A passagem do milênio escrita por benihime


Capítulo 12
De um milênio para o outro


Notas iniciais do capítulo

Fala minha galera!!!!!
Tudo dez?
Vamos ler mais um capitulo então!



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Faltava uma semana para a verdadeira passagem do milênio. Muita comida, bebida e fogos de artificio estavam sendo preparados para aquele momento tão especial. A ansiedade pelo grande dia era incontrolável e quando ele chegou a festa começou logo cedo – e não acabaria antes da manhã do dia seguinte com certeza.

Rikuo, seu pai e seu avô estavam com tradicionais e formais kimonos pretos – eles ficavam espetaculares daquele jeito e pareciam um conjunto de vasos colecionáveis de tão parecidos que os três eram (ainda mais com trajes semelhantes). Kana colocou um conjunto de kimonos vermelhos e brancos com bordado em laranja; Wakana usava kimonos amarelos com toques leves em lilás; Yohime não dispensava seu tradicional conjunto de kimonos rosas com flores de cerejeira; e Otome colocou seu usual conjunto marrom e rosa também – as mulheres estavam belíssimas.

Os outros casais também se prepararam muito bem para aquela ocasião. Megami sabia surpreender Kyotsugo: eles combinaram de usar algo parecido um com o outro então no obi de seu kimono ela colocou um belo hibisco roxo com vermelho e ele fez o mesmo na faixa de seus trajes. Tori ficava madura e delicada com aquele kimono azul anil decorado com flores em tom de lápis lazuli e Kuroutabo não dispensava sua roupa de monge – mas Tori amava ele nela. Shima e Maki pareciam até nobres vestidos de forma tão formal com expressões tão serenas em suas faces. Kejouro e Kubinashi pareciam ter saído de um conto de fadas de tão único que eram seus conjuntos e as estampas dos mesmos.

A festa começou e a farra foi absoluta! Todos riam, bebiam, conversavam e comemoravam o último dia daquele milênio para depois festejarem o primeiro dia do próximo. Durante a última hora daquele dia e toda a madrugada do próximo eles estouraram milhares de fogos de artificio.

As sacerdotisas e monges cantaram e tocaram para alegrar o evento; as divindades e casais abençoavam e dançavam dentro da noite sem perder o folego. No momento exato em que faltava apenas um minuto para a passagem do milênio Rikuo, seu pai e seu avô subiram com suas esposas no tradicional e costumeiro galho de árvore no qual sempre iam – só que dessa vez com suas esposas e Otome foi junto para aproveitar. As moças não acreditavam o quão fantástica e divina era a vista que seus maridos tinham daquela árvore. Foi mais do que perfeito!

Ao nascer do sol do novo milênio todos brindaram ao seu começo. E com isso finalizaram a festa que durou por mais de um dia inteiro.

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A confraternização da passagem do milênio chegava ao seu fim. No dia seguinte seria o último dia do primeiro mês daquele milênio e todos os convidados iriam embora. As despedidas foram a pior parte.

Yohime teria que voltar para o santuário do Oeste com Otome e o Nurarihyon não queria que sua esposa fosse embora novamente. Naquele dia eles ficaram juntos sem serem interrompidos. Ninguém se atreveu a sequer pensar em incomodar o casal que aproveitava suas últimas horas juntos para namorarem.

Rikuo e sua turma não queriam se despedir de Yura – era raro se verem desde que ela assumiu como a 28ª líder dos Omyoujis. A despedida de Tono, Tamazuki e Hagoromo Kitsune também foram difíceis – eles haviam se tornado muito próximo entre si e com o Clã Nura, estava difícil de ir embora.

Dentre estas e outras despedidas, difíceis ou não, ao final do dia os convidados se aglomeraram na porta da cede do Clã Nura para partir. Em um cumprimento conjunto e educado a despedida final foi feita e todos se foram.

