo seção de calçados.

― É que isso tudo é tão surreal. Tem pessoas como a gente, tentando sobreviver e alguém consegue um lugar que parece realmente seguro e... tortura pessoas para descobrir uma cura?

― Existem vários tipos de pessoa no mundo e sinceramente, qualquer um pode tentar sobreviver. Você só precisa lutar.

― Mas e se a luta não for nossa?

― Eu sei que você está com medo. – Chanyeol tenta o confortar, segurando a mão dele.

― É claro que sim! Nós estamos no meio do fogo cruzado.

― Baek--

― Eu sei. Eu entendo. - Ele respira fundo, não queria começar uma discussão.

Baekhyun era egoísta.

― É uma promessa. – Chanyeol o beija.

Se isso fosse capaz de mantê-los vivos, Baekhyun seria egoísta até o fim.

Eles andam mais um pouco pela loja, Chanyeol acha um relógio de pulso, simples, preto, resistente. Baekhyun pega um protetor solar e uma luva para o frio.

― E se nós pegássemos uma moto na garagem? A gente leva os capacetes daquela loja e poderíamos sair por aí.

O mais alto sorri com a ideia, com a pequena memória inexistente. Ele adoraria realizar todas essas pequenas vontades. Apenas eles no fim do mundo, mas não era só um fim de mundo, era um apocalipse e com os últimos acontecimentos, Chanyeol não estava feliz em admitir que eles não podiam mais ficar correndo de um lado para o outro.

[...]

 Kai sobe as escadas e encontra Sehun sentado na ponta da cama e Minseok deitado numa outra com as costas viradas.

― Hey. – Ele se aproxima relutante.

― Hey. – Sehun ergue o rosto. – Desculpa te deixar sozinho.

Kai dá de ombros e se senta na cama.

― O líder estava interessado nas suas armas. Jongdae na geladeira e o outro casal saiu para pegar roupas. - Ele diz como se estivesse entregando um relatório.

― Ah é? Eu queria falar com Chanyeol e Baekhyun. - Ele olha por cima do ombro de Kai, mas nenhum outro membro do grupo aparece no andar de cima.

― De onde conhece eles?

― De uma casa abandonada, um pouco antes de encontrar com você na verdade.

― Oh, e você não quis ficar com eles, mas acabou comigo naquele teatro.

Sehun dá de ombros, mas tinha um sorriso no rosto.

― Eles não precisavam de mim.

― E eu preciso?

Sehun sorri, mas não responde. Kai se joga na cama e eles ficam ali deitados jogando conversa fora. Sehun sabia que Minseok estaria prestando atenção em tudo, na dinâmica deles.

Mas a verdade é que Kai não precisava dele. Talvez naquele momento, quando fazia seu réquiem, mas não agora. Não significava que Sehun não gostava dele, ele apreciava a companhia do outro, principalmente a forma como ele via o mundo.

Talvez porque eles fossem parecidos em tantos aspectos.

Não tardou para Baekhyun e Chanyeol voltarem. Eles traziam roupas novas, mais alguns suprimentos e uma polaroid.

― Vocês vão documentar o fim do mundo? - Kyungsoo pergunta rindo e pegando a câmera para dar uma olhada.

Era um modelo recente, Chanyeol havia se certificado de pegar mais papel para as fotos e também um flash que era acoplado na câmera. Ele parecia entender do assunto.

― Não, mas é uma forma de ter alguma lembrança. - Baekhyun responde enquanto sacudia um papel.

Mesmo que a iluminação do shopping não fosse boa, com o flash eles conseguiam tirar as fotos numa qualidade relativamente boa, uma câmera de celular ainda seria superior, mas não havia carregadores ou como imprimir as fotos em primeiro lugar. Nesse caso, a vantagem estava na câmera instantânea.

― Eu posso usar? - Jongdae pergunta se pendurando no ombro de Kyungsoo.

― Claro, tem outros filmes. - Chanyeol puxou mais algumas embalagens, talvez umas 40 poses no total.

Era mais do que o bastante.

Jongdae e Kyungsoo tiraram uma selfie fazendo caretas e depois o mais velho saiu carregando a câmera até o encontro de Suho que fazia a janta.

― Chanyeol e Baekhyun encontraram uma Instax. - Jongdae dá seu melhor sorriso. - Posso ter uma foto sua na minha carteira?

