HL: Pocket Girl - How Heroes are Born escrita por Mini Line, Heroes Legacy


Capítulo 30
Resgate — Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores.
Demorei mais do que o imaginado, mas aqui estou com um capítulo cheio de referências. Espero que encontrem todas ela. Agradeço a todos os leitores maravilhosos que eu tenho, inclusive ao Faw, que comentou em muitos capítulos e leu tudo em 3 dias. Muito obrigada ^^

Boa leitura a todos ❤



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/686114/chapter/30

— Liam, você está no comando do pátio com o Quarterback. Antigravity, cuida da lateral esquerda, com a ajuda da Vocal. Fada e Kasai no Akuma, vão para a direita. Os fundos fica com a equipe Gamma. Assim que eu autorizar, Netuno segue com o Pain e o Touchless. Tíbia, sabe qual a sua missão. Enquanto ela não aparecer, ajude os gêmeos a se manterem vivos. Corvo, hora de explodir algumas coisas.

 

Com um sorriso discreto no rosto, Raven tirou uma flecha explosiva de sua aljava e atingiu o centro da porta de metal. O dispositivo piscou uma luz vermelha três vezes, antes de mandá-la para os ares. Assim que a única coisa que separava agentes da Nexus e da Nêmesis não existia mais, os homens que estavam lá dentro, fortemente armados, abriram fogo contra a equipe de apoio que se mantinha à frente, mas Will se prontificou em formar uma parede espessa de gelo, que ricocheteou cada bala, algumas voltando contra os próprios atiradores. Assim que precisaram recarregar, William desfez a proteção, transformando-a em finas estacas de gelo, que lançou contra eles, derrubando as primeiras fileiras.

 

— Descanse um pouco. — Rachel assentiu para ele, deixando a eletricidade circundar seu corpo, enquanto corria em direção dos inimigos com uma velocidade sobrehumana.

 

Raven não desperdiçou muitas flechas, mas derrubou alguns homens com seus golpes precisos, finalizando-os com uma faca de caça.

A equipe Gamma, formada por agentes em treinamento, levou sorte ao encontrar a saída destinada aos funcionários. A líder da equipe sorriu, vendo o pavor no rosto dos cientistas cercados. Depois dessa, esperava uma promoção.

Sayuri já estava pronta para desobedecer Valerie, e ir para a entrada, quando sentiu o chão sob seus pés se mover lentamente, como se tivesse areia movediça ali. Ela foi sugada de repente, mas Delilah fez com que um cipó nascesse de suas mãos, e o lançou para a garota, puxando-a para longe.

Do meio da areia, a silhueta de um homem alto emergiu, revelando-se um rapaz de cabelos castanhos e olhos claros, que não aparentava ser muito forte. Ele sorriu para as garotas, cruzando os braços.

 

— Essa foi por pouco, não? — O rapaz deu uma risadinha, tirando um pouco de poeira do ombro.

— Não vou dizer o mesmo quando sua cabeça rolar. — Sayuri girou a katana, pronta para a luta.

— Claro, claro. — Ele revirou os olhos, enquanto uma nuvem de areia se formava ao seu redor. — Também vai me matar, Fadinha?

— Eu estou aqui apenas para sua proteção, Ian Bottman — Delilah respondeu, pairando à poucos centímetros do chão.

— Continua nessa vibe zen, maninha?

— Não sou sua irmã há nove anos, Ian. Mas, para sua informação, os Bottman ainda se preocupam com você. Sua traição mexeu muito com sua mãe. Deveria repensar em tudo o que você já aprontou e voltar para casa.

— Não vai dar não — disse, em um tom despreocupado. — Primeiro tenho que chutar vocês duas.

 

Sem perder tempo, Ian fez com que a areia ao redor avançasse contra as garotas, enquanto ele apenas observava Sayuri, inutilmente, tentar quebrar a proteção dele.

 

Carol e Hayley não tiveram grandes problemas, além de um grupo pequeno de agentes que tentaram impedir a entrada delas por uma das janelas do terceiro andar, onde chegaram graças a habilidade da Antigravity. Vocal, assim que enxergou os agentes, deu um grito supersônico, atordoando, não só os inimigos, como a agente Muller, que caiu de joelhos, com um zumbido terrível nos ouvidos. Elas tiveram que permanecer escondidas por algum tempo até Carol se recuperar e continuarem derrubando alguns inimigos aqui ou ali.

 

John, desafiando a ordem precisa de Jones para permanecer no carro, saiu, escondido, aproveitando a distração causada pelas batalhas ao redor. A espera fazia parecer que havia passado muito mais tempo do que realmente passara, deixando-o apreensivo demais para aguardar.

Pôde ver que Delilah estava em batalha, embora não parecesse nem ao menos estar cansada. Ela realmente era incrível. Deu a volta, escondido entre carros e entulhos, até encontrar uma janela quebrada, por onde entrou sem fazer nenhum ruído. Checou sua arma, antes de prosseguir, silencioso como um ninja.

