No Roses escrita por AleyAutumn


Capítulo 20
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— Você não gosta mesmo que as coisas fujam do seu controle não é? - Natalia questionou friamente enquanto mexia nos pedaços de carne que torravam na fogueira – Nem que tenha que morrer para isso.

— Mas é claro que não, quem gosta? As coisas sempre vão sair do meu jeito, eu saio por cima...viva ou morta.- as duas se olharam antes de cair na risada – Não acredito que vim na floresta pra grelhar uma morta. Não fique furiosa... – abriu um sorriso malicioso enquanto massageava o próprio pescoço.

— Estou aqui. - Elijah surgiu e Natalia olhou de forma acusadora para Valerine que apenas deu de ombros enquanto Elijah as ignorava.

— Queria que eu chamasse o histérico? Para ouvir os berros dele durante todo o caminho de volta?

Na realidade ela queria sim que Niklaus aparecesse no lugar dele, não seria nada comparado ao constrangimento que enfrentariam naquela curta viagem, mas Natalia precisava mostrar que estava bem com aquilo, que a vida seguiria tranquilamente e assim ela o fez durante todo o caminho de volta notando o quão silenciosa Valerine estava. E isso começou a assustar.

— Alô bonitão. - a mulher atendeu o telefone de Natalia sem nenhuma discrição, ele já estava dentro da bolsa dela -É Valerine. Oh Natalia? Natalia é uma super model, hot, cacheada e assassina.

— Valerine! - a outra gritou no banco do passageiro ao lado de Elijah sem ouvir nada da conversa, o vampiro apenas as ignorava.

— Eu adorei a sua voz. Não, você não pode falar com ela meu querido eu sou ...a mãe dela…

Mãe?— o homem questionou.

— Sim mãe, você não teve mãe não? O que quer?

Eu quero a convidar para sair.— Sebastian anunciou achando graça do interrogatório.

— Ela vai sim, é bom a levar no Grill, hoje as oito horas, pode chegar as dez. Cada minuto de atraso contará como uma faca no seu corpo. Beijos.

— Quem era? - Valerine a olhou com cinismo.

— Você tem algum ninho de macho que eu não saiba? Se eu não xinguei, não foi Niklaus. Se eu não vomitei não foi Rebekah e nem Finn. Se eu não desmaiei de tédio, obviamente não foi o Kol. E se não morri de amores, não foi Marcel. Nem preciso falar quem é o “molha calcinha” da família. Afinal ele está nesse carro. Obviamente é o Bastiano.

— Sebastian.- corrigiu incomodada quando sentiu o breve e gélido olhar de Elijah, o que ele queria que ela fizesse?

— Então tá, que tal… vai sair com ele hoje… como estou muito, muito, muito indisposta passarei a noite com Elijah. - Valerine encontrou os olhos dele pelo retrovisor- Conversando. - a voz saíra gélida e sombria – Com Niklaus.

O moreno suspirou.

— Fico feliz por você ter vindo Natalia, achei bem inusitado a forma como a sua mãe falou comigo.- Sebastian comentou a encarando.

— Ah, ela é um pouco… é.. - ficou sem saber o que responder – Meu pai não consegue lidar com ela. Ninguém consegue.- pensou em como Niklaus perdia facilmente a paciência com ela.

— Dá para ver de onde tirou a sua personalidade. - ela riu se engasgando com o suco que bebia, de Valerine? Não… ela estava mais para um combo Mikaelson.

— Acho que se um dia vier a conhecer toda a minha família você irá discordar disso, eu estou mais para um… demônio bebê. - falou com o olhar perdido enquanto se lembrava de como despedaçara Katherine em milhares de pedaços enquanto a deixava derreter no ácido, fora… divertido de ver Katherine com medo.

— Um demônio bebê?- Sebastian riu baixo a deixando encantada – Não sei se você sabe disso Natalia, mas… eu sou um grande fotógrafo… pensei que talvez você queira ser minha modelo.- ele a olhou com seus olhos castanhos brilhantes que tanto lhe lembravam Elijah, exceto pela falta de malícia que os habitavam sempre.

— Modelo? - ela pensou no ódio flamejante de Niklaus.

— Sim, modelo. - ele sorriu com carinho tocando o queixo dela com carinho, a mesma forma que Elijah fazia – Você é perfeita para o trabalho.

Antes que pudesse piscar os dois dançavam uma musica lenta no meio do bar, Sebastian a girou e logo a segurou com firmeza pela cintura mantendo-a por perto, os corpos colados enquanto ela o analisava bem. Não era Elijah, mas lembrava-o, exceto pelo fato de Sebastian ser bem mais aberto.

