Cidade Imortal escrita por Manuca Ximenes, Cris Herondale Cipriano


Capítulo 26
Capítulo 25




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Capítulo 25

Minha neta...Álbuns...Complicado.

Esconder-se não era o objetivo de Valentim. Ele não queria ficar parado, agora que estava no mundo dos vivos de novo, o  sumiço do corpo de Luke havia sido a forma de punição que mais iria atingir Jocelyn e foi exatamente o que ele fez. Ele destruiu o corpo do seu ex parabatai, fez com que a sua esposa chorasse e interesse um marido sem corpo.

O cemitério mundano estava vazio, enquanto a esposa de Valentin ainda chorava, sendo abraçada pela sua filha bastarda e observada por um jovem que, aparentemente, estava mais preocupado com a mais nova do que com a mulher.

Logo uma garota aparece, de cabelos negros e olhos tristes e a ruiva mais nova aproxima-se dela, abraçando-a com força, mas se afasta quando avista Clarissa.

—O que pretende fazer? –Pergunta Serena, aproximando-se do avo.

—Pretendo seguir o plano de Sebastian e incendiar o mundo. –Responde, virando-se em direção a Serena, que suspira. –Ou é muito sangue para você minha jovem? –Pergunta, maldosamente.

—Nunca terá sangue o suficiente para mim. –Responde, maldosa, fazendo Valentin colocar um sorriso nos lábios.

—É bom ouvir isso. –Afirma, seguindo em direção ao portal.

—Acha que o plano do meu pai deu certo? Que ele ainda está no instituto? –Questiona, preocupada.

—Jonathan sempre foi um maravilhoso estrategista. Tenho certeza de que ele está se saindo, incrivelmente, bem no seu papel. –Afirma, atravessando o portal.

Valentin sabe que desde que sairá do mundo dos mortos, tudo estava mais urgente, que o mundo a sua volta não era importante de fato, ele não conseguia mais se conectar ao mundo dos vivos, conextava-se as pessoas a sua volta, mas não conseguia sentir empatia, ou ter qualquer tipo de senso de situação.

...

Cecily estava dividida.

Dividida entre ficar com Mia e dar apóia a Jordan e Rafael.

A garota tinha consciência de que o seu dever era estar ao lado de Mia, então, ela, simplesmente, foi e voltou.

Observando a sua parabatai, levantar a mãe e Clary a ajudando, Cecily encara Willy, que engole em seco.

—Devemos tira-las daqui. –Comenta, preocupada.

—Concordo, mas eu Jocelyn não quer sair daqui. –Confessa, negando com a cabeça.

—Ela precisa sair. –Afirma, aproximando-se de Clary. –Pode fazer um portal? –Pergunta, observando-a se afastar e abrir um portal.

Cecily ajuda Mia a levar Jocelyn até o portal e assim que chegam ao instituto, elas levam a mulher para um dos quartos, deixando-a deitada em sua cama em posição fetal, enquanto Mia alisa os seus cabelos.

—Não deveria estar com o Rafael? –Pergunta, confusa.

—Não, eu tenho que estar aqui. –Responde, com uma careta no rosto.

—Eu tenho que ficar com a minha mãe, além do mais, o Rafael precisa de você. –Revela, suspirando.

—Não, eu tenho... –Calando-se, com o olhar incrédulo de Mia. –Ok, ok. –Murmura, saindo do quarto e se esbarrando em Willy.

—Ela precisa de alguma coisa? –Pergunta, gaguejando e Cecily acaba rindo.

—Talvez... Da sua companhia. –Responde, afastando-se do garoto e seguindo para a porta do instituto.

—Não prefere usar um portal? –Pergunta Clary, chamando a atenção da morena. –Seria bem mais rápido. –Afirma, abrindo um portal.

Cecily atravessa o portal e nota que estava na casa de Rafael, ela aproximasse de Max e Gabriella, que estavam namorando na sala e observa a caçadora encara-la.

—Estão no quarto de Rafe. –Revela, sorrindo docemente para a morena.

—Obrigada. –Agradece, virando-se e seguindo para o quarto de Rafael.

Por um segundo ela hesitou bater na porta, ou até mesmo abri-la de vez.

Precisando de um momento para decidir, num impulso de coragem, ela bate na porta e logo depois Rafael abre a mesma.

—Hei! Pensei que ficaria com a Mia. –Revela, sussurrando.

—Mia está bem, quer ficar com a Jocelyn. –Revela, suspirando.

—Entra. –Pede, abrindo mais a porta e mostrando Jordan deitado em sua cama, com um álbum de fotos nas mãos.

—O que estão fazendo? –Pergunta, sentando-se ao lado de Jordan, que mostra fotos deles pequenos, com Maia e Alec, com Max e Magnus, com a própria Cecily, Gabriella e até mesmo a emburrada da Mia. –Nossa. –Sussurra, admirada.

—Temos muitos álbuns para ver. –Afirma Rafael, sentando-se ao lado de Cecily, que concorda com a cabeça, pegando um dos álbuns que estava nas mãos do caçador.

...

Magnus estava sentado na cadeira do escritório de Robert observando pensativo a poça de sangue do caçador que ainda estava sobre o tapete, já estava a mais de uma hora encarando o liquido vermelho. Soltou um suspiro frustrado, não conseguia achar uma pista que os levasse a Valentim, havia deixado Alec sobre os cuidados de Lily e fora revistar o escritório do inquisidor mais uma vez. 