A diretora e sua equipe adentraram o prédio e seguiram por uma passagem estreita, que levava ao subterrâneo. Tudo estava silencioso e escuro demais para o gosto deles, incomodados com o eco dos próprios passos. Benny tirou os óculos e fez a luz da sala aumentar, assim como o brilho de seus olhos, revelando oito homens cercando-os.

O garoto sentiu seu pescoço ser apertado repentinamente, pois um dos agentes da Nêmesis o puxou pela echarpe azul e o jogou no chão, apontando uma arma para sua cabeça.

Benny não conseguiu ver o que aconteceu exatamente, devido a velocidade de Rachel, que surgiu na frente do homem e atravessou a garganta dele com a mão.

 

— Eu sabia que esse negócio no pescoço só ia atrapalhar. — Rachel estendeu a mão ensanguentada para Benny, mas o garoto se levantou sozinho, já voltando a lutar.

 

Raven puxou uma flecha e atirou contra um homem que surgiu pelas costas de Rachel. Um deles segurou a arqueira pelos cabelos e bateu sua cabeça contra a parede, lançando-a no chão em seguida. Antes que pudesse fazer mais alguma coisa contra ela, Benny pegou uma de suas flechas e a fincou no ombro do agente, antes de invadir sua mente, deixando-o paralisado. Jones se ocupou de dois agentes, enquanto Rachel eletrocutava um terceiro.

 

— Pode seguir com os garotos, Netuno — Jones instruiu, após derrubar o último homem.

— Acho que vamos demorar um pouquinho — ele respondeu, ofegante.

 

Minutos antes dela dar a ordem, um homem ainda mais alto do que William, pulou do telhado, formando uma pequena cratera ao pousar.

 

— Uau, belo pouso de herói — Luke comentou e assentiu, sorrindo de canto.

— Eu entendi a referência. — Alex fez o mesmo gesto que o irmão, tocando os punhos em seguida.

— Eu vou com eles, diretora. Acho que o Liam e o Quarterback não vão dar conta do grandão sozinhos. — Bianca fez um sinal para os gêmeos, começando a correr para o interior da fábrica, mas foi impedida por uma lança de papel que atingiu o chão, próxima ao seus pés.

— Você não vai a lugar algum, sorella.

— Eu não, mas eles sim. — Bianca sorriu de canto, vendo os dois correrem para a escuridão do galpão.

— Coitados. Eles vão morrer, assim como você.

 

A frente da fábrica estava um verdadeiro caos, enquanto a proporção das batalhas ao redor apenas iam aumentando. Somente as irmãs Bernadini continuavam paradas, de frente uma para a outra, se estudando. Não precisam conversar, não precisam dizer uma palavra. Tudo o que sentiam, estava escrito em seus olhares.

E então, junto com uma explosão vindo de uma das batalhas ao redor, Bianca avançou, usando os ossos das pontas dos seus dedos como projéteis, os lançando na direção da irmã. Ela por sua vez, facilmente desviou, transformando o seu corpo em papel e logo voltando a forma normal e criando uma adaga de papel logo em seguida.

Em resposta, Tíbia fez o osso da palma de sua mão descer e aparou o golpe da irmã, o que fez as duas fitarem-se mais uma vez, antes de, com um rugido, se afastarem. Investiram uma contra a outra novamente, em uma batalha de golpes rápidos e curtos. Violeta conseguia abrir cortes pelo corpo de sua irmã, porém, eles facilmente se curavam, graças a sua regeneração acelerada.

Notando a habilidade da Papercut, Bianca pulou para trás, lançando os seus projéteis mais uma vez e que, novamente foram desviados pela Neo-Humana. Porém, sem calcular muito bem o seu pouso, Tíbia escorregou ao colocar o primeiro pé no chão, o que fez a sua guarda ficar aberta.

Sem desperdiçar a oportunidade, Violeta avançou, cravando a adaga de papel no peito de sua irmã, que arregalou os olhos, enquanto soltava um gemido de dor. Perdendo as forças na perna, Bianca caiu para frente, apoiando-se em Papercut, enquanto sentia dificuldades para respirar.

 

— Acabou para você, Bianca — Violeta disse simples, fitando a irmã.

— Não tenha tanta certeza.

 

Um esboço de um sorriso iluminou o rosto da Bernadini mais velha, enquanto Papercut franzia o cenho e então, Bianca a segurou com força pelos braços, enquanto Hemácia fazia o seu ataque pelas costas, lançando as suas agulhas de sangue, que penetraram o seu alvo.

 

— Não pode ser… — Sussurrou Violeta, perdendo o controle de seu corpo.

— Hora de dormir, Leta.

 

Foi tudo o que Bianca disse, antes de acertar um forte soco no maxilar de sua irmã, a nocauteando, porém, sem lhe deixar cair no chão. Em silêncio, ela assentiu para Hemácia, agradecendo a ajuda, enquanto se ajoelhava, com a irmã em seus braços.

