Dean POV's.

Havia algo de diferente com aquela garota. Não porque era assombrosamente gostosa. Era seu jeito. Ela era diferente. Eu me aproximei. Toquei seu rosto. E algo inesperado aconteceu. Seus olhos ficaram totalmente pretos. Assumiram um ar demoníaco. 

Ela mudou. Me olhava com ferocidade.

- Olá, Winchester! - falou ela, com uma voz sombria e rouca

- Winchester?

- Ah, não achou que ia enganar a mim, não é, caçadorzinho?

- Quem é você?

- Ah, não se lembra não? De quando você me exorcizou, depois de me enfiar em água benta? Ah, vejo que você é mais idiota do que parece. Sou a Luxúria, Winchester.

- O demônio?  - perguntei, desnorteado com a situação

- Não, o anjo. É claro que sim. Quer saber de uma coisa? Eu quero vingança!

Não. Ela tava de curtição. 

Foi quando ela me pegou pelo pescoço e me arremessou na estante de vidro.

Annellise POV's.

Eu não tinha controle sobre meu corpo. Mais a sensação era boa. Era como se algo dentro de mim tivesse se libertado. Era...interessante.

Achava interessante até o momento que meu corpo arremessou o lindo rapaz na estante de vidro. Mais o que eu estava fazendo?! Não queria machucá-lo. Mais não podia controlar. Aquilo me provocava uma sensação boa. Era alívio. Vingança. Havia alguém controlando-me. E esse alguém estava furioso.

- Ah, a Luxúriazinha ficou brava, é? - falou em tom de zombaria

- Quer jogar, Winchester? - meu controlador falou através de mim - Pois vamos ver quem ganha!

Chutei-o seguidas vezes.

Eu queria parar. Não queria fazer aquilo. Mais como achar o controle novamente?

| Fim dos POV's|

Aquilo era, sem dúvida, estranho para os dois. Dean não sabia se devia acreditar. Annellise queria parar.

É incrível como um demônio pode interferir em tudo. 

Quando foi o próprio destino que quis que eles se encontrassem.

O que teriam planejado para eles? 

- C...como você... conseguiu...ela..era tão..- ele não conseguia nem completar uma frase decentemente.

- No início, achei que fosse uma armadilha.

- Co...como assim? - ele precisava de tempo. E sabia que aquelas criaturas adoravam se gabar de seus planos.

- Ao possuir essa garota, eu fiquei presa no corpo dela. Claro, que conseguia fazer algumas coisas. Como levá-la onde eu quisesse. Só que mais nada. Foi até você tocá-la . Você me libertou. E agora eu posso usar essa gracinha - ela apontou para o corpo - para o que eu quiser!