No dia seguinte ...

Edward estava um tanto ansioso em casa. Precisava saber quem era aquela bruxa desconhecida e o único jeito de fazer isso era seguindo o rastro dela. E estava pronto para isso.

— Onde vai tão cedo? — Perguntou Rosalie enquanto ele saia.

Rosalie era a irmã mais nova de Edward. Uma vampira loira caprichosa e sempre fria com suas vítimas. Na maioria homens, já que ela era considerada o ideal da beleza feminina. Seus olhos, cabelo e corpo perfeitos faziam os homens se jogar aos seus pés e qualquer mulher morrer de inveja.

— Desde quando eu lhe devo satisfações? — Perguntou Edward com desdém. Rosalie apenas fechou a cara pra ele.

— Eu só achei que gostaria de saber o que saiu no jornal.

Ela aumenta o volume da tv e Edward pôde escutar que falava sobre algum assassinato na região, o que fez com que ele voltasse e encarasse a irmã.

— Isso não foi obra minha!

— Minha é que não foi, maninho. Sério, Edward? Caçar tão perto de casa?— Ele apenas cruzou os braços sério.

— Então tem mais de nós aqui? — Rosalie pergunta agora num tom de preocupação.

— Não se preocupe irmãzinha não seremos descobertos. E se for, já passou da época de queimarem vivos os seres "anormais". — Fez aspas com os dedos a encarando — Agora, se me licença, eu tenho mais o que fazer. — Edward virou as costas mais uma vez para Rosalie e ela arremessou o controle no irmão, com tanta força que se partiu ao meio.

Ele não se importou em revidar.

Saiu em busca de respostas, foi até a reserva onde encontrou a pequena Alice e seguiu o seu rasto. Chegou até uma grande casa rústica, decorada em tons claros e com um imenso jardim.

Ficou algum tempo ali, a espera que aquela mulher saísse, mas para sua surpresa, não foi ela que saiu. Ele não podia acreditar no que estava vendo, ela era idêntica a sua primeira mulher, Rebecca.

Não podia ser, não havia como duas pessoas se parecessem tanto assim, a menos que... Droga! Ele precisa conhecê-la, ele queria muito conhecê-la, conversar com ela. Se aproximou e começou a segui-la.

Então percebeu que enquanto atravessava a pista distraída, a mulher não viu a moto que corria em sua direção. Mesmo arriscando ser descoberto, Edward usou de sua velocidade e a agarrou pela cintura puxando para longe, impedindo que a mesma fosse atropelada.

O piloto da moto saiu sem se quer olhar para trás ou parar para ver se ela estava bem.

Edward olhou nos olhos da linda mulher ainda sem acreditar, eram do mesmo castanho que os de Rebecca quando humana. A única diferença entre as duas era o cabelo, o desta era mais claro, de um castanho médio.

— Está tudo bem? — Edward foi o primeiro a falar.

— Vo-vo-você me salvou! — gaguejava ainda assustada a inocente mulher sem conseguir desviar os olhos.

— Acho que sim. — Respondeu ele levantado os dois e nesse momento, ele sentiu uma energia diferente, como se uma corrente elétrica passasse pelo seu corpo.

— Qual o seu nome? — Perguntou.

— Isabella. E o seu é?

— Edward. — Por que ele havia dito o seu nome verdadeiro mesmo?

— Nossa. Eu não sei como lhe agradecer. Como eu sou desastrada.

— Que tal aceitando tomar um café comigo? — Ele sorriu de forma sincera para ela.

Bella relutou em responder, Alice, assim como sua mãe e seu pai, sempre avisaram para não aceitar convites de estranhos, mas que mal poderia haver? O cara havia acabado de salvar a sua vida.

— Ok, eu aceito.

— É... Isabella não é?

— Só Bella, por favor.

— Tudo bem, Bella. Será uma honra ter sua companhia.

Algumas horas depois....

Bella chegou em casa eufórica, seu coração palpitava. Ela ficou olhando da janela o rapaz encantador que salvou a sua vida e havia acabado de lhe deixar na porta ir embora. Mesmo ele sendo um pouco estranho. Não ter tomado o café, ter lhe enchido de perguntas, não ter passado do portão de sua casa... OK, muito estranho! Pensou ela. Mas ainda assim era o homem mais lindo que já viu na vida e foi muito gentil.

Ainda sorrindo ela subiu para o seu quarto, mal sabia que havia muitas coisas que ela ainda iria descobrir sobre Edward.

Quando Alice chegou em casa ela desceu animada para contar sobre o acontecido. A irmã ficou imensamente agradecida pela pessoa até então desconhecida por ter salvo a vida da Bella e estava feliz por ela encontrar alguém legal. Foi até a cozinha beber alguma coisa enquanto conversavam.

— E então, como ele é? — Perguntou Alice curiosa enquanto enchia dois copos de suco.

— Ele é lindo!

— Você já disse que ele é lindo Isabella. Quero saber como ele é. — Revirou os olhos, uma mania irritante que as duas irmãs tinham em comum.

— Ele é alto, forte, tem um cabelo liso levemente desarrumado cor de bronze, se veste muito bem... - Fez uma cara de pensativa, lembrando detalhes sobre como ele estava ou o que usava - Ah, ele usa um colar lindo com um símbolo que eu não sei o que significa...

Neste momento o copo na mão de Alice estourou e Bella gritou de susto.

— Alice! O que foi? Mas que droga! Quer me matar?

Ela esperou até a irmã recuperar a expressão que claramente havia mudado de tranquila para preocupada.

— Bella, por favor me fala que você não convidou ele pra entrar!

— Não! Ele me deixou no portão. Por que? Você conhece ele?

— Ah, não. É que... Você não sabe se ele é perigoso. Até porque nós não somos os únicos seres sobrenaturais que existe. — Bella riu procurando acalmar a situação.

— Ele não é um vampiro! Se fosse eu não estaria viva não acha?

— É justamente isso que quero saber — Disse Alice num sussurro para si mesma.

— O que?

— Nada. Você tem razão.

— Bom, vou descansar. — Disse Bella lhe dando um beijo e saindo.

A bruxinha ficou pensativa enquanto pegava os cacos de vidro. Sem dúvidas era ele. Mas o que ele queria com a família dela? E porque salvou a sua irmã ao invés de matá-la? Ela teria que descobrir, e o mais rápido possível.