 

— Pensei que não viria mais. — Sorriu, antes de desviar o olhar para Violeta.

— Heróis sempre chegam na hora certa. — Giovanna assentiu, antes de ajudar a amiga levar a Papercut para o carro, onde prenderam um contensor no pulso da garota.

 

Liam, Richard e Will não perderam tempo com conversas, apenas avançaram em conjunto conta o homem, que não parecia se importar com os golpes recebidos.

Jacob Rowland era conhecido em todo o laboratório como um dos melhores agentes, depois da morte de Madson. Sua habilidade de transformar o próprio corpo em aço lhe conferia uma força descomunal, sem falar na resistência.

Richard jogou o peso do seu corpo sobre Jacob, desequilibrando-o e fazendo com que abrisse a guarda, já que não esperava um golpe usado em jogos de futebol americano. Liam aproveitou e usou seu braço biônico para acertar um soco no rosto do rapaz, que pareceu sentir o impacto.

 

— Essa foi boa, mas precisam mais do que isso — comentou, enquanto toda a superfície de sua pele se tornava aço.

 

Ele avançou contra Richard, que esquivou como pôde, mas foi pego do mesmo jeito. Jacob acertou um soco em seu estômago, fazendo-o se curvar, sem respirar direito, e o atirou sem dificuldades contra um carro, que ficou com a lataria amassada.

William usou a própria força de um golpe desferido contra ele para derrubar o inimigo, agradecendo as aulas de Aikidô na adolescência. Liam não perdeu tempo e acertou mais alguns socos no rapaz, mas sem surtir muito efeito.

 

— Para trás! — Will gritou, estendendo as mãos na direção de Jacob.

 

Entendendo o que estava para acontecer, Liam se afastou e observou o aço ficar incandescente, enquanto uma grossa camada de gelo se formava por cima. Não demorou para o homem começar a gritar, sentindo o corpo queimar por dentro. William, por sua vez, sentia as pernas tremerem e a visão ficar turva. Um zumbido em seus ouvidos tirou-lhe o equilíbrio, fazendo-o cair de joelhos, mas continuou com uma das mãos estendida, contendo o homem de aço.

Liam acertou um soco na nuca do rapaz, que voltou ao normal quando caiu, desmaiado. Aliviado, Will também deixou o corpo cair, enquanto a respiração pesada fazia seu peito subir e descer com certa velocidade.

 

Mais ao lado, Delilah formou um redemoinho de vento, fazendo Ian perder o controle de sua areia. Erguendo um dos braços, lançou um raio contra o rapaz, atingindo-lhe o braço no instante em que ele se transformou em areia, mas voltou ao normal em seguida.

 

— Hey! Isso dói! — bradou, observando cristais de vidro no lugar atingido.

— Areia aquecida se transforma em vidro — Sayuri sussurrou, sorrindo de canto.

 

Ignorou a dor de todos os cortes causados pelo rapaz, e superaqueceu o próprio corpo, fazendo as feridas queimarem e cicatrizarem. Deu um sinal para que Delilah se afastasse e cerrou os punhos, deixando as chamas vermelhas dançarem por todo seu corpo. Tudo o que desejava era tirar o sorriso sarcástico do rosto de Ian. Correu na direção dele e desviou de cada golpe que a areia controlada lhe desferia, lançando suas chamas contra ela, que caía, transformada em vidro. Ian recuou um passo, mas não teve tempo para fugir. Sayuri já estava próxima demais. Ela o segurou pelo braço, mimetizado em areia, tirando um grito do rapaz. Ela aumentou ainda mais sua temperatura, fazendo com que linhas incandescente, como lava, surgissem em sua pele alva. O fogo o consumiu rapidamente, deixando a Fada horrorizada.

 

— Sayuri, para! — gritou, com lágrimas nos olhos.

— Não!

— Para agora! Eu estou implorando. Para!

— Eu sinto muito, Fada, mas ele vai morrer.

 

Sayuri girou sua katana, pronta para quebrar a estátua de vidro, quando um cipó agarrou o braço da garota, que desviou o olhar para Delilah, furiosa.

 

— Eu disse para parar. Você não me deu escolha — sussurrou, balançando a cabeça.

 

Sem dizer nada, a japonesa cortou a planta que a segurava e guardou a espada, deixando a garota para trás.

Delilah parou em frente a estátua do rapaz e suspirou, passando a mão no que seria seu rosto. Ela sorriu, com certa tristeza apagando o brilho de seus olhos. Concentrou seu poder de purificação, torcendo para que eles não falhassem, como acontecia em algumas épocas do ano, devido ao alinhamento dos planetas e galáxias distantes. Aos poucos, foi revertendo o processo de cristalização, fazendo com que uma camada de areia descobrisse a pele de Ian, que caiu nos seus braços. Temendo a condição do rapaz, ela fechou os olhos com força, antes de tocar o pescoço dele, sentindo seus batimentos fracos, mas regulares. Suspirou e permitiu-se sorrir, antes de beijá-lo na testa, acariciando seus cabelos curtos e macios.