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Muito tempo havia se passado desde a virada do milênio, e os casais da turma enfrentavam um novo desafio: acordar a cada cinco minutos – praticamente – com seus filhos chorando.

Shima e Maki haviam tido um menino que parecia a soma certa dos dois: ele tinha os cabelos de Maki e os olhos de Shima; os dois o chamaram de Nizumo. Esse era curioso! O casal não podia tirar o olho dele por dois segundos sem que se metesse em algum problema.

Tori e Kuroutabo tiveram uma filha muito delicada e bonita: ela tinha os longos cabelos negros de Kuro, os lindos olhos de gato de Tori e uma pele clara e lisa; seu nome foi Tsukiri. Ela era até calma, quando não estava brincando com Aotabo e as outras crianças – parecia que se transformava e dava tanto trabalho quanto Nizumo nessas horas.

Kyotsugo e Megami tiveram um menino que era a cara de Kyotsugo com o maior charme de Megami: ele tinha quase tudo de Kyotsugo, exceto o detalhe de seus olhos – estes eram pontilhados em verde claro em meio ao tom de dourado que possuíam; seu nome foi Yushiro. Esse dava mais trabalho que as outras crianças juntas! Tinha muito de Kyotsugo nele, e uma dessas coisas era sua imprudência; sorte ele ter a resistência de Megami junto para salva-lo de suas perigosas aventuras. Yushiro dava trabalho até para os membros da Ordem de Kyotsugo – eles se ofereceram para cuidar da criança um dia em que Megami e ele iriam sair para dar uma descansada... a criança fez o terror com eles. Correu para cima e para baixo, mexeu nos equipamentos, quase se aventurou nas armas que eles levavam, mexeu em artefatos, livros... não parou quieto. Kyotsugo e Megami ficaram com muita dó deles quando voltaram e viram o grupo inteiro esgotado enquanto Yushiro dormia como um anjo.

Rikuo e Kana tiveram uma menina (coisa que era a primeira vez no clã). Ela tinha cabelos cor caramelo, olhos em tons de castanho claro e parecia ser uma humana de verdade; seu nome foi Rirasa. Ela dava trabalho também. Nem com todo o clã para tomar conta da criança ela sempre aprontava. Pregava peças nos youkais da casa – Kana sabia que aquilo estava já no sangue da família – entrava nas reuniões só para dar um susto em Rikuo – logo atrás vinham os youkais que deveriam estar de olho nela – e chegava liberar um pouco de poder de forma inconsciente em algumas ocasiões quando dormia.

Quando souberam que Yura também havia tido um filho foi a farra. Seu filho foi um jovem rapaz de cabelos azuis escuras e os olhos verdes vibrantes de seu pais (Yura havia se casado com um membro do clã que lhe era muito mais que especial, era insubstituível em todos os aspectos). Seu nome foi Miharo; e era uma dor de cabeça para todo o clã. Já chegou a brincar com os shikigamis de seus pais, as espadas de Akifusa, fazer brincadeiras com Hagoromo Kitsune... a criança não sossegava.

O terror era quando as cinco crianças estavam juntas. Nada segurava essa tropa! Aprontavam tudo que podiam e não podiam. Era um trabalho de 24 horas de atenção e monitoramento. O menor descuido e as crianças quase se matavam – como da vez que decidiram cozinhar sozinhas.

E não parou por aí. Quando a filha de Tsurara e os gêmeos de Kubinashi e Kejouro nasceram a casa virou de pernas pro ar! Agora eram oito crianças para vigiar. Seriam anos complicados, pois amigos próximos estavam aumentando suas famílias e a garotada não se desentedia por nada no mundo! A chegada de mais um amigo para as travessuras era bem vinda e eles não brigavam!

Dando trabalho ou não, eles ficavam bobos assistindo seus filhos se divertirem juntos e crescerem como bons amigos.


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Notas finais do capítulo

Foi ou não foi lindo?
Quem gostou?
Eu me senti particularmente feliz escrevendo esse capitulo ;)



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