P.O.V Oliver Jones

Destruído  é a palavra que me define. Nesse momento eu estou enterrando a minha única família. Minha irmã. Eu jurei protege- lá, mais falhei. Talvez eu não sirva mesmo para nada. Não fui ao menos capaz de consolar minha irmã. Se eu tivesse falado com ela e garantido que tudo ia ficar bem, ela não teria feito isso. Por que ela fez isso? Tirar sua a vida, por causa de um problema. Eu não posso aceitar. Isso é simplesmente inaceitável. 

Cheguei perto do caixão, já iram bota-lá debaixo da terra. Eu joguei um pouco de terra no caixão e também joguei margaridas. As flores preferidas dela. EU me lembro até hoje quando eu lhe perguntei por que ela gostava tanto de margaridas, pois ela as achava muito simples.

FLASHBACK ON:

Estávamos num campo florido. Eu devia ter uns 15 anos e ela 14. No campo havia muitos flores bonitas de várias cores e tamanhos. Mais Olivia insistia para ficarmos  perto das margaridas. Eu estava reclamando por que achava margaridas simples e sem graça.

— Ah! Olivia! Essas flores são sem graça! – Reclamei bufando.

Ela revirou os olhos e depois disse:

— É justamente por que são simples, é por que são bonitas!

— E daí? – murmurei.

— Oliver... As melhores pessoas são como as margaridas. Algumas pessoas se tornam bela por serem simples e terem atitudes boas. Outras são como flores comuns só bonitas e cheirosas, mas não possuem um pingo de humildade e isso ás  torna sem graça. – Respondeu Oliva com um sorriso dócil.

O que ela me disse é completamente verdade. Eu me senti até mal por ficar falando mal dar margaridas. Agora as vejo com outros olhos.

— Eu sou como uma margarida? – Perguntei curioso.

Ela sorriu e me olhou com carinho antes de responde.

— Claro irmão! E é por isso que você é especial para mim! - Respondeu me abraçando.

Então o clima de amor e paz se vai. E fica um clima tenso quando ela diz.

— Se um dia eu morrer antes de você, quero... Que me leve as mais belas e simples margaridas e Coloque o significado delas em minha lápide. – disse cabisbaixa.

— Isso não vai acontecer! – Digo convicto.

— Só prometa... – pediu mais uma vez.

— Tudo bem! Eu prometo! – Digo sorrindo.

Flashback off

E  lá estava eu cumprindo minha palavra.  Com muito dor no coração, mais eu estava cumprindo. Meus olhos marejaram coma  doce lembrança da minha irmã. Nunca mais vou a ouvir falar sobre margaridas. Nunca mais vou  ver seu sorriso. Nunca mais vou leva – lá para passear em campos. Nunca mais vou vê-la. Tenho que em contentar com fotos e lembranças. Isso nunca via substituir  a  minha irmã.  Vou sentir tanto sua falta.

“Então, então você acha que consegue distinguir

O paraíso do inferno?

Céus azuis da dor?

Você consegue distinguir um campo esverdeado

De um trilho de aço gelado?

Um sorriso de uma máscara?

Você acha que consegue distinguir?

Levantei do chão. Pus a mão nos bolsos e sai de perto da cova. Fui em direção aos meus amigos. Estavam todos desconcertados. Eu queria minha irmã aqui comigo!

Eles fizeram você trocar

Os seus heróis por fantasmas?

Cinzas quentes por árvores?

O ar quente por uma brisa fria?

O conforto do frio por mudanças?

Você trocou

Um papel de figurante na guerra

Por um papel principal numa cela?

Quem sabe um dia a dor que eu esta sentindo diminui-se, ou melhor, sumisse. Eu queria ser forte! Para consolar  minhas amigas que tinham Olivia com irmã. Queria ter sido forte o suficiente para ter evitado tudo isso, mais... Não fui... Nunca fui.

Como eu queria

Como eu queria que você estivesse aqui

Nós somos apenas duas almas perdidas

Nadando num aquário

Ano após ano

Correndo sobre o mesmo velho chão

O que nós encontramos?

Os mesmos velhos medos

Eu queria que você estivesse aqui

Todos nós fomos para casa, afinal tínhamos ainda o problema da Vick e  a missão. Agora Morgana querida isso ficou pessoal. Morgana vai morrer...

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Eu entrei no quarto de Olivia  para procurar qualquer coisa para me lembrar dela. Então eu achei umas cartas. Meu sangue gelou quando eu pensei para o que eu aquelas cartas serviam. Peguei a que tinha meu nome. Respirei fundo e abri. Logo comecei a ler:

“ Se você Oliver, estiver lendo está carta significa que eu morri. Eu lhe escrevi para tentar te dizer o por que de eu ter feito aquilo. Não foi por um momento de fraqueza. Era necessário. Você sabe que eu ia morrer, quando aquele Norg rasga –se a minha barriga. Não negue , eu sei que sabe. Então eu me sacrifiquei  por todos. Foi minha escolha e você não tem culpa nenhuma disso. Então te conhecendo como eu te conheço, sei que está se culpando e se achando um fracassado. Pare com isso agora, você não tinha como prever o ataque. Ninguém tinha. Nossos  pais sempre nos ensinaram que o dever dos caçadores era proteger a humanidade das criaturas  sobrenaturais. Salvar a vida de inocentes. Como você acha que eu me sentiria dando a luz á um monstro que podia matar famílias inocentes. Por isso me sacrifiquei. Ás vezes sacrifício são necessários, por um bem maior. Eu quero lhe pedir para que não vire um amargurado. Siga em frente. Saia do ramo, case, construa uma família com alguém especial. Seja feliz! Não negue a felicidade a você mesmo. Não foi sua culpa! EU sei que você prometeu ao papai e a mamãe que iria me proteger, e fez isso. Durante todos esses anos você cuidou muito bem de mim, mais agora era a hora de eu partir, de dizer adeus. passei boa parte da vida me sentindo um nada achando que eu era uma alma perdida... Na verdade esses era o meu propósito. Eu sinto que seja lá para onde vou, vou poder ajudar melhor vocês a derrotar Morgana. Mas não vamos falar dela agora. Não vou pedir que em vingue, faça o que achar que tem fazer! Você não é fraco Oliver. Pelo contrário, você é forte! Você passou por muita coisa, eu estava lá e você sempre foi forte por mim. Agora quero que você seja forte por mim e por todos aqueles que ama. Não desista! Seja sempre como uma margarida. Simples, humilde bom e feliz! Adeus... ou melhor um dia agente se encontra.

Com todo o amor do mundo de sua querida irmã...

Olivia Jones.”

Ao terminar de ler a carta meus olhos marejaram. Minha mão estava trêmula. Senti um arrepio ao meu lado. Sorri. Não era qualquer arrepio. Podia sentia a presença dela.

— Adeus Liv! Eu vou ser forte e vou evitar me culpa! Serei feliz sim! Eu Te amo irmã! – Digo para o nada. Mas eu podia sentir ela ali. Levantei e fui para sala entreguei a carta ao pessoal e fui para meu quarto dormir um pouco. Estava ente a vigília e o sono quando ouvi:

— Te amo!- Sussurro.

Depois apaguei.

“A morte de um ente querido é uma coisa estranha.

É como subir a escada para o seu quarto no escuro, e achar que tem mais um degrau…quando não tem.

O seu pé afunda no ar, e acontece um grande momento de grande susto".— Desventuras em série.