 

***

 

Esgueirando-se pelo galpão, em busca da entrada para o laboratório, os irmãos Henderson escondiam-se por qualquer ruído que ouviam, mantendo-se próximos um do outro. Encontrar a passagem para o subsolo era difícil devido a pouca iluminação e as rápidas instruções que Jones passou pelo comunicador. O medo deles só crescia ao imaginarem os perigos que os esperavam atrás de cada porta que abriam, deixando-os com a respiração acelerada, assim como o coração, que parecia querer sair do peito.

 

— Aonde pensam que vão, rapazes? — A voz feminina fez um calafrio percorrer cada um, e eles se viraram devagar, erguendo as mãos.

— Estamos procurando o banheiro — Alex disse rápido, assentindo.

— Sério, cara?! O banheiro? Às vezes eu acho que você foi trocado na maternidade, não é possível ser tão idiota!

— Idiota é você! Como eu poderia ser trocado se você é igualzinho a mim?

— Você é igual a mim. Eu nasci primeiro!

— Dois minutos de diferença, Luke. Dois minutos! Grande coisa isso!

— E eu pensando que a Nexus tinha um controle de qualidade na hora de selecionar agentes. — Natalie, a Kitsune, suspirou e revirou os olhos, cruzando os braços. — Não vai ter graça matar vocês.

— Nós não somos da Nexus. Somos… — Alex olhou para o irmão, que permanecia imóvel, estudando a mulher. — Somos…

— Alunos da Pocket Girl. — Assentiu, antes de desviar o olhar para o irmão.

 

Eles não precisavam de muitas palavras para se entender. A conexão que tinham era forte o suficiente para lerem cada expressão facial, por mais imperceptível que fosse para os outros. Era quase como se pudessem ler os pensamentos um do outro.

Alex arregalou os olhos e recuou um passo, fazendo Luke desviar o olhar e cerrar os punhos, enquanto ouvia Natalie estalar os dedos e rir baixinho, preparando-se para acabar com eles.

 

— Sinto muito, Alex. Precisamos fazer isso. Nós prometemos que faríamos qualquer coisa pela Srta. Harper.

— Só que eu não pensei realmente que daríamos a vida por ela. Pensei que era, tipo, linguagem de figura.

— Figura de linguagem, idiota! — Revirou os olhos, antes de encarar a mulher. — Não importa o que aconteça, Alex, eu vou proteger você.

Awn, que fofinho! — Natalie suspirou, unindo as mãos sobre o peito. — Agora que os irmãos já se despediram, é hora de morrer!

 

Ela avançou contra os garotos, mas eles trataram de correr em direções opostas, diminuindo as chances dela matá-los de uma vez. Luke contava com a sorte, esperando que ela o seguisse. Não era o melhor plano, mas foi a única coisa que conseguiu arquitetar sob pressão.

 

— Alex, pede reforços! — gritou, sentindo a mulher se aproximar cada vez mais, enquanto ele pulava bancadas de estudos clínicos e jogava aparelhos, tentando, sem sucesso, atrasar a mulher, que parecia se divertir.

 

Alex parou, ofegante, e levou a mão até o comunicador, gritando um único socorro, antes de sentir um choque em sua orelha, fazendo-o arrancar o aparelho, enquanto um zumbido no ouvido direito o deixou zonzo.

Usando sua habilidade eletrocinética, Natalie surgiu em segundos na frente do garoto vulnerável, sorrindo para ele.

 

Boo!

— Puta merda! — sussurrou, apavorado.

 

Uma gargalhada horripilante ecoou na sala, enquanto os olhos da Kistune tomavam um tom acinzentado. Sem perder mais tempo assustando os garotos, ela começou a desferir socos em Alex, que não fez nada além de erguer as mãos, buscando se defender, enquanto, do outro lado da sala, Luke se encolhia, sentindo cada golpe que o irmão recebia.

 

— Vocês não sabem lutar? Não acredito que a Nexus mandou dois inúteis para resgatar a Pocket Girl! — Natalie ergueu o garoto pelo pescoço, então percebeu que o outro também gemeu, sem conseguir respirar direito. — Hmmm. Interessante. — Ela sorriu, aumentando a força.

 

Alex, sem pensar direito, chutou a barriga da mulher, e conseguiu se soltar, caindo no chão, enquanto os dois tossiam. Com um sorriso maléfico, a mulher caminhou até o garoto em sua frente, chutando o seu rosto em seguida. Vendo o nariz dele sangrar, ela olhou para o irmão dele, ouvindo-o gemer de dor, porém, sem derramar uma única gota de sangue.