Sentia-se frustrado, nunca havia se sentido tão inútil ou tão exausto psicologicamente quanto agora, havia perdido uma de suas melhores amigas, seu sogro e embora não fosse muito apegado ao homem, ele ainda era pai de seu marido e ver Alec sofrer quebrava seu coração, seus filhos também estavam sofrendo, o mundo corria perigo, tudo estava um verdadeiro caos e ele não sabia o que fazer. Tinha que dar apoio ao marido, não podia deixar que o caçador percebesse o quanto estava abalado e abatido, tinha que ser forte, por Alec, porém isso o estava levando a exaustão mental. 

Ouviu o suave rangido da porta se abrindo a suas costas, virou-se um pouco para poder observar quem entrara esperando encontra Alec ou um dos seus filhos, porém para sua surpresa quem entrara no local fora James Carstairs.

— Magnus, desculpe, sei que deve estar cansado e ainda lidando com o luto, mas eu preciso falar com você.

Magnus fechou os olhos por um instante desejando que nada disso estivesse acontecendo, queria deitar em sua cama ao lado de Alec e ter seu tão merecido descanso. Virou-se completamente para o caçador enquanto massageava a têmpora. 

— Entre Jem, sente-se e diga do que se trata. - Respondeu por fim cansado.

— Sei que já tem  muitos problemas Magnus e eu realmente não queria te chatear, mas é algo importante, é sobre Will. 

— O que há com Will? - Perguntou interessado, ele conhecia Jem e sabia que para o caçador o procurar deveria ser algo muito sério, Jem nunca gostou de incomodar ninguém.

— Will não está normal Magnus, toda essa crueldade que ele anda destilando, isso não é coisa dele, viu como ele se comportou no enterro de Robert, ele não é assim! - Disse Jem preocupado.

— Está querendo dizer que este não é Will? Porque lamento dizer, mas é Will, eu nunca me esqueci dele, esse rapaz definitivamente é Will. 

— Não, ele realmente é Will, mas também não é. 

— Você está me deixando confuso.

Jem soltou um suspiro frustrado por não conseguir por em palavras o que lhe vinha a mente.

— Magnus, eu conheço Will melhor que qualquer outra pessoa, nem mesmo Tessa o conhece tão bem quanto eu, eu vi um menino despedaçado usar de crueldade para afastar as pessoas de si mesmo, eu vi esse mesmo menino ser o irmão a quem eu precisava, eu vi esse menino salvar minha vida, vi ele sacrificar tudo por aqueles que amava. Nem mesmo quando Will acreditava ser amaldiçoado ele nunca faria tais comentários num enterro, não é da natureza dele ser cruel e desprezível, quem não o conhece pode até dizer que ele é uma pessoa terrível e que não liga para os sentimentos dos outros, mas Magnus isso não é verdade, eu conheço Will, algo ai não está certo na forma como ele está agindo.

Magnus fechou os olhos com força mais uma vez e suspirou, mais essa agora, já não bastasse todos os problemas que estavam enfrentando. 

— Eu também já havia percebido Jem, conheço o Will, apesar de ter sido uma pessoa quebrada por dentro e com um humor terrível, eles era simplesmente uma das pessoas mais especiais que conheci, ele foi o primeiro caçador a me tratar como um ser humano digno de ser um igual, ele não me via como um ser inferior por ser um submundano, ele me tratou como gente, então eu digo a você, eu conheço Will, sei que a forma com que está agindo não é da natureza dele. 

— Você o conhece, Tessa também e eu também, mas as outras pessoas dessa época não, eles devem estar desprezando Will.

Magnus abriu os olhos e encarou Jem. 

— Você tem certeza que este realmente é Will, que o que saiu de lá realmente foi Will e não algo que usa seu rosto com o intuito de nos ludibriar? 

Jem segurou o ar por um instante antes de voltar a falar com Magnus, olhou nos olhos do bruxo enquanto dizia palavra por palavra, para que Magnus tivesse a certeza de suas palavras.

— Não tenho duvidas quanto a isso, é Will, eu sinto aqui. - Disse apontando para o peito onde estava sua runa parabatai.— Além disso eu vi meu parabatai com sua verdadeira face, eu vi Will chorar quando soube que mais de cem anos haviam se passado desde sua morte, ele chorou por seus filhos, Magnus era ele, eu tenho certeza, mas é como se depois daquele breve Will, ele simplesmente tivesse ficado no modo automático, ele parece um robô programado para ser desagradável com as pessoas.

— Menos com você. - Disse Magnus suavemente. 

Jem não pode conter um sorriso carinhoso, sempre fora assim, Will nunca o magoava ou machucava. 

— É por isso que acho que ele parece programado, é como antes de descobrir sobre a maldição. Não faço ideia de como Sebastian e Valentim agiam antes e se estão agindo diferente agora, talvez Jace possa nos dizer isso, ele os conhecia melhor que qualquer outra pessoa, assim como seu marido pode dizer se Max está diferente, mas Will eu tenho certeza que está.

— Isso pode ter a ver com o fato de que ele esteja morto há muito tempo, pode estar ligado a isso. - Murmurou Magnus pensativo. 

— O que faremos Magnus? - Perguntou Jem preocupado.

— Quisera eu saber James Carstairs, estou completamente perdido no meio desse caos. - Disse o bruxo desviando os olhos frustrado.

 

 


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