— Eu não acho uma boa ideia, acredito que daqui a 30 anos não seja legal que as pessoas me reconheçam pelas ruas como a animália que não envelhece.

— Com certeza isso chamaria bastante atenção. - Sebastian reparou que ela não se interessara pelo assunto e decidiu mudar o foco da conversa – E então minha querida, o que um homem como eu precisa pra fazer pra você se interessar por ele?

— Acredite, você não vai querer  isso. – pensou na família complicada evitando fantasiar com Sebastian, ele era  um cara legal, ousado e chamava atenção. Mas Natalia tinha que ser coerente, as coisas não eram tão simples quanto a sua mente tentava fazer ser e ser uma vampira.... bem, era muito mais complicado do que imaginava.

— Problemas com sua mãe? – ele a analisou por um breve momento.

— É você quem vai ter se não me liberar no momento certo. – ela sorriu o puxando para o bar, aumentaria o próprio ego e se esqueceria da família por algum tempo, sabia que Sebastian poderia ser uma boa distração.

— Eu tenho certeza que não gostaria de levar facadas no meu corpo a cada minuto de atraso. – ele repetiu e riu dela – Combina bem com a personalidade de Niklaus, agora eu vejo o motivo de todos sempre falarem o quanto Niklaus é apegado a sua filha. – ele puxou a cadeira dela.

— Niklaus... é Niklaus. - deu de ombros – Mas por qual motivo falar dele?

Elijah segurou os braços de Valerine com força quando ela o estapeou na cabeça assim que ele passou ao lado, Kol saiu do local rindo e Klaus tentou fazer o mesmo, mas fora chutado de volta para a poltrona.

— Olha só, aquela bruxa Katherine enfiou alguma coisa no meu pescoço que está me incomodando muito! - a morena reclamou irritada coçando o pescoço enquanto tossia agarrando o pescoço – Disse que era a droga da cura, mas acho que ela não iria desperdiçar isso comigo.

— Não era isso que você queria? -Klaus a questionou.

— Ah...ela se apaixonou por mim e resolveu me dar o que eu tanto queria de bom grado? Algo que poderia acabar com todos os problemas dela? - ele suspirou notando o óbvio.

— Talvez esteja querendo nos dar um susto. - Elijah interviu – Katherine sempre jogou muito, não me surpreenderia. Ela só jogou com a pessoa errada.

— Ela disse que eu era o teste… que… eu… -ela parou olhando para Niklaus – Você mandou ela fazer isso comigo?

Klaus se ergueu em fúria com essa constatação, era mais do que óbvio que ele não havia feito isso. Ele não seria tão estúpido de ir atrás de quem estava com a cura quando se quer tinha um plano.

— É claro que não Valerine! - ele gritou vendo o rosto dela se retorcer – Está sentindo algo? - ela colocou a mão no peito.

— Eu estou sentindo que essa é uma família de imbecis! - ela gritou os fazendo se afastar – Que merda vocês tem na cabeça, bando de merda! A pequena Natalia nos braços de um desconhecido possível estripador e um imbecil loiro querendo manter a filhinha longe do panaca do irmão por querer ela somente para ele, deixa de ser carente Klaus. - o loiro bufou e rolou os olhos incomodado com o assunto – E esse ser elegante, esbelto… egípcio com medo dessa criatura histérica, faça-me o favor.

— Enquanto Natalia não vier… - Valerine interrompeu a conversa.

— Natalia poderia vir diante de você um milhão de vezes Niklaus, e mesmo assim você não aceitaria isso, mesmo assim você ficaria todo nervosinho. Híbrido babaca. Não pelo fato do seu irmão retribuir afinal isso seria maravilhoso e deixaria todo mundo unido… mas sim pelo fato de você querer manter todo mundo perto se odiando e amando somente a você. Ainda não se tocou que essa é a fórmula pra destruir uma família e ficar sozinho? - os dois se olharam com ódio e ela logo se voltou para Elijah.

— É melhor você a tirar do Bastiano, ou eu tiro seu coração de você. Incompetente. - bateu no peito dele e se virou, Elijah tentara ficar sério assim como Niklaus, mas os dois deram apenas um pequeno sorriso sem realmente se importar com o que ela disse. Estava na hora de parar de a levar a sério.

E então Valerine desabou no chão completamente desacordada, o coração que sempre batia tranquilamente independente de qualquer coisa, agora pulsava com rapidez e muita força lutando para a manter viva. Era definitivo, a cura funcionava.


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