Ainda intrigada, Natalie segurou Alex pela gola da blusa, antes de o arranhar com as suas unhas afiadas, fazendo com que uma linha fina de sangue escorresse pelo rosto do rapaz. Com uma fraca risada, ela o largou, apenas para  chutá-lo novamente, mas lançando-o em uma parede dessa vez.
Cansado de ver e sentir a dor do irmão, Luke avançou, cego pela raiva e o medo que sentia. Ele tentou socar a Kitsune, porém, ela apenas segurou o seu punho, antes de o eletrocutar, fazendo o grito dos dois ecoar pela sala. Natalie largou o rapaz, que caiu de joelhos, recebendo um chute no peito em seguida. Levando-o ao chão e sem dar tempo para que ele pudesse reagir, a Neo-Humana retirou a sua espada da bainha e a cravou na perna esquerda de Luke, a fincando no chão, enquanto se satisfazia com mais um urro de dor vindo dos rapazes.

 

— Vocês estão me entediando — comentou ela, com um sorriso sádico no rosto, enquanto fazia raios avermelhados surgir em sua mão direita. — Então, mato você ou o seu irmão primeiro?

— Alex, fuja! — a voz de Luke saiu fraca, enquanto gotas de suor escorriam por seu rosto pálido, fazendo os fios escuros de sua franja colar em sua testa.

— Eu não consigo! — respondeu no mesmo tom, lutando para se levantar, em meio a dor.

— Alex, escuta. — Ele estendeu a mão em direção ao rapaz, permitindo que seus poderes fossem usados, enquanto livrava o irmão de todo aquele sofrimento. — Não vou aguentar por muito tempo...

— Luke, para! — gritou ao sentir o corpo levemente adormecido, mas sem impedir seus movimentos.

— Viva por nós dois. — Ele sorriu fraco, antes de voltar o olhar para a Kitsune. — O que ainda está esperando? Acabe com isso!

— Não vai tocar no meu irmão! Não mais! — bradou o garoto, tremendo de ódio.

 

Alex encarou o sorriso sádico da mulher, e suas pupilas se dilataram, tomando conta das íris, antes castanhas. Conforme seu ódio crescia, Natalie começou a sentir um ardor em sua pele, que se intensificou a cada instante, fazendo-a recuar um passo, enquanto ele continuava a fitar a mulher.

 

— Agora você vai sofrer, moça. Sofrer tanto quanto meu irmão. Porque só eu posso bater nele, e eu não perdoo quem quem faz mal para ele!

 

Natalie não resistiu a dor e se curvou, levando a mão até o peito. Alex já ultrapassava os limites que conhecia, permitindo que seu globo ocular ficasse completamente preto, tirando um grito agonizante da mulher, que caiu de joelhos. Mas ele também não tinha muito mais forças para mantê-la naquela situação.

A Kitsune, com tanto ódio quanto o garoto, esforçou-se para levantar e concentrou seus poderes ao redor do corpo, formando uma armadura de raios vermelhos. Aos pouco, os poderes do garoto quase não tinham mais efeito sobre ela, que voltou a sorrir, já sentindo o gostinho da vitória, banhada em sangue dos Henderson.

Porém, a Kitsune não contava com um osso da costela de Tíbia, que voou ao seu encontro, atingindo a cabeça da mulher.

 

— Hey, Raposa, porque não enfrenta alguém do seu tamanho? — Bianca levou as mãos até a cintura, encarando-a sem humor algum.

— Parece que as coisas começaram a ficar mais divertidas. — Natalie sorriu, caminhando em direção a Tíbia.

— Na verdade, as coisas já estão acabando!

 

Bianca deu um passo para o lado, permitindo que sua amiga, Giovanna, entrasse no lugar. A moça de cabelos e olhos castanhos levou a mão até a boca e mordeu o polegar, fazendo com que algumas gotas de sangue pingassem no chão, até que uma fita vermelha se formasse. Como um chicote, ela estalou o fio escarlate contra o chão, antes de lançá-lo na direção da Kitsune, que desviou com maestria.

Assistindo a luta, Luke estendeu a mão em direção a mulher, usando o que lhe restava de suas forças para tirar a visão de Natalie, facilitando o trabalho de Hemácia. A moça rapidamente fez com que seu sangue se tornasse agulhas, e as lançou contra ela, abrindo-lhe vários cortes. Assim como Violeta, ela teve o corpo dominado pelo sangue de Giovanna.

 

— Eu vou matar vocês todos! — bradou, tentando se mexer. — Principalmente vocês, seus pirralhos malditos! Esperem e verão!

— Nós vamos ver — Luke disse, sorrindo fraco.

— Mas você, não! — Alex completou, caminhando com dificuldade até a frente da mulher. — Bateria em você, se você não fosse mulher.

 

Irada, ela gritou, fazendo o rapaz tropeçar nos próprios pés enquanto corria, assustado. Sem perder tempo, Tíbia pegou sua costela e atingiu a cabeça de Natalie, fazendo-a desmaiar, e colocou seu osso no lugar logo em seguida.

