A passagem do milênio escrita por benihime


Capítulo 2
Mudanças


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!!
Hora de começar o mistério e o romance ;)



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Por muito tempo os alunos da escola incomodaram Rikuo com o fato dele ser um youkai – assim como Tsurara e Aotabo – e dificultaram a vida de seus amigos. Houve até uma vez em que ele teve que tirar a Maki de cima de um menino do colegial que começou a falar besteiras e a tirou do pouco sério que ela possuía.

Com o passar do tempo as coisas foram se acalmando no colégio e a proximidade entre os amigos, o Clã e seus aliados não parava de aumentar. Nas reuniões, festas e visitas seus amigos sempre davam um jeito de comparecer – e ele ficava muito feliz com isso (sendo que as visitas deixaram de se importar depois de alguns meses).

Rikuo e sua turma já haviam se formado no ensino médio, porém Rikuo não tinha como fazer uma faculdade – elas não o admitiam de forma alguma e poderia complicar a vida de seus amigos e seu Clã. A turma foi para diferentes áreas: Maki foi trabalhar com estética, Tori queria ser enfermeira, Shima conseguiu uma bolsa de estudos em uma instituição afiliada a um de seus clubes de futebol favoritos, Kyotsugo fez muitas coisas: administração, computação, marketing... – qualquer coisa que envolvesse tecnologia e organização de pessoas ele fazia; e Kana fez medicina – mal desconfiava Rikuo que ela escolheu isso para poder ajudar ele se precisasse.

Quando a turma toda já tinha suas faculdades e destinos eles combinaram de fazer uma grande festa e manter contato sempre que possível. Quando todos foram embora, Rikuo, seu avô, sua mãe e alguns membros do Clã foram se despedir da turma. As cartas que chegavam de Rikuo vinham sempre através de corvos – houve um momento que nem mais o correio era um bom lugar para ir – e nelas ele sempre atualizava seus amigos de sua rotina.

As grandes informações recebidas nas cartas surpreendiam seus amigos de forma única (Kyotsugo chegou a fazer um álbum com todas as cartas): o Clã agora tinha 80 famílias afiliadas, ocorriam reuniões anuais com os Omyoujis e mensais com o pessoal de Tono e que o Clã havia formado uma aliança com os clãs de Tamazuki e Hagoromo Kitsune.

Quando a turma se formou, eles combinaram de arranjarem empregos próximos uns dos outros e ir fazer uma grande surpresa para Rikuo e sua família. A surpresa foi para abalar o mundo: eles entraram no Clã e interromperam uma reunião de oficiais (Yura e Itaku estavam lá) com um alto grito de surpresa seguido de formais e educadas desculpas pela interrupção. Para todos que estavam na sala foi um choque e uma comédia ao mesmo tempo.

Tendo passado o choque, os amigos de Rikuo esperaram até a reunião acabar para conversarem com mais calma. Na conversa, Rikuo descobriu que sua mãe ajudou seus amigos na surpresa e que eles haviam arranjado empregos próximos um ao outro e nos territórios do Clã. Em um rumo da conversa Rikuo convidou seus amigos a passarem o final de semana em sua casa para se atualizarem de tudo – obviamente o convite foi aceito instantaneamente.

Com o tempo, Rikuo e Kana começaram e oficializaram seu namoro (cultivado aos poucos nas cartas que trocavam apenas entre eles); e assim como Shima e Maki – Kyotsugo dizia que tinha uma namorada, mas nunca a apresentou a eles (falava que a família dela não queria o romance virando público). 

As coisas ficaram muito estranhas durante algum tempo entre eles e Kyotsugo. Ele perguntava muito a Rikuo como funcionava a administração do Clã e dos serviços que cada facção desempenhava. Ele ficou tendo consecutivos episódios de vergonha – ele literalmente sentia vergonha de estar próximo ou conversar com seus amigos. Houve inclusive uma vez em que ele desmaiou e ficou inconsciente por duas semanas; e quando acordou disse que apenas estava exagerando no trabalho (obviamente seus amigos sabiam que era mentira, mas como ele tinha andado estranho não forçaram uma justificativa verdadeira).

O Clã Nura e o Clã da Yakuza Youkai passaram a se reunir com certa frequência para descobrirem quem era o grupo novo que estava fazendo fama em ações diversas por todo o Japão. O grupo já havia se envolvido com divindades, youkais, Omyoujis e uma variedade de outros grupos sem serem pegos ou identificados.

A maior das surpresas veio quando Rikuo e Kana anunciaram que estavam noivos. Ninguém no Clã conseguia acreditar que sua continuidade estava para ser garantida tão cedo! A felicidade da família e dos amigos pelo casamento foi indescritível.

Kana e Wakana não conseguiram deixar de conversar como foi o pedido de Rikuo – e Kana aproveitou para descobrir como foi o pedido de Rihan. As duas se juntaram a Yura, Tsurara, Maki, Tori, Setsurara, Nuregarasu e Hagoromo Kitsune para um papo de mulher – elas chamaram a atenção por onde passavam.

Kana contou que Rikuo a levou para um dia especial apenas deles e quando estavam assistindo ao pôr do sol em um morro do parque da cidade onde havia uma cerejeira similar à do Clã ele a pediu em casamento. As moças queriam ter visto aquilo e tiveram que acalmar Wakana que começou a chorar de emoção.

O casamento foi um espetáculo. Rikuo ficava fantástico em sua forma humana com aquele conjunto de kimonos negros e Kana estava divina em um conjunto de kimonos brancos com azul celeste. A festa de casamento durou a semana inteira no Clã; a alegria era incontrolável e os vizinhos tiveram que aguentar aquilo. Para a lua de mel deles, Rikuo decidiu pegar emprestada a ideia de seu pai e levar Kana para conhecer a Vila Hanyou – ela amou o lugar; a vila era como um sonho e antes de irem embora, Rikuo a levou para ver seu pai. Ela amou ver o pai de Rikuo, lhe dar um ‘oi’ e rir da semelhança entre ele, Rikuo e seu avô.

Kana se mudou para a sede do Clã para ficar com Rikuo e não demorou em nada para se acostumar com as rotinas que possuíam. Ela não desgrudou de Zen por meses querendo que ele lhe ensinasse as peculiaridades de se cuidar de um youkai – não havia quem da família não achasse cômico a forma como pensavam e agiam os humanos que tinham contato com eles.


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Notas finais do capítulo

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