Juntos pelo Acaso escrita por Any Queen


Capítulo 2
Primeiro passo: Pegue o bebê


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, olha aconteceu uma coisa que eu acho que nunca mais vai acontecer, eu postei dois capitulos em dois dias. Mas eu me animei com os comentários e com a capa linda feita pela a leitora Banana.
Espero que gostem dessa capitulo, eles ainda não estão convivendo na mesma casa, mas no próximo já veremos Oliver e Felicity brigando como cão e gato.



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O caminho para delegacia nunca pareceu tão grande. Eu com certeza seria multada por excesso de velocidade, mas nada disso tinha importância.

                Minha melhor amiga havia sofrido um acidente.

                Liguei pro Oliver soluçando, meu peito estava doendo e minhas mãos tremendo.

                - Felicity, a que devo a honra da sua ligação, querida? – ignorei completamente seu tom brincalhão, eu não gostava de Oliver, mas Tommy era seu amigo mais próximo.

                - Oliver... – não aguentei e as lagrimas tomaram meu rosto com um jorro, eu sabia que Queen era única pessoa que saberia o que eu estava passando.

                - Ei... Respira e conta comigo. 1,2,3 – respirei conforme sua voz, ele estava sendo calmo, mas não estaria quando soubesse. Grunhi ao ver um trânsito a frente. – Vamos, princesa, está me deixando nervoso.

                - Desculpa – disse fungando – Um policial, ele ligou da delegacia...

                - Sim...

                - Ele disse, disse... – gaguejei – Laurel e Tommy sofreram um acidente.

                Uma longa pausa. Quase bati o carro quando arranquei, acelerei o máximo que pude.

                - Sophie estava no carro? – foi a única coisa que perguntou.

                - Não me deram informação, estou a uma curva da delegacia.

                - Estou indo. – e desligou.

                Sai do carro e corri até a porta da delegacia, chamei o primeiro policial que vi.

                - Eu preciso falar com o policial Yang. – disse desesperada, ele me chamou para um canto e apresentou um senhor de quarenta anos negro – Eu sou Felicity, nos falamos por telefone.

                - Sim, senhorita Smoak. – ele respirou fundo –Laurel Lance e Tommy Merlyn sofreram um acidente e infelizmente não sobreviveram.

                Segurei um gemido e respirei fundo três vezes, tentando lembrar da voz de Oliver.

                - A filha deles estava no carro?

                - Não, a menina estava com uma babá em casa. – comecei a chorar de alivio, Sophie estava viva.

                - Por que não chamaram o pai dela? O Capitão Lance.

                - Ele está em uma viagem com sua filha Sara, tentamos ligar para eles, mas não conseguimos.

                - Ai meu Deus, como vou contar isso ao Senhor Lance?

                - Felicity. – uma voz forte me chamou, encontrei um Oliver desesperado na porta da delegacia, só consegui encará-lo e fazer um “não” com a cabeça. Queen correu até mim e me abraçou – Sophie?

                - Ela está em um lar para crianças órfãs. – Falou o policial.

                - Temos que ir buscá-la, princesa. – Me afastei dele e afirmei com a cabeça – Sophie precisa que sejamos fortes agora.

                - A família de Laurel ainda não sabe. Como eu vou contar para eles, Oliver?

                - Vemos isso mais tarde - ele segurou meu braço e me guiou até meu carro – Só... – Oliver respirou fundo e passou a mão no cabelo, seus olhos estavam vermelhos – Só pensa na Sophie, em mais nada agora.

                - Você está certo – sequei as lágrimas – Vamos ir pegar nossa menininha.

                Oliver afirmou e foi subir na moto. Vinte minutos depois estávamos entrando no CT (conselho tutelar). Queen estava guardando o capacete quando eu consegui alcançá-lo, olhei no relógio, já passavam do meio-dia, não acreditei que tudo já tinha acontecido fazia quatro horas.

                Quando entrei no local, uma nova vontade de chorar me dominou, havia muitas crianças no local, então tinha sujeira e brinquedos velhos. O local era velho e meio mofado, eu não queria deixar a minha menininha naquele lugar.