Enquanto Bianca levava a Kitsune para um camburão, Giovanna cuidou dos Henderson, estancando o sangramento de Luke com apenas uma gota de seu sangue.

 

— Alex…

— Fica de boa, Luke. Eu sei que sou seu herói, não precisa agradecer. — O rapaz sorriu, em pé, ao lado do irmão.

— Não. Sua calça está rasgada bem atrás.

— Besta!

 

***

 

No subsolo, assim que a Kitsune apagou, Rachel conseguiu sentir a estática de Alice, tão forte como se ela estivesse ao seu lado. Permitindo-se sorrir, a mulher guiou a equipe rapidamente pelos corredores vazios, até pararem em frente a uma porta eletrônica. De dentro da sala, gritos e gemidos eram ouvidos, o que deixou os agentes preocupados. Raven preparou seu arco, enquanto a GreyThunder dava curto no painel, liberando a entrada deles.

Assim que a porta se abriu, arregalaram os olhos, sem acreditar na cena que assistiam. A casinha de bonecas estava em chamas e vários agentes da Nêmesis estavam espalhados pelo chão, enquanto um último homem lutava para tirar a garotinha, que parecia um bebê assassino, grudada em seu pescoço, lhe aplicando uma chave de braço, da qual o agente não conseguia se livrar. Não demorou para a falta de ar fazê-lo perder os sentido, caindo no chão e levando a pequena boneca do mal com ele.

Alice voltou ao seu tamanho normal e deu um grande sorriso, limpando o sangue no canto de sua boca com as costas da mão.

 

— Hey! O que fazem aqui?

— Sério que é essa a pergunta? — Rachel cruzou os braços, franzindo o cenho, enquanto sorria de canto.

 

Sem perder tempo, ela correu até Benny e o abraçou forte pela cintura, apenas para ter certeza de que ele estava bem mesmo.

 

— Eu pensei que você tinha… Nunca senti tanto medo na vida, Benny. Nunca!

— Já acabou. Já acabou. Viemos salvar você. — Ele beijou o topo da cabeça da professora, correspondendo ao abraço.

— Agora sou a Princesa Peach para ser resgatada? — brincou, fingindo estar ofendida.

— Com essa roupa, pode se dizer que sim. — Raven sorriu de canto, provocando a garota. — O que houve com a miniatura da Casa Branca?

— Ela tem sistema de segurança para incêndio. Quando começa o fogo, o campo de força se desfaz, assim como o efeito do gás que me mantinha pequena. Então só precisei fazer uma fogueira na sala e depois chutar esses babacas. — Deu de ombros.

— Bem, Srta. Eu Não Preciso Ser Salva, hora de ir para casa.

— Espera. Conseguiram prender meu pai?

— Ninguém reportou essa informação ainda, Pocket. Mas estamos fazendo o possível para isso. — Valerie assentiu, sorrindo fraco.

— Vocês acham mesmo que vão conseguir prender o Dr. Jared?

 

O tom de deboche na voz feminina fez o estômago de Jones revirar, enquanto todos voltavam-se para ela. Rose. A moça segurava uma arma apontada para eles, mas ninguém sentiu-se ameaçado. Já haviam enfrentado tantos agentes perigosos, que uma cobra como aquela seria fácil de decapitar.

 

— Você deve ser muito confiante ou muito suicida para aparecer aqui, na nossa frente, sozinha e com essa pistola mixuruca. — Alice cerrou os punhos, lançando um olhar penetrante para ela.

— Nem um, nem outro. Estou aqui para barganhar. Talvez eu tenha uma informação que vocês queiram muito. E talvez eu diga onde o Jared está, se garantirem minha fuga. O que me dizem?

— Eu não conheço ela, mas já deu para perceber que é bem ridícula e nada inteligente — Benny zombou, puxando a echarpe que cobria seu rosto. — Quando você estiver na cadeia, tiro essa informação em um piscar de olhos, moça.

— Talvez eu também tenha informações sobre seu pai, Benjamin Johnson. Ou talvez eu deva te chamar de…

— Cala a boca! — Alice interrompeu, avançando contra a mulher, mas foi impedida pela Corvo.

— O que você sabe sobre meu pai?

— Ela está tentando te manipular, Spotlight! Não perca o foco. — Jones olhou para o garoto, que desviou o olhar, insatisfeito com aquela resposta.

— Ah, Valerie. Você, sempre tão leal a minha mãe! — Sorriu, apontando a arma para ela. — Parecia uma cadela, treinada para puxar o saco da dona e fazer truques conforme a Jordan mandava. Você é uma piada! Sempre beijando os pés da minha mãe, enquanto o Liam sempre foi o favorito dela. Enquanto você fazia de tudo para chamar a atenção, ele só precisava fazer uma burrada, e a Jordan corria para abraçá-lo como um filho!

— Como pode ser tão tóxica?! — Jones falou com desprezo e lágrimas nos olhos. — A Jordan não merecia uma filha como você!