― Idiota.

Mas eles tiram a foto.

O flash e a bagunça no andar de baixo faz com que Kai, Sehun e Minseok desçam. Chanyeol é o primeiro a notar a presença deles.

― Sehun! - Ele vai cumprimentá-lo com um sorriso.

― É bom ver vocês. Me desculpe por apontar as armas pra vocês e essas coisas. - Ele dá um meio sorriso na direção do líder que apenas assente.

― Você estava protegendo sua base, eu respeito isso. - Suho diz se afastando da comida. ― E você tem boas armas e munição.

― Eu peguei o que tinha, mas a munição não serve para essas armas.

― Você mudou de ideia então? - A pergunta de Chanyeol faz com que ele volte a atenção para os dois.

Eles estavam mais próximos. Ele repara nos dedos entrelaçados. Eles já eram assim? Tinha algo de diferente neles.

― Não tenho certeza do que você quer dizer. - Responde confuso com a pergunta repentina.

― Você disse que grupos não eram seguros.

― Continuo achando que não é seguro. Eu estava apenas com o Kai até vocês aparecerem.

Kai apenas acena com um sorriso para eles.

― Não pretende ficar? - Minseok pergunta franzindo o cenho.

Antes que Sehun pudesse responder, Suho sinaliza para que eles se sentem na mesa, uma vez que o jantar estava pronto. Ficar ou não no grupo era um assunto meio delicado para ser discutido em pé e sem comida no estômago.

― Eu quero ouvir a opinião de vocês. Continuando o assunto de vocês ainda agora. – Suho quem começa. – Imagino que todos continuaremos juntos de agora em diante, é importante estarmos na mesma página.

Baekhyun aperta a mão de Chanyeol embaixo da mesa. Sehun torce os lábios, Minseok parece ansioso com a resposta dele. Kai mexe com o macarrão de um lado para o outro antes de se pronunciar.

― Vocês conhecem Zitao, eu também o conheço, mas nunca os vi lá. Por que estão fugindo dele?

De alguma forma a mudança de assunto, melhora o clima.

― Nós nunca chegamos a ir para Exodus. – Kyungsoo responde.

― Isso não impediu que ele fizesse o convite, nós recusamos. – Minseok parecia irritado com a memória.

― Por quê? – Kai insiste.

Ele conhecia os métodos, mas não significava que o único propósito de Tao era conseguir cobaias, nem todos os grupos viravam ratos de laboratório. Embora fosse difícil confiar em pessoas estranhas a viverem numa comunidade e seguir suas regras.

De alguma forma Kai entendia Zitao, talvez um pouco melhor do que qualquer um deles.

― Eles estavam armados, não parecia um convite. – Jongdae quem se intromete. – Nós estávamos bem num armazém, com comida, um teto confortável e veículo abastecido.

― E o que aconteceu? – Baekhyun pergunta curioso. Era a história que aparentemente todos conheciam, mas ninguém queria comentar.

No carro antes de pararem no shopping, Minseok havia falado um pouco sobre a armadilha no colégio e sobre a base Exodus e o líder Zitao, mas havia tantos detalhes faltando.

― Eles voltaram e tacaram fogo no armazém. – Suho conclui baixando o rosto. – Nem todos conseguiram escapar.

Os olhos de Baekhyun se arregalam e Chanyeol fecha os olhos, parecendo iniciar uma prece. Sehun de alguma forma fica feliz por ver que os dois não haviam mudado muito.

― Então vocês estão fugindo ou querendo vingança? – Kai pergunta naturalmente, como eles não tivessem acabado de contar que um grupo de pessoas tentou matar outra a troco de nada e que algumas pessoas morreram.

Não por errantes, mas por seres humanos.

― O seu olho também é culpa dele? – Suho apenas muda a pergunta.

Sehun estreita os olhos, não gostando da pergunta não ter sido respondida. Mas ele olha com os outros para Kai, como se também não soubesse a resposta. O melhor era bancar o desinformado.

― Você pode dizer que sim. – Kai responde com um sorriso, mas ele olha na direção de Kyungsoo que mantem uma expressão neutra.