                Oliver já estava na recepção chamando por algum responsável, eu me juntei a ele tentando pensar em tirar Sophie daquele lugar.

                - Senhor Queen... – chamou uma mulher em uma porta a esquerda, nós a seguimos até uma sala que tinha um vidro para outro quarto cheio de crianças. – Minha secretária disse que vieram pegar uma criança.

                - Sim – eu disse – Nossa afilhada, Sophie Merlyn.

                - Afilhada?

                - Sim. – confirmou Queen.

                - São guardiões legais dela? – a assistente sentou em sua mesa e começou a pegar uns papeis.

                - Não – disse temendo o que viria depois – Mas a família dela está longe agora e...

                - Me desculpe, senhorita Queen...

                - Smoak, eu não sou nada dele. – corrigi secamente.

                - Senhorita Smoak, apenas guardiões legais e família podem retirar uma criança do CT.

                - Eu não posso deixar minha menina aqui, não quando seus pais acabaram de morrer! – gritei – Oliver?

                - Quanto você quer? – perguntou ele e o olhei abismada – Minha família é bilionária, diga seu preço para tirarmos Sophie daqui agora.

                - Senhor Queen, eu temo que o senhor ultrapassou limites agora. – a assistente arrumou os óculos velhos e ergueu seus olhos castanhos para nós dois – Não podemos deixar crianças com qualquer um, ainda mais com alguém que está tentando subornar uma funcionária pública. Você acabou de virar uma das pessoas com quem eu menos deixaria essa criança.

                - Eu entendo, é fácil odiá-lo. – tentei chamar sua atenção – Mas me diga o que eu posso fazer para tentar tirar minha menina daqui.

                - Temo que só com a presença da família, já que os pais estão mortos e ela não tem guardiões legais. – ela fuzilou Oliver – Pelo menos os pais tiveram a decência de não deixar a menina em suas mãos.

                Oliver cruzou os braços e encarou a assistente ameaçadoramente.

                - Vamos, Queen. – disse puxando seu braço.

                Ele aceitou a contragosto e saímos rapidamente daquele lugar.

                - Lance e Sara viajaram para a Ásia, não vão voltar tão cedo... – soltou ele.

                - Liga para advogada da sua família.

                - Helena?

                - Sim, ela era advogada de Tommy e Laurel também. Talvez tenha algo para nós.

                - Um minuto.

                                                                                              ***

                Estávamos sentados na mesa de jantar deles, na casa deles, tudo parecia normal, porém eles não estavam lá e nunca mais voltariam. Nunca mais sentaríamos naquela mesa juntos para jogar pôquer...

                - ... Laurel era uma pessoa muito organizada. Felicity? – Helena estava sentada minha frente, me encarando calmamente.

                - Desculpa. – pisquei – Pode repetir, por favor.

                - Eu sei que está tudo uma bagunça agora, mas vocês me chamaram aqui, então vamos tentar fazer tudo bem rápido. – ela abriu uns papeis estranhos na mesa – Laurel cuidou da maios parte burocrática quanto a isso, então vocês só têm que assinar para confirmar que estão cientes da tutela.

                - Tutela? – perguntou Oliver.

                - Tutela da Sophie... – ela trocou olhares entre eu e Oliver várias vezes – Eles não contaram a vocês? Caso algo acontecessem com eles, Sophie deveria ficar sobre guarda dos dois.

                - Você diz ser pais adotivos dela? – temi o que ela poderia responder.

                - Não, ainda demoraria um tempo para ter guarda total, mas a provisória, sim.

                - Pais? – vagueou Oliver.

                - Preciso de um tempo. – assim que disse isso, corri para a varanda e gritei.

                Isso não podia estar acontecendo. Minha melhor amiga não tinha morrido e deixado sua filha nos meus cuidados, junto com uma das pessoas mais irritantes de toda a cidade. Eu não tinha vocação para ser mãe, não tinha a menor ideia de como cuidar de uma garotinha de quase dois anos que ainda não sabia andar.

                Não tinha estruturas para ser mãe... Mas não podia decepcionar um último pedido de Laurel, ela e Tommy confiaram seu bem mais precioso na minha mão porque confiavam em mim.