Eu não merecia uma mãe como ela, por isso eu a matei!

 

Tanto Alice, quanto Jones, Raven e Rachel, sentiram o choque das palavras de Rose atingir-lhes no peito. Sem pensar nas consequências, Jones correu em direção a mulher, que estava do outro lado da sala, cega pelo ódio. Jordan sempre foi uma mãe para elas, e agora a assassina de sua segunda mãe estava bem ali, pedindo para morrer.

Aproveitando seu momento de glória, Rose atirou, pronta para tirar a vida da nova Diretora da Nexus, mas Jones foi empurrada no último momento por seu pupilo, que observou toda a discussão, escondido ao lado da porta.

John levou o tiro que era para sua tutora, mas ele também estava preparado para atacar. Antes mesmo de atingir o solo, o garoto disparou duas vezes contra Rose, acertando um deles, de raspão, na mão que estava com a pistola, fazendo-a soltá-la. Raven aproveitou-se disso para ir até Rose, cumprimentá-la com toda sua cortesia.

 

— John! — Valerie gritou, apoiando a cabeça do garoto em suas pernas. — Pensei que fui clara ao dizer para ficar no carro!

— Jones, eu sou um agente também, não um garotinho. — Ele riu fraco, tossindo e cuspindo sangue.

— Eu já perdi um filho, John. Não posso perder outro! Não posso! — Deixando a armadura cair, Valerie permitiu-se chorar, acariciando o rosto dele.

— Você não tem idade para ser minha mãe. Irmã mais velha, talvez…

— Shiiii! Não se esforce! — pediu, pressionando o ferimento.

 

Pelo local atingido, a dificuldade para falar e respirar, e a quantidade de sangue que ele perdia, a agente calculou que a bala perfurou o pulmão esquerdo, dando-lhe não muito tempo de vida, o que apenas aumentou o desespero da mulher.

 

Raven grudou nos cabelos de Rose e socou seu rosto com toda a raiva que sentia. Jordan havia feito tanto por ela, dado-lhe uma chance de recomeçar do zero, descobrir quem realmente era. Não poderia deixar sua morte impune. Tirou uma flecha da aljava e, com a própria mão, levantou-a por sobre a cabeça, antes de cravá-la na parede, ao lado do rosto da mulher.

 

— Eu queria matar você, desgraçada, mas por consideração a Jordan, vou te deixar viver. Viva essa sua vida de merda, agindo como um rato de esgoto. Um dia você vai encontrar o castigo que merece! — Raven fitou o rosto desfigurado da mulher e cuspiu nele, afastando-se rapidamente, enquanto levava a arma da mulher com ela.

 

Benny não olhou para Rose, e impediu que Alice também o fizesse, abraçando-a de lado. Jones e Raven carregaram John para fora, mas Rachel continuou na sala, de braços cruzados, observando a mulher sentada no chão.

 

— Sabe, Rose, isso que a Raven fez foi muito, muito nobre. Pela fama que a Corvo carrega, não pensei que fosse deixar você viva. A Jordan fez um ótimo trabalho treinando elas. São as filhas que ela não teve! — Assentiu, sorrindo de canto. — Mas para a minha sorte, e o seu azar, eu fui treinada por Phillip Madson. E sabe o que ele me ensinou?

 

Rachel começou a caminhar lentamente em direção a mulher, deixando a eletricidade cobrir seu braço direito. Assustada, Rose se arrastou no chão, tentando desesperadamente fugir dela, e começou a chorar e implorar pela vida. Quando ela bateu as costas na parede, deixando-a encurralada, Rachel usou sua velocidade para aparecer em frente a mulher, abaixada, para olhar no fundo dos olhos dela.

 

— Madson me ensinou o que se faz com traidores!

— Eu nunca traí a Nêmesis, ao contrário de você que…

— Calada! — bradou, fazendo-a se encolher de medo. — Você traiu a Nexus em primeiro lugar. Você traiu sua própria mãe! Você não merece a misericórdia da Corvo. Você só merece a morte!

— Não. Por favor, não!

— Sabe o que eu sentia quando recebi uma ligação na madrugada, dizendo que a Jordan morreu? — Engolindo a vontade de chorar, Rachel levantou a mão eletrificada, e atravessou o peito de Rose, enquanto observava a vida dela esvair-se de seus olhos. Então trouxe para fora o seu coração, e o fitou, mantendo um olhar frio. — Eu sentia isso!

 

***

 

O pátio da fábrica estava repleto de pessoas algemadas, entrando nos furgões, que chegaram pouco depois que as coisas se acalmaram. Algumas ambulâncias já saíam do local, levando os feridos, quando Jones e sua equipe deixaram o prédio da fábrica. Delilah, ao ver John desacordado, voou o mais rápido que pôde, tomando-o em seus braços. Valerie lhe contou o que aconteceu, o que fez com que a garota começasse a chorar. Sentia que o tempo do rapaz era curto demais para que pudessem salvá-lo.