― Acho que nós deveríamos ir para a praia. – Chanyeol faz com que todos o encarem parecendo confusos. Até Baekhyun parece confuso. – Ficar vagando pela cidade é perigoso, acho que todos nós já sabemos disso, precisamos de menos centros urbanos, mais espaço e mais chances de conseguir comida.

― Mas nós não sabemos se essas criaturas afundam e vivem embaixo d’água. – Minseok parece um pouco perturbado só com a possibilidade.

― Os corpos estão em putrefação a água iria fazer com que eles se decomponham mais rápido. – Kyungsoo mexe no macarrão de um lado para o outro enquanto elabora o pensamento. – Mesmo que eles não sejam racionais, acho que não iriam em direção a água.

― Aliás, o que nós sabemos sobre eles? – Jongdae cruza os braços.

― Além de que eles comem pessoas e as pessoas mordidas se transformam? – Baekhyun ergue a sobrancelha.

Todos estavam vivendo esse mundo pós apocalíptico não havia nem um ano, mas ninguém tinha uma resposta, eles estavam tão preocupados em sobreviver que ninguém havia tentado pensar em nada.

Era difícil quando também não havia conhecimento específico na área, seja lá qual ela fosse.

― Tao faz testes. – Kai comenta enquanto soboreava o macarrão.

Minseok parece ligeiramente enjoado e solta o garfo. Baekhyun encara a comida como se fosse um resto humano.

― Talvez você deva contar o que você sabe. – Suho franze o cenho. – Já que você esteve em Exodus.

― Por quê? Você quer ir fazer uma visita ou atacar a instalação?

Os garfos voltaram para a mesma, todos lançavam olhares suspeitos. Kai estava em desvantagem se fosse comprar uma briga, mas Sehun estava pronto para atacar, a mão apertando a faca com força deveria indicar isso, mas só Chanyeol estava prestando atenção nesse detalhe.

― Zitao é perigoso. – Foi a única coisa que Suho disse.

― Nós sabemos disso. – Kai gira os olhos. – Você está reunindo um grupo para invadir Exodus? O que você quer? Matar todos, destruir um lugar auto-suficiente? Aquilo é uma vila, tem casas que funcionam com energia solar, eles tem pequenas plantações, muitos veículos, armamento. E também são perigosos, mas você já deveria saber disso.

― Zitao não vai nos deixar simplesmente ir embora.

― Por que não? – Baekhyun quem pergunta.

― Porque a vila fica no acesso para sair da cidade. – Minseok responde.

― Não podemos dar a volta? – Chanyeol questiona confuso.

Ele não sabia exatamente se situar onde estavam, ele não conhecia a cidade, não havia placas, tudo estava destruído e eles estavam sempre andando com pressa.

― A rodovia vai justamente nos levar para longe da cidade, outros caminhos vão nos fazer passar por mais bairros, é muito arriscado, somos um grupo grande e bairros significa aglomerado de pessoas e criaturas. – Jongdae parece extremamente cansado. – Nós temos que passar por aquela rodovia.

― Ou nos separar. – Kai parece mais satisfeito com a própria ideia.

Sehun parece considerar a ideia, ele sente a mão de Minseok apertar sua mão, como um pedido silencioso.

―E o que vai fazer quando encontrar um exército de errantes na sua direção? – Suho dispara.

― Correr é claro. – Kai dá de ombros.

― Conheço alguém em Exodus. – Kyungsoo dispara de repente, todos ficam em silêncio. – Eu não queria falar sobre isso, mas... ele pode saber sobre os experimentos de Zitao, talvez ele tenha alguma resposta.

Kai prende a respiração.

― Por que não falou sobre isso antes? – Jongdae retruca.

Kyungsoo balança a cabeça de forma negativa.

― Por que nós deveríamos ter capturado Tao naquele plano do colégio. – Ele olha na direção de Baekhyun e Chanyeol que trocam um olhar rápido. – E talvez ele estivesse junto, seria tudo mais fácil. Além disso, eu não queria que nós contássemos unicamente com essa ideia.

― Ele estava naquele ataque do armazém? – Suho pergunta de repente.

― Como vocês se conhecem? – Minseok pergunta ao mesmo tempo.

― Quem é ele? – Jongdae também se junta.

― Taemin. – Kyungsoo responde.

Kai basicamente solta um rosnado e Sehun olha confuso do amigo para Kyungsoo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dança da Extinção" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.