PVO Oliver

                Assim que Felicity pediu um tempo, eu decidi sair e corri para a entrada da casa. Sentei nos degraus e apoiei minha cabeça em minhas mãos, sentia que o chão tinha sido tirado e trocado por uma lama negra que cada vez mais me puxava para baixo.

                Tommy não era apenas meu amigo, era meu irmão. Estava comigo desde que consigo me lembrar, seu pai tinha sido como um pai pra mim quando o meu morreu, não dava para digerir a ideia que ele nunca mais me faria sair da boate para jogarmos pôquer aos sábados.

                Boate. Ri com a ideia de que o homem mais galinha e mimado da cidade estava realmente pensando em deixar tudo isso para trás para cuidar de uma menina que não era sua parente. Eu não seria um bom pai, tinha defeitos obscuros e não faria bem a Sophie.

                Porém, quando a ideia de deixar minha pequena menininha com pessoas estranhas que não sabiam que ela gostava de escutar Bom Jovi para dormir me passou pela cabeça, não consegui pensar em dizer não. Devia isso a Tommy e até a Laurel, por mais inapto que eu fosse para a função.

                Quando eu voltei para a mesa, Felicity estava entrando, seu rosto estava sem emoção, mas decidido.

                - E se um de nós aceitar? – Perguntou ela sentando.

                - E se os dois aceitarem? – a encarei dizendo que não recuaria tão fácil.

                - Seria ótimo. – Helena sorriu – Tommy e Laurel escolheram os dois, juntos. São como uma família para Sophie e foi o último pedido deles para vocês, então espero que pensem com carinho. Também não impede que procurem outros guardiões, como o avô e a tia. Mas até isso, sugiro que fiquem em um ambiente conhecido, para que Sophie não estranhe tanto a falta dos pais.

                - Essa casa é grande demais. – suspirou Felicity.

                - Podíamos ir para a casa no interior da cidade, eles já estavam pensando em ir para lá mesmo. – sugeri.

                - Ótima ideia. – a advogada esticou os papeis – Precisam assinar para tornar legal, como eu disse, ainda podem encontrar alguém para ficar com a menina em um período de três dias, depois disso terá uma audiência pela guarda provisória e visitas mensais até que sejam aprovados para ficar como guardiões permanentes.

                - Então vamos ter que morar juntos? – perguntou Felicity fazendo uma careta.

                - Para o bem de Sophie, sim.

                - A ideia também não me agrada, princesa. – lancei um olhar azedo para ela.

                - Quando podemos pegar Sophie? – questionou a loira.

                - Temo que só amanhã de manhã. – Helena se levantou e juntou os papeis, deixando alguns na mesa – Os documentos precisam ser reconhecidos, mas assim que o CT abrir amanhã vocês podem ir busca-la.

                - Obrigado, Helena. – sorri para ela e a segui até a porta – Você salvou nossas peles.

                - Mando o cheque depois. – ela sorriu provocativamente e fechou a porta.

                Voltei cansado para a sala, Felicity recolhia os papeis e fungava discretamente.

                - Acho melhor você ir pegar seu carro, é maior e assim podemos levar as coisas de Sophie para outra casa. Vou passar na minha casa e recolher as minhas coisas, você deve fazer o mesmo. Nos encontramos lá.

                - Tudo bem. – coloquei a mão no bolso – Helena disse que vai cuidar da papelada de óbito deles e todo o resto.

                - Consegui falar com Lance também, vão chegar amanhã por volta das onze para começar os preparativos para o velório. – a loira massageou a têmpora enquanto falava.

                - Vamos poder conhecê-los, para ver se algum deles será melhor do que nós. – minha ideia não era tão ruim, afinal, eles poderiam ser melhores do que um baladeiro e uma solteirona.

                - Sim, nós vamos achar alguém melhor que nós dois.

                                                               ***

                O velório estava sendo na mansão Meryn. Sophie estava sendo cuidada pela mãe de Felicity, Donna Smoak, enquanto eu e a loirinha estávamos a procura de um possível candidato para guardião permanente. Tínhamos feito uma lista mentalmente, íamos começar pelo óbvio, Quentin Lance.