 

— Eu só queria saber…

— Fada, deixa eu cuidar dele. — Hemácia a interrompeu, sorrindo fraco.

 

A mulher deixou uma gota de seu sangue cair sobre a ferida e colocou as mãos sobre ela, concentrando-se em tirar o sangue dos pulmões do rapaz e estancando a hemorragia. Não demorou para que ela se levantasse e chamasse os paramédicos, que levaram John às pressas para o hospital.

 

— Seja lá o que você quer saber, vai poder perguntar para o ragazzo. — Giovanna sorriu mais uma vez e se afastou, caminhando até Bianca.

 

Andando entre os carros e ambulâncias, Alice, ainda em seu traje de boneca, avistou William sentado em uma maca, levando alguns pontos na sobrancelha. Quando ele viu de longe, a pequena parada, observando-o,  dispensou os cuidados do enfermeiro e iniciou uma corrida até ela, que fez o mesmo. Ao se encontrarem, abraçaram-se com força, enquanto Will a tirava do chão. Ficaram assim por alguns instantes, antes dele colocá-la no chão mais uma vez, deixando suas testas coladas uma na outra.

 

— Lice, eu…

 

Sem permitir que ele dissesse qualquer coisa, a Pocket roubou-lhe os lábios, surpreendendo o rapaz, que a puxou pela cintura, correspondendo ao beijo apaixonado. Os agentes, que deixaram suas obrigações por alguns instantes, observando o casal, iniciaram uma salva de palmas, puxada por Rachel.

Um pouco envergonhados, eles se afastaram, mas permaneceram abraçados. Nenhum pedido de desculpas foi dado, e nem era necessário. A amizade dos dois dispensava esse tipo de formalidade, ainda mais em uma ocasião como aquela. Só o fato de estarem juntos e vivos era o suficiente.

 

***

 

De volta à sala de reuniões na sala da Nexus, a agitação continuava. O número de mortos não era grande, mas cada um deles deixou uma cicatriz no peito da Diretora. Os presos foram levados para o presídio estadual, enquanto os Neo-Humanos ficaram na sede, em uma prisão especial, com contensores de poderes. Ninguém teve notícias de Jared, o que deixou o clima de tensão ainda pairando no ar. Ninguém descansaria até deixá-lo atrás das grades.

O hospital mandou notícias de John, que já estava se recuperando, graças aos primeiros socorros de Giovanna, trazendo um pouco de alívio para Delilah e Valerie.

A Corvo e Liam já ajeitavam as coisas para voltar para Londres, levando as Bernardini com eles. Violeta já havia se livrado do chip que a controlava, e descansava em uma das enfermarias dali, com Bianca o tempo todo ao seu lado.

Alice não conseguia parar de pensar nos pais, imaginando onde estariam e o que aprontariam a seguir.

 

— Você está bem? — Benny perguntou, tirando-a de seus pensamentos.

— Vou sobreviver. — Sorriu, voltando-se para ele. — Disseram que você foi muito corajoso. Estou orgulhosa.

— Imagina! Eu não fiz quase nada. — Deu de ombros, sorrindo sem graça. — Todos aqui se esforçaram para trazê-la de volta.

— Bem, da próxima vez que eu for raptada, vou esperar pelo meu herói favorito.

— O Elsa bombado? — Ergueu uma sobrancelha, cruzando os braços.

— Não! O Homem-Orelha! — brincou, abraçando o garoto. — Eu amo você, Benny. Mais do que possa imaginar.

— Eu te amo também, Lice. Acho que já te disse isso, não?

— Mas não me canso de ouvir!

— Lice, aquela mulher que atirou no John… Ela sabe mesmo alguma coisa sobre meu pai?

Sabia! — corrigiu, suspirando. — Na hora certa, Benny, eu vou te falar sobre seu pai. Só preciso que confie em mim!

— Você sabe sobre ele? — Ele arregalou os olhos, recebendo apenas um aceno de cabeça como resposta. — Ele está vivo?! Ele… Ele é mal? Trabalha com seu pai?

— É mais complicado do que isso. — Uma expressão de dor tomou conta do rosto da moça, que segurava todas as verdades em seu peito.

— Então explica!

— Não posso! Não agora. Eu sinto muito. Só quero te proteger.

 

Benny se afastou sem dizer mais nada, segurando o choro. Aquilo tudo era difícil demais para ele.

 

— O garoto vai entender, fica tranquila. — Will abraçou a amiga por trás, beijando o topo de sua cabeça.

— Estou contando com isso, Will. Estou contando com isso.

 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, galera. Gostaram? Amaram? Odiaram? Diz aí ^^
Logo logo tem mais.

Só lembrando que Jacob, Ian, Natalie e Giovanna pertencem ao meu amigo, Player Gus ❤

Muito obrigada por tudo ❤
Beijos da Mini e até o próximo =*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "HL: Pocket Girl - How Heroes are Born" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.