                Demoramos para encontra-lo, até que Felicity o avistou caído no banheiro com vômito e garrafas de uísque em volta.

                - Acho que ele nem conseguiria se levantar para falar conosco. – disse a loira fazendo uma careta de nojo.

                - Vamos lá, não é tão ruim assim, sua filha acabou de morrer. – adentrei no banheiro e cutuquei seu corpo inerte com o pé – Senhor Lance? – ele respondeu com um resmungo – Queríamos saber se se interessaria em cuidar da sua neta?

                - Oliver! – repreendeu Felicity atrás de mim – Eu não vou deixar Sophie com um bêbado.

                - Você não pode julgar as pessoas precocemente. – sai do banheiro e fechei a porta.

                - Você não pode estar falando sério. – ela grunhiu e começou a andar de volta para as pessoas vestidas de preto – Não vamos mais ir com a sua ideia, agora eu escolho.

                - E quem você sugere, gênio? – cruzei os braços e arqueei uma sobrancelha para ela.

                - Sara. Ela sempre gostou da sobrinha.

                - Sara gosta de muitas coisas. – disse provocativamente de proposito, mas Felicity não pareceu levar na esportiva e andou rapidamente até a irmã de Laurel.

                - Oliver... – disse ela sorrindo pra mim e abraçando Felicity – Ainda não acredito que minha irmã deixou minha sobrinha com vocês dois.

                - Não seja por isso. – disse Felicity abrindo um sorriso – Você ainda pode ficar com a guarda dela, você é família.

                - Oh não – Sara riu e deu tapinhas no ombro de Oliver – Não poderia cuidar de uma criança nem se quisesse, meu trabalho me impede.

                - No que você trabalha? – quis saber.

                - Assassina de aluguel. – ela disse seriamente.

                Felicity abriu a boca em um grande O e se despediu educadamente.

                - O bêbado ainda está ganhando, parece que sou melhor julgador de caráter do que você. – soltei.

                - Não venha com essa. – retrucou ela – Não fazia a menor ideia da profissão da Sara, como poderia?

                - Você se acha tão mais inteligente do que a minha pessoa. – falei – Deveria ter acertado essa.

                - Eu sou mais inteligente do que você. – ela virou para mim e arqueou a sobrancelha – Você tirou D- em matemática no primeiro ano e em quase todos os outros.

                - Como você sabe disso?

                - Se está na internet eu posso encontrar. – Felicity sorriu e depois fez uma careta – Tinha que conhecer a pessoa com que eu vou criar uma filha.

                - Custava me perguntar? – questionei visivelmente irritado.

                - Você tem uma autoestima de si mesmo, não dá para confiar no seu julgamento.

                - Sou uma pessoa confiante, totalmente diferente de você. – olhei para Donna para ver como Sophie estava, a pequena já estava dormindo – Com quantas pessoas você dormiu e se sentiu segura com isso?

                - Eu não vou discutir isso com você! – esbravejou ela – Vamos atrás da mãe da Laurel antes que eu cometa assassinato.

                - Está tão confiante de que iria conseguir me matar? – Felicity começou a andar até a avó de Sophie pisando fundo. 

                A mãe de Laurel tinha se separado de Quentin havia três anos, os dois não eram próximos porque Lance ainda se sentia traído pela ex-esposa, mas as filhas faziam que os dois se tratassem pelo menos bem. Dinah tinha se casado com um professor que tinha quatro filhas pequenas e depois do casamento os dois tiveram mais dois, eram seis crianças barulhentas que corriam e derrubavam as coisas na casa. A mulher estava com um bebê no colo, com os olhos vermelhos.

                Felicity chegou perto gentilmente e a cumprimentou.

                - Senhora Lance... – disse – Nós queríamos falar um assunto importante com a senhora.

                - Creio que não seja uma boa hora – declarou ela afagando o bebê – Rachel vai acordar com fome... Travor! – gritou ela com uma das crianças – Pare de subir na TV e manda sua irmã ir tirar a toalha da mesa da cabeça.

                - Você não é a minha mãe! – gritou Travor de volta.

                - Vou ir atrás do seu pai. – ameaçou Dinah.

                Troquei um olhar preocupado com Felicity, ela estava prestes a falar quando a mãe de Laurel pegou uma criança pelos cabelos e começou a gritar com ela. Saímos de fininho, deixando a mulher com seus seis filhos.

                - Péssima ideia. – suspirou a loira.

                - Ainda tem o pai de Tommy. – a loira estremeceu com a minha ideia.

                - Sempre tive medo dele. – disse – Ele me parecesse meio rígido.

                - Ele é, mas é rico e ama a neta. – tentei.

                - Não custa conversar, ele é a nossa última opção. Mas antes vou buscar a Sophie, talvez ver a neta amoleça seu coração de pedra.

                - Achei que tínhamos superado os julgamentos precoces.

                Enquanto Felicity foi pegar Sophie, eu comecei a procurar por Malcolm, era difícil andar pela casa sem ser parada pelas amigas do Tommy que queriam ser consoladas. Em outras circunstancias eu aceitaria e iria para um lugar onde toda essa confusão não me afetaria. Contudo, tinha feito uma promessa a Tommy e não voltaria agora.

                Esperei pela loira na porta, Sophie estava sonolenta e chupando um dedo.

                - Ei, macaquinha. – chamei – Está com fome? – ela sorriu e eu me senti melhor.

                - Vamos. – falou Felicity – Vamos acabar com isso logo.

                Malcolm estava no telefone e nem levantou o olhar quando chegamos, depois de longos cinco minutos encarando o empresário, ele desligou o aparelho e forçou um sorriso.

                - Oliver - cumprimentou – Senhorita Smoak.

                - Malcolm, nós queríamos saber se estaria interessado pela guarda da Sophie. – disse tudo de uma vez.

                - O que? Eu? – ele começou a brincar com Sophie e a pegou no colo – Eu amo a minha neta, mas não seria capaz de cria-la.

                - Nós pensamos que seria melhor pra ela ficar com alguém da família. – explicou a técnica de TI.

                - Não acho que seja... – mas ele não conseguiu terminar a frase, seu telefone começou a toca e ele foi atender, quando começou a falar, Sophie pegou o aparelho e jogou no chão. Malcolm começou a xingar e jogou a criança para Felicity – Eu sempre disse a Tommy que essa menina não era bem-criada. Laurel não fazia um bom trabalho.

                - Como o senhor pode dizer isso? – esbravejou Felicity, peguei ela pelo ombro e a afastei de Merlyn – Por que não me deixou gritar com ele?

                - Você não ia querer uma cena e Malcolm não ia deixar de lado.

                - Dana-se o que ele iria achar! – Sophie começou a chorar e a loira respirou fundo – Desculpe meu bebê, não vou gritar mais. – Beijei a cabeça da criança e deixei que Felicity a levasse.

                                                                               ***

                Estávamos sentados no sofá da casa em que iriamos morar. Sophie dormia no cercadinho e enquanto nós bebíamos uma garrafa de uísque com os pés jogados para cima.

                - Gostei da mãe. – vagueei – Ela sabe como deixar uma criança viva.

                - Sara também é uma boa opção. – maneou – Manteria a Sophie segura.

                Suspirei, tínhamos pensando em milhões de opções nas últimas horas, mas nós sabíamos que nenhuma delas era plausível, seriamos pais de agora em diante e a nossa cooperação dos últimos dias não duraria por muito tempo. Minha vida com Felicity Smoak estava prestes a ficar muito mais difícil.

                - Acho que podemos comprar uns livros. – soltou ela.

                - E fazer terapia para casal.

                - Colocar proteções na casa.

                - Comprar comida de bebê.

                - Diminuir nosso tempo livre.

                - Não sabia que você tinha tempo livre. – disse tomando um gole da garrafa.

                - Vamos ter que entrar em um consenso sobre suas noitadas na Verdant. – ela disse ignorando meu comentário.

                - Acho que agora é oficial, princesa, somos pais de primeira viagem.


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Notas finais do capítulo

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